Red Johns Case escrita por SorahKetsu


Capítulo 4
É apenas o destino


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo definitivamente decisivo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/60881/chapter/4

A campainha tocou lá pelas sete da manhã. Jane estava no quarto de sua filha, sentado, olhando para o nada, quando foi interrompido pelo som. Levantou-se de imediato. Seus sentidos estavam lentos devido à noite sem dormir.

Quase caiu da escada, mas conseguiu chegar a porta. Então, ao abrir, se deparou com Rigsby. Atrás, Cho e Van Pelt.

Rigsby segurava um papel, o lendo compenetrado, e nem se deu conta de que Jane já tinha aberto a porta.

- O que é isso? – perguntou Jane.

O agente subiu o olhar até o consultor, carregando pena e tristeza consigo. Em seguida lhe entregou o papel.

- Estava na sua porta. – ele informou.

 

“Lisbon será estuprada. Amanda Muller será morta. E você sofrerá uma parada cardíaca. Qual dos três você prefere evitar?

Quando todas as escolhas são erradas, é simplesmente o destino.

Lisbon está em sua casa, Muller está na casa de seu inimigo. E você? Você está seguro onde está. Um passo para fora e sua escolha terá sido feita.”.

 

Jane releu outras duas vezes.

- Muller. Onde está ela?

- É sobre o que viemos lhe falar. Recebemos a ligação de que ela foi seqüestrada durante a noite. – informou Cho.

Jane deu um soco na parede, cheio de ódio. Mais uma. Mais uma mulher que, por sua causa, acaba correndo risco de vida. E novamente por ter se afastado em nome de qualquer outra coisa.

- Mas que cheiro é esse? – reclamou Van Pelt.

- Tem um pônei morto no meu quarto. – Jane respondeu.

- Por que tem um pônei mort… - então Rigsby se conteve –É aquele pônei?

Jane fez que sim com a cabeça. Cho discou no celular para que alguém viesse buscar o corpo.

- E agora? Alguma idéia de onde elas possam estar? – perguntou Van Pelt.

Jane não respondeu. Passou por eles e foi até o próprio carro.

- Vamos para o CBI. – ele pediu, com a chave na fechadura – Vou precisar da ajuda de todos.

 

Quando todos estavam no escritório, Jane o atravessou, quieto. Seus olhos estavam mais caídos que o usual. Lentamente, retirou o casaco e o jogou sobre o sofá, antes de sentar-se, com o queixo apoiada nas duas mãos juntas.

- E então? – Cho perguntou.

- Eu não faço idéia de onde elas estão. – ele murmurou, sem os encarar. – Procurem sobre o ex namorado de Amanda Muller.

- O que ele tem a ver com isso?

Jane olhou para Rigsby e em seguida balançou a cabeça.

- Nada. Mas não é bom que saibam que não sabemos por onde começar.

Cho suspirou e foi para o computador. Rigsby foi para o outro. Van Pelt ficou parada, de braços cruzados, na frente do loiro. Agora parecia que ele era o líder ali, como se, com Lisbon fora, ele tivesse a responsabilidade de assumir o caso. A verdade? Eles estavam completamente perdidos e achavam justo confiar em Jane, uma vez que ninguém ali sabia mais sobre Red John do que ele. Como agia, como matava, como pensava. Se havia alguém no mundo que podia pegar o assassino, era Jane, com certeza. Portanto ninguém reclamou de obedecer suas ordens com Lisbon não presente. Além do mais, era notável em seus olhos que ninguém se preocupava mais do que ele.

Então Van Pelt, tocada por sua tristeza, sentou-se ao seu lado.

- Jane… está tudo bem?

Ele não respondeu. Manteve os olhos retos para o nada. Então olhou ao redor e sentiu uma dor horrível por não ter Lisbon por perto. Não era dia para brincadeiras, não era dia pra ser engraçado. Era mais um dos dias que ele tanto odiava. O tipo de dia em que ele não conseguia nem respirar. Havia uma tempestade dentro dele. Uma confusão enorme de sentimentos lhe esmagando. Culpa, o mais doloroso deles. Mas não o único.

- Ok, pergunta idiota. – Van Pelt insistia em falar com ele.

- Tudo bem. Vai ficar tudo bem. Nós vamos salvá-la. – ele disse, fingindo muito bem sua confiança.

- Jane, eu preciso te dizer isso… - ela juntou as mãos, apertou uma na outra, como se não tivesse muita certeza no que dizia.

- Você desconfia que ela goste de mim.

Van Pelt arregalou os olhos em espanto.

- Então você…

- Ela tem olhos verdes, é mais fácil de notar que a pupila dilata toda vez que me vê. – ele não parecia demonstrar nenhuma emoção quanto a isso, simplesmente continuava lá, olhando para frente.

- E não pensa nada a respeito?

- Eu penso que isso apenas me torna mais culpado. Eu coloquei em perigo quem realmente gostava de mim.

- Me refiro a seus sentimentos quanto a ela.

- Não estou preparado pra colocar nada acima de minha vingança.

- E se nesse processo acabar matando Red John?

Jane finalmente olhou para Van Pelt. Ela comemorou por dentro, por ter chamado a atenção dele.

- Se eu matar Red John… - Jane se deteve alguns instantes e percebeu que nunca tinha pensado nesse assunto antes – Quanto – ele corrigiu- eu matar Red John verei o que faço.

- Não sente nada pela Lisbon?

- Se Red John pode ler meus pensamentos… - ele pareceu dizer isso para si mesmo, o que assustou Van Pelt – Ele pode me ouvir também?

- O que quer dizer com isso?

- Eu não sei. Só estava pensando alto.

- Jane… - ela tentou iniciar outro assunto – Você sabe, não sabe?

- Achei que eu fosse o leitor de mentes aqui.

- Sabe?

- Sim. – ele se encostou no sofá – Infelizmente sim. Eu sei onde Amanda Muller está. Mas não sei sobre Lisbon.

Cho pareceu ter ouvido a última frase. Então se esticou e olhou para ele.

- Sabe onde Amanda Muller está?

A frase chamou a atenção de Rigsby, que também olhou para ele.

Jane balançou a cabeça positivamente.

- Onde? – os dois perguntaram juntos.

Patrick se levantou e foi até o meio do escritório. Fechou a porta e olhou para garantir que ninguém de fora escutasse.

- Eu sei onde ela está. Mas de alguma forma, Red John sabe o que se passa com ambas. Se salvarmos Muller, Lisbon será estuprada. Se salvarmos Lisbon, Muller será morta. Eu só posso dizer onde Muller está quando soubermos sobre Lisbon, e então vamos atrás das duas ao mesmo tempo.

Os três se entreolharam.

- E como vamos achar Lisbon?

- Se querem minha opinião, falem com os irmãos dela. Ela gostava de velejar, não? Mandem procurar em barcos, coisas assim.

- Como você tem tanta certeza sobre onde Muller está? – quis saber Rigsby.

- Porque – ele deu a volta e voltou a caminhar até o sofá – eu só conversei com ela durante meia hora, no máximo. Red John sabia disso e sabia quais informações eu tiraria dela. Ele não deixaria pistas que eu não conseguisse seguir, então ao dizer que ela estava na casa do inimigo, resumindo-se ao pouco que descobri sobre Muller em meia hora de convivência, sobram poucas possibilidades.

Rigsby acompanhou o raciocínio e se deu por satisfeito. Voltou ao telefone, pois ligaria para a família de Lisbon.

Foi mais ou menos nesse momento que eles ouviram uma movimentação no escritório, na parte de fora. Logo viraria gritaria. Um homem grande, de cabelos castanhos e encaracolados, berrava. Estava vermelho de ódio e uma veia em seu pescoço pulsava. Dois policiais tentavam barrá-lo, mas ele fez seu caminho até o lugar.

- Eu quero saber quem está procurando minha irmã! – ele berrou.

Jane suspirou no sofá.

- É o irmão de Muller.

Van Pelt olhou para Jane, surpresa por sua calma, e saiu para falar com o tal.

- Com licença, quem seria sua irmã? – ela perguntou.

- Amanda Muller. Você é a encarregada de investigar o caso?

Logo, Cho e Rigsby, que haviam desistido de ligar para ninguém atender, foram até lá também.

- Nós somos. – respondeu o asiático, de braços cruzados e sua expressão nada familiar.

- Eu quero saber onde ela está.

- Nós não sabemos.

- Não me venham com mentiras, seus malditos filhos da mãe. – o homem estava completamente transtornado – Eu sei que vocês sabem onde ela está!

O homem estava bastante certo do que dizia.

- Patrick Jane! – ele gritou – Onde está Patrick Jane?

Patrick se levantou do sofá e foi até onde a confusão estava, apesar dos três agentes terem feito a delicadeza de, em vão, dizer que o mentalista não estava presente.

- Diga.

- Você é Patrick Jane? – após a resposta afirmativa, o homem continuou – Seu bastardo, você sabe onde minha irmã está. Diga agora!

- Por que está tão certo de que eu sei isso?

O homem tirou do bolso um papel e jogou para Jane.

“Olá, senhor Muller. Gostaria de dizer que estou com sua adorável irmã e provavelmente irei matá-la. Eu a seqüestrei e só Patrick Jane sabe onde ela está. Mas ele não vai dizer, porque se contar, eu estuprarei a namorada dele.”

Jane apertou a carta nas mãos, com ódio.

- É uma vida que está em jogo! – berrou o homem – Você vai deixá-la morrer pra sua namorada não ser estuprada! Diga onde ela está, eu tenho o direito de salvá-la, não me interessa se você não sabe onde sua namorada está!

Jane ia dizer que ela não era sua namorada, mas achou que não era hora pra isso.

- A idéia é salvar as duas. – Jane murmurou – Eu descobrirei onde Lisbon está e então iremos atrás das duas ao mesmo tempo.

- Diga, seu bastardo! – ele insistiu – Diga onde ela está! Você não tem o direito de esconder informação!

Os três olharam para Jane, que estava de cabeça baixa.

- Jane, você não precisa, não diga. – disse Van Pelt.

- Cala a boca, sua vadia! – o homem protestou.

- Hey, cala a boca você! – protegeu Rigsby, avançando e ameaçando partir pra cima.

- Ela está na casa da atual namorada do ex dela. – Jane.

- Samantha? – o homem balbuciou – O que ela…

- Eu não estou dizendo que Samantha fez algo à sua irmã, - ele fez uma pausa e pensou bem - além de transar com o noivo dela. Estou apenas dizendo que ela está lá.

- Não está mentindo?

Jane então deu as costas e voltou ao sofá para pegar seu casaco. Os outros três o seguiram, deixando o homem plantado.

- Onde vai, Jane?

- Procurar Lisbon em qualquer lugar da cidade que ela goste de estar.

O irmão de Muller se deu conta de que era mesmo verdade e saiu da CBI, correndo para avisar a policia de sua cidade.

Jane saiu tão rápido quanto, com Van Pelt no banco de passageiros e os dois outros em outro carro.

Após cerca de quinze minutos dirigindo, Jane quase bateu o carro ao passar no sinal vermelho. Estava completamente sem controle de suas emoções. Impaciente, tremia. Havia lágrimas ameaçando escapar de seus olhos. Van Pelt temia.

- Jane… eu acredito que você goste dela.

- Eu não posso deixar… não posso deixar que cheguem até Muller!

- Jane, você sabia que ela gostava de você e mesmo assim não lhe disse nada?

- Ela não queria gostar de mim! – Jane achava, e tinha razão, aquele momento completamente inapropriado pra tal conversa – Ela estava tentando não gostar, e tudo que eu podia fazer era permitir que fizesse sua escolha. Eu não posso oferecer nada a ela, Van Pelt, Lisbon merece alguém que não esteja atormentado por um passado como o meu.

- Lisbon simplesmente tinha medo de se envolver com alguém, não só com você.

- Especialmente comigo. – ele ressaltou – Você não tem noção do que era suportar aqueles olhos me culpando por ser quem ela gostava.

- Você também tinha uma parcela de culpa… - ela se arriscou a dizer – Fazendo piadas de duplo sentido o tempo todo.

- Isso é o que eu sou, Van Pelt. Eu não estava tentando conquistá-la em momento algum, é apenas o que eu sei fazer. Não acha que seria estranho passar a tratá-la diferente de repente, só porque descobri que ela gosta de mim? – ele parou no sinal, desta vez, e ficou quieto por um tempo – Lisbon nunca aceitou o que sentia. Talvez ela sequer entenda. Tudo que ela sabia era sobre o trabalho… O tempo todo na cabeça dela, o tempo todo preenchendo os espaços vazios e as carências.

- Você não poderia fazer isso por ela, as vezes?

- Van Pelt, tire da cabeça um relacionamento entre eu e Lisbon. Ela não abandonaria sua carreira por minha causa e eu não estou disposto a sair da CBI por me relacionar com alguém. Já disse, não estou preparado pra pôr nada acima de minha vingança, e ela não está preparada pra pôr nada acima do trabalho. É a isso que nos resumimos.

- Já faz tanto tempo que ela não tem ninguém… - Van Pelt pensou alto – Sempre saindo tarde…

- A casa dela não se parece nem um pouco com ela mesma. Coisas de antigos inquilinos, moveis que não são dela… nada sobre controle, simplesmente o lugar onde ela passa suas noites…

Então o carro deslizou na pista. Van Pelt deu um grito de susto. O carro girou 180º e Jane pisou fundo, chegando rapidamente a 120 km/h.

- O que deu em você!? – reclamou Van Pelt.

- Ela está na CBI! – berrou Jane, irritado, batendo no volante – A casa não tinha sinal de arrombamento porque ela não foi raptada lá! Ela chegou na CBI e foi presa! Lá é a casa dela, por Deus! Como não pensei nisso antes!?

Então ele fez todo o caminho de volta, em menos de oito minutos. Ao parar o carro, o telefone de Van Pelt tocou.

- Alô? Rigsby? – ela ouviu por um minuto até tapar o bocal e falar com Jane – Acharam Muller. Ela está a salvo. Samantha estava mantendo-a refém, mas por algum motivo, não estava tentando matá-la, estava assistindo uma televisão onde mostrava Lisbon sentada numa cadeira, numa sala pequena.

- E onde era? – desesperou-se Jane.

- Rigsby disse que não se lembra de ter visto aquele lugar antes. – então ela ouviu alguém chamá-la ao telefone e ela deu atenção. Após um tempo, ela voltou-se a Jane – Diz que é no CBI, sala de máquinas. Reconheceram um oficial no momento em que ele desligou a câmera.

Jane então correu. Correu como se houvesse uma bomba relógio prestes a explodir logo atrás dele. Van Pelt tentou segui-lo, mas não conseguiu por muito tempo. A sala de máquinas ficava do outro lado do prédio, no subsolo, onde o elevador não chegava.

Quando finalmente chegou á escadaria, a porta estava trancada. Sua confusão mental não o permitiu lembrar-se de que era capaz de abrir qualquer fechadura com um simples grampo. Estava atordoado e olhou ao redor procurando algo como um faxineiro ou coisa parecida que pudesse lhe dar as chaves. Não havia ninguém. Então ele começou a esmurrar a porta com todas as suas forças, mas ela sequer se movia.

Virou a cabeça novamente e viu um grampo sobre uma mesa. Não era o tipo de objeto que normalmente estaria ali. Na cabeça de Jane ele se perguntava se não fora deixado ali de propósito.

Então, em questão de um minuto – o que era muito mais do que o normal – ele abriu a porta e atravessou o corredor escuro e úmido, até que se deteve. Ouvira uma voz. Gritava. Pedidos de socorro que entravam na cabeça de Jane e o chacoalhavam. Era a voz de Lisbon, claro. Em dor, em terror, em agonia. Jane continuou correndo, mas sentiu um pavor tomando conta de seus membros ao chegar perto da escadaria do subsolo, onde havia outra porta, pintada com sangue, aquele sorriso, claro. Agora o som era muito mais alto. Muito mais agonizante. Sentiu medo, um medo incontrolável do que veria em seguida.

Então, Jane abriu a porta.

Era uma sala pequena, algumas maquinas emitiam um chiado continuo. O chão estava coberto de bolor causado pela constante vazão de vapor. Havia ainda um banheiro de serviço já há muito não utilizado num canto.

E no centro, bem no centro do lugar, Lisbon gritava.

De seus olhos escorriam lágrimas infinitas.

Ela girava a cabeça de um lado para o outro, frenética, forçava os braços, sem sucesso.

Seus membros estavam presos com algemas a ganchos no chão. Os braços abertos, tais como as pernas, bastante separadas.

E em cima dela, um homem.

Um homem que sequer se deu ao trabalho de parar de estuprá-la quando Jane entrou.

A fúria que tomou conta de seu corpo foi incalculável.

No frenesi, Jane correu até os dois e chutou o homem, que caiu ao lado de Lisbon, contorcendo-se de dor.

Patrick então agarrou o primeiro pedaço de qualquer coisa – uma barra de metal – e começou a bater. Bater, espancar, enquanto ele pedia por misericórdia.

- Jane! Ele está hipnotizado! – berrou Lisbon, horrorizada – Jane!

Mas ele não ouvia. Não havia espaço para tal em sua mente. Apenas espancava o desgraçado com todas as suas forças. Seu sangue respingava em sua face, mas Jane estava completamente cego. Sua mente era um grande branco, como se fosse ele o hipnotizado.

- Jane, ele é inocente, JANE! – Lisbon berrava.

Então Patrick arrastou o policial até o banheiro de serviços e fechou a porta, para que Lisbon não presenciasse. Outro trauma era tudo que ele não queria causar nela.

E lá, sob gritos e pedidos por clemência, ele matou o policial com tamanha surra que seu rosto virou uma geléia disforme.

Não importava se ele fosse a única pessoa que podia levá-lo até Red John.

Não importava que ele estivesse hipnotizado e que fosse inocente.

Não importava nada.

Agora ele estava morto.

Jane abriu a porta. Estava completamente ensangüentado. Deixou o pedaço de metal cair, fazendo bastante barulho. Fechou a porta atrás de si e caminhou, feito um zumbi, até ajoelhar-se ao lado de Lisbon. Tirou o próprio casaco e colocou sobre o corpo nu dela.

- Perdão… - seus olhos começaram a se tomar por lágrimas – Eu não… não fui capaz…

Jane soltou as algemas com as chaves que tirou do policial.

Ela se levantou e o abraçou.

- Lisbon… - ele chorava como uma criança – Perdão…

- Há ainda uma parte a ser cumprida. – ela disse, assustadoramente, com um fio com a ponta desencapada numa das mãos.

Jane não teve tempo de ter uma reação. Antes disso, uma onda de energia elétrica atravessou seu corpo e ele caiu no chão. Seu coração havia parado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Prévia do cap. 5: Tenho outra mensagem, Jane. Estou marcando um encontro pessoal. Só eu e você. Mas essa mensagem está escondida nos piores pesadelos de Lisbon. Dessa vez eu estarei lá, vulnerável, frente a frente, olho no olho. Eu já menti pra você, Patrick? Te vejo lá.