Pulsos Atados escrita por Anayra Pucket


Capítulo 25
Capítulo 24 – Toques Amistosos - Mariana




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Fiquei por volta de 5 minutos encolhida sobre as grossas raízes de um carvalho enorme e antigo até ouvir um ruflar de asas ao longe.

Mentalmente agradeci pela minha audição aguçada e praguejei a minha choradeira que me fez perder distância de Gabriel, mas não hesitei em me recompor e reativar a adrenalina no meu sangue. Nem preciso falar o quão estranho era não sentir um sinal mínimo de cansaço ou exaustão né? No âmbito do momento, eu não me deixei submeter à estranheza que minhas habilidades acarretavam no meu entendimento, apenas continuei firme naquele ritmo irado de Bella Cullen recém transformada.

Não demorou quase nada para eu ouvir os berros dele.

– MARIANA!

Buscando uma forma de me agilizar ainda mais, tentei acumular toda a minha vontade de estar longe de tudo, mas por hora, aquele era o meu limite. Quão rápido Gabriel podia ser?!

– Me deixa em paz! - Gritei despejando injustamente toda a merda que fedia à beça, além do que estava conseguindo suportar, para cima dele depois de saber quem era meu pai.

Voltando a chorar compulsivamente, atirei meu corpo para o alto, rumo a um galho grosso que ficava a uns 3 metros de altura acima de mim. Agarrei-o com destreza, sem tempo para sentir orgulho do que acabara de fazer, desesperada para escapar de qualquer um que ainda quisesse me despedaçar ainda mais. Porque era assim que eu me sentia fisicamente e espiritualmente: despedaçada!

Como uma "macaquinha" eu saltei, dessa vez ficando em uma posição tipo Naruto Uzumaki, como uma ninja em perfeito equilíbrio sobre a árvore. Eu me retia em uma posição favorável e então saltava para outro galho rapidamente, sem me render.

Gabriel continuava insinuando coisas por trás de mim, só que eu não o escutava. Não só pela euforia, mas pelo ódio que se conservava interiormente. Uma sugestão martelava sem cessar a minha cabeça: Por que não se vingar desse Deus falso que prometeu bondade e ofertou maldição? O que podia ser mais justo do que isso?

Fiquei surpresa ao matutar que eu já havia percorrido, através de um atalho, o centro do terreno e que a saída me aguardava próxima. Senti um alívio ao pensar em me livrar dos galhos finos dos arbustos não podados que me marcavam com vergões doloridos, mesmo com os meus lampejos melhorados.

Essa doce camada de alívio se esvaneceu quando o som muito próximo de asas manifestou-se bruscamente, me forçando a olhar para trás.

❀◕‿◕❀

Diminuí um pouco o ritmo da correria para visualizar todos os arredores em busca de algum rastro ou movimento, porém só havia aquele som esbravejador. Ele podia ficar invisível?

Gabriel estava há segundos atrás me perseguindo e eu conseguia dizer onde ele estava sem ter que avistá-lo, mas agora eu estava totalmente desorientada, sem fazer a menor ideia de onde vinha aquele barulho avassalador.

Não consegui desempenhar bem o meu raciocínio, e temendo que fosse aquela forma de besta denominada meu pai me perseguindo mais uma vez, voltei a focar para frente na ânsia desesperada de sair de lá, agora por pavor. Estava dando tudo de mim, quando dois braços agarraram meus ombros com força, me parando alguns longos segundos depois, sendo arrastado pelo impacto comigo também, mas sem me soltar.

Soltei um grito de cólera e horror, sem coragem de abrir meus olhos imaginando garras e presas. Porém sem ser capaz também de impedir minha curiosidade, meus olhos se abriram e caçoaram algo, enquanto eu me tremia dos pés à cabeça, mas tudo o que encontrei foram aqueles olhos azuis. Eu sei que deveria ter ficado hipnotizada por eles como de costume, mas a pelugem que se movia atrás dele roubou minha total atenção. Eram asas.

Elas eram negras como a noite sem estrelas, majestosas, lindas e primordiais. Eu as acariciei meio compulsiva, sem acreditar no que via e sentia.

Aquelas asas eram tão macias, sedosas e...

– Mariana... - Gabriel murmurou levantando meu queixo com a mão, forçando-me a olhar para sua face - Nunca mais faça isso comigo de novo.

Sua voz estava rouca, transparecendo-se incrivelmente serena e amorosa, presa à beira do choro. Seu corpo estava colado no meu, portanto, senti que ele respirava com força.

Devagarzinho, me dando tempo para aceitar aquilo ou não, Gabriel abaixou sua cabeça de encontro a mim, apoiando apenas a sua testa suada contra a minha. Não recuei de forma alguma, e foi aí que ele tornou a encostar o seu nariz ao meu, roçando-o com um beijo esquimó.

Sem me permitir revigorar o fôlego perdido, ele se inclinou ainda mais até encontrar meus lábios, tocando-o primeiro ternamente com o polegar e depois com a boca, ainda de modo tênue, como se esperasse alguma reação da minha parte em avença disso.

Não me dando por vencida, não hesitei e agarrei sua nuca para firmar o encaixe das nossas bocas ainda mais. Na ponta dos pés, saboreei aquele beijo e deixei tudo o que sentia por aquele cara fluir e me consumir por inteiro.

Uma de suas mãos desceu para minha cintura para depois ficar pousada no meu traseiro, não de modo estúpido, claro! A língua dele acariciava picantemente a minha, enviando chamas por todas as minhas células e meu peito inchava de excitação para tê-lo ainda mais.

Ele mordiscou meus lábios e senti seu sorriso sem nem precisar romper a escuridão das minhas pálpebras. Odiava admitir o quanto estava dividida entre dois caras, e pra piorar tudo, eram dois irmãos.

Aquele beijo era intenso, alcançou sem dificuldades a minha alma. Tudo que eu temia naquela hora era só que tudo não passasse de um sonho. Se bem que eu queria que a Profecia e Emilly fossem parte de um sonho fantasiado pelo meu psicológico, mas se fossem, então aquele anjo também seria...

Sutilmente aninhei minhas unhas. subindo desde a nuca até seus cabelos encharcados de suor (não, eu não sentia um pingo de nojo disso), fazendo uma carícia e convertendo-a também como prova do que sentia.

Em resposta ele se chacoalhou ligeiramente como se tivesse tido um calafrio, e me pegando totalmente desprevenida, começou a aprofundar ainda mais o beijo, como se isso fosse realmente possível sem incluir algo a mais.

Senti-me como se estivesse nas nuvens... no melhor dos meus sonhos! Mas isso acabou tão rápido quanto chuva em deserto.

Bruscamente eu me afastei dele, arfando e uivando com outra dor formigante. Só poderia ser o Processo de Transição!

– Emilly?

Quando ele me chamou repetidamente pelo nome daquela cretina, Gabriel acendeu o pavio que estava calmo em mim. Senti toda aquela névoa entorpecente carregada de felicidade se dissipar em um segundo, sendo trocada pela fumaça de alerta de um vulcão em erupção. Como ele tinha a capacidade de me persuadir tanto?

Esperava de coração que a Profecia e tudo mais não me arranjassem um transtorno de bipolaridade, se bem que era exatamente isso o que estava ocorrendo. Uma hora eu achava que precisava de espaço e tempo de todos, e em outro eu desejava com fervor ocupar todo esse limite de espaço e tempo com os dois caras! Soa tão ridículo, medíocre e infantil, como uma garotinha entrando na puberdade.

– Não. Me. Chame. Desse. Nome! - Expeli com veneno, revelando o meu estado bipolar pra ele.

Pisei falso ao tentar me afastar de seus braços protetores e caí feio de bunda no chão, pra variar! Não me poupando de sua gentileza, ele se prontificou a me ajudar, mas eu recusei. No que antes me confortava, agora me incomodava os efeitos colaterais daquele beijo...

Ainda o desejava muito, só que eu sabia com tudo o que havia restado de mim que eu precisava mantê-lo longe, pois a partir dali as coisas só piorariam. Eu tinha que ir pra casa.

– Preciso ir embora - Bufei já de pé, evitando o contato visual.

Gabriel deu uma leve hesitada antes de me responder.

– Ótimo, eu te acompanho até sua casa - Propôs docilmente.

– Eu quero ir sozinha! - Gritei com frustração em massa - Por favor... Realmente necessito estar sozinha.

Mordi meus lábios com força, à custa de todo vigor para não voltar com o pé atrás. Eu era mais do que capaz de não ser controlada pelo remorso, porque estava fazendo tudo aquilo pelo próprio bem dele.

O que mais estava me fazendo odiar aquela situação era o fato de que aqueles gêmeos não eram apaixonados por mim, só que pela criatura que me habitava de um outro lado.

Tinha uma má notícia para ambos: Eu não era a Emilly!

Sem mais enrolações soube que minha covardia era demais pra eu enfrentar mais aquela verdade. Estava em uma emboscada feia, oscilando sobre um precipício que possuía um lado bom e ruim. Tipo, se eu me atirasse de encontro ao seu vácuo não saberia se me chocaria com a parte boa.

Aquele redemoinho homogêneo de indecisões que já estava me parecendo familiar me cercou enquanto eu corria mais uma vez, sem ousar entrever seus olhos magoados e feridos pelo ego.

❀◕‿◕❀

"Será que você o ama mesmo ou é Emilly que faz isso por você?"

Neguei, neguei e neguei aquela questão inquietante no momento em que atravessei o limite do terreno. Permaneci parada por um tempo me apoiando curvada sobre os joelhos, sentindo remorso e me enrijecendo ao ouvir aquela voz distante na minha cabeça outra vez.

~”Mariana...” - Sem sombra de dúvidas era ela.

"O que você quer?" – Entoei meus pensamentos com autoridade e confiança, mesmo internamente me sentindo fraca e insegura.

~"Quero sua ajuda pra nos libertar dessa maldição... seríamos muito poderosas se nos uníssemos."

Uma risada inesperada me regeu por alguns instantes.

"Agora você quer vim ser minha amiguinha?"

Emilly não me respondeu, então aproveitei a deixa para ignorá-la e continuar o caminho em um ritmo mais lento. Segui alguns metros adiante quando sua voz voltou pra me assombrar.

~"Você topa? Sim ou não?"

"Como eu poderia fazer isso?" - A pergunta foi inevitável.

Um breve silêncio pairou no ar e quase fui capaz de ver seu sorriso malicioso e arrogante.

~"É simples, basta dar lado a esse ódio que está aos poucos tomando proporção de você."

Inclinei minha cabeça para o lado, raciocinando tudo.

"Então isso é obra sua não é? Esse meu transe bipolar de uma hora amar as pessoas da minha vida e em outro o desejo de cometer algum ato cruel... como descontar minha ira sobre eles"

Quem riu dessa vez foi ela, melódica e quase suave.

~"Você não sabe mesmo discernir quais são as minhas emoções e as suas né?"

Não respondi, pois ela sabia muito bem a resposta, e no instante me mantive ocupada considerando outra coisa. Sangue. Matar.

As imagens horrorosas de Richard se rastejaram até mim, os tênues detalhes, a maneira como ele estava estirado ao chão. E pensar que eu tinha mesmo acreditado que a bebida teria me dado coragem para cometer uma crueldade dessas. A assassina era Emilly, não eu e para satirizar ela era uma parte de mim!

"Posso te fazer uma pergunta?..." – Respondi-a com outra pergunta.

~"Você acabou de fazer"

Rolei meus olhos.

"Vou entender isso como um sim. – Eu a ignorei mais uma vez - Como você pôde me controlar no dia do jantar do Richard se eu não senti ódio nem nada semelhante?"

~"A julgar pelas suas excelentes notas na escola você não deveria ser tão burrinha né? Não se lembra da Profecia? Quanto mais você se aproximasse de saber do passado, mais eu poderia me apossar de você."

"Mas... eu não lembro disso"

~"A necessidade insaciável de destruição vem de mim jumenta! Eu sou o caos, eu sou a futura exterminadora desse mundo! Quando sua cabeça vai entender isso?"

Tinha de admitir que havia sido burrice da minha parte não ter matutado isso antes.

"Bom, sim você será a destruidora se EU for fraca"

Emilly riu novamente de forma grotesca e sarcástica.

~"SE você for fraca? Faça-me um favor! Sua mente é tão fácil de ser manipulada quanto retalhar manteiga derretida!"

Cocei o alto da minha cabeça sentindo uma prévia de dor e estresse. Será que era impressão minha ou eu estava virando pessimista além de bipolar?

"Escuta Emilly, eu não me lembro muito bem da Profecia agora. Não dá pra você ser um pouco mais clara e objetiva no ponto?"

Um suspiro interno ecoou por mim.

~"Vou recitar parte por parte do que eu quero dizer e gastar o meu precioso tempo pra tentar enfiar algum raciocínio lógico na sua cabeça de lesma. Lá vai: O Processo de Transição é o tempo que vai levar até que sua necessidade por destruição comece, ou seja, o tempo que vai levar até que eu consiga te dominar e tomar o seu corpo. Vai dizer que você não tinha entendido que eu era a personificação da cobiça por mais crueldade? A outra parte fala que quanto mais você souber ou se relembrar sobre o seu passado, mais rápido isso vai acontecer. Naquele dia do jantar, pode-se concluir que seu espírito estava frágil. Você tava tão assustada por tudo aquilo estar acontecendo, desde a fuga sobrenatural do terreno, bem como o salto e o equilíbrio inacreditáveis que você teve naquela noite na laje. E mais o que você sentia a respeito dos dois anjos... Você entrou no Processo de Transição assim que viu Gabriel aquele dia no terreno, então eu te digo que o que possibilitou a minha possessão sobre você foi isso: O Processo! Bom, com certeza você ainda não lembrou de tudo, por mais esse motivo aqui vou eu perder meu tempo te adiantando mais algumas coisas, como por exemplo a transformação do seu corpo."

"O quê? Transformação do meu corpo?"

~"Não vem querer chorar no meu ombro, só estou te dando essas informações porque é parte do meu interesse que você saiba. O seu corpo de humana, ao chocar-se com a minha possessão e instintos bestiais irá sofrer essa transformação. Relaxa, a sua aparência não vai mudar, mas o seu organismo sim. Na verdade, ele já está mudando faz tempo, e não é nem porque eu o roubei na noite do Deluzze's, aparentemente isso também é consequência do Processo."

"M-mas no que meu organismo está mudando?" – Gaguejei assustada.

~"Eu tenho cara de quem entende isso? Só sei que ele está se adaptando às minhas necessidades e preferências. O resultado é a aparição de uma lasquinha dos meus antigos poderes."

Zombei-a com uma gargalhada sonora e alta.

"Fala sério, por que você tem que ser tão odiosa? O que te faz pensar que o mundo gira ao seu redor e que tudo se curva aos seus pés e à sua vontade?"

~"Eu não vou discutir com a minha própria casca, tudo o que eu tinha pra falar eu já falei."

Uma raiva me percorreu tentadamente.

"Não fale comigo como se você fosse superior a mim. E não me chame de casca só porque eu abrigo a sua alma fétida e repudiada em mim."

~"Você quer que eu te olhe diferente? Então junte-se a mim! Você cede a essas emoções fracas e..."

"Suas emoções, por sinal" – Eu a cortei ali mesmo - "Até porque que eu me lembre seu coração nem sempre foi de pedra e inatingível. Você até mesmo foi atrás de Deus pra ser boazinha lembra?"

~"Não mencione o passado" - Ela vociferou contra mim - "Eu não sou mais assim, esse lado meio humano agora pertence à você. Em mim só reside as Trevas e o mal."

"Ah claro!"– Eu proclamei em tom sarcástico - "Vou fingir que acredito nesse papo furado"

Nessa hora eu tentei cortar a conexão que nos mantinha ligadas, só que não consegui.

~"Não tenta fugir não, quem comanda tudo aqui sou eu e ainda não terminei com você. Escuta aqui garotinha, você está sendo uma otária de ceder a essas emoções. Isso é fraqueza! Não vai te trazer lucro em nada, já se eu e você nos juntássemos seríamos invencíveis! O mundo seria todinho nosso. Poderíamos nos vingar de Ariel e Gabriel, depois de fazer os humanos pagarem por todo o pecado que cometem em razão da nossa própria satisfação depravada, por nos fazer pagar um preço tão alto devido a um mísero clamor de desespero que fizemos à um Deus que é obcecado por justiça... Podemos finalmente ter a paz que merecemos."

Paz...

Era tudo que eu queria pra mim naquela hora. Queria mesmo estar em casa sem ninguém por perto pra me atormentar.

Dei uma cambaleada segundos antes de uma vertigem me pegar desprevenida (sim mais uma), sendo precedida de várias voltas do espaço em que me encontrava. Aí a velocidade começou a aumentar e aumentar até eu perder toda a sensibilidade dos meus sentidos, tudo de uma forma muito, muito rápida, até que fui arremessada com tudo sobre uma cama.

Abri meus olhos e esperei tudo voltar pra mim e entreolhei aquele lugar onde estava agora, e minha boca caiu de espanto ao ver que eu estava justamente no meu quarto agora. Pra garantir que não estava delirando eu toquei no meu abajur, depois na parede, na cômoda, no guarda-roupas... Tudo era real.

– O que acabou de acontecer? - Sussurrei emitindo meus pensamentos.

~"Mas... o quê? Como... co-como? Como uma mortal pode...?" – Emilly estava tão confusa quanto eu.

Dessa vez meu radar captou o sinal do que estava ocorrendo mais rapidamente.

Eu havia acabado de me teletransportar! Sim, eu podia controlar o poder dela sem que eu perdesse o controle ou domínio do meu corpo! Estava prestes a dar cambalhotas, até que ela pirou de vez.

~"Não! Isso é impossível, sua desgraçada, como ousa?! Você não pode se beneficiar dos meus poderes assim! Deve haver riscos... A Profecia dizia que a Reencarnação teria que lutar contra o seu próprio ódio!"

"Talvez você tenha me subestimado, Emilly. Talvez a própria Profecia, ou melhor, quem a designou tenha duvidado da minha força, todos duvidaram por eu ser uma mera humana."

~"Deus não comete erros! Mesmo que Ele permita loucuras para cumprir Seu propósito jamais erraria algum detalhe! Tudo o que Ele profetizou vai se cumprir sim queira você ou não. Aceite isso e poupe o seu suor."

Foi ali que tomei a decisão mais inusitada da minha vida.

"Pare de me dizer o que eu devo fazer, porque enquanto houver chance ou a mínima possibilidade de me livrar desse fardo, eu vou lutar. Não vou recuar na guerra e nem entregar a minha vitória. Eu vou lutar com tudo o que eu sou para me livrar e acabar com você, aliás, todos vocês. E isso inclui o seu Deus arrogante e egoísta."


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