For The Love Of A Daughter escrita por Dreamer


Capítulo 4
Um rato azul e fofinho.


Notas iniciais do capítulo

Os títulos estão cada vez piores :p Mas enfim, espero que gostem!



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Elena

Eu estou sonhando.

Só posso estar sonhando.

Sonho? Que nada. Bem que parecia, mas era verdade.

Leon se afastou sorrindo. Eu não pude evitar que um sorriso surgisse no meu rosto também. Elena resmungou um pouquinho, acordando e já começando a rir.

–Ela sempre está rindo não é? – ele pediu a colocando de pé e sorrindo também.

–Sempre, e dorme muito também. Tem vezes que eu preciso acordá-la pra dar de mamar. Não é Elena? – eu perguntei fazendo cosquinhas nela.

Passeamos por mais um tempo, sem que Leon se desgrudasse de Elena, nem ela dele. Foi isso até ela enxergar um boneco do tal rato Remi e começar a gritar.

–Mais uma coisa – eu falei rindo e pegando Elena no colo – Ela é um pouquinho viciada em Ratatouille.

–Um pouquinho? – Leon riu – Você quer o boneco? – ele perguntou para Elena, que só assentiu, apontando o Remi da vitrine.

–Você vai acabar mimando ela Leon – eu avisei quando entrávamos na loja. A mulher logo veio nos atender.

–Me deixe mimar a minha princesa um pouco – ele falou pra mim, logo depois se virando para a atendente – Quero aquele Remi da vitrine, por favor.

E foi assim que Elena passou o resto do dia, abraçada com seu rato azul e fofinho.

Leon foi “buscar” o carro e em poucos minutos já estávamos indo em rumo a casa dele, com Elena quase dormindo de novo no banco de trás. Ele queria por que queria apresentar Elena para seus pais, e eu de certo modo estava muito nervosa. A mãe de Leon eu conhecia muito bem, afinal era ela que me deixava entrar todas as vezes que eu ia a casa deles, mas sobre o pai dele eu não sabia muito, só que Leon e seu pai nunca se deram muito bem.

–Chegamos – ele pegou minha mão – Não se preocupe, minha mãe te adora, e você sabe disso.

–Eu sei – falei mexendo com a barra da saia. – Mas eu não conheço seu pai e...

–Eu tenho certeza que ele vai gostar de vocês duas. E se ele não gostar, quem se importa? Sou eu quem deve decidir se quero ficar com você ou não.

Corei. Mas não aquele rosado bonitinho que costumava ser, e sim um vermelho, como se tivessem estourado um tomate na minha cara. E mais uma vez, comparei as cenas da vida com aquele bendito filme, isso que dá ter uma filha viciada em filmes da Disney. Corei mais ainda pensando nisso.

Descemos do carro e eu levei Elena, que estava quase dormindo abraçada ao boneco. Leon ficou bagunçando o cabelo dela durante todo o percurso da porta da casa dele até a sala, onde nos esperavam seus pais.

–Violetta! Que saudades! – a mãe dele, uma senhora por volta dos 50 anos de cabelos loiros e os olhos verdes que eu tanto gosto, me abraçou. – Você nunca mais apareceu por aqui! E quem é essa menininha linda? – ela perguntou olhando para Elena.

–Para o seu filho você não dá mais oi? –Leon falou fingindo estar bravo.

–Ah meu amorzinho – a mãe dele falou com a voz manhosa – Não é isso, eu só me distraí com essa fofura!

–E seria muito interessante saber quem ela é não é mesmo? – o pai de Leon falou levantando do sofá, e encarando nós três.

–Pai, mãe, essa é a Elena. – Leon falou pegando ela dos meus braços – O bebê mais fofo do universo... E minha filha.

A mãe dele deu um gritinho animado que fez Elena acordar completamente e encarara lá um pouco assustada.

–Ela tem os seus olhos Leon! O que a faz ter os meus olhos! Que coisa mais fofa! Elena né?

–Sim. Mas o cabelo é da Vilu, sua mãe tinha o cabelo um pouquinho cacheado não é? – ele pediu me olhando.

–Sim, pouquinha coisa, mas Elena puxou isso dela. E muito! – eu falei arrumando a bagunça que ele tinha feito nos cachinhos de Elena.

–Violetta, perdão por perguntar – seu pai interrompeu nossa conversa – mas você tem certeza que ela é filha de Leon?

–Absoluta senhor Vargas – eu falei um pouco surpresa.

–Bom, eu quero um teste de DNA – ele falou tranquilamente.

–Daniel! – a senhora Vargas o repreendeu. – Eu não acredito que depois de tudo...

–Depois de tudo ela não se sentirá ofendida em fazer um simples teste de DNA, já que tem tanta certeza, não é Violetta? – ele perguntou olhando para mim.

–Não, sem problema nenhum, senhor Vargas. – falei de cabeça baixa.

– Como você é capaz de duvidar dela? – Leon perguntou com um leve tom de raiva em sua voz.

–Eu não desconfio de ninguém Leon. Só quero ter certeza. – seu pai falou com um tom que deixava claro que o assunto não seria levado a diante. Mas o clima pesado não pode se formar, pois Elena soltou um grito animado e começou a apontar enlouquecida para a TV. Adivinhem: Seu filme preferido tinha começado e ela era capaz de ignorar tudo por um filme da Disney.

–Ela gosta da Disney? – a mãe de Leon perguntou.

–Adora, seu filme favorito é esse. – eu falei sorrindo e olhando Leon e Elena sentarem no sofá, ela pulando de animação e ele sorrindo também.

–Eu tive uma ideia! – senhora Vargas falou animada. – Porque vocês duas não jantam com a gente?

–Bom, eu teria que avisar meu pai e pedir pra ele trazer umas coisinhas da Elena...

–Eu te levo Vilu, aí você pega as coisas e janta aqui. – Leon falou também animado com a ideia.

–Ok, quando vamos?

–Agora, se você quiser.

Peguei Elena do seu colo, mas ela logo virou na sua direção com as mãozinhas estendidas para ele.

–Acho que alguém aqui me trocou. – brinquei fazendo cosquinhas nela.

–Não, eu não deixaria. – Leon falou me guiando até a porta. – Voltamos daqui a pouco! – ele gritou para a mãe, que já preparava o jantar na cozinha.

Entramos no carro e, tão rápido como fomos já estávamos voltando, agora com uma mochila cheia de coisas para Elena.

Quando entramos, o cheiro da famosa macarronada Vargas tomava conta do ambiente, mas ainda não estava pronta. Eu e Leon subimos para seu quarto e ficamos lá por algum tempo, observando as tentativas falhas de Elena engatinhar. Sentados na cama, nem parecia que quase um ano passara (bom, se contar direito, dois anos, mas enfim...), por alguns minutos eu consegui-me sentir como deveria, uma mulher recém começando sua fase adulta, com uma longa carreira pela frente e minha princesa.

Quando a mãe de Leon nos chamou, ela tinha conseguido engatinhar do meu colo até o de Leon, ida e volta o que somava mais ou menos uns seis passos, mas já era o suficiente para ela fazer a festa. Descemos com Leon a carregando de novo (realmente, alguém me trocou aqui) e sentamos ao redor da mesa, onde um prato GIGANTE de macarronada nos esperava. Peguei o copo de Elena na mochila e quando voltei todos já tinham se servido, o que foi ao mesmo tempo bom e constrangedor. Depois de um tempo, o senhor Vargas já tinha se soltado um pouco e agora oferecia suco até para o cachorro.

–Seu pai tem uma péssima mania de esquecer que você é alérgico – senhora Vargas falou sentando novamente. Ela fora buscar uma jarra de suco que pela cor seria de laranja, já que antes havia apenas o de morango na mesa. E a jarra do mesmo continuava nas mãos dele.

–Quer um pouco Violetta? – ele pediu praticamente virando o líquido no meu copo.

–Não senhor, obrigada. Elena tem certa mania de tomar tudo o que eu tomo, e puxou a alergia de Leon.

–Ah, que pena – ele falou, mas não parecia realmente arrependido.

Depois desse comentário, o resto do jantar passou com um silêncio levemente desagradável. Ao final dele, Leon me levou para casa com Elena capotada no banco de trás. Despediu-se de nós duas e partiu, com a desculpa de ter de acordar cedo na manhã seguinte. Entrei com Elena e vi meu pai e Angie encarando a TV com uma cara nada boa.


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Notas finais do capítulo

Sem GIF hoje por motivos de: Não achei nenhum que combinasse.
Gente, se eu começasse uma fanfic Naxi vcs acompanhariam? Tenho umas ideias bem interessantes pra uma fanfic deles, e quero suas opiniões