Aguenta Coração! escrita por Gyane


Capítulo 41
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que não cumpri minha promessa. Sorry é só o que tenho pra dizer....
Não espera, eu já ia me esquecendo a fic esta caminhando para o final...Ahhhhh eu sei, eu também não queria que ela acabasse, eu até estiquei mais do que devia, ficou até aparecendo novela mexicana. Mas eu não queria me despedir do Thiago... fazer o que né?
Vamos ao capitulo.
Espero que gostem.



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—Terminou?—Ele indagou com as sobrancelhas erguidas enquanto nossos olhos se encontraram.

—O que terminou?—Ele perguntou ainda me encarando esperando uma resposta que eu não poderia dar. —Algo não pode terminar antes de começar. Ao não ser que você esteja escondendo algo. Você esta?—Ele perguntou com as sobrancelhas levantadas mostrando seu interesse na resposta.

—Porque eu estaria?—Eu retruquei a pergunta incapaz de responder.

—Você esta me escondendo algo Sarah?—Ele repetiu a pergunta lentamente. Seus olhos buscavam por uma resposta no meu rosto.

—Escute aqui Thiago, nossas vidas nunca tiveram ligadas. —Eu cuspi aquelas palavras e elas me causaram mais dor do que eu havia imaginado. Porque naquele momento eu sabia que estava renunciando o amor que eu senti por ele. Algo dentro de mim se partiu.— E elas nunca vão se unir.

Ele olhou para longe para as árvores sua expressão estava vazia.

—Você deveria ficar ao lado da Amanda e do seu filho. Enquanto eu vou atrás de quem eu amo. —Eu fiquei surpresa por como a minha voz soava calma e razoável. Devia ser porque eu estava tão entorpecida.

—E quem você ama?—Ele perguntou como se quisesse ter a confirmação ou esperasse que minhas palavras traíssem os meus atos.

—Eu não preciso te responder isso. — minha voz era só um sussurro agora; a consciência estava começando a correr com ácido pelas minhas veias.

Ele só olhou pra mim, e pude ver pelos seus olhos que minhas palavras não surtiram o efeito esperado.

—Você não o ama. —Ele constatou.

—Você não tem como saber isso. —Eu disse friamente. — Agora se preocupe mais com a Amanda e seu filho.

—Eu não vou me mover daqui Sarah, até que você diga olhando dentro de meus olhos que nós nunca pertenceremos um ao outro.—Ele disse segurando meu rosto com suas mãos grande obrigando nossos olharem se encontrarem.

Eu abri minha boca pra dizer alguma coisa, e então a fechei de novo.

Ele esperou pacientemente, seu rosto totalmente limpo de emoção.

Eu tentei de novo.

 

—Co... Como queira. — Então eu disse as palavras mais cruéis para mim. — Não existe e nunca ira existir nada entre nós, eu não o suporto. —Eu disse letamente todas às palavras pesando no quando elas eram verdadeiras.

As mãos do Thiago caíram ao lado de seu corpo rígido, eu sabia que estava me jogando em um precipício do qual eu não sairia.

Ele se afastou lentamente. Ficando um vazio dentro de mim. Tudo estava acabado. Eu deixei as lágrimas agora escorrerem livremente sobre o meu rosto, sem omissão, sem vergonhas. Feridas precisavam ser fechadas.

Então eu me joguei no meu precipício, chorando até a exaustão. Eu tinha perdido a noção do tempo, as lagrimas haviam se esgotado e uma estranha sensação de dever cumprido se instalou dentro de mim.

Não importando em quantos pedaços meu coração estava partido, eu me senti em paz como nunca, era estranho, porque minha alma estava chorando mais minha mente estava tranqüila, era como se elas estivessem em sintonias diferentes.

Mas ainda havia muita coisa para ser dita, mesmo que minhas lágrimas tivessem secado eu precisava fechar outras feridas, então eu me levantei do banco e comecei a caminhar pelo jardim. Eu precisava falar com o Theo.

O mais longo dos dias parecia estar se esticando mais e mais. Eu me perguntei se ele ia acabar um dia. A minha compreensão tardia parecia insuportavelmente clara essa noite.

 

 

Depois de vagar algum tempo pelos corredores a procura do Theo, alguém me informou que ele estava no ginásio, eu não sei se agradeci pela informação, eu nem sabia se eu reconheceria o rosto que havia me orientando, tão perdida eu estava no meu martírio.

Eu fui caminhando sem vontade até o ginásio, minha ultima esperança. E o Theo estava lá com uma bola de basquete batendo de um lado para o outro.

—Theo. —Eu o chamei assim que me aproximei. Ele jogou bola na cesta me ignorando.

—Por favor, me ouve Theo. —Ele pegou a bola e me fitou pela primeira vez.

—Porque você me enganou?—Ele perguntou parando na minha frente. —Eu achei que podia confiar em você. Eu achei que eu era tão importante para você como você para mim. — levantou os ombros uma vez, e depois travou os dentes com tanta força quanto os punhos.

—Theo. —Eu não sabia como me explicar. —Eu não queria ter te magoado.

—Mas magoou. — Ele disse batendo a bola mais uma vez.

—Escuta. Não aconteceu nada demais, foi apenas...—O que eu estava tentando fazer? Mentir novamente.

Ele me fitou parado no meio da quadra esperando por uma resposta, que provavelmente eu não podia dar.

—Você sabe... Você sempre soube que eu gostava dele. —Eu murmurei aquelas palavras sem ser capaz de continuar com aquelas mentira.

Ele balançou a cabeça mudo e eu pude ver a decepção cruzar seu rosto.

Um novo soluço se partiu no meu peito. Hoje eu estava magoando todo mundo. Havia alguma coisa que eu tocasse que não se estragasse?

Eu não sabia por que isso estava me atingindo com tanta força agora. Não era como se eu não soubesse o tempo todo que isso ia acontecer.

—Me desculpa, eu não queria... —Eu murmurei sem forças. — Mas eu não consigo evitar.

—Isso não importa agora. — Apenas no final a dor quebrou na voz dele.

—Eu gosto de você de verdade. — Eu engoli, minha garganta estava seca de repente que eu não sabia se podia fazer algum som sair. — Você é muito importante para mim.

—Porque você não acaba logo com isso?Só diga as palavras, e tudo está acabado. —Eu podia sentir a dor em cada palavra dele.

Eu respirei fundo.

—Eu lamento por ser uma pessoa tão cruel. — eu sussurrei. —Eu lamento por ter sido tão egoísta. Eu queria nunca ter te conhecido, pra não ter que te machucar do jeito que eu fiz. Você não vai mais ter que olhar pra mim de novo.

Eu era uma grande idiota que merecia apodrecer sozinha para o resto da vida.

—Esse não é um pedido de desculpa muito bom. — ele disse acidamente.

Eu não consegui fazer a minha voz ser mais alta que um cochicho.

—Me diga como fazer isso certo. —Eu implorei.

—E se eu não quiser que você vá embora? E se eu preferisse que você ficasse, egoísta ou não? Será que eu não tenho nenhuma palavra, já que você está tentando acertas as coisas comigo?

—Isso não vai ajudar em nada. Foi errado ficar com você só para tentar esquecer o Thiago. Eu não quero mais te machucar. Eu odeio isso. — Minha voz se partiu.

Ele suspirou.

—Pare. Você não precisa dizer mais nada. Eu entendo.

Eu queria dizer o quanto eu gostava dele, mas mordi minha língua. Isso também não ajudaria em nada.

Ele ficou quieto por um momento, olhando para o chão, e eu lutei contra a minha vontade de ir e passar os meus braços ao redor dele. De confortar ele.

E aí a cabeça dele se levantou.

—Eu deveria sentir raiva de você. Eu deveria te odiar por isso. —Meu peito se partiu ouvindo aquelas palavras. —Mas parece impossível. Agora só não me peça para ficar vendo você se entregar para ele. —ele implorou.

—Eu cometi um erro se aproximando de você?—Eu podia sentir toda culpa caindo sobre os meus ombros agora.

—O seu erro mais certo. —Ele disse isso e um pequeno sorriso formou em seus lábios, mas se desfez rapidamente.

–Eu lamento...

—Não lamente.—Ele me interrompeu.—E não peça para me lamentar.Porque eu simplesmente não posso fazer isso. —ele disse olhando para o chão.

 

—Certo. — Eu tentei engolir o caroço na minha garganta, mas não consegui forçá-lo a descer. —Só me desculpe por não te amar do jeito que você merece.

Eu não olhei pra cima, com medo de ver o que ele pensaria sobre essa última parte. Ele levou um minuto pra responder, então eu provavelmente estava certa por não olhar.

—A gente não escolhe não manda no coração né?—Ele disse zombeteiro. — Eu sabia como você se sentia em relação a ele. Isso não devia ter me pego de surpresa desse jeito. — Sua voz não escondia a dor que sentia. —Mas eu vou continuar gostando de você não importando quem você ame. —O rosto dele se torceu

—Promete.

—Prometo.

E foi assim que eu vi o Theo se afastando, desaparecendo da minha vida, rompendo sentimentos,  separando nossos caminhos, nos desligando como uma promessa que ambos saberíamos que nuca iria ser cumprida. Eu senti meu peito diminuir a cada passo que ele dava, eu sentia minha alma se despedaçar a cada centímetro que ele se afastava, ele estava levando metade de mim e estava apenas deixando o vazio no seu lugar, um buraco negro e frio que ficaria para sempre na minha alma. E que eu sabia que não suportaria viver com ele.

—Theo. —Eu o chamei não suportando vê-lo se afastar, ele se virou para e como se estivéssemos conectados, o eco da dor dele se contorceu dentro de mim. A dor dele, a minha dor.

 —Theo...— eu dei um passo na direção dele. Eu queria passar os meus braços na cintura dele e apagar a expressão de miséria do rosto dele.

Ele balançou a cabeça em negativa e fechou suas mãos no punho batendo fortemente no seu peito, então se virou e se foi...


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Notas finais do capítulo

Então o que vcs me dizem.
To aceitando sugestões.
bjsss



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