The Unexpected escrita por Thais Muniz
Notas iniciais do capítulo
Hoje é véspera de natal, então resolvi postar como presente. Não revisei, entao desculpem antecipadamente.
— Damon? – Elena fala assim que percebe que a ligação foi atendida
— Oi?
— A gente precisa conversar – mas antes que pudesse começar o assunto ele desliga.
Ela estava em Mystic Falls em frente à casa dos Salvatores. Já era sexta-feira e eles ainda não haviam se falado. A situação a deixava chateada, então resolveu de uma vez por todas resolver o que quer que esteja acontecendo.
Ela o vê pela janela caminhando no corredor da casa, e tenta ligar novamente.
— Onde você está? – pergunta antes que ele desligue
— Por que quer saber?
— Está em casa?
— Não
— Damon, pare de mentir! – ela já não consegue mais vê-lo — estou na porta da sua casa, sei que está ai.
E novamente a ligação é terminada.
Não estava entendendo o motivo de ele estar daquele jeito. Foi o beijo? Aquilo a incomodava muito. Por que ele a estava ignorando? Elena resolve voltar para o carro.
— Espera – ela escuta ao desativar o alarme do carro.
Quando se vira, lá está ele. Parado na porta só com sua calça jeans, e o peitoral a mostra.
— Até que enfim – ela diz voltando
— O que venho fazer aqui?
— Por que está me tratando assim? Eu te fiz alguma coisa?
— Não, Elena, eu só entendi que não tenho lugar na sua vida.
— O que? Você está ficando louco? – nada daquilo fazia sentido, sua cabeça estava um caos – você simplesmente passou a me ignorar, acho que sou eu quem não tem espaço na sua vida. Você não acha que temos muito o que conversar?
— Você já se esqueceu de que foi você quem falou isso pra mim? Eu tentei conversar
— O que? Quando? Essas palavras jamais saíram da minha boca, da onde está tirando essa loucura?
— Quer que eu desenhe? Eu, você, conversando em frente ao portão da faculdade? – ela permanece sem entender - você me ignorando, e logo após soou com alto em bom som “não tem mais lugar pra você em minha vida”.
Naquele momento Elena simplesmente para a discussão. As coisas começam a fazer sentido. Katherine começa a fazer sentido. Ela quem sempre dava um jeito de virar sua vida de ponta cabeça. Era com ela que Damon havia conversado.
— Não foi comigo que você conversou.
— O que? Quem é que está ficando maluco agora?
— Damon, presta atenção, eu não disse nada disso que você está achando. Desde que nos conhecemos você me fez um bem enorme, eu jamais falaria algo pra te machucar com intensão – ela respira fundo – mas Katherine faria
— Quem é Katherine?
— Minha querida irmã gêmea que sempre adorou estragar minha vida – ela diz ironizando na palavra “querida”
— Você tem uma irmã gêmea? – ele fala incrédulo
— Sim, e ao que tudo indica ela está aqui, tentando me fazer enlouquecer
—Sabe, esse tipo de coisa a gente fala quando conhece a pessoa. Tipo, tenho alergia a gatos, não como verduras, tenho uma irmã gêmea malvada – ele ri aliviado por não ter sido Elena a falar tudo aquilo.
Ela simplesmente o abraça forte, apesar de saber que ainda havia muita coisa pra ser dita, naquele momento apenas era bom ter seu amigo de volta.
~~
— Eu confesso que isso é a maior loucura que já fiz – Rebekah fala
— Convidar uma completa estranha para almoçar com você? – Stefan pergunta
— Sim! Mas a garota era espetacular, conversamos muito e ela me deu seu número.
— Pois é, isso é loucura – ele ri massageando os pés dela – mas que bom que encontrou alguém com que se identifique, acabou de chegar aqui, isso é algo difícil.
Os dois estavam sentados no enorme sofá da sala de TV. Como haviam se desencontrado do ultimo almoço marcado, resolveram passar o resto da tarde de sexta juntos.
— Devia ligar pra ela então, não é? Graças a ela que não fiquei sozinha te esperando.
— Já disse que surgiu um imprevisto, e deveria ligar sim, mas certamente não agora – ele a beija.
— Certamente não deveriam fazer isso em momento algum – Klaus os interrompe.
— Nik, nos de um tempo.
— Eu receio que não queira que nosso querido pai a veja nessas condições.
— O que? Eles não viriam da convenção em dois meses? – ela levanta preocupada
— Parece que a saudade de nós antecipou os dois meses em... –ele olha para o relógio da Tiffany em seu pulso – digamos, duas horas.
— Que saco, Niklaus, por que não os convenceu de ficar mais?
— Recado dado – ele vira as costas sem respondê-la.
— Desculpe Stefan, é que meus pais são um pouco... – ela não queria assusta-lo -... rígidos, eu preciso me arrumar, mas você pode ficar.
— Tem certeza?
— Sim, adoraria que os conhecesse.
— Se é o que quer.
— Você é um doce – ela o beija e logo sobe para se trocar.
~~
Caroline estava dançando ao som de Outside no quarto de Tyler com uma garrafa de vodka em mãos.
— Acho bom pegar leve com a bebida, ainda está cedo – ele fala ao sair do banheiro com a toalha apenas cobrindo suas partes intimas.
— Now every other day, i´ll be watching you— ela continua cantando sem dar importância
— Caroline – ele toma a garrafa de sua mão – vamos com calma com o álcool.
— Tudo bem, papai – ela diz desligando o som – e ai, já tem algo pra hoje à noite? Ou melhor, alguém?
— Sim – ele sorri enquanto enxuga o cabelo com outra toalha – ela chama Hanna, é do jornalismo.
— Não faço a menor ideia de quem seja.
— Claro – ele revira os olhos – você nunca conhece ninguém, só as pessoas que te conhecem, mas bem, tem algo pra hoje?
— Não – ela respira fundo olhando se havia alguma notificação em seu celular
— E o tal Damon?
— Damon – ela ri – ele foi só uma diversão, insisti porque queria implicar com Elena, é incrível como ela sempre consegue o que quer e eu me aborreci com isso – ela finaliza.
— Você e essa rivalidade boba com Elena – ele a encara – ela parou com isso quando vocês tinham 10 anos, sabia?
— Enfim, Tyler, não me canse, não quero desistir de você também – ela olha mais uma vez o celular conferindo o POTD— vamos lá Mystic Falls, não nos decepcione, onde está a festa dessa sexta?
~~
— Estou aliviada que esclarecemos as coisas – Elena fala ao sentar-se na bancada da cozinha de Damon
— Não esclarecemos tudo ainda - ele tentando lembra-la sobre a noite passada
— Estou com fome não como nada desde manhã - ela desvia do assunto
— Sorte sua que eu faço as melhores panquecas do mundo - por não querer estragar o clima no momento, achou que o assunto poderia esperar
Ela solta uma gargalhada
— Esse aplicativo está parado demais pra uma sexta-feira – ela fala ao olhar para o celular
— Do que está falando?
— Do POTD – ela o olha e ele continua com uma expressão confusa – ta legal, quem é que mora em Mystic Falls e não tem esse aplicativo no celular?
— Lembre-se que me mudei há pouco tempo – ele se justifica
— Mudou de novo, você disse que já foi daqui antes, sem desculpas.
— E o que seria isso?
— POTD é a abreviação de Party Of The Day — ele permanece quieto, ela respira fundo e continua – você ativa sua localização e ele te mostra as festas mais iradas que você possa ir, claro, com todos os detalhes, e você também pode anunciar sua própria festa, é extremamente usado aqui, e muito útil.
— Parece genial – ele se surpreende
— Com certeza é. Você tem algo pra beber?
— Se eu tenho algo pra beber? Você está falando com Damon Salvatore. Acompanhe-me – ele a puxa em direção a um corredor
Ele para em frente a uma porta e ela não entende até que ele a abre e revela um estoque de diversas bebidas, e diversas datas de fabricação.
— Isso é incrível
— Quer escolher?
— Como conseguiu tudo isso? – ela puxa um vinho que estava meio empoeirado – mil novecentos e cinquenta e quatro?
— Digamos que, isso passa de geração em geração, tem vários, isso é só a amostra.
— Tudo bem, eu quero este!
De volta à cozinha, Elena procura o abridor, estava louca para experimentar o tal vinho, e se lembra de que ainda não havia contado sobre seu término, e resolve ser breve.
— Eu terminei com o Liam – diz ela tentando abrir o vinho
Damon para o que estava fazendo e senta ao lado dela.
— O futuro Dr. Humanitário não era bom o bastante? O que deu errado?
— O que acha? – ela se concentra no vinho – tudo deu errado, desde o começo.
Ele toma o vinho da mão dela e a olha dentro dos olhos
— Isso merece uma comemoração
— Damon, qual é!
Ele força com o dedão e no mesmo segundo a rolha salta com um estouro, ela se assusta, mas logo em seguida já estava rindo com toda a encenação que ele fazia.
Damon se aproxima e coloca uma mexa do cabelo dela atrás de sua orelha, e por ali permanece a sua mão.
— Você está bem? – ele levanta o rosto dela com delicadeza
— Eu não sei, é meio estranho o que estou sentindo, não consigo definir.
Quando ela levanta seu olhar da de encontro com o par de olhos azuis de Damon, ele semicerrava com um sorriso torto meio malicioso.
— Então, deixe-me mudar de assunto – Damon diz – a gente se beijou, lembra? - ele finalmente retorna na noite passada
— Escute – ela começa se afastando – não quero criar um clima estranho entre a gente, e agora que não estou mais com Liam preciso de um tempo só pra mim, está claro que aconteceu algo aqui, com a gente, mas eu estou de fato muito confusa e não quero estragar minha amizade com você, com Caroline e muito menos fazer Liam achar que o término foi por você, o que não foi, eu estava em um relacionamento a qual não era mais o que queria e talvez você tenha feito eu enxergar isso, mas quero ter certeza que se há algo entre nós seja real e não apenas porque eu estava em um mal relacionamento – ela observa sua reação, mas Damon continua a olhando com a mesma expressão, aqueles olhos a hipnotizava, então Elena tenta tomar sua linha de raciocínio – então, deve parar com as gracinhas e.. – ela toma coragem – e aquela coisa que faz com os olhos
— Que coisa com os olhos? – ele esboça um sorriso maior, e ela sente o olhar penetrante sobre ela ainda mais forte.
— Damon, não faça me arrepender de ser sua amiga.
Ele ri e se afasta.
— Você não vai.
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Espero receber comentários como presente também.