P.S- Te amo escrita por Andy


Capítulo 4
México e França


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por comentarem e desculpem por não ter respondido
Espero que gostem



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"2ª chamada para o voo 341 com destino a França, embarque na porta 14"
Cá estava eu no aeroporto, prestes mudar toda minha vida.
Ouvia-se choros de despedidas, sorrisos de reencontros e esperanças de ser bem sucedido e um dia regressar. Se ouvia ainda as milhares de rodinhas dos trolleys dos viajantes apressados que rolavam pelo chão de pedra frio e cinzento. As "vozes do além" como dizia a Fran, anunciavam os voos uma e outra vez se tornando cada vez mais intensas. Aviões levantavam voo enquanto outros aterravam... pessoas e funcionários apressados...
Este era o ambiente que se fazia sentir naquela manhã de primavera, fria e chuvosa.
Para além das inúmeras pessoas que estavam naquela sala, estavam também eu, a Fran e os meus pais.
Ainda não tive coragem de dizer-lhes aquilo que mais tenho temido no último mês... A verdade.
Para eles, eu vou para França apenas por um só motivo: a excelente proposta de trabalho que recebi no mês passado do hospital "Hopital Salpêtrière", um dos melhores hospitais de Paris, e lá vou poder ganhar bem e trabalhar na área que eu sempre quis e estudei para exercer um dia como profissão: a oncologia pediátrica.
Neste momento vocês devem estar a perguntar o que aconteceu naquele dia em que o León foi lá a casa, por isso eu vou responder:
Ele foi despedir-se de mim. Não, ele não sabe que eu vou embora nem que eu estou á espera de um filho dele.
Ele foi despedir-se de mim porque iria voltar a Guadalajara, a sua cidade natal no México, e não sabia quando iria regressar a Buenos Aires. Podem ser alguns dias, meses, anos... pode até nem sequer voltar!
Dói. Agora que eu estava para lhe contar a verdade, quando eu finalmente ganho coragem para enfrentar os meus medos e dizer-lhe que vamos ter um filho, ele diz-me que se vai embora...
Nesse dia perdi o chão, perdi a alegria que me restava. Perdi o meu melhor amigo.
Mais uma vez os meus olhos estavam marejados pela tristeza, e eu, não sei se por medo ou por orgulho, as seco rapidamente.
– Vamos sentir sua falta filha- disse meu pai, Germán, com aquela voz quente e protetora caractrística de qualquer pai, e com os seus olhos castanhos que emanavam tristeza mas ao mesmo tempo um grande orgulho.
–Se cuida meu amor. Liga pra gente todos os dias!- Choramingava minha mãe, Angie, dizendo aquela típica frase de qualquer mãe se despedindo do filho, ou filha neste caso.
Eu sempre fui muito apegada a cada um deles. Afinal são minha família. Mas sempre tive um carinho especial pela minha mãe. Lhe tinha uma grande admiração e respeito. Ela era loura e tinha uns olhos como os meus, grandes e castanhos avelãs. Normalmente transmitir alegria e segurança, mas naquele momento não lhos conseguia decifrar.
–Claro que ligo mamãe. Vou sentir saudades!
Abraçamo-nos fortemente como qualquer família deste mundo. Mas aquela não era qualquer família comum. Era a minha família.
A minha irmã, que até aquele momento não tinha ousado pornunciar uma única palavra, disse:
– Podem ir andando para o carro, eu já lá vou ter.
E lá foram os meus pais, tristes, mas no entanto orgulhosos por finalmente eu ter decidido acentar e deixar a vida que tinha antes, a qual agora eu não me orgulho nem um pouquinho.
– Vilu, você tem que contar a verdade pra eles.
– Eu sei Fran. E eu vou contar quando chegar a altura certa.
– Tudo se vai resolver, você vai ver.
– Vou sentir tanto sua falta Kika!
Mais uma vez encontravamo-nos aos prantos e abraçadas.
– Se cuida, e de meu sobrinho também! Quem sabe não vai vir uma mini Violetta para me enfernizar a vida.
– Ou um mini León!
– Ou uma menininha de cabelo castanho e olhos verdes! - Essa Fran vai ser uma titia babada!
"Última chamada para o voo 341 com destino a França, embarque na porta 14"
–É minha deixa! A gente ama você!
–Eu eu amo vocês!
(...)
Estava agora dentro do avião, a olhar para a janela e a pensar...
E agora, como será minha vida daqui para a frente?


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Notas finais do capítulo

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