A Nova Seleção escrita por Giovannabrigidofic


Capítulo 28
Fora dos eixos


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!! Tudo bem com vocês?! Espero que sim ^^ Finalmente saiu o capítulo e confesso que foi triste escrevê-lo.
Mas também estou feliz porquê recebi uma ma-ra-vi-lho-sa recomendação da
Lervitrín8!! Meu coração parou, linda! Obrigada pelo carinho, por acompanhar a fic até aqui e não desistir! Você é D+
Também agradeco a Sanchine Happy, The Queen, Kamille, lala Di Angelo, Louquinha Negra, Kyubi, Queen of Diamonts... vocês que me motivam a continuar a fanfic!
Mesmo não seguindo á risca a ordem de narração, essas são as selecionadas que narrarão nos próximos caps:
Monyra
Katie
Kauê
Barbara
Luna Scarlett
Espero que gostem do capítulo e boa leitura!



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Anteriormente em A Nova Seleção...

— Se a encontrarem, por favor, diga que eu estou procurando-a. - Disse mais calmo.

Saímos da ala médica. A postura de Karl estava rígida e seu rosto, preocupado e aflito.

— O que aconteceu? - Perguntei.

— È a Katie, ela sumiu.

(...)

Artigo 1

Quando pensávamos que não poderíamos receber notícias ainda mais tristes, surpreendemo-nos com o ataque rebelde contra o palácio. O ataque durou cerca de meia hora e destruiu o primeiro andar do castelo. O que mais nos preocupa esta manhã é que seis selecionadas foram dadas como desaparecidas:
Eliza Cahi, Clarissa Lovegood, Thalita Walquer, Kristen Van Der Ville e Angela Christinny. Além de uma criada. Queen Faller da casta Dois foi ferida mas passa bem. Com o susto e incapaz de continuar na competição, a selecionada Catherine Afonso, Daysi Bartzen e Amanda Joy Michalka se eliminaram. Esperamos ansiosamente por notícias das selecionadas e esperamos que elas estejam bem.

Temos em mãos que o primeiro Jornal Oficial com as selecionadas ocorrerá na próxima segunda feira ás oito da noite.

(...)

Artigo 2

O laudo da morte da falecida selecionada Stacie Johnson foi finalmente apresentado. Os pais da ex modelo nacional declararam que a moça teve uma parada cardíaca, o fato é que não se sabe a causa de tal acontecimento, afinal não havia nenhum antecedente na família. Aguardamos por mais notícias.

—Reportagem por Emily Monroe

(...)

Selecionada Angela

Sentia a mão forte segurar meu cabelo enquanto me arrastava pelo chão. Ele estava encapuzado e com roupas grossas. Sentia o sangue escorrer por minha testa e meu couro cabeludo formigar. O homem me jogou no chão e despejou o tufo de cabeço meu que tinha em mãos ao mau lado. Encolhi-me quando ele chutou minha barriga, ouvi seu riso e tentei me levantar, em vão.

— Inútil! - Gritou, jogando-me no chão novamente.

Senti um arranhão em minha perna, senti um pouco de terra molhada no corpo e tentei olhar avistar o castelo. Estávamos no meio do mato, depois do muro. Cenas de quando meu pai agredia minha mãe e a mim invadiram minha mente e um tremor percorreu meu corpo. Não queria passar por aquilo novamente. Não queria ter mais cicatrizes.

— Pode parar, coloque esta junto com as outras.

Engoli em seco olhando na direção da voz forte. Um homem alto e de capuz tinha a atenção direcionada á mim. O outro me pegou pela mão e me levantou bruscamente. Tentei acompanhar seu ritmo e não tropeçar nos galhos que estavam no chão.

— Vamos! Ande logo. Esse tempo no palácio vez você se tornar um estorvo, Angela.

Estremeci. Como ele sabia o meu nome? Talvez o fato de ser selecionada e estar sob os holofotes os fizesse saber sobre mim. Ele segurou firme em meus braços e me vendou, ao longo do caminho pude ouvir o choro fino de alguma outra garota. Ainda lembrava de Queen correndo ao meu lado e dela colocando o braço na minha frente quando me apontaram a arma. Dela me empurrando e se esquivando e correndo, quando meu tornozelo torceu e pedi para ela continuar. Todos podiam pensar o que quisessem dela, mas ela era uma boa garota, pelo menos não deixava outra morrer, isso já era o bastante para mim.

Apesar de não saber o que iria acontecer comigo, continuei andando.

Meu corpo foi jogado com força e meus joelhos atingiram o chão frio.

— Se tentarem sair, já sabem.

Tirei a venda a após alguns segundos e encontrei as outras selecionadas. Quatro competidoras e... Katie.

— Katie? - Engatinhei até ela. - Seu rosto estava vermelho e algumas cicatrizes no braço mostravam que ela levara uma surra. Sua camisola marrom estava surrada e uma das alças fora rasgada.

— Eu estou bem - murmurou.

— Eu quero sair daqui - choramingou Clarissa Lovegood.

Aconcheguei-me entre as garotas para nos mantermos aquecidas. Abracei Katie e enquanto ela soluçava baixo. Foram horas dentro da cela no meio do mato até vermos os homens voltando.

— Então, qual será a primeira? - Um deles disse ameaçadoramente.

— Acho que a loirinha... - riram.

Clarissa deu um grito agudo e se encolheu.

— Não adianta fugir, linda, chegou sua hora.

Abriram a cela e puxaram Clarissa para fora. Ela se esperneava e tentava se soltar em vão.

— Pegue aquela ali também - o mesmo homem que tinha dito para que parassem de me bater, disse, apontando para Eliza.

Eliza logo foi levada junto e os homens desapareceram.

— Por favor, me deixem ir..  Eu imploro - ela começou a se debater. - Eu faço o que quiserem.... Por favor...

— Você irá fazer o que quisermos - o homem que a pegou pelo braço disse. - Vamos.

A cela foi fechada e engoli em seco. Agora, só restavam Thalita, Kristen, Katie e eu e eu não fazia ideia do que fariam com Clarissa e Eliza. Não queria pensar no pior.

(...)

Sebastian

— Qual o seu problema, Sebastian?! - Meu pai gritou. - Entenda de uma vez por todas: nós não iremos atrás delas, entendeu?

Bufei.

— Cinco selecionadas desapareceram e você acha não acha isso importante? - Indaguei, nervoso.

— Você sabe muito bem que entrar no território dos rebeldes seria suicídio, nem um exército inteiro conseguiria escapar! - berrou.

— Eu não me importo! Precisamos trazer as garotas de volta!

A porta se abriu.

— Abaixem imediatamente o tom de voz - minha mãe nos olhou seriamente. - Decidam isso como homens que são.

— Esther, saia daqui, estes não são assuntos com que você deva tratar.

— Não sairei - negativou com a cabeça. - Cale a boca Marcus - ergui a sobrancelha ao ver minha mãe falar aquilo. Meu pai engoliu em seco, provavelmente também nunca a ouvira falar daquele modo. Estou cansada de ouvir ordens suas desde o ataque, iremos resolver este problema de forma respeitável.

Suspirou.

— Uma criada também foi levada. E Sebastian - olhou-me ternamente. - Não podemos ir neste momento buscar as selecionadas, seria muito arriscado. Mas prometo que farei com que em breve tenhamos notícias delas, tentarei achar alguma solução.

— Esther, você não deve se meter nestes assuntos, eu já disse! - meu pai passou as mãos nervosamente sobre os cabelos.

— E você acha que ser rainha consiste em apenas tomar chá com os convidados ou fazer obras de caridade? Ser rainha vai muito além disso, já deveria saber disso, não lembra do exemplo de sua mãe?

Silêncio. Engoli e em seco, ouvindo apenas o som das nossas respirações e os ponteiros do relógio. Minha mãe tocara num assunto delicado demais e com certeza ela sabia o que estava fazendo já que continuava impassível fitando Marcus.

— Sai daqui Sebastian. - disse meu pai, encarando minha mãe friamente.

— O que você vai fazer? - indaguei.

—-Sua mãe e eu iremos conversar, acho que ela se esqueceu das suas funções por aqui.

Minha mãe não moveu um músculo e assentiu para mim.

— Vá. - disse ela. - Fique com Rosie e acalme-a.

Sai apreensivo e relutante da sala de reuniões. Meus pais tinham um casamento sólido e não vazio. Eram raras as vezes que eu os vira discutindo, mas nunca daquela maneira. Clary Klíphius era a mulher mais corajosa que Greshtor já vira, tanto que deu sua vida para salvar a de uma pessoa que sequer conhecia enquanto fazia uma passeata fora do palácio onde houve um tiroteio, não cheguei a conhecê-la mas só pelo fato de meu pai nunca falar nela, acreditei o quão importante ela era para ele.

Caminhei para o quarto de Rosie e vi a porta encostada.

— Como está se sentindo, pequena? - Sentei-me ao seu lado na cama.

— Eles pegaram no cabelo da moça - Rosie coçou os olhos.

— O que?

— A moça de camisola marrom, eu vi. - Rosie tinha o olhar vidrado no ursinho de pelúcia cor-de-rosa.

— Sabe me dizer como ela era? - Perguntei, cauteloso.

— Eu não lembro, Sebas.

Abracei Rosie e beijei o topo de sua cabeça. Ela vira uma das selecionadas serem levadas e deveria estar em choque.

— Vou ficar aqui com você, ok?

Rosie assentiu e apertou a pelúcia.

— Você vai trazê-las de volta, não é? - sussurrou ela.

Não respondi. Queria poder que sim, eu faria de tudo para que as meninas voltassem sã e salvas para o palácio, mas se até minha mãe achava arriscado expor nossos soldados além do muro, quem era eu para discordar?
(...)

Selecionada Queen

— A senhorita está melhor? - disse o médico, enquanto terminava de enrolar o esparadrapo em meu braço.

— Estou.

— Bom, foi um tiro de raspão, nada com que deva se preocupar. Tente não movimentar muito este braço, irei receitar alguns analgésicos e pomadas para caso se a ferida começar a formigar ou doer.

Assenti e desci da cama. Minha camisola estava amarrotada e suja de sangue, mas eu me recusava a trocar pela roupa de hospital. Uma das minhas criadas havia acabado de sair para buscar meu robe e mesmo assim eu não me sentia bem em sair da ala hospitalar e ter que encarar os outros feridos.

Ainda me lembrava da arma sendo apontada para Angela e de empurrá-la quando o rebelde nos cercou. Eu não sentia tanta dor física, porém sentia culpa por não tê-la ajudado a entrar no abrigo junto comigo quando inesperadamente ela caiu e disse para eu continuar.

— Precisa de mais alguma coisa, senhorita Faller? - minha criada trouxe o robe e me ajudou a vesti-lo. - Irei junto com você para o quarto.

— Eu quero ir sozinha - falei rispidamente.

Confesso que não queria muitas vezes ser assim, má e rude com as pessoas. Eu não agia assim por costume, hábito ou por apenas ser daquele jeito, era algo que eu usava contra as pessoas para que minha mãe se orgulhasse de mim, talvez.

Ajeitei alguns fios do meu cabelo e rumei até meu quarto. Embora o primeiro andar do palácio estivesse destruído, os guardas e criadas limpavam tudo e alguns encarregados pareciam colocar novas janelas - já que muitas estavam quebradas. Subi as escadas até o segundo andar, onde avistei Monyra e Alyna conversando.

— Está doendo muito? - Perguntou Kamille, saindo do quarto ao lado.

— Um pouco. - dei de ombros.

— Como aconteceu? - disse. - Desculpe a intromissão, não precisa responder se não quiser.

Suspirei.

— Estava correndo pelo corredor quando trombei com Angela, tentamos procurar algum abrigo e então os rebeldes nos atacaram. Ela não está no palácio por minha culpa.

— O que está querendo dizer? - Kamille me olhou incrédula.

— Eu deveria tê-la ajudado, compreende? - Desviei meus olhos dos seus. - Não estou me sentindo bem, Kamille, com licença.

Entrei em meu quarto e fechei violentamente a porta. Eu não queria ser a culpada pela morte de Angela, se algo acontecesse com ela, a culpa por não ter feito mais estaria comigo sempre.


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Notas finais do capítulo

Não me matem, esperem pelo próximo capítulo kkk, o próximo será pior e bem mais emocionante :3
Enfim, espero que estejam gostando.
Como o príncipe não pode ficar sem encontros, resolvi passar a lista dos próximos encontros dele para vocês ;) :
Kamille,
Beverly,
Monyra e Samantha
Não fique chateada se sua selecionada não apareceu, tenho um plano especial para cada uma na fic!
Espero que tenham gostado! Beijos e até o próximo, flores



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