Simplesmente Acontece... escrita por GirlMagic1


Capítulo 4
Informações no Trabalho¹


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, mais um hoje. Porém, eu devo estar postando novos capítulos somente na sexta ou no sábado. Se eu tiver uma inspiração.. quem sabe antes?
O momento da descoberta é sempre o mais embaraçoso não é mesmo?
Você vão entender quando lerem! Aproveitem! Beijos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/608211/chapter/4

Nat

Hoje, finalmente, eu consegui acordar sozinha. Claro, tinha que dar meu jeito para acordar cedo e chegar no horário no primeiro dia de trabalho.
Já que a Mari não estava em casa - pegou o turno da noite -, coloquei todos os despertadores da casa para tocar. Iria acordar por bem ou por mal. O meu corpo, já de cara, levou um susto enorme. Tipo: "Como é isso? Você nunca acordou cedo e agora me vem com essa?"
Vai se acostumando corpo, vai se acostumando.
De novo, terei que sair uma hora mais cedo para não chegar tão atrasada. Agora eu tinha um emprego e pelo menos uma vez na vida, tinha que tratar isso com a máxima prioridade possível.
O apartamento fica muito silencioso sem a presença de Mari ali. Era como se faltasse algo. Faltava também, além dela, aquela mesa pronta para o café da manhã. Aquelas delicias que ela comprava e colocava a minha espera. Falando assim, parece até que eu exploro ela. Mas que mal tem nisso? Ela deixou.
Por isso, depois de pronta, decido sair logo e passar na cafeteria perto da Mountain Magazine e tomar café lá. Será mais rápido, prático e eu não vou precisar cuidar da louça depois.
Procuro pela minha maleta e quando finalmente à encontro, me lembro do dia de ontem.
Me lembro daquele cara todo personagem de filme, correndo atrás de um bandido e recuperando minha maleta. Lembro também de como fui idiota, eu ainda não acredito que disse para um estranho que ele era meu herói. Podia ser qualquer um, ele podia(ou pode, no caso) se um psicopata desses ai que no começo dão uma de bonzinhos e depois, cortam a sua garganta como o ghostface faz.
Porém, acho que ele seria o psicopata mais bonito de toda história dos psicopatas.
Rindo deste meu comentário, saio pela porta do apartamento. Em direção ao elevador penso: O que será que ele está fazendo agora?
*
Steve

A cabeça de Pepper estava sobre meu peito, sua respiração calma me davam à entender de que ela ainda estava dormindo.
Comecei a brincar com os fios loiros de seus cabelos até que senti sua mão deslizar pela minha barriga. Ela suspirou e eu sorri.
– Que horas são? - ela perguntou.
– Hm .. - peguei o relógio na cabeceira - 7:36 da manhã. Não vai trabalhar hoje?
Ela levantou a cabeça e me olhou nos olhos.
– Se eu pudesse, ficaria o dia inteiro aqui com você.. - entrelacei meus dedos nos seus cabelos e à beijei - mas não posso - ela interrompeu se levantando. Foi em direção ao banheiro - tenho que cuidar da novata..
– Novata?
– A nova contratada. Natasha - a nova contratada era a mulher da maleta. Agora eu sabia o nome dela.
Na hora, seus olhos vieram a minha cabeça e eu voltei a pensar nela. Seria ótimo vê-la de novo. E ela está tão perto, era o acaso mais estranho de toda a minha vida. Mas eu não estou reclamando, só estranhado a fato de ela ter mexido tanto comigo.
– Steve? - Pepper me resgatou dos pensamentos. Me encarava de uma forma estranha - O que houve? Ficou pensativo do nada..
– Não é nada. Corre, se não irá se atrasar.
Ela me olhou divertida.
– Que tal, você se juntar à mim?
– Eu adoraria.

*

Nat

Cheguei na cafeteria bem mais cedo do que eu pensei. Isso me dava a chance de ter um café tranquilo, sem correria.
Pedi coisas suficientes para me alimentar até a hora do almoço.
Peço o "combo simplesmente delicioso" - meu Deus, que nome horrível - que contem: ovos com bacon, pãozinhos de queijo, pão com geleia ou um pedaço de torta. Opto pela torta de morango no lugar de pão com geleia - geleia só da Mari - e uma vitamina de morango reforçada. O café forte vai para a viajem, ou se eu tiver alguma emoção forte.
Assim que meu pedido chega, meu telefone toca em sinal de que chegou uma nova mensagem. Mari on.
"Conseguiu acordar?" Ela pergunta.
"Graças a Deus sim" respondi "Como você está?"
"Bem, pronta para deixar o turno da noite de lado. E você?"
"Pronta para alavancar minha carreira"
"Boa sorte com isso. Até mais tarde!"
Envio uma mãozinha em sina de "aceno". É ridículo mas eu uso. Porém me pergunto, quem criou uma coisa dessa?
Esqueço isso e levo um pão de queijo à boca. Enquanto mastigo, presto atenção na movimentação da cafeteria. Acho que nunca seria capaz de trabalhar em um lugar assim, é algo confuso, ficaria totalmente perdida e iria embaralhar os pedidos como um mágico. Provavelmente iria ser demitida nas primeiras horas..
Mas pensando bem, olha onde eu vou trabalhar.. um lugar conhecido como "jaula". É praticamente igual, só que no lugar do café, das tortas, dos ovos com bacon nós temos papéis, fofocas, noticias e muitos telefones para atender. Bem, só algumas coisas de diferente.
"O emprego dos meus sonhos" Espero realmente que continue assim.
Pego meu copo de vitamina e aproximo da minha boca. Mas quando a porta da cafeteria se abre e meus olhos cruzam com os dele, eu paraliso totalmente.
*

Steve

Meus olhos foram diretos na direção dela, como se já soubessem onde procurar. Mas a surpresa não nos deixava mentir: era um acaso.
Eu dei alguns passos sem tirar os olhos dela e ela também não conseguiu parar de me olhar. Eu tentei sorrir ou acenar, mas não conseguia.
Então, senti uma mão agarrar a minha e acordei.
– Vai querer o que? - Pepper me perguntou, puxando-me em direção ao balcão. Olhei de novo para Natasha que parecia confusa ao me ver com Pepper - Steve, vai querer o que?
– Ah.. não sei.. - olhei para ela - O que você me recomenda?
– Algo doce.. como uma torta de morango.
– Pra mim está ótimo - sorri para ela.
Enquanto Pepper pede, aproveito para olhar para Natasha novamente. Desta vez, ela não olha mais para nós. Está com a cabeça enfiada em um jornal.
– Baby, vamos sentar enquanto os pedidos não chegam.
Sem saber, Pepper acaba me arrastando para onde a Natasha está.
*

Nat

Sem dúvida, tem coisas que só acontecem comigo. É impressionante como eu tenho o dom de passar por situações estranhas. O cara que me ajudou, o lindo e maravilhoso cara, é namorado da recepcionista do lugar onde eu trabalho. O pior: na verdade eu não sei o que é pior. Ele ser namorado dela, ele não tirar os olhos de mim ou eu não conseguir tirar os olhos deles. Graças a Deus comprei um jornal.
Na minha parte, admito que tinha um certo interesse que agora foi totalmente massacrado.
"O que você faria se encontrasse ele de novo?" Maldita boca Maria Hill, maldita boca!
Mas não posso me esconder atrás de um jornal à manhã toda. Preciso agir com naturalidade. Aja naturalmente Natasha.
Abaixo o jornal mas me arrependo segundos depois. O herói e recepcionista estão vindo na minha direção. Ela parecia não ter me visto antes, mas ele, ele não conseguia esconder nem a própria alma.
Quando ela me viu, acenou e infelizmente venho na minha direção.
– Oi! Que surpresa te ver aqui - ela sorria. Não podia fazer desfeita, por isso, coloquei um sorriso falso no rosto.
– Ah, estou assumindo a forma de alguém que não tem tempo de tomar café em casa - ela ri. Ele porém, permanece em olhando.
– Vai se acostumando - ela diz - Ah, desculpe.. Natasha, esse é meu noivo.. Steve - eu o encaro. Ele estende a mão e eu faço o mesmo mas com um pouco de receio.
– Prazer.. - ele diz devagar
– Igualmente - respondo.
– Podemos nos sentar aqui? - ela pergunta para mim.
– Pepper, não queremos incomodar - ele diz à ela mas eu me apresso.
– Não será incomodo nenhum - abro um sorriso largo. Pepper se senta animada.
Ficamos em silêncio por um tempo e eu aproveito para terminar minha vitamina. Mas quando o prato deles chega, a conversa é retomada.
– Preparada para o primeiro dia ? - Pepper pergunta. EU não sabia o nome dela.
– Um pouco.. nunca conseguimos chegar ao 100% - respondo.
– Não é nada difícil, você se saira bem.
– Espero mesmo.. - digo - o pior já passou..
Ele sabia do que se tratava então olhou para mim.
– Não precisa se apressar, tome seu café tranquilo. Seu trabalho só começa quando o meu começa..
– Então eu acho que vou precisar de um café forte - ela ri e eu me levanto.
Passo por Steve e sigo ao balcão para pedir meu café.
Parada lá esperando, posso sentir os olhos dele em mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vocês acreditam em amor a primeira vista? Eu sim.
Nat está sendo muito irônica não acham? Geralmente.. ironia combina com ... bem...
Espero que tenham gostado