Aguenta Coração! escrita por Gyane


Capítulo 28
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Mudanças estão por vir... espero que gostem e deixem muito reviwes...



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Eu só suspirei aliviada quando eu me joguei na minha confortável cama. O que havia dado em mim, para agir daquela maneira?! Eu realmente estava começando a perder o juízo. Só podia ser isso. Eu ainda não conseguia acreditar que o Thiago tinha esse poder de me fazer perder a cabeça quando estava perto dele.

No dia seguinte eu descia a escada até o salão comunal rezando para não encontrar o Thiago, eu nem ao menos sabia o que dizer para ele, nem se eu teria coragem de encará-lo.

—Até que fim. —A Bell gritou no meio do salão comunal.

Ah. Mas o que a Bell estava fazendo sentada do lado do Beto e do Thiago. Ela não podia me obrigar a ir até ela. Eu não ia perdoá-la, não que ela soubesse o que estava fazendo.

—Vem cá. —Ela disse quando percebeu que eu não me movia. Isabel você ainda ia me pagar por essa. Eu caminhei de cabeça baixa até eles.

—Mandou bem ruiva. —o Beto falou com aquele sorriso safado dele e eu virei um pimentão.

—Do que ele tá falando?—A Bell perguntou quando viu minha reação. Ah ele não podia contar né?
—Nada não.—O Thiago disse calmamente lançando um olhar furioso para o Beto.

—Não é nada mesmo porque nanica curiosa. —o Beto entendeu muito bem o recado silencioso do Thiago.

—Nanica curiosa é a sua avó.

Lá iam o Beto e a Bell começarem mais uma briga inacabável.

—Quero ir tomar café. —A Dora apareceu parando na minha frente, será que ela sabia de alguma coisa.

—Claro. —Eu disse prontamente rezando para que o Beto não tivesse abrindo aquela maldita boca.

—Sarah posso falar com você antes? —O Thiago pediu segurando meu braço.

—Vamos que eu to morrendo de fome. —A Bell pulou do sofá arrastando a Dora e o Beto para longe.

Eu olhei ele sumirem de vista sem ter coragem de encarar o Thiago.

—Você pode olhar para mim. —Ele pediu parecendo incomodado, eu levantei minha cabeça nosso olhares se encontraram então cenas da noite anterior veio na minha mente, eu não pude evitar acabei corando mais uma vez.

—Ontem à noite...

—Olha Thiago eu não quero falar sobre isso. —Eu disse interrompendo ele.

—Não da pra fingir que não aconteceu...

—Eu sei nem estou pedindo para que isso aconteça. — Eu deixei meus olhos caírem no chão.

—Aquilo só provou que a nossa ligação é forte demais para acabar assim—Ele continuou falando como se não tivesse me ouvido. —Ei... —Ele ergue meu rosto com a mão.—Eu só quero te ter de volta.

Era difícil demais ter ele tão perto e não me abalar parecia realmente impossível para mim.

—Vamos apagar o passado e reescrever um novo começo...

—Thiago, vamos. —Um homem vestido de preto chamou o Thiago da porta, ele ergueu a cabeça impaciente. —Eu vou ter que ir até o hospital, depois a gente continua a nossa conversa.

Eu apenas balancei minha cabeça, incapaz de responder, isso não parecia justo.

–Se cuida. —Ele disse segurando meu rosto com as duas mãos colocando seus lábios gentis e suaves em cima dos meus, inevitavelmente eu estremeci, um sorriso tímido brotou em seus lábios. —Bom dia amor. —Então ele sumiu entre as pessoas.

Bom dia AMOR. Aquelas palavras me acompanharam durante todo o café da manhã. O Thiago nunca havia me chamado assim. Isso realmente não devia me abalar né? Eu começava a sentir que minhas resistências estavam demorando cada vez mais... E eu podia adivinhar o que isso iria dar.

Eu fui para sala de aula sem vontade alguma. Eu sabia que o Thiago não estaria ali. Eu senti no meu lugar de sempre, a cadeira do meu lado estava vazia, isso fez me sentir desconfortável, eu ia colocando meus cadernos sobre a mesa, quando eu vi uma rosa vermelha em cima da minha cadeira.

Eu a peguei, curiosa, ela era linda. Quem será que havia deixando aquilo ali. Tinha um pequeno cartão.

Obrigado por existir.

Thiago

Acho que eu nem precisava falar que aquilo me deixou mais surpresa do que eu esperava o Thiago realmente sabia conquistar uma garota. O resto da aula passou tranqüilo.

Quando eu cheguei ao refeitório para almoçar todos já estavam sentados na mesa.

—Posso saber o que foi aquela flor?—A Dora perguntou curiosa, eu apenas ergui os ombros.

—Não pense que vai se ver livre...—A Bell começou.

—Sarah Cristina. —Um menino pequeno chamou meu nome eu me virei para ele.—Você é a Sarah Cristina?

—Sim.

—Isso é para você?—Ele disse me entregando um enorme buque de flores, eu peguei já sabendo quem havia planejado aquilo.

—Quem foi?–A Dora e a Bell perguntaram juntas.

—Deixa eu ver.—eu peguei um pequeno cartão no meio das rosa.

Sarah eu não posso e nem quero viver sem você.

 Aceita jantar comigo?

Thiago

—Uau. — Bell disse pegando o bilhete da minha mão.

—Você vai?—A Dora perguntou curiosa.

—Claro que vai. —A Bell respondeu por mim.

—eu não sei. —Eu apressei em me dizer.

—O Thiago e um fofo mesmo. —A Bell suspirou.

Eu revirei meus olhos, e sai da mesa as meninas me acompanhou.

—Porque você não vai atrás do seu namorado. —Eu disse pra Bell que não parava de falar o quanto o Thiago estava mudado.

—Porque eu não tenho namorado. —Ela disse dando de ombros.

—O que?—Eu e a Dora paramos de andar.

—E isso mesmo.—ela seguiu em direção do quarto.Nos a seguimos.—Eu dei um belo pé na bunda do Victor.—Ela deu uma risadinha malvada.—Acho que estamos 1 x 1.

—Então e por isso que o Beto voltou a falar com você.

—Não. Eu voltei a falar com ele, e diferente.—Ela piscou para nós.

Isso tinha que ser coisa da Bell mesmo.

Entramos dentro do quarto.

—O que e isso?—A Bell perguntou olhando para uma caixa branca ao pé da porta.—Para Sarah.—Ela leu em voz alta.

Eu corri ate a caixa curiosa o que poderia ser.

—Abre logo.—A Dora falou sem necessidade.

Eu abri a caixa e tirei de lá um lindo vestido vermelho tomara que caia, e bem curto.

—MAS que lindo.—A Bell babou.

—Meu deus você vai ficar um arraso.—Dora disse deslumbrada enquanto eu mesmo nem sabia o que pensar.—Tem algum bilhete

Eu revirei a caixa ate encontrar um pequeno cartão.

Para um noite especial.

Beijos.

Thiago.

PS. Estarei te aguardando ansioso.

—Eu acho que essa ele já ganhou.—A Bell disse colocando o vestido na sua frente e olhando no espelho.

—Ele esta usando de tudo pra te reconquistar.—A Dora disse sonhadora.

—É eu sei.—Eu disse pesarosa.

O Thiago tinha deixando eu me vingar dele. Isso era um fato. Ele sabia que eu nunca o perdoaria na festa. Mas eu não esperava que ele fizesse tudo isso por mim. Se eu fosse eu nunca poderia dizer não para ele de novo... mas também se eu não fosse isso era obvio que ele não iria me perdoar mais.

Droga o que eu ia fazer.

A noite chegou calma e silenciosa, eu ainda estava me debatendo internamente, apesar de eu ter certeza que de qual era minha decisão.

O vestido havia ficado perfeito em mim, eu estava me sentindo deslumbrante, mas isso não evitava o bolo de borboletas se debatendo dentro do meu estomago.

— Aonde vai ser o jantar?—A Bell perguntou me trazendo para a realidade.

Eu olhei confusa para ela. O Thiago não havia me tido nada, em nenhum dos bilhetes haviam sido mencionado isso.

—Eu... não sei.—Admiti por fim.

—Como não sabe?—A Bell disse assustada.

—Ele não disse nada em nenhum dos bilhetes.—Eu expliquei.

—Quem sabe ele vem te buscar aqui.—A Dora falou.

Eu suspirei aliviada. Provavelmente isso devia ser verdade.

—Para de andar de um lado para o outro você vai acabar afundando o chão.—A Bell disse impaciente comigo.

Eu me sentei, olhei pela milésima vez no relógio que marcava nove hora.

—Ele não vem.—eu disse por fim.

—Claro que vem.—A Dora tratou de me animar.

—Meu Deus.—A Bell pulou da cama assustada.—E se ele achar que você sabe aonde é o jantar.

—Como assim?!—Perguntei confusa.

—Ele pode ter pensado que colocou o lugar aonde você se encontraram, mas esqueceu, e agora pode estar de esperando lá. Entendeu. —ela perguntou aflita.

—Mas ou menos. —Eu me levantei. —Mas o fato é que melhor eu desistir. —Eu disse indo para o banheiro.

Alguém bateu na porta naquele exato momento.

—Vai abrir.—A Bell disse apontando para  a porta, meu estomago revirou pesadamente enquanto eu caminhei até a porta.

Surpresa. Era isso que ficou estampado no meu rosto. Não havia ninguém do outro lado. Eu olhei para as meninas ainda com a porta aberta.

—O que foi?—A Bell perguntou levantando a cabeça.

Eu me afastei para ela ver através da porta, ela se levantou e caminhou até a porta.

—Cadê ele?—Ela olhou para os dois lados nos corredores.

Eu dei de ombros.

—Deve ter sido um engraçadinho qualquer.—Eu disse preste a fecha a porta.

—Espera.—A Dora gritou, olhei assustada para ela.—E essa flor no chão. —Meu olhar acompanhou o dela, havia uma única rosa vermelha no chão.

Eu me abaixei para pega-la com os meus dedos trêmulos. Havia mas outro bilhete.

Siga as rosas.

Thiago.

Eu olhei para Bell.

—O que esta esperando.—ela disse para mim, eu sorri e sai para o corredor.

A escola estava praticamente vazia, as rosa me levam para fora da escola, eu hesitei por um tempo, quando eu vi um rosa do outro lado da rua. Mas acabei indo depois a próxima rosa estava enfrente de uma porta simples, parecia ser apenas um quarto, eu olhei para os lados a rua estava movimentada, mas eu não reconheci nenhum rosto, eu bati na porta com as mãos tremulas.

A porta foi aperta no mesmo instante, mas ninguém apareceu.

Eu entrei o lugar era perfeito, havia uma pequena mesa posta, velas iluminavam todos os lugares, uma musica suave.

—Sarah.—O Thiago apareceu atrás de mim.

Eu me virei lentamente para me deparar com aquele sorriso que faziam minhas pernas tremerem.

—Eu tive tanto medo que você não vim-se.—Ele pegou a minha mão seus olhos percorreram meu corpo com um olhar travesso.—Você esta encantadora.—eu fiquei mais vermelha do que meu vestido.

Ele me puxou pela cintura colando nossos corpos, seu rosto estudava atentamente o meu, um tremor violento percorreu o meu corpo, seus lábios colaram no meu, em um beijo urgente apaixonado, eu senti tudo a minha volta rodar... eu podia me esquecer do mundo.

O Thiago se afastou um pouco, cheirando os meus cabelos. Nesse momento a porta foi aberta violentamente, eu dei um pulo para trás enquanto o Thiago me prendia mas ao seu corpo me segurando firmemente. Levantando a cabeça para ver o que estava acontecendo.

—Isso não vai ficar assim?—A Amanda entrou gritando.

Meus ombros tombaram. Aquela historia nunca ia ter fim não.

—Vai embora.—o Thiago disse em um tom severo.

—Nem morta.—A Amanda gritou parando na frente do Thiago desafiadoramente.

A porta foi aberta novamente, e desta vez o Beto e o Pedro entraram correndo, o rosto assustado, o que diabos estava acontecendo ali?

—Nos tentamos impedir. —O Beto disse para o Thiago.

—Sai Amanda. —O Thiago pediu novamente.

—Não você vai me escutar agora Thiago.—ela disse gritando.

—Ou você sai agora ou eu vou te arrastar para fora.—eu nunca tinha visto o Thiago falar daquele jeito.

—Experimenta.—Ela disse tirando uma faca não sei da onde colocando no próprio pescoço. Eu estremeci o Thiago entrou na minha frente.

—Escuta aqui Thiago você não vai ficar com essa garota idiota.—Ela disse olhando com ódio para mim. Aquela garota era um psicopata

—Isso não é de sua conta.

—Você prometeu que ficaria comigo, você disse que eu era especial...

—Você acreditou?— O Beto perguntou em tom de deboche.

—Isso foi antes de eu conhecer a Sarah.—O Thiago disse.

—Eu não vou ficar sozinha nessa.—A Amanda agora chorava descontroladamente.

—Você vai achar alguém que realmente goste de você. —  A voz do Thiago era dura fria.

—Não eu não vou.—A Amanda gritou em resposta.—não depois do que você fez comigo, você destruiu a minha vida, não pense que eu vou sofrer as conseqüências sozinhas...—Agora o pranto no seu rosto era abundante ela gritava aquelas palavras confusas enquanto lágrimas jorravam em profusão por sua face.

A confusão estava estampada no rosto de todos ali.

—O que você esta falando?—o Thiago perguntou.

—Manda essa garota ir embora.—ela disse olhando com ódio para mim.

O Thiago segurou com mas força a minha cintura.

—A Sarah não vai a lugar algum.—Ele disse se virando para mim, eu balancei a cabeça feliz por ele parecer me querer por perto.

—Thiago.—O Pedro disse em um tom que pedia para ele reconsiderar mas o Thiago o ignorou.

Amanda deu dois passo parando bem na minha frente.

—eu vou acabar com você.—ela apontou a faca no meu peito, a cor fugiu instantaneamente do meu rosto, meu estômago contraiu perigosamente.

—Para com isso Amanda. —O Thiago exigiu segurando firmemente sua mão.

Ela se afastou.

—Você não me entende. Você não me entende.—ela gritava a plenos pulmões.—ela colou a faca no rosto do Thiago, ele não se moveu.—Você destruiu a minha vida...

—Por Deus Para com isso Amanda.—O Beto pediu impaciente.

—Eu vou acabar com isso logo. —Ela disse em um sussurro se virando para me encarar. Então suas mãos voaram no meu cabelo, seu rosto estava contorcido pelo ódio. No instante seguinte a faca estava colada no meu rosto.

—Solta ela.—O Thiago exigiu o horror estava estampado no seu rosto.

—Não.—A Amanda falou ironicamente pressionando mas a faca sobre a minha face, eu senti o metal frio rasgar minha carne, meu corpo tremia em solavancos. Lagrimas começaram a descer.

—Para com isso, por favor. —eu sussurrei apavorada.

—Você é a única culpada disso tudo.—A Amanda cuspia aquelas palavras, enquanto um fio fino de sangue escorria pelo metal da faca.—Se não fosse por você ele ainda estaria comigo.

—Você... Você sua desgraçada.—Amanda começou a murmurar, chorando compulsivamente. Aquilo estava, mas parecendo uma cena louca de um filme de terror.

—O que você quer Amanda. —O ele perguntou suas mãos se fecharam em punhos.

—Você não pode ficar com essa vaca. —ela tremia enquanto aquelas palavras escapavam de sua garganta, eu olhei suplicante para o Thiago, o medo já havia tomando conta de cada célula do meu corpo, eu não sabia do que ela era capas. —Você não pode ficar com ela e me deixar assim, não depois de tudo que você fez comigo... Não depois de ter destruído a minha vida.

—Solta ela Amanda vamos conversar. —O Thiago tentou negociar, mas sua voz estava carregada de tensão.

—Nãoooooooo. — Ela puxou meu cabelo com mais força, um gemido escapou dos meus lábios. —Eu estou fazendo isso para o seu bem.

—Para agora Amanda. —O Thiago gritou.

Ela o encarou de volta.

—Será que você não entende... Eu não queria isso. —Ela olhou para mim para o Thiago. —Eu não vou enfrentar isso sozinha, isso também foi responsabilidade sua... Ninguém faz um filho sozinho.

As palavras dela ecoaram por todo quarto, eu senti como se tivesse levado um chute no estomago.

—O que?—O Thiago murmurou seu rosto pálido contorcido pela confusão.

—Eu estou grávida. —A Amanda gritou a pleno pulmões. A faca escorregou de suas mãos e ela soltou meus cabelos cobrindo o rosto com as mãos.

Meus olhos pararam no rosto do Thiago, O olhar dele parecia sem foco, como se ele não pudesse ver mais nada a sua volta, seus ombros caídos, seu rosto pálido sem reação como se estivesse debatendo intimamente para acreditar no que acabara de ouvir.

Meus olhos correram para a Amanda, que continuava a chorar e a murmurar coisas como “eu vou suportar isso sozinha” eu desci meu olho até a sua barriga escondida atrás de uma blusa bata. Uma corrente de tremores me percorreu, o chão pareceu fugir dos meus pés enquanto as palavras “Eu estou grávida” ecoavam na minha cabeça como trovões em noite de tempestade.

—Por favor, não abandona o seu filho.—A Amanda pediu, e pela primeira vez o Thiago pareceu se dar conta que não estava sozinho ali, ele abaixou o seu rosto perturbado para Amanda depois desviou até a barriga que ela alisava com a mão.—Se você me abandonar, você estará matando seu filho...

Eu senti como se tivesse sido golpeada na cabeça. Um dor terrível parecia triturar meu coração... O Mundo parecia ter literalmente desabado sobre mim.

—Agora somos uma família.—Ela disse aquelas palavras, eu senti novamente um dor insuportável me atingir enquanto ela pendurava no pescoço do Thiago.—Nós três.

Eu não consegui ver o rosto do Thiago, mas suas mãos a envolveram automaticamente pela cintura, um desconforto crescente pulsava dentro de mim. Eu era realmente um estorvo ali, eu não pertencia a aquele lugar, o Thiago seria pai... pai não dava para acreditar... teria responsabilidade, eu não parecia estar presente no seu futuro... onda de dor me torturou, Amanda estava certa, ele nunca mas seria meu, eu dei dois passos para trás não suportando vê-lo assim tão ligado a ela. Eu trombei em uma cadeira, derrubando-a. Quebrando assim o silencio aterrorizante que havia se formado.

Pela primeira vez ele pareceu tomar consciência da minha presença, ele olhou para mim seus olhos ainda perdidos agonizantes.

 —Sarah.—ele chamou meu nome mas sua voz não passou de um murmuro.

—Não Thiago.—A Amanda disse como se lesse seus pensamentos.—Não há mas espaço para ela na sua vida.—Aquilo doeu na minha alma.

Ele pousou seus olhos no rosto de Amanda como se discutisse internamente sobre isso, suas mãos caíram, ele se afastou dela.

—Ela tem razão Thiago. —Aquelas palavras saíram rasgando da minha garganta. —Eu não pertenço mais a sua vida.

—Não, não Sarah...

Era dolorido demais continuar ali, eu me virei e sai o Thiago agarrou meu braço antes que eu pudesse chegar até a porta.

—Por favor, Sarah. Não faz isso.

—Me deixa Thiago. —eu disse aquilo deixando as lagrimas escorrerem livremente pela minha face embaçando minha visão.—Vai ser melhor assim...

—Mas... —Ele parecia confuso, olhou sobre os ombros para a garota parada atrás dele. —eu te amo.

—Não. —Amanda grunhiu.

—Me esquece—Eu pedi aquilo era tortura demais, então eu abri a porta e sai para a noite quente às lagrimas caiam mais abundancia me cegando.

—Não Sarah.—O Thiago gritou desesperado, eu pude ver sua expressão ser tomada pelo pânico eu acompanhei seu olhar faróis do carro que vinha na minha direção em alta velocidade cegaram minha visão.Eu pude ouvir os pneus se arrastarem no chão, mas eu sabia que ele nunca pararia, não a tempo. Eu sabia que precisava me mover, mas minhas pernas não obedeciam ao comando de meus cérebros, era como se eu não estivesse mais no meu corpo.

Nada aconteceu como nos filmes, eu não vi minha vida passar diante de meus olhos e a cenas a seguir não aconteceu em câmera lenta, eu apenas senti um forte baque, alguém me empurrando com uma violência força, meu corpo voando por um curto espaço de tempo e o eu me chocando contra ao chão duro e frio.

Eu fechei meus olhos, um dor terrível me invadiu, o barulho de algo se chocando  ecoou pela noite, e eu percebi que não era o meu corpo, eu levantei minha cabeça tonta, tudo a minha volta rodava, a gritaria começou como que instantaneamente, meus olhos ficaram presos no outro corpo imerso no chão, a poucos metros de distancia do carro preto.

Thiago... Não, não podia ser. Ele não se movia, não parecia que respirava... Eu forcei meu corpo a se mover, outra onda de dor penetrou meu corpo.

—Sarah, você esta bem?—Alguém me perguntou, eu tentei localizar o dono daquela voz, mas tudo a minha volta começou a escurecer.

—Thiago. —Eu forcei minhas cordas vocais a trabalharem mas a minha voz não saiu mais do que um sussurro.

—Ele... —A voz hesitou, eu me debatia internamente para não me afogar na escuridão, mas ela era mais forte do que eu, e acabou me envolvendo me deixando na escuridão total...

 


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Notas finais do capítulo

O que vc acharam... hem hem
Preciso saber.



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