Só Para Manter O Jeito escrita por iRibeiro


Capítulo 9
9º Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que o semideus manipulador iria aparecer no próximo capítul, mas resolvi focar na reconciliação kk
Obs.: postando pelo celular então desculpa qualquer erro.
Aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/612186/chapter/9

Terminei meu banho saindo com uma toalha enrolada na cintura. Observei a Annie dormindo do jeito que chegou na cama enorme do hotel, ela devia estar bem cansada. Vesti minha calça de moletom e fiquei sem camisa mesmo, o quarto estava bem aquecido. Puxei o lençol debaixo da Annie e entrei na cama me enroscando com ela. Vai ser legal quando ela acordar e estiver junto de mim. Mais uma etapa do plano de conquista.

Fiquei um bom tempo acordado pensando no semideus que íamos encontrar amanhã. Queria entender o que é esse poder manipulador dele. Os filhos de Ares são conhecidos pela força, brutalidade, impaciência. Mas isso não parece manipulador. Esse cara deve ser bem diferente.

Acordei e não tinha ninguém nos meus braços. Fui me situando aos poucos. Hotel. Las Vegas. Missão. Sabidinha nervosa. Lindo dia não? Se a Annie não estava aqui ela deveria estar no banho. Sai da cama em direção ao banheiro com mais um plano de conquista. Agora vai.

Entrei no banheiro como quem não quer nada. E vi de relance a Annie na banheira. Fui em direção a pia lavar o rosto e tentar sentir o domínio que eu tinha sobre aquela água. Ok, era o suficiente. Fiz com toda a água da banheira entrasse pelo ralo o mais rápido possível. Enquanto lavava meu rosto assim que terminei.

— Que droga é essa!?

— Bom dia meu amor. Dormiu bem?

Ela tava tentando se cubrir com a toalha. Como se eu nunca tivesse visto ela.

— Hm, tirando a dificuldade de fazer com você me soltasse agorinha. Sim.

— Ah, eu gosto de ter você junto de mim.

Ela ficou me encarando em pé na banheira.

— Sabia que não é seguro ficar em pé nas banheiras. Algo pode acontecer.

— O máximo que pode acontecer é eu me molhar. Mas esse ralo tá com problema.

Foquei na pressão da ducha. Aumentei-a fazendo com que molhasse Annie e sua toalha.

— Foi você?!

Ela me olhou incrédula. Queria muito rir. Mas eu me encaminhava na sua direção.

— Eu posso fazer muitas coisas, inclusive isso.

Então eu entrei no mesmo espaço que ela e segurando seus pulsos, senti a toalha caindo e me segurei para não tirar meus olhos do seu rosto.

— O que acha de parar de ficar com raiva de mim?

— Acho nada.

— Ah é?

Fui empurrando ela para a parede até enconstar nela.

— Será que eu posso te beijar aqui?

Levei meus lábios para seu queixo, beijando e mordendo levemente.

— E aqui?

Dei outro próximo do lóbulo de seu ouvido. E ouvi um gemido contido. Ela sempre agia assim quando beijava naquele local.

— Quem sabe aqui.

Um beijo demorado na bochecha.

— E no meu lugar preferido.

Beijei seus lábios com força. Uma guerra acontecia ali. Quando nos faltou ar, soltei seus pulsos e puxei sua cintura para mim.

Seus olhos pareciam uma tempestade. Era o cinza mais intenso, meu tom preferido.

— Você tá jogando baixo Perseu. Eu aqui nessa água me molhando e você ai seco e fazendo isso?

— Faço isso porque eu posso. Porque eu sou seu. Porque você é minha.

— Não pareceu quando aquela lá tava tirando seu casaco.

— Não quero mais falar disso. Olha pra mim. Tô aqui com você me segurando pra não te atacar. Você é perfeita Annabeth.

Senti as mãos de Annie indo para minhas costas e seus dedos tocando em ponto que me dava mil choques. Era o antigo lugar do meu calcanhar de Aquiles. Só ela sabia. Então tirou de seus dedos de lá, levando-os para minha nuca, ela então deu um pequeno salto e passou suas pernas pela cintura. Nos aproximando mais ainda. Ela começou a me beijar, apertando minha nuca e movimentando-se na minha cintura. Soltei um gemido que estava preso desde quando encontrei ela na banheira.

— Eu sei exatamente onde tocar em você. Eu tenho você quando eu quiser. E eu odeio quando você não faz nada quando aquelas oferecidas te comem com os olhos. E você, Perseu, não se afasta.

Ela então segurou minha cabeça entre suas mãos, me dando um beijo violento e mordendo com muita força meu lábio.

— Agora se puder sair, preciso me lavar. E temos compras para fazer.

Fiquei tão sem rumo com a intensidade de seus atos e do que disse que a desci da minha cintura e me afastei. O mesmo tom tempestuoso continuava nos seus olhos. Ela agora não estava com os lábios apertados, mas com um sorriso vitorioso. Como se tivesse falado o que precisava.

Concordo, eu sou realmente um cara lento. Era esse o problema, eu não fazia nada. Caramba, cabeça de alga completamente. Todas as vezes isso acontecia, mesmo eu não dando a mínima para essas garotas eu não as impedia se aproximar. E acabava que a Annie via e ficava com raiva. Já ela sabia se defender dos caras, então eu nunca via problema.

Troquei de roupa colocando uma calça jeans, calçando um tênis, colocando uma camisa xadrez e a jaqueta por cima. Esperei Annie se trocar, peguei as chaves e a carteira. Saímos em direção a um shopping em frente do hotel. Um silêncio constragendor nos acompanhou durante o caminho. Parei em um quiosque e comprei alguns cookies para nós. Ofereci para ela em silêncio. Queria ter palavras para dizer "entendi agora, apenas me desculpa". Mas não encontrava jeito de formular.

— Vou perguntar aquele segurança onde tem a loja.

— Ok, vou esperar.

E ela foi. Terminei de comer e Annie já voltava.

— Fica no andar de cima, em frente as escadas rolantes.

— Vamos então.

Nos encaramos por alguns segundos, mas desviei seguindo em direção a escada.

A loja parecia ter o que procurávamos.

— Olá, posso ajudar em algo?

A atendente um pouco mais velha que nós perguntou.

— Queremos algo para usar na luta de amanhã.

— Vocês são namorados?

Assenti com a cabeça, puxando Annie pela cintura.

— Somos.

Disse firme. Dessa vez estava atento, a moça parecia desapontada, mas tinha um sorriso no rosto. Resolvi olhar para a Sabidinha lhe dando um leve sorriso. Vi a confiança nos seus olhos.

— Temos vestidos lindos e de todas as cores. E para você, um terno ficaria perfeito.

— Quero olhar algo azul.

Annie me olhou sorrindo.

— Você pode escolher ali.

Ela apontou para o lado direito.

— E seu terno podemos olhar ali.

Ela saiu me puxando. Travei e disse:

— Vá ajudar minha namorada, ela se chama Annabeth. Eu espero.

— Ela parece saber muito bem o que quer. E homens não sabem escolher nada.

— Eu prefiro que minha namorada escolha por mim. Pode ir.

Procurei por Annie e ela assistia a cena com um sorriso contido no rosto. Ela deu uma piscadela para mim aprovando. Enquanto ela se resolvia com o vestido, fiquei sentado em pufe no centro da loja.

Até que um homem usando bermudas, uma camisa branca e chapéu apareceu. Estranho.

— Percy, vamos ali fora.

Sabia quem era. E sabia porque ele estava aqui. Finalmente.

— Fico feliz que tenha aparecido.

— Você fez tantas preces que tive que ouvir. Como vai a missão?

— Meu namoro sobreviveu. Passamos pelo teste. Agora é levar o semideus.

— Fico feliz que o que você me pediu vá ter utilidade.

Ele disse em sorriso abafado.

— Você realmente fez do jeito que pedi?

— Fiz. Você merece, herói.

Puxei-o para um abraço meio sem jeito. E ele me entregou, enrolado em pano, um objeto que tinha tudo para ser perfeito.

— Tenho que ir. Aproveitei essa folga para falar contigo.

— Muito obrigada pai. Muito mesmo.

— Você está preparado. E ela também. Boa sorte, filho.

Coloquei o pano no bolso do meu casaco. Entrando de novo na loja.

— Onde estava? Já escolhi meu vestido, quer ver?

— Aqui tá parado demais. Hiperativo. Vamos ver então.

O vestido que ela escolheu era muito bonito. Azul-escuro de alças, com um decote que eu gostei, mas traria muitos olhares, vinha um pouco acima do joelho e tinha uns brilhos que pareciam desenhos. Não entendo muito.

— Você é perfeita Annabeth Chase.

— Bobagem sua Percy Jackson. Vamos escolher sua roupa.

Ela se trocou deixando seu vestido com a atendente. E ela saiu pegando uma calça preta, três camisas claras, um paletó e duas gravatas.

— Entra ali e se troca.

Vesti a calça, uma camisa branca que marcava bem meu tórax, e um paletó que pareceu feito para mim. Sai da cabine e Annie ficou me encarando.

— Percy Jackson eu poderia te agarrar agora.

— Mal fazemos as pazes e já tá assim? Tudo bem, pode vim.

— Paciência. Vou colocar a gravata.

Ela fez todo aquele procedimento do nó e por fim eu tinha uma gravata fina e vermelha-escuro no pescoço. Parecia bom, eu não me importava muito.

Paguei as compras e na saída da loja puxei Annie para mim.

— Tô bem a fim de ir para o hotel e matar a saudade que tô de você. Aceita?

Ela me deu beijo e sorriu

— Aceito. Ainda quero tomar meu banho de banheira que alguém atrapalhou. E você vai me ajudar Percy.

Ela tinha um sorriso travesso nos lábios. Caminhamos em direção ao hotel de mãos dadas e mais juntos impossível.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que será que Percy tem guardado no bolso?
Agora sim, aguardem o próximo capítulo!