All Of The Ways escrita por Rosenrot


Capítulo 19
Atencioso, idiota e encantador


Notas iniciais do capítulo

Oi! Tudo bom com vocês?
Me desculpem, mesmo, mesmo, mesmo pela demora. A princípio achei que fazia uma semana que eu não postava, dai quando fui ver já eram duas, e então três...Ops.
Prometo que vou tentar postar semanalmente que nem eu pretendia. E também, eu viajei, sai, etc. E se tem alguém que procrastina muito esse alguém sou eu, então eu fui adiando, adiando e adiando, e deu nisso.
Veja pelo lado bom! Eu tô postando antes da virada do ano! Inclusive, Feliz Natal atrasado pra todos vocês! E desculpa não desejar isso no dia! Caso alguém só entre depois da virada, e consequentemente só leia isso em 2016, feliz ano novo!
E pra vocês, caso eu não poste de novo antes da virada, Feliz ano novo adiantado! ♥♥
Queria agradecer aos reviews do último capítulo, muito obrigada!
Agora, sem mais enrolar, o capítulo.
Boa leitura!



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— Eu espero que você goste.

— Eu nem esperava um presente — comentei sorrindo.

— Bom saber que você não espera coisas de mim, hein — ele murmurou com a testa franzida.

Dei uma risadinha e apertei o braço dele.

— Pare de ser chorão, me mostra o que você resolveu que era bom me dar.

Ele sorriu e puxou minha mão me arrastando para fora de casa. Acontece que, estava frio e eu estava de pijama, e meu pijama era de calor. Sim, eu usava pijamas de calor no frio. Gostava de sentir o edredom contra minha pele.

— Ei, calma ai! Eu tô de pijama, e tá frio, idiota!

Ele me olhou e deu uma risada. Tirou sua jaqueta e colocou sobre meus ombros. Ah, eu devia estar linda, jaqueta preta de couro enorme, com uma regata rosa cheia de cupcakes patética. Olhei para baixo, para minhas roupas e fiz uma careta.

Ele cruzou os braços e me olhou de baixo a cima. Meu shorts era bem curto, para falar a verdade, e só naquele momento me dei conta de que nem liguei pro fato de ele ter me visto com aquelas roupas. Minha pele bronzeada se contrastava com o rosa do shorts, meus cabelos certamente estavam bagunçados, e o conjunto era tão pequeno que minha tatuagem, um pouquinho abaixo da cintura, aparecia facilmente.

— Ninguém mandou você vestir isso, Ashtonele murmurou, olhando para meu pijama — mas eu gosto — seu sorriso de canto surgiu e ele se virou e caminhou até sua moto.

Percebendo que eu também não estava usando um sutiã, um rubor subiu por minhas bochechas e fechei a jaqueta mais junto ao peito. Fui atrás dele e parei quando vi ele sentado na moto.

— Você não podia trazer meu presente...? — perguntei, estranhando.

— Não.

Quando não respondi por alguns minutos ele me olhou e passou a língua pelos lábios.

— Sobe logo na moto — sua voz estava um pouco rouca e engoli em seco antes de sentar atrás dele.

Geralmente eu pegava o capacete e colocava, mas dessa vez, quando eu peguei no capacete, ele se virou para mim, sentado na moto, e o pegou de minhas mãos. Ele mesmo o colocou e arrumou meu cabelo também, de um jeito que eu ficasse confortável, suas mãos afivelavam o fio da frente quando seus olhos pararam sobre os meus. Segurei o olhar um pouco, mas depois desviei, mas enquanto eu fingia que o asfalto era muito interessante, eu podia sentir seu olhar sobre mim. Ele se virou de volta para frente e deu partida.

–-£--

Subi as escadas que já me eram familiares e ele veio atrás, ficou na minha frente apenas para abrir a porta e entrou, fui atrás. Beau dormia, então tudo estava meio silencioso.

Ele largou as chaves da moto na mesa e olhou para mim. Eu estava de pé no meio da sala.

Sem esboçar qualquer emoção ele se sentou no sofá.

— Pronto — disse e se acomodou um pouco mais.

Olhei para ele. Mas o que?!

— Como assim “pronto”?

— Seu presente.

Não falei nada, apenas o olhei esperando algo mais.

— Você não entendeu?

Franzi o cenho.

— Não...

— Minha companhia é seu presente.

Abri a boca.

— Você é um descarado! — olhei para — E convencido!

Ele deu risada e caminhei até ele. Apontei para meu pijama.

— Você me fez vir de pijama, nesse frio, na sua moto às sei lá oito da manhã! Pra isso?!

Ele assentiu.

Dei um tapa no braço dele.

— Se esse era mesmo seu presente porque não ficamos na minha casa?

Ele me encarou nos olhos.

— Porque aqui é mais divertido.

Arregalei os olhos.

— Desculpe então, mas posso saber por que aqui é mais divertido?

— Porque não tem a possibilidade de sua mãe chegar.

Abri a boca, indignada. Antes que eu pudesse falar algo ele completou.

— E eu quero ficar sozinho com você.

Franzi a testa e me virei de costas para ele, dei dois passos, me virei de novo, tirei a jaqueta e joguei nele. Voltei a andar em direção a porta, a risada dele me fez ir mais rápido ainda.

— Espera ai, onde você vai?

Ele se levantou e veio atrás de mim.

— Para casa.

— Resposta errada — ele disse e abri a boca para gritar com ele, mas fui interrompida rapidamente — você não vai a lugar algum.

Olhei para ele com uma cara feia.

— Como assi-

Ele me pegou no colo, me debati mas é claro que era inútil. Ele estava andando, dei uma joelhada naquele lugar nele assim que consegui, já que pedir para ele me soltar não ia adiantar de nada. Ele grunhiu e se jogou no sofá, consequentemente eu fiquei por baixo de um garoto idiota com dor no saco.

— Ai!

— Porra, Ash.

— Porra você — murmurei.

Ele deu uma risadinha. Eu nem tentei sair dali debaixo, ele era maior, mais forte e pesado do que eu. Fiquei apenas tentando parecer furiosa, mas na verdade a cara de dor dele me acabou fazendo sorrir um pouco. E é claro que ele viu.

— Isso que eu vi foi um sorriso? — ele sorriu. Com o rosto perto do meu, aliás, proximidade era o que não faltava ali.

— Não — rapidamente desfiz o sorriso e assumi minha cara de brava.

Ele deu uma risadinha e se afastou um pouco, para ver meu rosto melhor. Pegou uma mecha que estava em minha face com uma das mãos e colocou atrás de minha orelha. Eu queria impedir aquilo mas minha mão estava debaixo de nossos corpos.

— Era brincadeira, Ash.

— O que era brincadeira, idiota?

Ele sorriu, me olhando.

— Tudo. Meu presente não é minha companhia. E eu não obrigaria você a ficar em um lugar onde não quisesse.

— Muito tocante. Agora dá pra sair de cima de mim?

— Você...

Esperei que ele terminasse a frase, mas ele não o fez. Então ergui uma de minhas sobrancelhas.

— Sim?

Ele balançou a cabeça para os lados e rapidamente saiu de cima de mim. Eu estava deitada no sofá dele, com aquele pijama minúsculo. A jaqueta estava largada no chão, e ele de pé olhando para o nada. Bufei.

— Certo, o grilo foi meu presente, agora posso voltar para casa? — perguntei, olhando para ele.

— O grilo não foi seu presente.

Fiquei quieta.

— Já venho, vou pegar.

Me sentei e fiquei mexendo no cabelo até ele voltar. De mãos vazias.

— Acho melhor você vir ver por si mesma.

— Tá.

Levantei e caminhei atrás dele pelo corredor. Chegamos ao seu quarto, lugar que eu já tinha dormido uma vez. Meus olhos pararam na cama, onde em cima havia uma caixinha pequena e um violão preto em cima.

— Não sabia que você tocava violão.

Me aproximei, era muito bonito, preto.

— Eu toco mas esse não é o meu.

Olhei para ele interrogativamente.

— Atrás de você.

Olhei para trás e encostado em um canto havia um violão exatamente igual aquele da cama.

— Espere, isso quer dizer que...?

Ele assentiu. Sorri e corri até ele. Pulei em cima dele e ele me ergueu em um abraço.

— Ninguém nunca me deu um instrumento!

Ele deu risada e me colocou no chão, depositando um beijo em minha testa, gesto que, fez com que eu olhasse rapidamente para sua boca logo depois de ela se afastar.

Desviei os olhos e caminhei até a cama, onde sentei, admirando o violão.

— É muito bonito. Obrigada.

Ele se sentou do meu lado.

— Eu gosto da sua voz, então, que tal quando você aprender a tocar você cantar pra mim e tocar?

Dei uma risada. Ingênuo. Não comentei nada, porém.

— Eu ainda não acabei, anjo.

Olhei para a caixinha assim que ele disse isso. Ele a pegou e entregou para mim.

Abri, um colar de prata com um pingente de asa estava ali. Geralmente eu achava colares do tipo muito clichês, do tipo que todo mundo tem, mas aquele não. Aquele era muito bonito. A asa, eu nunca tinha visto ninguém usando uma parecida.

— Você comprou um violão para mim e ainda um colar de prata? Menino do cangote!

Ele deu uma risadinha e se aproximou me dando um beijo na bochecha estalado.

— De nada.

Sorri para ele e entreguei o colar pra ele.

— Me ajuda a colocar.

Me sentei de costas para ele e esperei. Suas mãos tiraram meu cabelo da frente, colocando-os de um lado, em cima do meu ombro. O toque fez com que eu ficasse arrepiada e rezei para que ele não percebesse.

— Ash... — ele murmurou.

E deu um beijo no meu ombro. Fiquei estática. Aquilo era muito íntimo. Antes que eu pudesse falar algo ou reclamar, ele colocou o colar e pediu que eu me virasse para ele.

— Ficou bonito como eu imaginei.

Sorri, ainda um pouco envergonhada e olhando em seus olhos âmbar me perguntei como aquele garoto que a primeira impressão parecia tão rude e babaca podia ser tão atencioso, idiota e encantador.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler! :)
Até o capítulo 20?
PS: quero avisar que, alguns pontos da história ainda não foram resolvidos, e talvez alguns de vocês pensem que eu me esqueci, por exemplo: o olho roxo do m.d.c. O quase atentado que Ash sofreu, etc. Tudo será explicado conforme o andamento da história.
:)