Lembranças escrita por Candy


Capítulo 38
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoas em primeiro lugar gostaria de pedir desculpas , por demorar tanto tempo assim para atualizar a fanfiction .Era para esse capitulo ser maior mas já que faz tanto tempo que eu não atualizava a historia,resolvi postar assim mesmo !! E dependendo de como vocês reagirem a ele,tento postar a continuação até quarta !!
Beijoos e espero que gostem!!
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GOSTARIA DE DEDICAR ESSE CAPÍTULO a Kerolin
Muito obrigada amor , pela linda recomendação !!



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PDV Daniel

Foi tudo muito rápido.

Primeiro houve o disparo,depois os gritos,seguido pela correria e por fim o sangue .

Três horas antes do incidente!

Phoebe era o ser mais irritante que existia no universo, eu sinceramente não conseguia entender como Chuck agüentava minha irmã.

—Não me deixe falando sozinha Daniel.-Reclama a baixinha,me seguindo.-Se você já tivesse entregado a lista com os nomes dos seus convidados,não iria precisar invadir a sua privacidade,e não teria visto aquelas fotos.

—Então a culpa é minha?-Ironizo,sem conseguir acreditar em como seu raciocínio funcionava.

Já a alguns dias Ebe vinha enchendo minha paciência,com esse assunto.Ela queria que eu entregasse logo os nomes dos meus amigos para a festa,só que com a semana de prova na faculdade e o trabalho na Grey´s, isso não se tornou minha prioridade.Fazendo a baixinha ter a terrível idéia de entrar no meu quarto e procurar ela mesma uma lista não existente com os nomes dos meus convidados, só que ao invés de encontrar o que desejava, ela acabou vendo nos arquivos do pen drive, fotos antigas de Harry e eu cheirando cocaína.

—Exatamente.-Replicou ela,cruzando seus braços.-Daniel,eu escutei a mamãe contando para o papai  sobre o saquinho de cocaína que Gail encontrou no seu cesto de roupas suja.Como também fiz ela me contar,no outro dia,o restante da história.-Revelou,me fazendo encolher um pouco os ombros.-Ver essas imagens,foi algo impactante não surpreendente.-Até que ponto do meu passado,Ana havia narrado para Phoebe?-Além do mais não tem motivos para você ficar bravo, eu já disse que vi apenas as duas primeiras fotos.

—Eu juro que vou te matar Phoebe.-Dizer que estava bravo seria um eufemismo pequeno perto do que realmente estou sentindo.

—Não sem antes entregar a lista com os nomes dos seus convidados.-Frisou,dando dois tapinhas em minha bochecha.

Hoje Phoebe Grey iria morrer e ninguém conseguiria me impedir de cometer esse homicídio.

—Sai da minha frente.-Não sei se foi o olhar gélido,ou o tom ameaçador que as palavras saíram da minha boca,porém não precisei repetir duas vezes. A baixinha praticamente correu para onde Christian e Ana estavam sentados tomando o café da manhã.

Alguém uma vez me disse que contar até dez de traz para frente,é uma forma natural de acalmar os ânimos.Essa pessoa provavelmente não tinha um irmão.

Precisei contar até cinqüenta mentalmente antes de conseguir passar por minha família,com a certeza que não iria atirar algo em Ebe.

—Hey...Daniel.-Gritou Christian,por enquanto que me dirigia até a garagem.

Entrei em meu carro sem esperar por Reynolds ou Webber,eu precisava esfriar minha cabeça e dirigir  sempre fazia isso por mim.Dei a partida e sai em disparada pelas ruas de Seattle,pegando o caminho mais distante até a faculdade.

Porra, Phoebe tinha visto fotos minha me drogando.

Eu deveria ter deixado o pen drive escondido em Londres,mas não,o idiota aqui quis o deslocar até Seattle. Se não fosse pela lembrança de Harry,eu já teria deletado esses arquivos há muito tempo,mais aquelas fotos e principalmente os vídeos, eram a única coisa que tinha restado do meu amigo.

Porém,eu iria encontrar um novo esconderijo para ele assim que voltasse para casa,afinal eu tive sorte,muita sorte.

Se minha irmã resolvesse ver o restante das fotos ou as gravações,iria assistir uma performance regada a álcool ,entorpecentes e lógico uma pequena orgia envolvendo eu,Cordelia,Harry e Geogina.

Soco o volante do carro,nem dirigir estava fazendo a raiva que eu sentia pela intrometida da minha irmã passar.

Duas horas e vinte minutos antes do incidente!

Não foi uma surpresa chegar a faculdade e encontrar Webber me esperando em frente há porta da minha próxima aula. O segurança alto,careca,com olhos negros profundos e naturalmente sem expressão,parecia aliviado ao me ver.

—Senhor Grey.-Cumprimentou ele,com a desaprovação evidente em sua voz.-Está atrasado.

—Pelo o que eu sabia,você é pago para me proteger e não pra cuidar da minha agenda.-Eu tinha total noção de que fui grosso, mas naquele momento não estava me importando muito com os sentimentos dos outros.

Sim eu realmente estava atrasado,mas isso era tudo culpa de Phoebe.Se ela não tivesse mexido nas minhas coisas,o dia teria começado muito diferente.

—Me desculpe pela intromissão senhor.-Webber disse em um tom de voz baixo,se recolocando ereto ao lado da porta,novamente.

Por um momento senti pena do guarda-costas,afinal,não fazia parte do trabalho dele agüentar meu mau humor.Porém,não me desculpei,apenas entrei na sala de aula,pedi licença ao professor e me sentei em meu lugar de sempre.

Uma hora e trinta minutos antes do incidente!

Eu simplesmente não conseguia entender a repulsa que a maioria das pessoas tinham em relação as matérias que envolviam números .Porra, eles eram a forma universal de comunicação, e mesmo assim são tratados como um bichos de sete cabeças.

O professor nem havia começado direito a matéria de Cálculo II e alguns amigos, já estavam resmungando que iriam reprovar.Por enquanto que eu sentia o meu mau humor exaurir.

—Daniel.-Chuck sussurrou,me fazendo desviar a atenção do professor para ele.-O que esse velho esta falando?Eu já me perdi.

Nunca vou saber se nasci com uma mente brilhante para números,ou foi Klaus que me fez gostar tanto deles.A questão é, eu podia fazer as contas mais complexas com um sorriso no rosto,sem me descabelar como o restante da população mundial.

—A potência de três de qualquer número x é o produto de três fatores de x.-Explico,apontando para as anotações do meu caderno e as mostrando para o meu amigo.-Entendeu?

Ele negou com a cabeça,olhando apavorado do PowerPoint para mim.

—Eu devia ter escutado meu avô e ter feito psicologia.-Choramingou meu amigo,antes de fechar o seu caderno com uma força extremamente desnecessária.

Uma hora antes do incidente!

O refeitório estava um pouco mais cheio do que de costume,mas nada muito alarmante.Algumas pessoas estavam ao redor das mesas comendo,mas não havia ninguém na fila o que foi uma boa coisa depois do inicio da manhã estressante e caótica que tive.

—Não pegue minhas batatas.-Protesto,escondendo o saco de salgadinhos do meu amigo.

—Hey.-Reclama Chuck,bebendo um gole do seu refrigerante.-Não seja egoísta Dan.

—Eu estou com fome.-Falo de boca cheia.

—E mal humorado.-Completa Ava,pegando um pouco do salgadinho.-Por favor ursão,nunca mais saia de casa sem tomar café novamente.

Reviro meus olhos,ignorando o pedido de Ava.Afinal  o meu mal humor vinha da intromissão da Phoebe e não por falta de comida.

—Por que a Ava pode comer e eu não?-Protesta Chuck.-E parem de usar meu apelido com a Phoebe,isso já não tem mais graça.

—Porque ele me ama.-Responde minha loira depositando um beijo estalado em minha bochecha.-Isso nunca vai parar de ter graça ursinho.

—Acredite,isso não tem nada a ver com amor.-Insinua Chuck,fazendo gestos obscenos com as mãos.-Mas por comida,o meu cú esta a sua disposição também Daniel.

—Você se vende muito fácil Bass.-Meu amigo era realmente um idiota.-Mas para o seu azar não estou interessado no seu rabo...hoje.-Brinco,piscando para ele.

Ava ri da situação,se aproveitando daquele momento para pegar mais um pouco do meu salgadinho.

—Nunca fui tão ofendido.-Replica Chuck,colocando as duas mãos no peito teatralmente.

—Pensa pelo lado bom Chuck.-Um sorriso de covinhas surge em seu rosto.-Pelo menos o mal humor está diminuindo.

Vinte minutos antes do incidente!

Muitas coisas haviam mudou em minha vida,porém,há minha aversão a leitura não foi uma delas.

Eu simplesmente tinha preguiça de ler, existiam tantas outras atividades melhores para se fazer do que essa.

 Emma até tentou mudar isso,comprando series de livros como a do Harry Potter, ou me prometendo prêmios caso eu lesse algum livro.Porém,mesmo assim eu preferi ignorar esse fato ,e esperar que saísse as adaptações para o cinema.

Quando estava no ensino médio e havia prova do livro, de história ou de alguma outra matéria que exigia um pouco a mais de leitura ,eu corria para casa de Cordelia e roubava todos os seus resumos.Pois,mesmo estudando em escolas diferentes,ela na Constance Billard uma instituição apenas para meninas e eu na St. Jude's,que aceitava somente meninos, ambas pertenciam a uma mesma pessoa,ou seja,tínhamos praticamente as mesmas aulas,com os mesmos professores, e conseqüentemente a mesma matéria.

E isso foi minha salvação muitas vezes.Afinal,foi graças aos resumos que minha ex-namorada preparava,que eu consegui me formar com honras em todas as matérias do colegial.

Agora na faculdade,eu não tinha mais Cordelia,porém eu tinha o Chuck,um verdadeiro amante dos livros e a pessoa da qual eu colava quando o professor,filho da puta ,exigia a leitura de um livro muito complexo para o meu cérebro.

Mas meu amigo não saia perdendo nessa.O combinado era:Eu faria nossas provas de calculo,ou de alguma outra matéria que exigia contas mais compostas e ele as que envolviam muita leitura.

Então apesar de estarmos tendo prova de administração antropológica,disciplina que aborda o conhecimento da sociedade, sua cultura, suas relações e forma de pensar.Eu estava tranqüilo,só tinha que ficar quieto na carteira e esperar Chuck acabar sua prova,para me passar as respostas.

Cinco minutos antes do incidente!

Muito discretamente,me inclino para baixo,e pego a prova do meu amigo,que a tinha deixado cair propositalmente.

A sala estava silenciosa,então qualquer pequeno descuido poderia me denunciar,chamando a atenção do professor até minha carteira e assim acabando com o nosso esquema.

Mas eu era um profissional quando o assunto era cola, posicionei a prova de Chuck em baixo da minha e comecei a copiar as respostas.

Porém, não deu tempo de copiar nem a segunda questão.

Um barulho estridente soprado pelo ar,invadiu a sala inteira.Nos deixando paralisados por um milésimo de segundos ,antes do pânico começar.

Reynolds e Webber invadiram a sala de aula,fazendo a onda de gritos começarem.

—Daniel.-Chamou Chuck,com os olhos arregalados.-O que esta acontecendo?

Olho para os seguranças aflito, sem conseguir dar uma resposta para o meu amigo.

As pessoas começaram a se levantar desesperadas e a saírem da sala, o professor tentou controlar a situação mas quando um novo disparo aconteceu,ele próprio tentou se enfiar no meio do aglomerado de pessoas que se formou na porta.

Não sabia de que lugar da faculdade estava acontecendo esses tiros,apenas sabia que precisava sair dali.

Seguro o braço do meu amigo,e tento achar algum dos seguranças no meio da multidão,mas por minha sala de aula em questão se tratar de um grande auditório onde se comporta 120 pessoas, não foi um trabalho fácil.

—Quebrem os vidros da janela .-Alguém gritou,e rapidamente um extintor de incêndio foi lançado,fazendo milhares de cacos de vidros se espalharem ao redor da sala.

Sem pensar muito,corro com Chuck até a janela.Comparado a porta ela poderia ser nossa melhor saída

Os cacos de vidro continuavam na superfície a ao redor da abertura ,mas era preferível nos cortar do que morrer,então mesmo com uma certa dificuldade, e alguns cortes na palma da mão,ambos conseguimos sair daquela sala.

—Meu carro.-Frisou meu amigo desnorteado.-Seu carro.Onde está?

 O campus estava uma bagunça,por onde que se olhasse era possível ver pessoas correndo apenas pelos corredores protegidos por  grossos pilares ,com medo de irem para o seu meio,e ficarem muito visível e acabar sendo um alvo fácil.

Uma menina loira desesperada empurra tanto eu como meu amigo,para conseguir passar,me fazendo lembrar que minha namorada estava no meio daquele caos também.

—Ava.-Olho ao redor,tentando encontrar minha garota no meio da multidão.-Eu preciso encontrar a Ava.

—Não seja absurdo.-Gritou Chuck,me arrastando junto com ele para um dos corredores que dariam saída para o estacionamento.-Daniel há um atirador aqui dentro e você não faz idéia de onde a Ava pode estar.O melhor a se fazer é sairmos daqui e depois quando estivermos salvos nós a procuramos.

—E se ela não conseguir sair,ou pior se ela tiver sido atingida.-Encosto na parede e obrigo Chuck a fazer o mesmo.-Eu não posso sair daqui sem ela.-As pessoas passavam por nos correndo apavoradas,algumas choravam,outras gritavam e muitas estavam feridas,machucados superficiais causados muito provavelmente na hora do pânico inicial.-Vá você sozinho,eu vou procurar a Ava.

—Não.-Ele segura meu braço,me impedindo de sair do lugar.-Ligue para ela,veja onde ela está e depois eu vou com você.

Passo a mão nos bolsos traseiros da calça mais só encontro a carteira e chave do carro.Devia ter deixado o celular na sala de aula.Olho para o meu amigo,porém não preciso dizer nada,ele rapidamente saca o celular,liga para minha loira e me passa o aparelho.

—Chuck.-Ela atende no terceiro toque.-Você está bem? O Daniel está bem?

—Sou eu Ava.-Respiro aliviado ao escutar sua voz.-Onde você está?

O terceiro disparo foi feito,seguido pelo quarto.

—Na cantina.-Replicou Ava,chorando do outro lado da linha.- Reynolds está comigo. O Webber está te procurando.

—Eu estou indo para ai.

—Não,você tem que sair daqui Daniel,eu estou segura com o Webber,apenas saia daqui.-Ela grita do outro lado da linha.-O Reynolds quer falar com você.

—Senhor Grey?-Rapidamente a voz do segurança,invade o aparelho,sem ao menos me dar a chance de me despedir da minha garota.-Onde você está?

—Perto do estacionamento leste.-Aperto o braço do Chuck,tentando passar algum apoio para o meu amigo.Apoio esse que eu nem tinha .

—Ótimo.Agora ouça com atenção.-Mandou o segurança.-Vá até o estacionamento o mais rápido possível, vou mandar Webber  encontrar com vocês lá.Mas caso você não o veja,saia daqui,não de carro,não perca seu tempo com isso.Corra para longe da faculdade o máximo que você conseguir e quando finalmente estiver em um local seguro,me ligue.Você entendeu?

—Sim.-Pego o braço de Chuck e nós coloco de novo no meio da multidão.-E quanto a Ava?

—Eu vou cuidar dela e a tirar daqui com segurança Sr.Grey. -Prometeu o segurança.-Agora faça o que mandei.

Encerramos a ligação 

E com a ajuda de Chuck,fiz exatamente o que Reynolds mandou.Fomos ao estacionamento e por sorte encontramos Webber.

—Fiquem atrás de mim.-O segurança estava armado e continha um olhar ameaçador.

O quinto disparo foi feito e com ele novos gritos surgiram,mas um em particular roubou minha atenção.

Chuck caiu no chão e começou a gritar,por enquanto que seu sangue se espalhava pela grama.Ele havia sido atingido em algum lugar entre sua coxa e joelho. Ao mesmo tempo que um homem encapuzado surgiu em nosso caminho.

Webber se colocou em posição para atirar,por enquanto que pegava meu amigo no colo e o levava para atrás dos carros o mais rápido possível.

—Isso dói para a porra.-Gritou Chuck.

Uma nova onde de tiros começou,mas eu estava mais preocupado com o meu amigo ensangüentado,do que com o barulho ensurdecedor.

Por um segundo foi como se tudo parasse e eu voltasse no tempo.Para aquela mesma festa,para aquele mesmo quarto.Eu conseguia sentir o cheiro inebriante da maconha misturada ao álcool ,a sensação de inspirar cocaína, a musica tocando ao mesmo ritmo dos gemidos perturbadores de Harry.

Ele estava ali,se contorcendo na cama,e ninguém me deixava ajudar meu amigo.Mãos firmes me prendiam por enquanto que uma espuma nojenta saia dos seus lábios e nariz.

Eu devia ter lutado mais.Foi minha culpa nós estarmos naquela festa,e eu o abandonei.

A cena poderia ser diferente,não era Harry ali,ensangüentando nós meus braços.Mais dessa vez eu não deixaria nada acontecer ao meu amigo.

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PDV Christian

Quando eu penso que finalmente consegui fechar o contrato com os japoneses,esses malditos pedem uma nova reunião.

Já iria fazer quase um mês que estávamos nessa ``dança´´, e se eles não assinassem a porra do contrato logo, teria que partir para o plano B,e começar uma negociação do zero com os Russos .O que traria um prejuízo enorme a  Grey Enterprises.

Termino a videoconferência com os Japoneses,bem a tempo de ver meu celular vibrando.

—Grey.-Replico,encostando a cabeça na cadeira e fechando os olhos por alguns segundos.

Eu definitivamente precisava de umas férias bem longa com Ana e as crianças.

—Christian Grey.-Indagou uma voz computadorizada, do outro lado da linha.-Foi difícil conseguir seu número pessoal Christian.Mas não há nada que uma boa quantidade de dinheiro não resolva.-Fico estagnado em meu lugar por um segundo,antes de recuperar minha consciência e perceber que poderia estar falando com a pessoa que causou o acidente no meu filho.-Você não pode imaginar a satisfação que estou sentido em finalmente poder falar com você.

—Você se deu todo esse trabalho para conseguir meu numero,e fica se escondendo atrás de um aplicativo barato de modificação de voz?-Provoco,enquanto mando um e-mail urgente para Taylor,ordenando que o segurança  venha para a minha sala o mais depressa possível.-Por que não para de se esconder ? Assim podemos ter uma conversa de verdade.

Ele ri do outro lado da linha.Era lógico que ele ou ela não deixariam seus egos falarem mais alto do que seu instinto de autopreservação,para revelarem a sua identidade.

—Você não está em posição de exigir nada Christian.-Afirmou o seqüestrador ainda rindo.-Sabe eu estava um pouco hesitante em  te ligar.Mas agora eu vejo que fiz a coisa certa.

Taylor entra na sala,tomando o cuidado de trancar a porta para que mais ninguém ouvisse ou nós interrompesse.

—E em que posição eu estaria?-Taylor senta a minha frente e com apenas os lábios pede ,para eu colocar o celular no viva-voz.

—Sabe Christian, hoje a manhã está tão tediosa que eu pensei que seria o dia perfeito para iniciarmos um jogo.-A ameaça estava evidente em sua voz.-Mas não tem graça nenhuma só brincarmos nós dois você não acha?-Aperto com força o aparelho,olhando para Taylor em busca de respostas que eu sabia que ele não tinha.-Então o que acha de convidarmos a adorável Anastásia,o rebelde Theodore ou a linda Phoebe para se juntar a nos?

—Se você relar em apenas um fio de cabelo da minha mulher ou dos meu filhos eu juro que te mato.-Ele ri novamente do outro lado da linha,e eu apenas não quebrei o aparelho celular em milhares de pedacinhos porque Taylor me impediu.

—Você tem um minuto para escolher,quem vai brincar com nós hoje.-O bom humor havia voltado,era como se ele ou ela estivesse me parabenizando por algo bom  que havia acontecido em minha vida, e não ameaçando a minha família.-O cronometro já esta rodando.

—O que você realmente quer?-Indaguei no tom mais calmo que consegui.Não querendo mostrar para o desgraçado que suas palavras estavam realmente me afetavam.

—Trinta e quatro,Trinta e três,Trinta e dois.-Replicou,em um tom tranqüilo,quase entediado.-Você já tem uma resposta para me dar Christian?

Puxo meus cabelos e olho desesperado para o segurança.Taylor leva seu dedo indicador aos lábios em um pedido mudo,para que eu fique em silencio.

—Cinco.Quatro.Três.Dois.Um.-Contou lentamente,numero por numero.-Já que você não quer brincar, eu mesmo irei escolher.-Avisou,encerrando a ligação.

—Taylor,mande os seguranças levarem minha mulher e filhos para a casa agora.-Ordeno,o desespero era evidente em minha voz.-Você  conseguiu rastrear a ligação?

—Já mandei mensagem para todos.Reynolds ,Lucca e Rhimes já estão apostos e vão levar a Sra.Grey, o Sr.Grey e a Srta.Grey para casa em segurança.-Afirmo com a cabeça e tento relaxar,mais isso seria impossível até eu ver que toda a minha família estava bem e segura.- Estou tentando rastrear a ligação senhor.

—Ótimo.-Olho para o relógio ,já havia passado alguns minutos  que o prazo determinado,havia passado.E tudo estava bem e iria continuar assim.-Faça o que for preciso.Quero esse desgraçado prezo e o mais longe da minha família o quanto antes possível.

Taylor abre a boca para responder,mas dessa vez é o seu aparelho celular que toca.

—Taylor.- Olho para o segurança atentamente,com medo de algo ter acontecido com Ana,Dan ou Ebe.-Certo.-Afirmou o segurança,começando a andar de um lado para o outro.-Vocês conseguem controlar a situação?-Situação,qual situação?-Se for necessário a levem para o hospital,mas se a Srat.Grey não tiver com nenhuma contusão vão direto para casa assim será mais seguro.-Srta.Grey? Ebe , minha princesinha .Ela estava machucada?-Ótimo,eu mesmo irei providenciar um medico.

—O que houve? Phoebe,está bem?-Engoli em seco,pensando em que podia ter acontecido com a minha filha.

—Um carro desconhecido explodiu em frente a escola da Srta.Grey, no momento em que ela estava saindo.- Eu mataria com minhas próprias mãos a pessoa que fez isso a minha filha.-Ela e alguns alunos se encontram inconsciente no momento.

Meu coração perde uma batida.

—Já chamaram a emergência ? Mandem levar Phoebe para o Hospital onde minha mãe trabalha.E avise Rhimes para não sair do lado da minha filha por um segundo se quer.- Especifiquei.- .-Nós estamos indo para Grey Publishing ,pegar Ana.De lá iremos direto para o hospital.-A adrenalina corria solta pelas minhas veias,eu não podia fraquejar agora minha família precisava de mim.

—Senhor Grey? –A voz da minha secretária soou pelo ramal,quebrando os meus pensamentos.

Andei até minha mesa,apertando no botão para receber a sua chamada.

—Sim,Andréia?

— Reynolds está na linha um e deseja falar com o Taylor.-Replicou profissionalmente.-Devo passar a ligação?

—Sim.-Coloco o telefone no viva-voz , afinal se algo estava acontecendo com o meu filho eu síria o primeiro a saber e daria um jeito de resolver a situação.

Mesmo pelo o telefone,era possível ouvir os gritos de desespero ,um choro constante e o barulho de passos apresados.

—Grey.

—Senhor Grey.-Reynolds parecia surpreso em ouvir minha voz.

Não era preciso ser um gênio para saber que além da minha filha, esse desgraçado havia feito algo com Daniel também.

—Situação?-Indagou Taylor.

—Invadiram a faculdade.-Um barulho de algo que se assemelhava muito a uma bala,acompanhada de gritos invadiu o aparelho celular.-Duas pessoas no máximo,e estão armados.

—Daniel,ele está bem.-Meus filhos estavam no meio de uma encruzilhada,porque um filho da puta estava se sentindo entediado?-Eu quero falar com ele.

—Ele não esta aqui agora Senhor Grey.-Falou o segurança relutante.-Nos estamos tentando o localizar.

 -Dois homens armados invadiram a faculdade que meu filho estuda e você está me dizendo que nem você ou Webber sabem onde ele esta?- Indaguei com a voz cheia de fúria.

—Com a confusão,nós acabamos perdendo o Sr.Grey de vista mas...

—Não quero desculpas.-Interrompo Reynolds.-Achem o Daniel e o leve para casa em segurança.Procurem por Ava também e a levem junto.Quando chegar em casa quero encontrar tanto o meu filho como minha sobrinha bem,entendeu? 

—Si..Sim senhor.-O segurança gaguejou.

Taylor finalizou a ligação,passando algumas instruções para Reynolds.

Olhei em pânico para o segurança,sem saber como agir em uma situação como essa.Mas daria um jeito de Phoebe e Daniel ficarem bem e voltarem para casa sem nenhum aranhão.


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