Whole Lotta Love 2 - Especial 100 capítulos escrita por mlleariane


Capítulo 3
Por você e para você. Só você.


Notas iniciais do capítulo

“E as crianças... É engraçado, eu leio e "escuto" a voz do que estou lendo e o Alex e a Jo já tem uma vozinha que escuto.. rs” (Gabi)

Eu também, Gabi! Eu também ♥


"Como pode os teus 'Castle e Beckett' serem ainda mais maravilhosos e engraçados e legais e fofos e lindos e safados e gostosos que os do AM ? *0* Meus Deus garota..sai daqui com tanta perfeição. Você destrói demais meus sentimentos com tuas fics. Pqp" (Marina)

"HAAHHAHAHA, manoo WLL ficou ainda melhor é isso mesmo?! " (Anna Caskett)

"Essa fic é a MELHOR de todas :)" (Ana Muniz)


Ai gente, assim fica difícil terminar né?
Mas vamos lá. Muuuito obrigada por estarem aqui comigo e fazerem dar certo mais uma fic. 1140 visualizações em apenas dois capítulos, putz, obrigada mesmo!
Eu sei, três capítulos é muito pouco mesmo (eu também acho, acreditem!), mas é o máximo que posso fazer agora. Também ando triste, preocupada, tensa com o final da nossa série, então por hora não posso prometer nada, apenas que amo vocês e sempre que meu coração chama eu venho!

Espero que vocês tenham gostado dessa história leve e divertida. Eu adorei fazer! :))

Beijo, Ari ;)

ps: Obrigada a Serena, Bruna, Aline, Ana, Grazi, Lele, H. Beckett, Gabi, Cleo, Laine, No Potter e Marcela por terem favoritado. Vocês são demais! ♥



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Kate: Droga, eu não consigo! – Kate soltou os papéis arrasada. Nem todos os rabiscos refazendo linhas do tempo e reunindo todas as pistas dadas pelo livro a fez encontrar de forma racional o assassino da ilha inventada por Castle.

Kate: O que você está aprontou, heim Richard Castle? – ela falou com a foto do marido segurando um reconhecido prêmio de Literatura de Mistério.

Kate se levantou enfim, deixando tudo espalhado por ali. Eram quase duas da manhã, e as crianças dormiam há bastante tempo. Foi então a passos leves até o quarto e beijou cada um dos filhos mais uma vez, afastando os cabelos de Johanna, que caíam sobre seu delicado rostinho, e cobrindo Alexander, que insistia em empurras as cobertas.

Depois foi para seu quarto encarar a grande cama vazia. Dormir sem Castle era estranho e ruim, estando ela brava ou não. O jeito era abraçar o travesseiro do amado, que ainda guardava a essência de seu perfume. Castle se demoraria pelo menos mais um dia em LA, e a saudade de Kate era tão grande quanto a vontade de desvendar o mistério que ele havia criado. Mentira, era maior. Não, não era. Ela não sabia definir. Ela queria os dois: Castle e a solução. E rápido.

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Quando a luz da manhã adentrou o quarto, Kate deu um longo suspiro. Ela não devia ter esquecido de fechar as cortinas, pensou. Era sábado, poderia dormir até mais tarde – embora soubesse que o plantão daquele fim de semana era dela. Era certo que não participava de investigações, mas quando alguma acontecia, na maioria das vezes ela se devia fazer presente. Ser capitã envolvia responsabilidades que Kate já imaginava, mas em proporções muito superiores.

Ainda relutante, Kate abriu os olhos. A luz insistente não sairia tão cedo, então ela só tinha duas alternativas: ou fechava as cortinas e voltava a dormir, ou acordava de uma vez. Enquanto se decidia, apertou o travesseiro de Castle mais uma vez, antes de soltá-lo. Foi quando avistou uma presença interessante no lado dele da cama.

Castle: Se você disser que é a melhor companhia com quem já acordou me sentirei muito traído.

Kate: Castle! – ela se virou para trás. Ali estava ele, sentado na grande poltrona preta no canto do quarto. – Você está tentando me matar?

Castle: Bom dia, babe. Eu trouxe café. – ele sorriu apontando para o criado mudo, onde repousava uma bandeja com duas canecas.

Kate: Você não deveria chegar só amanhã? – ela ainda o olhava sem entender.

Castle: Estou realmente comovido com a sua felicidade em me ver. – ele se levantou e chegou até a cama, sentando-se à frente dela, que havia se sentado também.

Kate: É claro que eu estou feliz em te ver – ela o alcançou com um beijo – Mas você me assustou!

Castle: Desculpa. Eu queria fazer uma surpresa.

Kate: Como isso aqui? – ela esticou o braço para pegar o livro, que repousava no lado dele da cama.

Ali estava. “E não sobrou nenhum” era o nome. Nikki Heat olhava para uma ilha, de onde escorria sangue. Uma capa impressionante, Kate diria, se ainda não estivesse tão surpresa.

Castle: Eu vi seus rabiscos.

Kate: Pode se gabar, eu não consegui.

Castle: Não posso dizer que isso não me deixa feliz...

Kate o encarou, mas não havia nele nenhum olhar superior.

Kate: Você estava me usando...

Castle: Usando é uma palavra forte.

Kate: Testando. Você estava testando seu livro comigo. – ela concluiu, meio surpresa com os próprios pensamentos. Como não havia suposto isso antes?

Castle: É mesmo? E por que você acha isso?

Kate: Porque se eu não consigo desvendar, ninguém consegue.

Castle: Quem é o superior aqui agora? – ele provocou e arrancou um sorriso dela.

Kate: Você é. Conseguiu me enlouquecer com isso aqui – ela balançou o livro em suas mãos. Ele sorriu, se aproximando mais ainda.

Castle: Você não vai ler?

Kate: Você quer que eu leia?

Castle: Sim. Mandei fazer especialmente para você. Não há nenhuma outra cópia ainda.

Kate: Por que? – ela o olhou intrigada.

Castle: Por que você é especial?

Kate sorriu e acomodou os travesseiros na cabeceira da cama. Pegou uma das xícaras de café e entregou a Castle. Deu um grande gole na outra e abriu no capítulo final, intitulado “A carta”, mas Castle a interrompeu.

Castle: Tem uma dedicatória.

Kate voltou para o início do livro. Além da dedicatória oficial, onde Castle sempre agradecia à família, havia também uma escrita de próprio punho pelo escritor.

Kate

Por você e para você. Só você.

Seu, Rick.

Kate levantou os olhos num sorriso.

Kate: É lindo...

Castle: Não tanto quanto você.

Ela foi até ele, fazendo uma trilha de beijos desde o pescoço até os lábios.

Kate: Eu te amo.

Castle: Ainda é cedo para dizer – ele apontou o livro, fazendo suspense. Ela respondeu com uma cara duvidosa e recostou-se nos travesseiros. Castle permaneceu à sua frente, enquanto ela lia concentrada.

Observando cada mudança de expressão no rosto dela, Castle podia perceber que Kate estava profundamente surpresa com tudo aquilo. Ele esperou em silêncio, enquanto ela devorava linha por linha, parecendo não acreditar.

Kate: Como... – ela tirou os olhos do livro e o encarou – Isso é...

Castle: O crime perfeito?

Kate: Como você pôde fazer isso?

Castle: Você... não gostou? – ele preocupou-se com a reação dela.

Kate: Castle, eu sou uma capitã! É claro que eu não posso concordar com isso, eu resolvo crimes, lembra?

Castle: Kate... – seu olhar ganhou um ar de desapontamento.

Kate: Eu estou brincando, babe! Precisava me vingar daquele recadinho no computador.

Castle: Isso não se faz! – Castle soltou a respiração, enquanto ela sorriu.

Kate: Foi maldade, mas você também foi maldoso me torturando – ela olhou novamente para o livro, que ainda estava em suas mãos.

Castle: Por favor, diga que gostou...

Kate encarou os olhos preocupados do escritor.

Kate: Rick, você tem noção do que fez aqui? – ela fez uma pausa, mas ele não respondeu – Você acabou de escrever o melhor livro da sua vida!

Castle: Você... você acha?

Kate: Não amor, eu tenho certeza! Isso é... isso é perfeito! É simplesmente perfeito!

Castle: Eu tive medo de te desapontar...

Kate: Você nunca me desapontou, por que me desapontaria agora?

Castle: Porque Nikki não conseguiu resolver o mistério.

Kate: Claro que ela não conseguiu, é o crime perfeito!

Castle: E se ela conseguisse não seria.

Kate: Não.

Castle: Ainda bem que você entendeu.

Kate: Você me subestima...

Castle: Não babe – ele segurou as mãos dela – é que você é a melhor detetive, minha fã número 1 e ainda por cima minha mulher. Eu não posso te desapontar em nenhuma das categorias.

Kate: E você nunca o fez – ela sorriu e ganhou um beijo.

Castle: Você acha que vão gostar?

Kate: Cas, pode abrir um espaço na prateleira que esse livro vai ser premiado.

Castle: Você é mesmo uma fã...

Kate: Não, eu sou uma leitora, uma leitora exigente. E uma detetive mais exigente ainda! E você conseguiu o que queria, me testou, e ganhou nas duas coisas.

Castle: Obrigado – ele sorriu – Mas ainda tem algo.

Kate: O quê?

Ele abriu no final do livro de novo. Após o último capítulo, havia um epílogo. Kate viu que não era extenso, e leu em voz alta:

Nikki Heat dobrou a carta ainda incrédula. Rook acompanhou-a no silêncio, mas não mais que 5 minutos, quando não se aguentou – “Você também está pensando que se não fosse por essa carta confessional nós nunca conseguiríamos descobrir o que aconteceu naquela ilha?”

“Fale por você. Eu conseguiria em algum momento” – ela rebateu rápida.

“Quanta presunção, detetive!”

“Não mais do que a sua” – Nikki arqueou a sobrancelha e ganhou um olhar metido em troca.

“Não tenho culpa se sou bom no que faço.”

“Está certo disso?” – ela disse caminhando em sua direção.

“Me lembro de ter resolvido muitos casos ao longo desses anos...”

“Mas não conseguiu o melhor deles.”

“Você também não” – ele tomou a carta das mãos dela – “O que se passa na cabeça de um homem para fazer o que ele fez?”

“Vingança? Justiça? Ou apenas uma maneira de deixar aflorar seus instintos primitivos, quem sabe?” – ela sentou-se ao lado dele resignada.

“Como se sente sabendo que falhamos nesse?”

“Não posso dizer que falhei, fui eu quem encontrou a carta.”

“Qualquer um poderia ter feito isso.”

“Mas fui eu” – ela pegou a carta de volta, como se ainda não acreditasse. Um crime perfeito, pensou. Havia negado de tantas formas, mas ali estava. Um crime perfeito.

“De qualquer forma, foi uma grande história. Acho que farei um artigo sobre.” – Rook a tirou de seus pensamentos.

“Espero que me dê os créditos da investigação.”

“Darei, detetive” – ele a puxou para seu colo – “Você é a melhor.”

Nikki sorriu satisfeita. Ouvir que ela era a melhor no que fazia ganhava de qualquer outro elogio.

“Quando está junto comigo, claro” – Rook complementou, e ganhou uma encarada.

“Você se acha mesmo muito bom, não é?”

“Eu sou!”

“Desculpa amor, mas tenho que discordar. Venho te dando pistas há dias de algo e você não pegou nenhuma delas” – ela deixou seu colo, mas parando de frente a ele.

“O quê? A propaganda da nova cafeteria no Soho que você deixou em cima da mesa? Vamos Nikki, você sabe que eu sou observador.”

“É mesmo? E você por acaso notou que ando sentindo um sono infinito?”

“Sim, esse caso foi desgastante.”

“E o vinho, que eu recuso há dias?”

“Gastrite?”

“E aquela cena de crime que nós vimos semana passada que me fez vomitar?”

“Não tiro a sua razão, aquilo estava um horror.”

“Eu vomitei por quatro dias, Rook!”

“Eu sei que você não anda bem por esses dias...” – ele pensou um pouco e a olhou novamente – “Você... você não... não está... está... ?”

“Viu? Eu sou e sempre serei melhor do que você” – o sorriso superior agora era dela.

“OMG, você está grávida!” – ele se levantou num pulo. Nikki Heat sorriu, com os olhos agora marejados – “Você está grávida...” – ele se emocionou, levando a mão à barriga dela.

“Sim... eu estou... nós estamos.”

“Estamos” – ele sorriu orgulhoso – “Nós vamos ter um bebê!”

“Preparado?”

“Para a melhor aventura de nossas vidas?” – ele a abraçou, os olhos de um nos olhos do outro – “Preparadíssimo.”

“Isso é bom, isso é muito bom!” – o sorriso se desfez, e ela o encarou séria – “Porque eu não sei trocar fraldas.”

“Nem eu” – ele também estava sério, e de repente os dois riram juntos. Seria realmente uma grande aventura.

FIM.

Kate: Você... você engravidou Nikki? – Kate levantou os olhos para ele.

Castle: Ok, quando você coloca dessa forma fica meio estranho. – ele riu – Rook a engravidou.

Kate: Era isso que as crianças te inspiraram a escrever! – ela constatou.

Castle: Eu achei que estava na hora do nosso casal vivenciar a melhor experiência de todas.

Kate: Isso é fantástico, amor!

Castle: E fica melhor! Como prêmio, para minha fiel leitora número um, eu vou deixar que você escolha o nome do bebê.

Kate: Ownn você vai me deixar participar diretamente de um livro seu?

Castle: Claro, amor! Você merece! E pode escolher o que vai ser o bebê também.

Kate: Ai amor, isso é tão fo... – Kate parou e o encarou – Seu... seu... – Kate bateu nele com o próprio livro.

Castle: Amor, calma!

Kate: Seu descarado! Você não consegue escolher o que será a criança e joga isso nas minhas mãos?

Castle: É difícil demais! Eu sou pai de menino e menina, como eu posso escolher?

Kate: Se você é pai, eu sou mãe, lembra?

Castle: E agora?

Kate: Agora você resolva isso.

Castle: E como eu vou explicar para algum deles futuramente?

Kate: Problema seu! E eu pensando que você queria mesmo minha participação...

Castle: Você ainda pode escolher o nome, amor...

Kate: Não estou falando com você! – ela colocou um travesseiro entre os dois.

Castle: Talvez eu peça para Alexis...

Kate: E você vai fazê-la se sentir importante também como fez comigo?

Castle: Me desculpa amor, eu deixo você escolher o que quiser.

Kate: Não quero saber de seus livros!

Castle: Você é radical. – ele fez cara de cachorro sem dono.

Kate: Rook terá que acordar todas as noites.

Castle: Feito.

Kate: Preparar a mamadeira sozinho.

Castle: Justo.

Kate: E trocar todas as fraldas.

Castle: Nikki definitivamente é uma garota de sorte.

Kate: Ah ela é!

Kate enfim sorriu e tirou o travesseiro, abrindo caminho para que Castle chegasse até ela. Um beijo demorado uniu os dois.

Kate: Rick... por que você quis dar um bebê a eles?

Castle: Porque a casa sempre fica mais divertida com crianças. Você não acha?

Kate sorriu concordando. Com seu corpo, Castle a pressionou contra a cama, intensificando o beijo e o calor no quarto. Botão por botão, a camisa foi sendo aberta, mas antes que chegasse ao final, Kate foi obrigada a parar.

Jo: O papai chegou!!! – Johanna gritou do corredor, ao avistar as malas na porta do quarto.

Castle fechou os olhos, jogando a cabeça para trás.

Kate: Você ainda acha a casa mais divertida com crianças? – ela riu, tirando-o de cima de si.

Alex: Papai!!

Alexander e Johanna vieram correndo, pulando em cima da cama.

Castle: Hey! Vocês adoram acordar cedo, não é mesmo? – ele olhou para Kate, que ainda ria.

Jo: Nós morremos de saudade, papai!

Castle: Eu também minha princesa, eu também.

Alex: Você vai passar o dia com a gente, não vai?

Castle: Vou, o dia todo. Nós podemos fazer o que vocês quiserem.

Jo: Nós podemos ir ao Central Park!

Alex: Ou no zoológico!

Castle: Ou no circo!

Jo: Ou naquele parque do pula pula!

Alex: Ou nos games do shopping!

Kate: Ei, e eu? Não posso sugerir nada?

Jo: Mas você tem que trabalhar, não tem mamãe?

Kate: Sim, eu tenho. – Kate fitou os três – Mas... talvez eu possa tirar uma folga hoje.

Alex: Eba! Você vai com a gente, mamãe?

Kate: Sim, eu vou.

Jo: Então diz onde você quer ir!

Kate: Bem... eu ouvi dizer que no Museu de História Natural tem um dinossauro enorme!

Jo: Simm! Ele é gigante!

Alex: Gigante, mamãe!

Kate: E então, o que vocês acham?

Jo: Eu acho que se você quer, mamãe, a gente vai.

Alex: É mamãe, onde você quiser.

As crianças pularam no colo de Kate, que abraçou os dois, enchendo-os de beijos.

Kate: Então vamos começar escolhendo uma roupa bem linda! – ela soltou os dois, que desceram da cama e foram para o quarto.

Castle: Que moral heim?

Kate: Eles podem até ser seus guardiões, mas ainda são minhas crias.

Castle: Me senti excluído dessa... – ele fez um bico.

Kate: Que dó... – ela segurou na mão dele com cara de piedade – eu te compro um algodão doce mais tarde.

Castle: Meu agrado eu quero de outra forma – ele a puxou para cima dele, prendendo-a em seus braços.

Kate: Se controle, Richard Castle!

Castle: E se eu não quiser?

Kate: Eu vou ser obrigada a te algemar.

Castle: Hum... tentador.

Os dois riram e se beijaram.

Kate: Eu te amo, meu escritor.

Castle: Eu te amo, minha musa. Sempre seu.

Kate: Sempre sua.

Always.


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