Oxford, três de fevereiro, dia qualquer.

“Bella”

Eu estava cansada de não fazer nada, as aulas só começariam daqui a uma semana. Minha mãe e o Phil estavam viajando. Ainda bem! A casa estava silenciosa, só escutava os batuques das panelas e os gritos do Felix – nosso motorista – falando que ainda bem que o patrão não estava em casa. Todo mundo odiava o Phil, menos a minha mãe...
Suspirei.
Eu tinha prometido a minha mesma, que não ia deixar o Phil estragar os meus poucos dias de férias sozinha, sem ter ele me torturando, a mamãe ignorando quando eu falo a verdade, sem Elena torrando a minha paciência para fazer compras, sem a Petúnia – minha babá – me controlando para comer ou sair da minha cama.
O dia estava ensolarado, talvez mais tarde eu vá ao lago, só para caminhar. Abrir o meu notebook, e entrei no MSN.

Elena diz: vc ta em ksa?
Bella diz: estou vc ñ ia mais o seu digníssimo namorado buscar o tal primo dele?
Elena diz: ia mais o idiota do Em desmarcou, disse q o primo dl iria fik encabulado.

Eu podia imaginar com quanta raiva a Elena estava. Ela só falava disso os meses, antes mesmo de uma confirmação do próprio primo.
Isso não via mudar em nada na minha vida, vou continuar fugindo dois meus admiradores, trabalhando no Dix, ouvindo reclamações do Jacob – meu quase cunhado e filho do meu patrão- por ter uma irmã tão cabeça dura, fugindo Phil o quanto posso. Fingir para o meu pai que está tudo bem, e agüentar a culpa avassaladora dentro de mim.

Bella diz: hahaha
Elena diz: to morrendo de rir Isabella, mas o Emmett vai me pagar e vai ser logo-logo eu não me chamo Elena.
Bella diz: que tal Petrucia?
Elena diz: para q?
Bella diz: teu novo nome! Hahaha

Ela me ignorou ótimo, rir feito uma maluca sozinha. A Elena era tão previsível, que a menos de vinte e quatro horas ela estará na boa com o Emmett. Sair do MSN.
Tomei banho, vestir uma roupa confortável. E desci, iria caminhar um pouco.

Oxford, nove de fevereiro, baile dos novatos e transferidos.
“Bella”

Eu já disse o quanto odeio festas? Se eu não disse, eu estou dizendo agora, eu, Isabella Marie Sawn, odeio festas de qualquer tipo que seja. Principalmente aquelas as quais Elena me obriga a ir.
Ela só podia ter um distúrbio, serio só sendo. Hoje véspera de inicio de aula, ela me faz colocar um micro vestido banco, com um cinto e saltos quinzes, ambos pretos. Maquiar-me, me perfumar. Para quer? Para recepcionar no baile dos novatos e transferidos. Coisa que ela devia fazer- já que é presidente do corpo estudantil, mais conhecido com grêmio – ao invés de correr atrás do capitão do time de futebol, Emmett, e eu ficar de vela.
Ah, eu não disse que a Elena é previsível, isso mesmo ela é. Em menos de vinte e quatro horas no dia três de fevereiro, ensolarado em Oxford – que é um milagre – ela já havia ficado de boa com ele, mas como sempre, meu amigo, fez o favor de pisar na bola novamente, olhando para os seios – que não se passa de silicone – da Jessica uma patricinha da turma de administração do Em. O que resulto na quinta guerra mundial entre o casal. Mas ao que parece eles entraram em tempos de paz novamente. Depois do Em, perfumar todo o apartamento da Elena com jasmim, coisa que eu tenho alergia então desde quarta-feira eu não pus os pés lá.
- Vamos Bella! – Elena falou impaciente. Enquanto eu tentava me acostumar com o meu micro vestido que ela me fez por.
– Esse vestido está muito curto! – reclamei e ela revirou os olhos mexendo na porta treco da minha escrivaninha.
- O que é bonito, é para se mostrar, eu devia ter feito patinação e não judô! – ela comentou com pesar e eu olhei para o porta-retrato na prateleira, não teve vantagem nenhuma fazer patinação. Ela devia ter acompanhado o meu olhar, pois suspirou e retornou a falar – Desculpe Bella! – eu forcei um sorriso amigável para ela. E ela deu um pulo do lugar. – Vamos logo Bellinha o Em ta me esperando.
Revirei os olhos, eu realmente queria entender a Elena, ela era bonita, rica, loira, chefe de torcida, presidente do grêmio e a melhor aluna da turma de Engenharia Civil, pode gostar do Meyer? Rir das besteiras dele, e ainda por cima brigar com as meninas por ele. Não que o Em, não fosse um cara legal, longe disso ele e Elena eram o mais próximo que eu tinha aqui de uma família, de irmãos de verdade. Mas é que eles definitivamente não combinam, mas se amam. Eu acho que isso conta sempre.
Felix nos levou, como sempre, para o salão prometendo vim nos buscar a qualquer momento. Eu odiava essas regras da minha mãe, o que tem demais eu passar seis ruas a pé e chegar a casa? Nada, mas para ela pode acontecer muita coisa, só que ela não enxerga o que acontece dentro da própria casa dela.
Logo na entrada encontrei o Emmett, ele estava vestido com uma camisa pólo branco, calça jeans e sapatos adidos. Revirei os olhos quando ele se aproximou da gente com o sorriso safado nos lábios. Os casais vinte se beijaram e depois o Em me cumprimentou com três beijinhos, como ele sempre fazia, dizendo que era para eu desencalhar logo. Algo parecido como: “eu vi nem episodio de Gossp Girl.” Agora me diz se alguém consegue imaginar o Emmett – um homem de porte de um atleta - futuro administrador e herdeiro da CTM (companhia de transporte Meyer) assistindo Gossp Gril? É estranho, eu sei, já tenteei imaginar.
- E ai Bellinha, lindas pernas! – ele fez um gesto com a mão como se fizesse o contorno das minhas pernas. Eu correi absurdamente e ele recebeu um tapa da Elena.
- UAU Elena doeu! – ele esfregou o braço.
- Se comporte! – eu rir, a Elena parecia à mãe do Emmett não a namorada.
- Tudo bem! – ele fez um gesto de rendição. – Ponha as algemas eu sou todo seu! – eu rir.
- Vão namorar! – eu falei me distanciando do casal.
A decoração da festa estava realmente muito bonita. A Elena fez um grande trabalho. As paredes do ginásio estavam decoradas com fachas e bolas, a pista de dança estava bem iluminada com jogo de luz.
Caminhei até o bar, pedir uma tequila. Tomei toda de uma vez, eu estava ficando boa em beber e não ficar nem bêbada nem de ressaca no outro dia. Pedir um uísque e fui tentar dançar, pois nem chegar à pista de dança eu chegou. Acabei esbarrando num rapaz derramando todo o uísque nele.
Ótimo começou a noite do azar.
Eu já disse a vozes o quanto eu sou sem sorte? Não NE estou dizendo agora. Eu sou a garota menos afortunada com sorte que existe nesse mundo. Se estiver chovendo o carro passa e me dar um banho de lama, se a minha torrada cai, sempre cai para o lado com geléia, quando eu me atraso sempre perco aulas ou fatos importantes. Aff’s, mas voltando a narração...
- Você está cega? – ele me perguntou, enquanto eu me abaixava para pegar o guardanapo para tentar limpar o estrago.
Quando o escarrei, ainda corada, entrei em choque. Ele era incrivelmente lindo. Branco, alto, forte na medida certa, cabelos acobreados e totalmente bagunçados, o sorriso perfeito, e um par de olhos verdes incrivelmente lindos e brilhantes.

Oxford, nove de fevereiro, baile dos novatos e transferidos.
“Edward”

Fugir da Genova foi à melhor coisa que eu fiz até hoje da minha vida. E ser primo do Emmett é ter uma vantagem sobre os meus pais que nunca iriam desconfiar que eu estivesse em Oxford com um primo de sexto grau da mamãe. Emmett descolou um emprego maneiro num tal de Dix, um carro – volvo prateado – e vou dividir o AP com ele.
A festa de Oxford estava bastante animada. Todos os veteranos estavam de mascarras, já tinha pegado umas seis que nem me lembrava mais o nome e bebido um bocado, mas eu não estvaa bêbado ainda.
Tinha voltado do jardim quando minha cerveja tinha acabado. Eu iria ao bar, mas alguém esbarrou em mim, derrubando todo o uísque na minha camisa.
- Você está cega? – perguntei. Enquanto a pessoa e abaixava para pegar o guardanapo. Quando ela levantou foi ai que eu pude vê-la.
Ela era linda, baixinha, branca, cabelos longos ondulados cor de chocolate, seu corpo era perfeito, lembrava uma bailarina, de tão delicado que era cintura finérrima, pernas perfeitas e seios na medida certa, mas o que mais me chamou atenção nela foi às orbes cor de chocolate.
Sorrir ao ver a assassina de camisa da Armadi.
- Me desculpa! – ela pediu corada.
Ela fica ainda mais linda corada e a mascara preta trazia um ar de mistério.
- Só se você dançar comigo!
- Não obrigada! – ela falou e começou a andar em sentido contrario a mim.
- Ei espera! Eu sou novo aqui... – ela me interrompeu, virando bruscamente para mim.
- Eu sei os novatos ou transferidos não precisam usar mascaras! – ela explicou uma coisa que eu já sabia.
- Sim, mas você pode fazer companhia a uma pessoa abandonada pelo melhor amigo e primo! – ela revirou os olhos e recomeçou a andar, fui atrás dela já estávamos no jardim de Oxford, quando segurei o seu braço e ela me encarou, me deixando sem ar poucos minutos. O que esta acontecendo comigo meu pai?
Bem devia ser, por que eu queria entender dela ficar fugindo de mim o tempo todo. Todas as mulheres caem aos meus pés e ela me rejeitou.
- Você não entende o que é não? – ela parecia realmente irritada. E cada hora mais bonita.
- Eu não desisto nunca! – falei presunçoso.
- Ah, pois trate de desistir! – ela falou confiante.
- Tudo bem! – soltei o seu braço à contra gosto – Nós começamos com o pé esquerdo. Eu sou Edward Cullen – estendi a mão para ela, e a mesma revirará os olhos, já vi que ela é difícil, mas não tem graça ser fácil mesmo. - Só um nome, morena! – pedi.
- Descubra e talvez eu dance com você! – ela falou – E, por favor, morena não! – ela apontou o dedo indicador para mim. Explica-me para quer essa brabeza toda? O que tem de bonita tem de geniosa.
- Tudo bem, princesa! – ela revirou os olhos e começou a andar, e eu fui atrás dela de novo. – Assim não dar para conversar, você toda vez, que eu realmente acho que nós estamos no entendendo, foge.
- Garoto, eu vou deixar duas coisas bem claras: a primeira que nós não estamos nos entendo e a segunda eu não quero nada com você! – ela finalizou extremamente vermelha de raiva, eu supus.
- Tudo bem! – dei de ombros. Se não ia por bem ia por mal.
- Ótimo, agora tenha uma boa noite! – ela falou e começou a andar, agarrei o seu braço e a beijei. No inicio ela parecia se estava decidindo ou não se iria me beijar de volta. Sua boca era macia e carnuda, as nossas línguas estavam em sincronia, parecia que elas se conheciam há anos.
Ela me empurrou e me deu um belo tapa no meu rosto e depois saiu de lá feito um furacão. Que garota!
Entrei no salão a procura do Em, para avisá-lo que eu iria para o nosso AP, para mim a festa tinha dado. Encontrei-o quase comendo a Elena. Pigarreei, mas nada da cena mudar.
- Emmett! – barrei e eles se separam.
- O que ouve cara? Espero que seja realmente importante! – ele falou e eu revirei os olhos.
- To vazando!
- O que houve com o teu rosto?- Elena falou.
- Uma gata raivosa! Mas valeu apena ela beija divinamente! – falei me lembrando da boca dela na minha.
- Quem foi a vitima? – Em perguntou.
- Não sei, só sei que ela era linda e geniosa!
- Isso é um absurdo por que você não a levou para cama? – Em perguntou.
- Nem pensei isso na hora. – admitir. O Em sorriu, me despedir deles e fui para o AP.
Tomei banho e coloquei um moletom surrado e fui tentar dormir, mas toda vez vinha à imagem da morena misteriosa na minha mente, eu vou descobrir quem ela é! Ah se vou!