For The Love Of A Daughter escrita por Dreamer


Capítulo 8
Casa Nova, Problemas Novos.


Notas iniciais do capítulo

OI PESSOAL, TUDO BOM? (Fla Calina)
Demorei, eu sei. E isso já está virando clichê, mas eu não tenho responsabilidade nenhuma (sad true). Enfim, espero que gostem!



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POV. Ludmila

Encarei o espelho mais uma vez, virando-me de lado para constatar (mais uma vez) que não havia volume nenhum ali.

Eu estava com medo. É óbvio que estava. Não sou muito mais velha que Vilu, alguns meses apenas, e já me encontrava casada e agora talvez, por acaso do destino, grávida.

É claro que saber que eu podia estar carregando o fruto de meu amor com Fe me fazia sorrir, assim como me assustava demais. Eu, até alguns meses atrás, não sabia cuidar de mim mesma, quem dirá de uma criança? Mas, se Vilu conseguiu, eu conseguiria também, não é?

Eu não estaria sozinha, eu teria Fe, minhas amigas, minha irmã de coração, Angie, que agora era como uma mãe para mim, German, meu pai... Eu podia contar com essas pessoas, não podia? E minha mãe, minha mãe seria um problema. Ela não poderia saber, não mesmo, se não, me atormentaria o resto da vida.

Ouvi o alarme de meu celular apitar. Acordei bem cedo para que pudesse ir a uma farmácia, comprar os testes e fazê-los antes de Fe acordar. Ele sempre desejou uma família, não queria desapontá-lo caso minha intuição falhasse. Caminhei em direção ao banheiro do quarto de visitas, onde os testes repousavam em cima da pia.

Duas listras.

Os três testes.

Três testes com duas listras.

O que eu vou fazer?

Senti as lágrimas descendo pelo rosto, lágrimas de emoção e de medo. Agora sim eu estava perdida.

Mas quando um sorriso involuntário surgiu no meu rosto, senti que tudo, de um jeito ou de outro, ficaria bem.

—Ludmi? Amor? Onde você está? – ouvi a voz sonolenta de Fe.

—No quarto de visitas amor. – falei limpando as lágrimas que tinham caído. Sorri para meu reflexo, virando para Fe.

—Quando acordei e não vi você... Amor, você esteve chorando? – ele me perguntou me abraçando.

—Fe, nós precisamos conversar.

—Claro Ludmi. Está tudo bem? – ele parecia assustado.

—Sim, está sim, eu só... Você vai ficar até mais tarde no estúdio hoje? – perguntei, desistindo da ideia de lhe contar agora. Só quando eu tiver certeza.

—Acho que sim, por quê? – ele disse parecendo confuso.

—Eu estava pensando em fazer um jantar com o pessoal do Studio, mas fica pra próxima. – falei rapidamente.

—Hm, é. Que tal amanhã? Você já pode pedir para Naty te ajudar e já descobrimos como está a situação dela e do Maxi. – ele sugeriu.

—Sim, é uma boa ideia, vou ligar para as meninas mais tarde. Mas agora, se eu não estou enganada, você está atrasado.

^*^

Uma semana depois.

—Ludmi, deixa que eu abra isso de uma vez, mas eu vou querer ser madrinha. – a cacheada disse me tirando da frente do computador.

—Nem sabemos se eu realmente estou grávida Naty, você não pode ser madrinha do ar.

—Nada de pensamento negativo – ela me respondeu, deixando a página com o resultado do exame de sangue aberta. – Pronto, agora é a hora da verdade Ludmi.

—Não quero olhar, Naty, não posso. – disse olhando para minhas mãos.

—Ok, eu olho... Ah Ludmi, isso é maravilhoso!

—Eu... Eu estou ou não estou?

—Eu por acaso estaria fazendo esse escândalo se você não estivesse? Deu positivo, Ludmi!

^*^

Pov Violetta

Era o dia da mudança!

Não, eu não estava tão animada assim, na verdade. Como eu consegui acumular tanta coisa em três anos?

A casa, graças, já era mobiliada, tirando o quarto de Elena, que levaria todo diretamente do meu quarto. Obviamente convidei (convoquei) as meninas para me ajudarem, Angie, Ramalho e Olga também me ajudariam, mas nada vindo do meu pai. De novo. A mãe de Leon se ofereceu para cuidar de Lena, assim como Alex apareceu de surpresa com Leon e André (que, devo admitir, continua doido de pedra). Nesse momento, eu terminava de montar o móbile no berço enquanto Leon arrumava as roupas dela em uma cômoda.

—Vilu, ela cabia nisso?

Virei-me e vi Leon segurando a saída de maternidade de Elena. Automaticamente, sorri com as lembranças.

—Foi com essa que ela saiu do hospital, Leon. Por isso que eu guardo, aliás. – falei caminhando até a cômoda e ajudando a terminar a montanha de roupas para guardar.

—Eu deveria saber dessas coisas... – o ouvi dizer triste. – Deveria estar aqui o tempo todo, ajudando a montar o quarto, escolher as roupas...

—Me desculpe – baixei a cabeça – Realmente, não era meu direito esconder ela de você.

—Não, Violetta, não estou te julgando, longe de mim! – ele falou rapidamente. – Estou chateado comigo mesmo. Como eu pude ser egoísta o suficiente para não te procurar mais? Como eu aceitei normalmente o fato de você não ter um contrato assinado assim que nos formamos? Só faltou o universo jogar na minha cara que havia algo errado, mas eu me recusei a ver!

—Leon, por favor! Você mal tinha tempo durante as gravações, e me ligou várias vezes. Fui eu quem não atendeu ao telefone, fui eu quem decidiu cuidar dela sozinha, fui eu quem a escondeu...

—Foi você que abraçou a maternidade mesmo com apenas 18 anos e não a deixou sozinha, largou-a num orfanato ou pior. Eu não brinco quando digo o quanto você é forte, Vilu. – Leon me abraçou. Deixei, por um instante, que todas as dúvidas sobre nós – se é que existia um nós – se fossem com aquele abraço. Separamos-nos quando Cami abriu a porta do quarto para nos chamar.

—Vilu... Desculpem! Eu não queria atrapalhar – ela falou com um sorriso se formando no rosto.

—Não... Não atrapalhou nada Cami. – respondei arrumando minha franja. Leon colocou as mãos nos bolsos, visivelmente desconfortável.

—Bom... Nós já terminamos, vem dar uma olhada! – ela falou me puxando e mostrando todos os outros cômodos (incluindo meu quarto).

—Finalmente! – Fran falou se jogando no sofá ao lado de Diego, que apenas riu. – E agora já podemos inaugurar a casa, Vilu? – perguntou olhando para mim.

—Sua mãe já está vindo? – perguntei para Leon, que assentiu. – Ok, vamos arrumar as coisas lá fora!

^*^

Pov German

Entrei no quarto de Violetta mais uma vez. Algumas de suas roupas ainda estavam ali, mas a maioria das coisas já tinha partido, como o teclado, a mesinha e todas suas fotos. Circulei no espaço que antes ficava a cama, segurando as lágrimas. Fui bruto demais com a minha filha, tenho certeza disso. Não faz três horas que ela se mudou e já a quero de volta, com seu quarto bagunçado, sues livros preenchendo as prateleiras, sua voz e a risada de Elena sendo ouvidas por toda a casa...

—German? – ouvi a voz de Angie no andar de baixo. Não respondi, pois ela, me conhecendo como conhece, saberia onde estou. A ouvi subindo as escadas e assim que ela entrou no quarto, a abracei – German, o que houve? – perguntou.

—Eu a quero de volta Angie. Quero minha Vilu de volta – admiti, com a voz falha.

—Amor, a Vilu sempre será sua, não importa onde ela mora.

—Mas eu quero minha garotinha Angie. Minha Vilu quando eu ainda podia a carregar no colo e me orgulhar de ver cada avanço dela...

—Oh amor... – ela me abraçou mais forte. – Bom, eu não posso trazer Vilu de volta, isso só você pode fazer, mas eu posso te dar uma coisa.

Ela me entregou uma caixa pequena que, com as mãos trêmulas, eu abri. Dentro, havia dois sapatinhos brancos.

—Angie, isso quer dizer... – pedi sem completar a sentença.

—Sim, German. – ela sorriu. – Eu estou grávida.


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Notas finais do capítulo

UOU, LUDMI E ANGIE GRÁVIDINHAS! Foi um festival de povs, pelo amor de larry! Espero que tenham gostado! Amo vocês meus gatinhos!



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