Depois que a Felicity falou aquelas coisas pra mim eu perdi a fala. Fiquei encarando o nada e tentando processar o que ela acabou de propor.

– Não sei Felicity... Acho que não será uma boa ideia. - sou receoso.

– Será rapido e simples. Só sexo, sem emoções!

– Posso te responder depois? - pergunto e ela me olha desanimada.

– Como você quiser! - ela fala e sai do quarto. Eu fico um tempo refletindo e finamente me decido.

Monto um pequeno discurso em minha mente explicando o porque de eu não aceitar a proposta. Saio do meu quarto e paro na frente da porta do dela. Bato duas vezes mas ela não abre. Decido abrir uma fresta da porta pra ver como ela está, escuto o som do chuveiro. Entro em seu quarto com a intenção de espera-la, quando me aproximo da cama eu acabo tropeçando e caio em cima da penteadera. Uma escova de cabelos cai no chão de madeira fazendo um grande barulho. Saio correndo e fecho a porta devagar. "Oliver você é um medroso mesmo!" penso.

[...]

Acordo com o toque de meu celular. Olho pra ver que horas eram: 7:47. Vejo no visor do telefone a foto de Tommy. Atendo.

– O que foi? - pergunto irritado.

– Nossa! Como estamos irritados! O que a loirinha fez com você? - fala me zoando.

– Não vou responder isso! - meu tom é teimoso.

– O que? Desde quando nós mantemos segredos? - ele realmente não sabe.

– Desde que você pediu Laurel em casamento sem nem mesmo me avisar! - falo irônico.

– Touche!

– Mas como não sou você e preciso de conselhos, vou te falar. - ele comemora do outro lado da linha.- Vou ser rapido e claro, tudo bem?

– Olie! Fala logo! - eu rio de sua curiosidade.

– Rolou umas coisas e... Felicity me pediu pra eu ser o Amigo Colorido dela! - eu falo e o outro lado fica em silêncio. - Tommy? - pergunto pra ter certeza de que a linha não caiu.

– Desculpa! Você esta me zoando, não é?

– Quem me dera!

– O que você está esperando pra aceitar?

– O que você quer dizer com isso? Você acha que eu devo aceitar?

– Mais é claro! A tenção sexual entre vocês é gigantesca, mas parece que só vocês não percebem! - fala como se fosse obivio.

– Tem certeza? O clima não vai ficar estranho? - pergunto.

– Oliver! Eu não estou te reconhecendo! O Oliver de duas semanas atraz nem hesitaria em aceitar uma oferta dessas. - ele para um pouco. - A não ser... OLIVER VOCÊ SE APAIXONOU POR ELA!

– Que? Mais que ideia ridícula! - ele ri do outro lado da linha.

– Então ta Oliver! Você já sabe a minha opinião, agora eu tenho que ir, ontem comemos suchi e Laurel está passando mal! - ele fala e desliga.

Tommy é realmente um babaca! Quando que eu iria me apaixonar por ela? Amor não existe, pelo menos não em mim... Não depois de Isabel Rochev...

– Oliver... - ouço a voz de Felicity.

– O que? - respondo.

– Que bom que você já esta acordado, assim não terei que te acordar - ela fala e eu a encaro. - Não que eu não gostaria de te acordar, quer dizer, você com certeza ficaria lindo dormindo! Não que eu esteja te chamando de lindo... Mais... - Felicity fala desesperadamente, de vez em quando se embolando nas palavras. Ela fica adorável fazendo isso... Que? Não! Paro de viadajem.

– Felicity! - a interrompo. Nunca vou cansar de fazer isso. - Eu ja entendi... - falo baixo.

– Ah! Foi mau... - fala de cabeça baixa. - Então! Já que estamos acordados... Vamos pegar nossas malas e ir! Quero chegar logo no esconderijo. - agora ela tem um tom animado. Que pode ser comparado ao de uma criança.

– Tudo bem! - eu falo e ela se vira. Num surto puxo seu braço com força o suficiente pra ela bater em meu peito. Ela olha pra cima confusa e eu a beijo. - Quando eu quiser, não é? - falo.

– Esse foi o acordo. - ela diz despreocupada.

– Ótimo. - eu falo, ela me da um beijo de deixar qualquer um maluco e saiu do quarto.

Acho que essa proposta não será nem um pouco ruim! Afinal, é só sexo, mais nada.

P.O.V FELICITY

Eu confesso que eu não estava preparada para o que o Oliver fez. Mas que eu gostei eu gostei. Quem não gostaria? Tem meninas na agência que literalmente fazem de tudo pra chamar a atenção dele.

No começo eram ele e o Tommy! Os dois agentes mais bonitos e gostosos de todo o nosso departamento. Até que Laurel chegou, Tommy se apaixonou e largou a vida de pegador. Mas as cantadas das outras só cessaram quando Laurel as ameaçou.

Não vou mentir, foi comico quando ela chegou com uma sniper pra Nyssa falando que ela queria roubar o Tommy dela, quando na verdade tudo o que Nyssa queria era se aproximar de Sara.

– Felicity? Vamos! - diz Oliver passando por mimha porta com suas malas.

Pego as minhas e vou atrás dele. Coloco minhas malas no porta malas e entro no carro, logo depois ele entra e liga o carro.

– Pode me falar pra onde vamos Oliver? - pergunto quebrando o silêncio.

– Por que quer saber? - ele é rude.

– Talvez por que eu estou em um carro com o meu parceiro que conheço a sete anos e não confio quase nada! - falo no mesmo tom.

– Ta bom! - ele fala contragosto. - Estamos indo pra minha casa. Não a que eu moro agora, a casa em que eu cresci. - ele para um pouco. - Meu pais se conheceram na C.I.A, e eu cresci querendo ser um agente tambem. Quando meu pai morreu, minha mãe se aposentou e eu me formei. Fui pra Nova York e ela e minha irmã ficaram lá.

– Não sabia que tinha familia... - falo. O tom da voz dele estava me deixando triste.

– Existem varias coisas que não sabe sobre mim. - ele fala misterioso.

O resto da viajem foi muito quieto. Todas as minhas tentativas de conversa naquelas seis horas foram respondidas com palavras monótonas e acenos.

Acho que não deveria ter tocado naquele assunto...

– Oliver! Onde estamos? - minha voz demonstra toda a minha confusão. O lugar onde estamos é cheio de mato. No início achei que fosse uma fazenda, mas conforme fomos andando, uma casa branca gelo no fundo do terreno ficada cada vez maior.

– Estamos indo pra minha casa! - ele responde, graças a Deus, mais animado

– Você morava ali? - pergunto olhando a grande casa pintada de branco gelo. Aquilo era uma mansão. - O quão rico você é? - pergunto.

– Sabe as industrias Queen? - ele pergunta. Eu aceno positivamente com a cabeça. - Essa foi a herança do meu avô pra minha mãe.

– Como eu nunca percebi isso antes? - ele ri de mim. Eu estava quase retrucando quando uma menina morena mais ou menos do meu tamanho grita o nome dele.

– Olie! Que saudades! Oque você está fazendo aqui? - seu tom é super animado.

– Eu explico depois Speedy! É uma história meio longa... - ele fala sorrindo de um jeito muito verdadeiro.

– Quem é ela? Sua namorada? - ela pergunta quando me percebe.

– Meu nome é Felicity Smoak! Sou parceira de seu irmão. - mas recentemente fui atualizada a parceira e amiga( nem tanto, a final, brigamos muito e nunca fomos amigos, ou seja, o termo não se aplica nesse caso! Seria mais "inimigo colorido") colorida. Penso.

– Oi! Sou Thea Queen! Irmã do Oliver. - sua voz é super animada. Ela parece bem feliz. - Venham! Mamãe foi no mercado, ela volta logo. - Oliver acente com a cabeça, mas seu rosto não indica anciedade. - Tem alguem que eu quero que você conheça! - fala meio receosa.

Ela nos puxa pelo braço, entramos na grande casa branco gelo. Dua decoração é espetacular e faz meu queixo cair.

– Oliver, esse é meu namorado, Roy Harper! - ela apresenta um homem moreno e bonito. Ele é mais alto que eu, mas ainda sim menor que Oliver.

– Oi! É muito bom finalmente te conhecer! - fala Roy simpatico.

– Olá! - ele é formal. Seu rosto não demonstra nenhuma emoção.

– Essa é Felicity! Pareceira de trabalho de Oliver! - fala Thea animada ignorando a ignorância de seu irmão.

– Oi! - falo acenando com a mão em um jesto estranho. Ele me responde.

– Thea! Pode me ajudar a guardar as compras? - ouvimos uma voz vindo da cozinha.

– Você não prefere que o Oliver guarde pra você? - pergunta Thea. Sua mãe corre pra sala. Quando vê Oliver ela para. Ela não tem emoção em seu rosto. Como se não estivesse feliz. Algo aconteceu com esses dois, e eu vou descobrir!