Ela acordou com um sacolejar familiar, então, logo reconheceu que o avião estava pousando. Ao olhar pela janelinha, viu um sol fraco, o que não seria comum em seu país, e alguns prédios ao redor do aeroporto.

— Sophie, já acordou? Estamos pousando filha.

— Já tô acordada sim, mãe — respondeu ela enquanto dava um jeito no seu cabelo desgrenhado

Após o pouso do avião, ela e a mãe foram saindo devagar. Ao chegarem na sala de bagagem, pegaram suas malas e foram para a saída do aeroporto em busca de um táxi. Ao chegarem no bairro que a mãe descreveu para o taxista, a filha logo notou que era um bairro de classe média alta e que havia casas muito bonitas. Após o táxi parar em frente a sua nova casa, Sophie desceu do carro e a observou bem. Não era a mais luxuosa do bairro, mas era muito bela.

— Então filha, lar doce lar. O que achou? — perguntou a mãe assim que pegou todas as bagagens de dentro do táxi

— Bom, eu ainda não vi por dentro, mas ela possui uma aparência muito bonita. — respondeu ela enquanto admirava a casa — Enfim, deixa eu te ajudar com essas malas, mãe.

Assim que entraram, a mãe ligou as luzes, apresentando uma casa ampla e aconchegante. Sophie logo correu por todos os cômodos, na curiosidade de conhecê-los todos de uma vez só. Todos eles eram lindos e repletos de moveis e aparelhos eletrônicos , mas o que mais chamou atenção dela foi o seu quarto. Era todo verde claro com um piso de madeira. Apenas em uma parede possuía uns desenhos na cor branca e todo os moveis eram brancos.

— E aí, filha? O que você achou? — perguntou a mãe ao entrar no cômodo

— Eu amei, simplesmente lindo! E graças a Deus você não colocou aquele rosa extravagante, mas sim a minha cor favorita. Obrigada mãe! — agradeceu, a abraçando

— Que bom que você gostou, filha. E não, eu nunca mais irei colocar aquele rosa em parede nenhuma dessa casa, pelo amor de Deus — falou rindo

Após guardar todas as roupas e organizar todo o quarto, Sophie foi tomar seu banho e só assim percebeu que em seu quarto também havia um banheiro, coisa que não havia em sua antiga casa. Depois do banho, vestiu uma saia e uma blusa, no estilo boho, com uma botinha de cano curto, pois tinha combinado com a mãe que iria na pracinha que havia visto enquanto passaram de táxi, há duas quadras de casa. Levou apenas uns trocados para comprar alguma coisa e saiu.

— Tô indo mãe, beijo.

— Tchau filha, volta cedo!

Ao sair de casa, notou que o sol estava começando a esfriar, lembrando-a de ter colocado uma roupa mais aconchegante. Mesmo assim, ela continuou seu trajeto até a praça. Ao chegar lá viu que havia apenas algumas crianças junto dos pais. Depois de observar bem, viu um pequeno café aberto e entrou. Sentou-se em uma mesa mais afastada e pediu um capuccino. Enquanto esperava, olhou para as pessoas ao seu redor e notou uma em especial. Ela parecia-se com alguém.. Mas quem? Logo ela lembrou! Com o Felipe. Mas ao olhar bem para o garoto, percebeu que era apenas mais uma ilusão da sua mente. "Maldito, até aqui me persegue", pensou a menina, e achava Julie que seria fácil da amiga esquecê-lo..