O reino das rosas. escrita por Lord JH


Capítulo 42
Instinto e sabedoria.


Notas iniciais do capítulo

Meg e Diana discutem termos importantes sobre a relação das duas.



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O castelo estava quieto e calmo como sempre. Diana andava calma e tranquilamente pelos longos corredores confusos da mansão.

O buquê de flores douradas em sua mão direita exalava um doce odor de primavera, e a Duquesa, esperta como sempre, planejava receber doces beijos e belas palavras em troca do singelo presente.

Então, ao abrir a porta do laboratório da baronesa, Diana avistou Meg sentada em sua mesa, lendo um pedaço de papel semelhante a alguma carta ou documento importante.

Para a baronesa mais bela de todas estas terras! — Falou Diana ao se aproximar e oferecer o buquê de flores douradas para Meg.

Quanta bondade a sua. — Agradeceu a Baronesa sem muito entusiasmo.

Nossa.... Não gostou? Achei que flores douradas sempre fossem as suas favoritas. — Falou Diana fingindo estar magoada.

E são! Pelo menos por agora que precisamos do pólen delas. Mas como você sabe que eu sempre prefiro as rosas. Elas são belas, vermelhas e espinhosas. Assim como você. — Falou Meg ao pegar o buquê da mão de Diana e dar uma inspirada em seu doce cheiro.

Diana desconfiou um pouco das palavras da baronesa, e após se sentar sem pudor algum na mesa, perguntou — Como assim? Estás me chamando de espinhosa?

Não. — Respondeu Meg rapidamente. — Apenas de perigosa. Onde está Jennifer? — Perguntou a baronesa tentando desviar do assunto.

Ela está no jardim, brincando com o Brown, o cachorro fedido dela. — Respondeu Diana sem nenhuma delicadeza.

E ela está bem? — Perguntou Meg com um olhar penetrante.

Claro que sim! Nós fomos caçar coelhos, não ursos. — Respondeu Diana confusa.

Me lembro bem. Mas mesmo assim achei melhor perguntar, pois qualquer caçada com você pode se tornar perigosa. — Comentou Meg enquanto ajeitava o seu pequeno óculos em seu fino e pequenino nariz.

Diana não aguentou ouvir mais nenhuma provocação da baronesa, e sem nenhuma delicadeza, perguntou — Escuta aqui, você tem algo para me dizer? Pois se tiver fale logo! Não gosto de joguinhos desse tipo.

Meg suspirou lentamente e após retirar os seus óculos por um breve instante, falou — Já que você deseja assim... Que assim seja. — Falou a baronesa ao jogar a carta que estava em suas mãos para Diana.

O que é isso? — Perguntou a duquesa ao abrir e começar a ler a carta.

Margarete: — Não sabe? Engraçado, pois esperava que você pudesse me explicar o que esta carta fazia em sua mesa de escrivaria no alto de sua torre, dentro da gaveta de sua mesa, mesmo ela sendo uma carta enviada para mim.

Diana gelou ao perceber que era a carta que tratava do assunto do barão Luiz e da morte do rei, e em uma tentativa fútil de tentar enganar a baronesa, a duquesa perguntou — Quem lhe entregou esta carta? 

Meg cruzou os braços e ao encarar o olhar azulado de Diana, respondeu — Ninguém! Eu mesma á encontrei em sua gaveta. Ou você acha que pode esconder segredos de mim dentro deste castelo? — Zombou a baronesa ao fazer uma pergunta retorica.

Diana riu e após entregar a carta novamente a Meg, comentou — Muitos considerariam isto invasão de privacidade.

Invasão de privacidade!? — Esbravejou a baronesa ao se levantar furiosamente. — Esta carta era para mim! Você a roubou e a escondeu de mim! Muitos neste lugar morreriam por menos, mas você eu não posso executar, não sem um bom motivo. E agora eu quero muito isso! Saber ou descobrir um bom ou excelente motivo.

Mesmo você sendo tão inteligente não conseguiu pensar em um bom motivo para eu ter escondido esta carta de você? — Perguntou Diana em zombaria.

Eu penso em vários! Mas qual deles foi? A notícia da morte do rei ou o meu pai? — Perguntou Meg furiosa.

Você sabe que foi o seu pai... — Sussurrou Diana ao tentar acariciar o rosto de Meg com carinho.

Não me toque! — Esbravejou Meg ao segurar os dedos e a mão de Diana com força. — Se você soubesse a vontade que eu estou de cortar esses seus dedos e essa sua língua pecaminosa e mentirosa dessa sua boca linda, você não ousaria me tocar ou me provocar por durante uma semana.

Diana sorriu ao sentir a raiva nas palavras e o ódio no olhar da baronesa. E ao se levantar da mesa levantou o seu vestido e retirou uma adaga de prata com pomo em formato de cabrito e á entregou para Meg, dizendo — Então faça. Este é o seu castelo e esta é a sua vontade, ninguém aqui irá contra você ou lhe impedirá de fazer isso.

Meg ficou paralisada e empalideceu quando Diana pegou as suas mãos e posou carinhosamente a adaga em suas mãos a ajudando a segurar e aproximar a lamina de seu peito.

O que você está fazendo? — Perguntou Meg assustada com ato de loucura de Diana.

Ué, eu estou ajudando você a conseguir o que quer. Vamos lá! Corte-me. — Falou Diana ao pousar a lamina fria e afiada por sobre o seu pescoço. — Prometo a você que não é tão difícil. Você só precisa mover a sua mão lentamente ou rapidamente, do jeito que você quiser, e pronto! Eu vou sangrar e em alguns minutos, ou quem sabe, segundos, eu estarei morta. Pratico não?

Meg tremeu de nervosismo e temor, e após puxar a lamina para trás e com rapidez, perguntou — Você está louca? Você sabe muito bem que não posso matar você aqui!

E por que não? Já falei, ninguém vai desconfiar ou acusar você. Você é a baronesa deles, tudo o que você quiser ou disser se tornará verdade. Se for as provas que lhe preocupam, não se preocupe. Eu posso escrever uma carta fazendo parecer que foi um suicídio de amor. É uma morte honrada não? Morrer por amor... — Sussurrou Diana com um olhar de quem não temia a morte.

Você é idiota por acaso, você morre na minha mesa e no meu laboratório e espera que os outros acreditem que foi suicídio? Você é mais burra do que eu esperava. — Comentou Meg ao jogar a adaga no chão.

Você tem razão! Talvez eu possa me matar do meu quarto. Ou você pode armar uma armadilha ou emboscada para mim na floresta. Escolha a forma e a maneira minha baronesa, e assim o farei. — Falou Diana ao apanhar a adaga caída no chão.

É mesmo? E você me obedeceria mesmo que eu mandasse você se matar? — Perguntou a baronesa de maneira irônica.

Claro que sim, minha baronesa. Você dúvida? — Perguntou Diana com um sorriso sínico no rosto.

Sim! Eu duvido. O que você faria se eu mandasse você se jogar da janela da torre ou da varanda do meu laboratório? — Perguntou Meg tentando ganhar o jogo de intimidação com Diana.

Eu assim o faria. — Respondeu Diana sem hesitar.

Meg sorriu sadicamente e após coçar o queixo e recolocar os seus óculos, a baronesa falou — Então faça! Pule da varanda do meu laboratório. Isto é uma ordem!

Diana sorriu ao perceber a tentativa de intimidação de Meg, e ao entrar em seu jogo, falou — Assim farei, minha princesa. Peço apenas para que me dê um doce beijo de despedida. — Pediu a duquesa ao se aproximar lenta e carinhosamente do rosto da baronesa.

Toque-me com esses seus lábios imundos novamente eu enfiarei uma adaga bem afiada neles. — Ameaçou Meg sem nem sequer desviar o olhar frio e gélido do rosto e do olhar de Diana.

Você não teria coragem... — Sussurrou a duquesa ao insistir em permanecer com a ideia do beijo.

Eu disse não! — Gritou a baronesa ao esbofetear o rosto de Diana, lhe deixando uma marca de mão vermelha em sua bochecha. 

Então que assim seja! Sem beijo de despedida. Como a minha baronesa quiser. — Falou Diana ao se locomover até a varanda acompanhada por Meg.

Daqui está bom, minha baronesa? Esta altura lhe agrada? — Perguntou Diana ao subir no parapeito da varanda e abrir os braços sem medo.

Quando você vai parar com isso? — Perguntou Meg com raiva no olhar.

Apenas quando a minha baronesa quiser, ou quando eu cair. Eu apenas faço o que a minha doce e pequena baronesa deseja. — Falou Diana ao fechar os olhos e sentir o vento frio lhe tocar o rosto suado e delicado.

Eu te odeio... — Murmurou Meg enquanto algumas lagrimas escorriam pelos seus olhos encharcados de agua.

Então colocarei um fim na fonte de seu ódio agora. — Falou Diana ao levantar um dos pés e posiciona-lo ao ar.

Pare!!! — Gritou Meg ao agarrar e puxar a duquesa para trás á derrubando por cima de seu pequeno corpo.

Por que mudou de ideia, minha baronesa? Estávamos tão perto e próximos de pôr um fim no seu sofrimento. — Argumentou Diana ao abrir os olhos novamente.

Eu te odeio Di... — Chorou Meg ao abraçar fortemente o corpo da duquesa mais velha.

  Então por que não me deixou partir? — Perguntou Diana ao se sentar e olhar para o chão.

Porque eu te amo! — Respondeu Meg ao retirar os óculos para limpar as lagrimas de seus olhos.

Pensei que você havia dito que me odiava. — Murmurou a duquesa ao olhar nos olhos da jovem garota loira.

Eu te amo! E te odeio. Eu te quero, e te desdenho. Não permitirei que você saia de perto de mim até pagar a sua dívida que você tem comigo. — Falou Meg ao se jogar nos braços da duquesa e chorar profundamente.

E que dívida seria essa? — Perguntou Diana confusa enquanto acariciava os belos e curtos cabelos dourados da jovem baronesa.

O seu amor por mim. Está é uma dívida que você terá que me pagar me servindo eternamente. — Respondeu Meg antes de beijar carinhosamente o queixo da duquesa.

Se essa é a dívida então eu a pagarei com muito gosto. — Sussurrou Diana ao acariciar o rosto da baronesa e lhe roubar um beijo dos seus doces lábios.

Di.... Promete que nunca mais vai esconder nada de mim? — Murmurou e pediu Meg enquanto aconchegava o rosto nos seios jovens e recém-formados da duquesa.

Não posso prometer aquilo que não posso cumprir.... Todos nós temos algo que queremos esconder dos outros. Se eu escondi aquela carta foi para o seu próprio bem. — Respondeu Diana de maneira sincera.

Mas você não pode me esconder da verdade! Nós temos que ir até lá resgatar o meu pai! Ele ainda pode estar vivo. — Implorou Meg com os olhos cheios de lagrimas.

Eu sei disso! — Gritou Diana ao perder a paciência. — Acha que só você está preocupada? O meu pai e o da Eli também estão lá! Acha que eu não me preocupo ou penso neles durante a noite? — Esbravejou Diana ao deixar escapar uma lagrima sem querer do seu olho esquerdo.

Então por que você não me contou? Por que você mentiu para mim? Por que você não fez nada? — Perguntou Meg desconsolada.

E você acha que eu não fiz nada? No dia em que eu recebi a mensagem mandei dois soldados meus, guardas de elite do meu pai, para atravessar o deserto vermelho nos cavalos mais rápidos até chegarem nas minas de Miriac, e adivinha só? Eles não retornaram! Então tive que pensar em outro plano. — Respondeu Diana de maneira sincera.

E qual foi este plano? Tchunf! — Perguntou Meg enquanto fungava e limpava o nariz com a mão.

Eu pedi para que a Eleanor voasse até lá e checasse a situação para mim. — Respondeu Diana com um pouco de remorso.

Meg: — Então a Eli...

Sim. Ela não foi para o norte. Ela está no reino dos espinhos neste exato momento tentando encontrar um caminho para acharmos os nossos pais. — Respondeu Diana sinceramente.

Mas você ficou louca!? — Gritou, esbravejou, e bateu Meg com a mão no rosto de Diana novamente e em fúria.

Puf! — Cuspiu um pouco de sangue Diana após receber o golpe. — Você está ficando forte. Gostou de bater foi?

Como você teve coragem de fazer isso? Você tem noção do que acabou de dizer? Será que você tem a mínima ideia da tamanha idiotice que você fez, sua estupida!? — Esbravejou Meg furiosa.

Por que tanta fúria? Apenas mandei a pessoa mais capacitada e em quem mais confio resolver e observar um problema para mim. Não vejo o que tem de tão mal ou errado nisso. — Argumentou Diana ao se levantar lentamente.

Você não ver mal algum nisso? E se a Eleanor morrer, Diana? Ao contrário de você a Eleanor nunca pegou em uma espada na vida! Pelo o que eu bem sei você pode tê-la enviado para a morte. — Argumentou Meg ao se levantar e recolocar o óculos no rosto.

 Hahahaha... — Riu Diana alto como nunca. — Eu não enviei a Eli para batalhar ou enfrentar milhares de imps. Eu a enviei para vistoriar e nos trazer informações sobre o inimigo. Então para de paranoia e confie um pouco mais na nossa amiga nortenha. Assim como eu confio nela.

Meg então percebeu a verdade nas palavras de Diana, e após se acalmar um pouco, abraçou a duquesa e lhe beijou o rosto, na região da parte em que ficara marcada a mão da garota loira.

Você tem razão Di.... Me desculpa por ter te machucado. Eu não queria... — Sussurrou Meg ao chorar novamente.

Tudo bem amor. Para falar a verdade eu estou acostumada a ser maltratada assim. Sem falar que as punições dos meus antigos mestres eram bem mais dolorosas. — Zombou Diana ao acariciar o cabelo de Meg e suspirar e se inebriar com o cheiro de seu pescoço.

Mas eu não sou a sua mestra... — Murmurou Meg extremamente triste e desapontada consigo mesma.

Você é sim! A minha mestra, a minha rainha, a minha baronesa e a minha princesa. Você é a minha vida... Meg. — Segredou Diana antes de beijar profundamente a menina loirinha.

O beijo foi longo, saboroso, e molhado, devido as lagrimas da jovem baronesa. Porém depois de muita troca de caricias, beijinhos apaixonados, e muito carinho, a baronesa Margarete perguntou — E agora? O que nós podemos fazer?

Diana acariciou os seus curtos cabelos loiros novamente, e falou — Apenas esperarmos e confiarmos em nossa amiga condessa. Ela é a nossa única esperança.

E você acha que ela vai voltar? — Perguntou Meg um pouco esperançosa.

Acho? Eu tenho certeza! Ela nunca se atreveria a me desapontar. — Respondeu Diana com falsa certeza no olhar.

Eu espero que você esteja certa. Eu não quero perder uma das minhas melhores amigas. — Segredou Meg ao dar um beijo no pescoço doce e cheiroso de Diana.

Não se preocupe! Você não vai perder. Eu prometo. Mas que tal agora nós irmos tomar um bom, belo e longo banho? Acho que nós estamos um pouco fedidas após rolarmos tanto no chão agarradas uma a outra. — Comentou Diana ao dar um beijinho no olho esquerdo da jovem baronesa.

Concordo. Mas é você quem está mais fedida! Por ter ficado caçando por aí. Hunf! — Resmungou Meg ao fazer pose de orgulhosa.

Você tem razão. Mas depois de nosso banho, eu pretendo jantar muito bem, e depois disso eu pretendo passar o resto da noite acompanhada por minha bela, sábia e bonita baronesa. Fazendo absolutamente o que ela quiser... — Sussurrou Diana ao abraçar Meg por trás e lhe mordiscar a ponta da orelha esquerda.

Hêhehe.... Não se esqueça que eu ainda estou com raiva de você. E muita! Eu estou com muita, muita raiva. — Comentou Meg ao se virar, ficar nas ponta dos pés, e roubar um beijo doce e profundo dos belos e sensuais lábios da duquesa vermelha.

Hihihi.... Talvez você possa me punir.... Você ainda tem aquele chicote? — Perguntou Diana ao descer a sua mão e acariciar uma das nádegas do bumbum de sua jovem amada.

Tenho, mas acho que não pretendo usá-lo hoje... — Sussurrou a sábia baronesa ao beijar e acariciar o corpo de Diana novamente.

Então o que nós vamos fazer hoje? — Perguntou Diana com um olhar extremamente pervertido e encantador.

Meg sorriu e ao aproximar os lábios do alto ouvido da duquesa, sussurrou — É segredo... Hihihi...

 


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Notas finais do capítulo

Continua... (Comenta ai meu beloved critico. Rsrs)



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