NARRAÇÃO DO SOLUÇO

Valka- Soluço?

Soluço- Sim, pera ai, você me conhece?

Ela fecha a porta rapidamente e depois abaixa a cortina da porta pra ninguém nos ver, eu não estava entendendo nada e eu acho que a Astrid também não.

Valka- Você tem que sair daqui! É muito perigoso!

Soluço- Como assim? Dá pra você falar alguma coisa que faça sentido.

Valka- Tá, eu vou explicar, meu deus, tanta coisa pra explicar em tão pouco tampo.

Eu sabia que ela tinha mais informações, eu pensei bem no que eu ia perguntar e perguntei.

Soluço- Você era próxima do meu pai?

Ela respirou fundo e se abaixou e ficou bem perto de mim.

Valka- Tanto quanto uma esposa é achegada ao marido.

Soluço- Isso quer dizer que...

Valka- Eu sou sua mãe!

Ela se aproximou e me abraçou, eu a abracei também e começamos os dois a chorar, eu não sou órfão, eu tenho uma mãe, eu vi que a Astrid estava sorrindo, mas ainda tinha algumas coisas a serem ditas. Eu me separei do abraço e puis minhas duas mãos em seus ombros.

Soluço- Valk...mãe, por favor, me conta tudo que você sabe.

Valka- Está bem.

Ela ligou seu computador e começou a explicar.

Valka- Seu pai e eu éramos os melhores cientistas daqui, ele estava trabalhando em um projeto revolucionário, que seria pegar o código genético de répteis e combiná-los com os dos humanos.

Soluço- Pra que?

Valka- Um lagarto tem a habilidade de regenerar membros inteiros a vontade, se passássemos essa habilidade pra humanos, poderíamos corar seus membros perdidos, cresceriam de novo. Todos nos chamavam de cientistas loucos, mas quando os resultados chegaram, foi incrível, os resultados foram encorajadores, espetaculares, nós íamos mudar a vida de milhões. Mas seu pai não quis parar por ai, ele fez mais combinações de códigos genéticos de outros répteis, querendo fazer um humano perfeito, mas foi ai que tudo deu errado.

Ela colocou um vídeo e eu e a Astrid nos aproximamos e vimos o vídeo, era meu pai injetando uma injeção em outro homem, dai, esse homem caiu no chão, ele começou a ficar verde, suas mãos e pé viraram patas, cresceram 2 asas nele e um rabo, ele havia virado um lagarto mutante. Eu me surpreendi ao ver isso.

Valka- Ao invés de curar os outros eles viraram uma aberração, espécies de lagartos mutantes, mitologicamente seriam...

Astrid- Dragões.

Valka- Exato, seu pai começou a trabalhar em um antidoto, mas foi impedido, o dono da Scorp queria fazer um exercito de dragões, para serem usados como armas de guerra, seu pai não concordou, ele destruiu boa parte de suas pesquisas, mas eles conseguiram ficar com uma parte, mas faltou um ingrediente essencial.

Soluço- O que?

Valka- O código genético, seu pai usou seu código genético no experimento, sem ele, não chegariam a lugar algum, eles precisavam do sangue do seu pai, sua linhagem sanguínea, foi por isso que ele sumiu e te escondeu, o sengue do Stóico corre em suas veias, se eles souberem que você está aqui, eles fariam o possível e o impossível para colocar as mãos em seu sangue. Você tem que sair daqui agora!

Eu e a Astrid nos levantamos e fomos sair pela porta, quando ela se abriu, eu e ela ficamos atrás da porta escondidos e um sujeito alto, grande e forte entrou, ele era assustador.

?- Estava falando com alguém doutora?

Valka- Não, ninguém.

?- Engraçado, minha secretária falou de 2 jovens que vieram aqui e eu queria muito conhece-los.

Valka- Eles já foram, saíram daqui agora pouco.

?- É mesmo? Por que ninguém passou pela recepção, então, imagino que eles ainda estejam nesse prédio.

Minha mãe engoliu a seco e o homem pegou um radio do bolso e começou a falar com os seguranças.

?- Atenção todos os seguranças, temos dois alvos, um garoto de cabelo castanho e olhos verdes e uma garota loira de olhos azuis, a missão de vocês é capturar e levar para minha sala, esse garoto é o código A113 e a garota não fica atrás, entendido? Ótimo.

Ele desligou seu radio e saiu da sala, ele não nos viu quando saiu pela porta, mas antes de ir, ele se virou para minha mãe com um sorriso maligno.

?- Mais pertos do que nunca doutora, eu prometo pegar leve com aqueles dois.

Ele puxou a porta, fechou e foi embora, assim que ele foi, eu e a Astrid suspiramos aliviados, mas minha mãe não ficou tranquila.

Valka- Eu preciso achar um jeito de tirar vocês daqui.

Ela se virou e pegou alguns jalecos e nos entregou.

Valka- Vistam isso, vamos sair daqui disfarçados.

Nós vestimos os jalecos e ela nos entregou duas tocas e nós pomos.

Valka- abaixem a cabeça, evitem ao máximo mostrarem seus rostos.

Nós obedecemos e saímos da sala disfarçados, passamos por alguns seguranças, com minha mãe falando com eles.

Valka- Com licença, novos estagiários.

Passamos reto por eles, até chegarmos em outra sala, onde havia vários cientistas trabalhando, eles olharam pra nós e minha mãe ergueu a vóz.

Valka- O que estão olhando? Trabalhem!

Eles continuaram trabalhando e nós passamos por eles sem problemas.

Andamos mais um pouco até chegarmos em uma porta escrito saída de emergência, parecia que tínhamos conseguido, minha mãe abriu a porta e lá encontramos aquele cara de novo e mais uns 5 homens com armas bem sofisticadas apontadas pra nós, nós três levantamos as mãos.

?- Ai doutora, tão previsível.

Ele riu malignamente.