PDV Daniel

Olho para os lados desesperado a procura do meu pai , como se ele fosse aparecer magicamente dentro daquele carro .

–Calma Thed vai ficar tudo bem . – Diz uma mulher no banco da frente mas eu só consigo chorar mais ainda ao lhe escutar .

–Ligue para o Taylor , Prescott. – Fala o homem ao seu lado

–Já tentei Sawyer , mas esta sem sinal . – Responde a mulher por enquanto que o carro preto batia em nos novamente .

–Eu quero meu pai . – Digo chorando

–Daqui a pouquinho você vai estar com ele Theodore . – O homem de terno preto diz . – Tente ligar de novo , Prescott.

–Eu to com medo . – Digo entre as lagrimas e mais um vez o carro preto bate em nos .

–Não precisa ter me.... – Mas a mulher não consegue terminar de falar, o carro preto bate mas forte em nos , fazendo tudo girar para logo em seguida ficar escuro .

Abro meus olhos com tudo , dando um pulo na cama . Fico olhando para todo o quarto ,respirando fundo varias e varias vezes para tentar acalmar minha respiração ,mas o ar parecia faltar no momento .

Muito lentamente me levanto da cama e vou até o banheiro jogar agua gelado no meu rosto , dizendo para mim mesmo que tudo não tinha passado de um sonho , um sonho bem real , mas que não deixava de ser fruto da minha imaginação .

Apoio minhas duas mãos na pia de mármore branco e encaro meu reflexo no espelho , meu rosto molhado pela agua estava mais branco que o normal , meus olhos estavam com a pupila levemente dilatada e meus lábios estavam sem cor .

Não sei porque esse maldito pesadelo mexeu tanto comigo , talvez deva ser os remédios que Cordelia me deu para o meu braço , ele pode estar mexendo com a minha cabeça , mas só descobriria isso hoje mas tarde pois o sol nem se quer nasceu ainda .

Volto para meu quarto e me sento novamente na cama , não estava com vontade de dormir então apenas fecho meus olhos e fico pensando em como minha vida mudou tão de repente .Eu deixe de ser um menino com pais biológicos mortos , para ser um com pais bem vivos que pensavam que eu estava morto , o que é bem irônico na minha opinião . E bem difícil de se acreditar , mas tenho que admitir que mesmo o Christian sendo bem mala , eu gosto dele e acho que ele deve gostar de mim também pois quando o chamei de pai sem querer ele aprecia uma criança no dia do natal , de tão grande que foi o seu sorriso , já a Ana eu não tenho como colocar um defeito nela , ela é doce, amorosa e olha para mim de um jeito ,como se conseguisse ver a minha alma . E mesmo assim eu tenho uma certa dificuldade em me aproximar dela e principalmente em ver ela como minha mãe , eu sei que isso a magoa e que ela não merecia isso , mas eu simplesmente não consigo evitar . E sabia muito bem que o motivo disso tudo era a Emma , afinal sempre fui tão ligado a ela , que era como se estivesse a traindo ao tentar colocar outra em seu lugar , lugar esse que era de Ana também , e que com o tempo eu esperava do fundo do meu coração conseguir aceitar isso , e ser merecedor dos olhares tão carinhosos que ela demonstrava sempre ao me ver .

A luz que irradiava pela janela fez eu abrir os olhos novamente e esquecer por alguns estantes meus pensamentos . Me levanto rapidamente da cama para fechar a cortina , mas assim que observo a paisagem lá contida , meus planos mudam na mesma hora.

Pego uma das varias calças de moletom jogadas pelo chão , a colocando rapidamente e vou em direção ao único lugar da casa que eu ainda não conhecia e o que eu tinha mas vontade de conhecer , mas talvez por medo , ou por querer ter aquele lugar apenas para mim nunca tinha tido coragem de ir lá , mas agora que todos estavam dormindo seria o momento perfeito .

O prado era igualzinho aos meus sonhos a mesma grama verde , o sol sempre muito forte e a arvore com uma bela sombra bem em seu meio , só faltava Christian e Ana aparecerem e começarem a correr atrás de mim ou fazerem um piquenique , mas quando isso normalmente acontecia eu acordava e tudo o que eu menos queria agora era sair daqui , então com um sorriso bobo no rosto , fui em direção a grande arvore , me sentando em baixo da mesma e fiquei observando o sol nascer .

Não tinha palavras para dizer o que eu estava sentindo no momento , estar aqui era a realização de um sonho literalmente .Cheguei a passar até varias e varias vezes minhas mãos pela grama húmida , para me certificar que esse lugar era realmente real e não apenas um fruto do meu subconsciente . Com o passar dos minutos a paisagem ao meu redor foi tomando conta do meu corpo , me fazendo sentir relaxado como a tempos não ficava e os efeitos da noite insone começaram a aparecer , obrigando meus olhos a se fecharem sem o meu consentimento , e deixando a inconsciência me levar para um outro lugar .

–Daniel . – Uma voz doce fala bem baixinho próximo ao meu ouvido . – Daniel . – Ela diz novamente passando sua mão pelo meu rosto .

Abro meus olhos da forma mais lenta possível, a luz estava muito forte , o que me obrigava a piscar varias vezes antes de conseguir focar minha visão na mulher ao meu lado .

–Não é nessa hora que eu acordo ? – Pergunto com a voz um pouco rouca , observando atentamente as feições no rosto de Ana mudarem de aliviada para preocupada . – Acho que essa é a primeira vez que você rela em mim , para falar a verdade duvido que antes tenhamos ficado tanto tempo juntos .

–Você esta bem ? – Ela pergunta ainda passando a sua mão pelo meu rosto , a pousando em minha testa . –Vem vamos entrar, acho que esse sol não deve estar lhe fazendo bem .

–Fazia bastante tempo que eu não sonhava com você , com esse lugar . – Continua a dizer ignorando a sua pergunta e desviando meu olhar do seu rosto para ver o prado a minha volta . – Eu gosto daqui .

–Você já sonhou comigo ? – Ela volta a perguntar

Eu apenas afirmo com a cabeça , por enquanto que as lembranças da noite passada invadem a minha mente me fazendo corar de imediato .

–Isso não é um sonho , certo ? – Pergunto sem conseguir olhar para Ana

–Certo . – Ela responde prontamente , me fazendo soltar um grande suspiro . – Com o que você sonhava ?

Eu não respondo nada , continua apenas a olhar para frente na a mera tentativa de esconder o meu constrangimento .

–Quando você era pequeno vivíamos fazendo piquenique aqui , ou apenas víamos ver o por do sol , você adorava , e eu também , acho que aqui era o nosso cantinho especial . – Viro um pouco minha cabeça para o lado para poder encara lá – Você sentava em meu colo e me contava todo o seu dia , o que você tinha comido , quem tinha conhecido , para no final dizer que sentiu a minha falta e me dar um abraço de urso por enquanto que eu te enchia de beijinhos . – Ela sorriou com aquele pensamento ficando em silencio por um curto período de tempo . – Por isso foi tão difícil voltar a esse lugar novamente , logo após receber a noticia da sua .. da sua.... da sua morte. – Ela fecha seus olhos mas continua a dizer. - Christian até propôs vender a casa , mas eu não queria me afastar das lembranças que eu tinha de você elas eram dolorosas na maioria das vezes , mas eu preferia sentir dor do que um dia se quer esquecer do seu sorriso , não que isso fosse possível , mas aqui eu me sentia mas próxima de você .

Passo minha mão delicadamente pelo rosto de Ana, limpando as lagrimas que insistiam cair.

–Por que você está me contando isso ?

–Não sei . – Ela diz abrindo os olhos . – Talvez eu ainda não consiga acreditar que você está aqui do meu lado , vivo e tão grande . Eu tenho medo que você suma de novo , que algo aconteça ao meu menininho .

–Nada vai acontecer comigo . – Digo olhando dentro dos seus olhos , limpando ainda as varias lagrimas que insistiam em cair . – Pode ficar tranquila , pois você não vai conseguir se livrar de mim tão cedo agora Ana , sinto lhe informar .

–Eu te amo tanto Thed . – Ela diz se jogando em meus braços , enterrando a cabeça em meu pescoço , por enquanto que eu abraçava sua cintura com a mão direita e afagava seus cabelos com a mão esquerda .

–Eu sonhava com esse lugar com você com Christian , mas até pouco tempo não sabia que era vocês . – Digo afagando as suas costas . –Na realidade a primeira vez que eu vi o rosto de vocês foi o dia que eu desmaiei lembra ?

–Como assim ? – Ela pergunta quase em um sussurro

–Eu sonhava com a voz de vocês , vocês me chamavam , brincavam comigo , mas simplesmente na hora que eu me aproximava de mais ,vocês sumiam ou na maioria das vezes eu acordava . Mas isso mudou depois que eu te vi lá no hospital , a partir daquele dia meus sonhos começaram a ganhar rostos .

–Então você lembrava de nos ?

–Meu subconsciente sim , ele nunca esqueceu vocês .

Ana me aperta ainda mas forte em seus braços , e eu fiz o mesmo com ela . Não sei por quanto tempo ficamos assim abraçados e em silencio .

–Acho melhor entrarmos . – Ela diz soltando um grande suspiro . – O Christian já deve estar louco de tanto te procurar .

–Ele é muito exagerado . – Digo tirando os meus braços em volta de Ana .

–Ele só é muito preocupado com você e com a Phoebe . – Diz Ana rindo do meu comentário . –Mas eu não o culpo , também fiquei louca quando vi a porta do seu quarto aberta e nenhum sinal seu por toda a casa .

–Já passei da fase de fugir para ir em festas . – Digo rindo um pouco , me lembrando da minha adolescência .

Flash Back :

–Eu já disse que não Daniel . – Fala a minha mãe calmamente por enquanto que bebia um gole do seu chá .

–Mas todo mundo vai nessa festa . – Digo tentando controlar o tom da minha voz . – Georgina , Harry e até mesmo minha namorada .

–Você não é todo mundo . – Retruca ela rapidamente me fazendo revirar os olhos . – E duvido que Cordelia vá a essa festa sem você .

–Para você ver , que além de você estar acabando com a minha vida , vai estar acabando com a da minha namorada também .

–Daniel . – Diz meu pai me reprendendo . –Isso não é jeito de falar com a sua mãe .

–Desculpa . – Peço olhando dentro dos olhos verdes de Emma . – Mas por favor me deixa ir nessa festa .

–Já disse que não bebe . – Fala ela dando um beijo em minha testa . – Você é muito novo para frequentar esse tipo de lugar .

–Já tenho quase 15 anos . –Digo um pouco alto de mais .

–Abaixe seu tom de voz mocinho . – Diz Klaus me reprendendo novamente . – Nos já falamos que não Daniel , não a motivos para continuarmos com essa discussão .

–Que ótimo . –Me levanto da mesa , dando as costas para os dois .

–A onde você pensa que vai . – Grita meu pai .

–Para o meu quarto , ou sou muito novo para ir lá também . –Falo subindo as escadas , sem olhar para nenhum dos dois .

Pego meu celular e ligo para Harry assim que me jogo na cama .

–Dan . – Ele atende no segundo toque . – Você falo com o seus pais ?

–Sim , mas não adianto nada . – Falo irritado. – Porque minha mãe não volta a desfilar e me esquece .

–Tia Emma é muito chata as vezes . – Fala ele rindo .

–As vezes ?-Digo com ironia

–Porque você não fala para ela que vai dormir aqui em casa e ai nos vamos na festa , ela nunca vai descobrir .

–Ela não é idiota com certeza ela vai desconfiar . – Falo dando um suspiro frustrado . – Eu já falei para ela que você vai na festa e além disso é bem capas do meu pai colocar um segurança na porta de fora da sua casa .

–A onde você esta ? – Pergunta ele

–No meu quarto ,porque ?

–Fica ai mais uma hora , tenho certeza que a Tia Emma irá ai conversar com você , e se ela não for você é que vai conversar com ela , finja que você não está irritado e sim magoado . Fale que eu e as meninas desistimos de ir na festa e que convidei vocês três para dormirem aqui em casa , como nos sempre fazemos , duvido que ela irá falar não .

–Se ela deixar tenho certeza que meu pai vai mandar um segurança . – Falo irritado .

–É só nos saímos pelo elevador de serviço e não a portaria principal do prédio . Duvido que tio Klaus vai mandar algum segurança ficar lá .

–Harry você é um gênio . – Digo sorrindo igual um idiota pelo telefone.

–Eu sei disso . – Responde ele rindo . – Mais uma coisa , só traga seu pijama e identidade falsa eu te empresto uma roupa , ai não tem como eles desconfiarem mesmo .

Não sei quanto tempo fiquei deitado na cama , falando com Harry, até ouvir duas batidas na porta , para em seguida Emma passar por ela.

–Harry tenho que desligar . –Falo olhando para minha mãe .

–Tia Emma está ai , não está ? – Ele pergunta rindo

–Sim , depois eu te ligo .

–Ta bom . – Diz ele e logo em seguida eu desligo o telefone.

–Era o Harry ? –Pergunta ela se sentando ao meu lado

Não digo nada apenas confirmo com a cabeça

–Ele vai mesmo na festa ?

–Não mais . – Digo baixinho, fingindo estar magoado

–Por mais que seja difícil de acreditar , eu estou fazendo isso para o seu bem bebe . – Fala ela fazendo carinho pelo meus cabelos

Não digo nada , apenas encaro qualquer canto do meu quarto.

–Não vai falar comigo ?

–Todos meus amigos não vão mais na festa apenas por minha causa . –Falo sem encara lá

–Por que você não chama eles para vir aqui em casa ? –Propõe ela tentando me animar . – Eu mando a Srta. Parisi fazer o bolo que você tanto gosta e vocês podem ficar vendo filmes até de madrugada , ou se não na sala de musica , na sala de jogos , fazendo qualquer coisa bebe . Juro que nem eu ou seu pai vamos atrapalhar vocês .

–Harry já nós chamou para ir na casa dele . – Digo dando de ombros .

–Você quer ir ? – Ela pergunta

–Não sei , to com vergonha de encarar eles .

–Daniel Mikaelson , se levante dessa cama agora e tome um banho que eu vou arrumar as suas coisas para você poder ir no Harry . – Diz ela dando um beijo em minha testa .

Nunca pensei que fosse tão fácil assim enganar a minha mãe .

–Não sei ....

–Meu amor não precisa ficar com vergonha , isso só mostra que eles são seus amigos de verdade e tenho certeza que se fosse ao contrário você faria o mesmo .

–Seria bem mais fácil se a senhora me deixasse ir na festa . – Digo fazendo beicinho

–Não vamos discutir de novo sobre isso bebe . – Fala ela olhando no fundo dos meus olhos . – Quando você tiver idade poderá ir na festa que quiser , mas por hoje vai ter que sustentar em ir apenas na casa do seu amigo .

–Ta bom dona Emma . –Digo revirando meus olhos

Ela sorri para mim e vai em direção ao meu closet , por enquanto que eu vou ao banheiro tomar um banho .

Mais tarde naquela mesma noite fui ao apartamento do meu amigo , como eu desconfiava Klaus colocou um segurança na portaria do prédio e tivemos que sair mesmo pelo elevador de serviço , mas conseguimos ir na festa sem problema algum .

Essa foi apenas a primeira das muitas vezes que dormi na casa de Harry para poder ir nas festas ,pois com o passar do tempo , vi que não adiantava pedir , então comecei a mentir .

Fim de Flash Back

–Não era com isso que ele estava preocupado . –Fala Ana sorrindo para mim . – Mas fico muito feliz em saber disso .

Ela muito relutantemente tira seus braços em volta do meu pescoço , e eu na mesma hora me levanto do chão sentindo uma dor horrível nas minhas costas , feitas muito provavelmente pelas horas mal dormidas encostado em uma árvore .

–Vamos ? – Ofereço minha mão para Ana poder levantar . Mas ela não aceita apenas fica olhando para mim mas branca que o normal .- Você esta bem ?

–O seu braço . – Ela diz quase em um sussurro

E nessa hora eu percebo que estou apenas de calça de moletom , ou seja meu machucado estava todo exposto .

–Como ? A onde você fez isso ? Esta doendo ? Temos que te levar para um hospital . – Diz ela rapidamente ainda encarando meu machucado .

–Calma , respira Ana . –Digo ainda estendo minha mão , para ajudar ela levantar . – Eu já fiz isso faz tempo , não está doendo então pode ficar tranquila , não há necessidade para me levar em um hospital , até porque eu já estou tomando remédio e logo isso vai sumir daqui .

Não estava tão feio assim o meu braço não sei porque todo mundo tinha a mesma reação quando olhava para ele .

–Você não disse que tínhamos que entrar ? – Falo novamente , já que Ana não fazia nada além de encarar meu machucado . – Christian já deve estar tirando os cabelos lá dentro .

–Não esta doendo mesmo ? – Pergunta ela pegando a minha mão .

Apenas balanço minha cabeça negativamente e a ajudo a se levantar .

Fomos para dentro de casa em silencio , tive que passar minhas mãos pela cintura da Ana , já que ela estava tão branca que fiquei com medo dela desmaiar

–Ai meu Deus . – Diz uma senhora já de idade que eu nunca vi na vida olhando de mim para Ana . – É ele ?

Ana apenas afirma com a cabeça e dois segundos depois a mulher está me abraçando .

–Você tem o mesmo rostinho de quando era bebe . – Fala ela com lagrimas nos olhos apertando minhas bochechas

–Carla você está assustando o garoto . – Diz um senhor também de idade se aproximando de mim .

–Deixe de ser chato Ray . – Fala a mulher olhando para mim . – A onde você estava meu bem ? Estávamos todos preocupados com você .

–A onde está Christian ? – Fala Ana pela primeira vez desde que chegamos a sala .

Ela já parecia ter se recuperado do susto que foi ver meu machucado .

–No escritório Ana . – Diz outro senhor de idade sentado no sofá .

–Eu vou ir chama ló . – Diz ela , mas eu seguro seu braço no mesmo instante , não queria ficar na sala com essas pessoas que estavam me ``agarrando´´ e eu nem conhecia . Acho que ela percebeu meu desconforto pois sorrio para mim . – Daniel essa é minha mãe Carla , meu pai Raymond e meu padrasto Bob, lembra que eu comentei segunda durante o jantar que eles viriam hoje ?

Considerando o fato que segunda na hora do jantar eu só conseguia pensar na loira sentada em minha frente e tudo o que ela avia me dito, mas cedo . Era logico que eu não me lembrava que Ana tinha me falado da família dela .

Flash Back :

Tinha acabado de sair do banheiro , com apenas uma toalha enrolada na cintura , quando entro em meu quarto e me deparo com Ava sentada em uma poltrona , olhando atentamente para algumas das poucas fotos que eu tinha trazido do apartamento que dividia com Chuck .

–O que você esta fazendo aqui ? – Pergunto chamando a sua atenção, a fazendo corar violentamente assim que vê.

–Você disse que queria conversar . – Diz ela dando uma boa olhada pelo meu corpo , fazendo meu amiguinho lá de baixo ganhar vida.

–Então resolveu invadir o meu quarto ? – Pergunto sorrindo torto para a mesma .

–Não diria que isso foi uma invasão . – Fala ela , passando a língua lentamente pelo seu lábio inferior sem conseguir desviar os olhos do meu corpo , mais precisamente do meu amiguinho que estava coberto pela a toalha , mas era evidente que ele estava bem acordado aqui . – E pelo o que eu estou vendo, você ficou muito feliz em me ver .

–Isso nem se eu quisesse teria como negar . – Digo caminhando lentamente ate onde ela estava sentada .

–Porque você não vai colocar uma roupa ? –Propõe ela

–Por que ? Não a nada que você não tenha visto aqui .

Ela da um grande suspiro mas sobe o seu olhar do meu pau até , meu peitoral seguindo para meus biceps e parando o mesmo ali.

–O que foi ? – Pergunto , erguendo sua cabeça com uma de minhas mãos ,fazendo as suas esmeraldas me encararem .

Ela não diz nada apenas a ponta para meu machucado e volta a encara ló

–Me desculpa , eu vou cobrir isso . – Falo já indo em direção ao banheiro , mas ela não deixa segurando uma de minhas mãos .

–O que é isso . – Diz ela se levantando, olhando para ele atentamente . –Como você fez isso ?

–Eu cai . – Digo entrelaçando nossos dedos , olhando para seu rosto por enquanto que ela analisava meu machucado .

–Caio ? – Diz ela olhando novamente para mim , por enquanto que levantava uma de suas sobrancelhas e fazia um biquinho muito fofo .

–Cai . – Repito novamente afirmando com a cabeça .

–Como ? –Pergunta ela , sem tirar aquele biquinho de seus lábios , fazendo surgir uma vontade cada vez maior de beija lá .

–Acho que você não veio aqui para falar sobre o meu machucado . – Digo me segurando para não atacar a sua boca .

–Não mesmo , mas eu me preocupo com você . – Diz ela passando novamente a língua pelo seu lábio inferior , para logo em seguida morde ló , acabando com qualquer resquício de auto controle que eu pensei ter .

–Quer saber,que se foda . – Digo antes de encostar o seus lábios com o meus , nessa hora eu não estava pensando em Cordelia , ou que ela era minha prima , ou em qualquer outra coisa tudo que eu queria , tudo que eu precisava era dos seus lábios nos meus .

E foi como se tivéssemos nos beijado pela primeira vez , eu sentia meu coração batendo a mil , minhas mãos tremulas e talvez existisse mesmo as borboletas no estomago . Eu sentia uma felicidade imensurável , uma vontade de esmaga – la em meus braços e tornar aquele momento eterno .

Ava para minha surpresa correspondeu o beijo sem exitar , ela entreabriu a boca dando passagem para a minha língua que a invadiu , o que logo foi imitado por a dela . No mesmo ritmo lento as nossas línguas se reencontravam , se misturavam , se experimentavam , se conheciam novamente .

E tudo ficou ainda melhor quando as mãos dela , foram para os meus cabelo , o alisando e me puxando para mais perto , incentivando assim as minhas mãos a descerem para a sua bunda e a apertarem com força , a fazendo gemer e puxar meu lábio inferior com seus dentes para logo em seguida suspira e me dar um selinho , antes de separar a boca da minha .

–Você não devia ter feito isso. –Murmurou quase sem voz , mas não se afastou de mim . – Eu gosto de você Daniel , mas do que eu deveria , mas do que eu poderia , mas eu gosto . Mas não pense você que por causa disso vamos ficar de novo , vamos nos beijar de novo por enquanto que você estiver namorando . Você pode namorar uma vaca , mais ela não merece isso nenhuma pessoa merece isso . – Diz ela dando um grande suspiro . – Eu já fui traída uma vez , por isso surtei quando vi aquela noticia , não suporto traição .

–Eu nunca traria você . – Digo rapidamente olhando no fundo de seus olhos .

–Aposto que você já disse isso para a sua namorada , mas mesmo assim me beijou . – Murmura ela .

–Eu não sei o que deu em mim Ava, eu e Cordelia estamos juntos praticamente des dos meus 14 anos , terminamos apenas duas vezes e eu sempre tive olhos apenas para ela , mais ai uma loira mal humorada bateu na porta do meu apartamento procurando pela prima e naquele dia , eu não sei explicar o que eu senti , mas foi como se tudo que eu tivesse certezas se transformassem em duvidas e minhas duvidas não existissem mais assim que eu olhei para seus olhos . –Confessei , passando uma de minhas mãos pelo seu rosto .

–O que você esta querendo dizer ? – Ela murmurou sem desviar por nenhum momento seus olhos dos meus .

–Eu quero dizer que eu também gosto de você .

–Mas hoje mas cedo você me disse que gostava de Cordelia . – Diz ela com uma pequena careta em seu rosto .

–Esse é o problema. – Digo fechando meus olhos e escutando ela suspirar.

Fim do Flash Black

–Ele está machucado ? - Fala a mãe de Ana, me tirando do meu devaneiu.

–O que ? – Diz Christian surgindo no mesmo instante na sala . – Você se machucou , vou chamar a minha mãe .

–Eu estou bem . – Digo olhando para ele . – Faz tempo já que me machuquei .

– A onde você estava ? Tem noção de como estávamos preocupados ? – Fala ele com um misto de raiva e alivio em sua voz .

Acho que essa era a primeira vez que ele ``brigava´´ comigo , desde o que eu chamei de pai sem querer . Pois o resto da semana não importava o que eu fazia ele ficava me olhando com um sorriso bobo no rosto .

–Eu estava no prado , pensei que não houvesse problema eu ir lá .

–E não tem . –Responde ele franzindo a testa . – Mas porque você foi lá tão cedo ?

–Tive um pesadelo , não consegui voltar a dormir e resolvi ir lá . –Digo dando de ombros .

Christian não diz mas nada apenas assente com a cabeça e fica me encarando.

–Agora que esta tudo resolvido , posso dar um abraço em meu neto ? – Fala o senhor que estava mas perto de mim .

–Espere mas um pouco Ray , ainda não estou pronta para largar meu neto . – Diz a mulher apertando minhas bochechas novamente . – Ele é a sua cara Christian , bom sempre foi , mas agora está mas parecido ainda , se é que isso é possível .

Fico mais um pouco na sala conversando com Carla, Ray e Bob , mas logo peço licença , precisava tomar um banho e escovar o dentes .Christian aproveita minha deixa para dizer que ia acordar Phoebe . Mas ao chegarmos no segundo andar ele me segue até meu quarto .

–Você esta bem ? – Ele pergunta fechando a porta do quarto .

–Porque não estaria ?

–Você está machucado e teve um pesadelo . –Responde ele prontamente .

–Eu já me machuquei a bastante tempo e o pesadelo não passou de uma peça do meu subconsciente . –Digo dando de ombros me sentando em minha cama .

–Sobre o que foi o pesadelo ? – Pergunta ele se sentando ao meu lado .

Penso por um momento tentando me lembrar do sonho , mas nada vem em minha mente .

–Eu não lembro . – Digo olhando para ele .

–E como você se machucou ?

–Caindo de moto . – Digo uma meia verdade afinal não falaria que pulei da moto,ele como qualquer pessoa acharia que eu era doido .

–O... O...O..QUE ? –Grita ele passando sua mão varias vezes pelo cabelo . – Você poderia estar morto uma hora dessas .

–Emma e Klaus já me falaram isso e até me tiraram a moto se isso te deixar mas feliz . – Digo rapidamente

–Eles nem deveriam ter te dado uma moto para começo de conversa . – Fala ele um pouco alto de mais . – Mas pelo menos eles fizeram algo certo pela primeira vez na vida , ao tirar ela de você .

–Já acabou o sermão ? Posso tomar banho ou você quer brigar comigo e insultar eles mais um pouco ? –Falo ironicamente .

Ele da um grande suspiro , mas balança a sua cabeça positivamente .

–Vou chamar minha mãe para vir ver seu machucado . –Ele diz se levantando da cama

–Não precisa eu já estou tomando remédio e está resolvendo .

–Então você já foi em um hospital ver isso ? – Pergunta ele

–Mais ou menos isso . –Digo me levantando da cama .

–Não existe mais ou menos , ou você foi no hospital ou não foi .- Fala ele me olhando atentamente.

–Eu não fui mas...

–Nada de mas , vou chamar a minha mãe para ela ver isso e você vai tomar banho . –Diz ele me interrompendo . – Bem demorado de preferencia .

–O que você esta querendo dizer com isso ? – Pergunto arqueando uma de minhas sobrancelhas .

Ele não me responde apenas sai do meu quarto fechando a porta atrás de si .

Cheiro meu braço e axila, entendendo na hora o motivo do ``bem demorado´´ , eu estava realmente fedendo , então praticamente corro para o banheiro tomar um banho .

Logo após eu estar devidamente limpo e vestido ,volto para sala , onde todos estavam conversando animadamente .

–Chegou quem faltava . – Diz Phoebe sorrindo para mim

Não digo nada apenas vou me sentar ao seu lado.

–Ele é sempre quietinho assim ? – Pergunta Carla

–Não vovó , ele é apenas tímido . – Diz minha irmã passando os braços ao redor do meu pescoço . – Não é verdade Dan ?

–Eu não sou tímido , apenas não sou tagarela igual você.

Ela mostra a língua para mim, e em resposta eu rio do seu ato .

–Eles parecem até duas crianças fazendo isso . – Ray fala rindo

–Mas eles são duas crianças . – Diz Christian

–Não somos não . – Eu e Ebe falamos ao mesmo tempo , fazendo todos rirem novamente.

Phoebe abre a boca para dizer mais alguma coisa , mas no mesmo instante escutamos a campainha tocar . O que a faz ficar de pé e correr em direção a porta de entrada .

Dez segundos depois ,Chuck aparece de mãos dadas com a minha irmã e é apresentado para toda a família .

–E você Daniel , namora ? – Pergunta Carla , logo após constranger muito meu amigo.

–Ele namora a filha da Eleanor Bukater, vovó . – Fala minha irmã antes que eu possa abrir a boca.

–A estilista ? – Ela pergunta com os olhos arregalados .

–Ela mesmo . – Responde Ebe , com um sorriso enorme no rosto .

–Ela vai vir hoje aqui também ?

–Não , Cordelia faz faculdade em Nova York , então não é sempre que podemos nos ver . – Digo rapidamente, antes que Phoebe responda essa pergunta também .

–Deve ser horrível namorar a distancia . – Comenta Ebe, olhando para Chuck .

–Não é tão ruim assim. -O único problema mesmo é ficar sem sexo por algum tempo, penso soltando um grande suspiro .

–E como vocês fazem para se ver ? – Pergunta Ana

–Nós costumamos nós ver de 15 em 15 dias , um final de semana eu vou para Nova York e outro ela vem para Seattle e em feriados prolongados ambos voltamos para casa . – Digo , dando de ombros. – Para dizer a verdade acho que semana que vem estarei indo para lá .

–E quando você pretendia contar isso para nos ? – Pergunta Christian

–Não sei , talvez um dia antes de viajar . – Respondo , sustentando o olhar congelante do meu pai . – Até por que não é certeza que eu vá ainda .

–Ela poderia vir , e trazer a mãe dela . – Diz Phoebe soltando um suspiro .

–Duvido que você aguentaria ficar uma hora com Eleanor. – Digo rindo , me lembrando da minha sogra . – Ela pode até ser a melhor amiga de Emma , e mãe da minha namorada , mas aquela mulher é o diabo em pessoa .

–Mas é uma estilista brilhante . – Responde Phoebe , fazendo bico .

Ficamos na sala conversando até Gail nos chamar para o almoço , que como sempre estava delicioso .

–Você conhece a Geórgia querido ? – Pergunta Carla , por enquanto que eu devorava meu cheessecake.

–Não . – Digo balançando minha cabeça negativamente . – Não conheço muitas cidades americanas.

–Viu Ana , mas um motivo para vocês irem me visitar . – Fala a minha avó novamente .

–Eu já falei mãe que assim que Christian e as crianças tiverem uma folga no trabalho e na escola , nos iremos te visitar .

–Acho bom mesmo . – Diz a senhora com um sorriso enorme no rosto .

Ficamos o final de semana inteiro conversando e nos conhecendo melhor , tinha gostado bastante da mãe de Ana , ela era bem animada e até um pouco louca , totalmente o oposto da de Emma , uma mulher fria que só pensava em si mesma . Ray era bem mas calmo , mas não deixava de ser legal , ele até mesmo me intimou a ir pescar com ele .

Domingo a tarde logo após os pais de Ana irem embora , Grace apareceu em casa, para ver o meu braço , eu disse que não precisava , mas tanto ela como Christian não me deixaram em paz , até eu finalmente deixa lá examinar meu machucado .

–Você tem sorte , de não ter infeccionado . – Diz ela calmamente passando uma pomada no local ferido .

–Então está tudo bem, mesmo com o braço dele Grace ? – Pergunta Ana claramente preocupada .

–Esta sim Ana , o certo teria sido ele ter ido no hospital logo após ao acidente , mas já que o cabeça dura aqui quis cuidar por conta própria , vai demorar um pouco mas de tempo para se recuperar , mas aparentemente não foi nada grave . –Fala ela , abrindo um pacote novo de gaze. – Mas é extremamente importante agora você não pegar qualquer tipo de peso e muito menos fazer qualquer tipo de esforço com o seu braço , inclusive dirigir...

–O que ?–Pergunto a interrompendo . – Aposto que foi o Christian que mandou você falar isso .

Essa semana inteira toda vez que eu ia para faculdade, Christian enchia o saco para eu deixar o segurança me acompanhar , eu sempre negava ou apenas o deixava falando sozinho .

–Eu não disse nada , mas até que teve algo bom em você machucar seu braço pelo jeito . –Diz ele com um sorriso vitorioso em seus lábios .

–Quanto tempo eu vou ter que ficar sem dirigir ? – Pergunto mal humorado .

–Até seu braço melhorar meu amor . – Responde Grace terminando de fazer o curativo . – E também irá ter que trocar esse curativo duas vezes ao dia , até esse roxo sumir daqui . Se você quiser eu posso vir aqui trocar para você ?

–Não precisa vó . – Respondo a Grace rapidamente . – Eu sei me virar .

Segunda de manha o pesadelo começou , como eu já esperava Christian e Ana , não me deixaram nem chegar perto do meu carro . Então tive que ir mesmo para faculdade com Reynolds no volante .

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PDV Ana

Nem acredito que tinha chego finalmente em casa , eu amava meu trabalho , mas não tinha coisa melhor do que estar esparramada pela cama a espera do meu marido .

–Ana . – Diz Gail , batendo delicadamente na porta , mesmo ela estando entreaberta .

–Pode entrar Gail . – Digo sorrindo para mesma , me sentando em minha cama .

–Será que podemos conversar ? – Ela diz com uma expressão não muito alegre em seu rosto .

–Aconteceu alguma coisa ? – Pergunto , pensando em Christian e nas crianças no mesmo instante .

–Infelizmente sim . – Diz ela soltando um grande suspiro . – Eu não sei muito bem como te falar isso mas , o Theodore ....

–O que aconteceu com o meu filho Gail ? – Digo a interrompendo , já com lagrima nos olhos .

–Ele está bem , fique calma . – Diz a mesma tentado me acalmar, sem muito sucesso . – Mas pode vir a acontecer algum dia .

–Eu não estou te entendendo ?

–Sexta de manha quando fui , pegar as roupas para lavar , acabei encontrando isso , no final do cesto de roupa suja . – Diz ela me mostrando um saquinho transparente ,que continha um pó branco dentro dele .

–Isso é, isso é , isso é.... – Falo com um pouco de falta de ar , sem conseguir tirar os olhos do saquinho em suas mãos .

–Cocaína . – Diz Gail , com a voz embargada . – Eu sinto muito .