E se tivesse uma garota no Instituto Imperial? escrita por Hissa Odair


Capítulo 40
Não dá para escapar


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o que era para ser a segunda parte do capítulo anterior.



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Chiharu Pov's

–EU O QUE?! EU?!

–Não! O Michael Jackson! Claro que foi você! - ele disse zangado.

–E por que eu?! - eu disse em choque.

–O que você estava fazendo antes de eu chegar?! - ele perguntou irritado.

–Andando ... - disse, só então percebendo que parecia uma mentira daquelas.

–No escuro?! - ele disse debochando.

–Preconceito contra quem anda no escuro?! - perguntei sem saber o que porcaria eu estava falando.

– ... - ele ficou me encarando com aquela *gotinha*, e depois voltou a ficar com raiva - Tenho preconceito contra pessoas que rouba e não assumem o que fazem!!

–Não fui eu droga!!! Por que você não acredita e para de ser um tonto idiota que acusa os outros sem provas??!!! - gritei já muito zangada.

–Então quem foi?!!! - ele gritou um pouco mais alto que eu.

Isso me soou como um desafio, então eu perdi totalmente a paciência.

–E EU VOU LÁ SABER??!!!!! - gritei mais alto que ele.

–O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI??!!!!!! - gritaram mais alto ainda que eu (se isso lá é possível), os capitães Endo e Fídeo.

Eu fiquei bem tentada a dizer algo como: "Calem a boca!" ou "Ninguém chamou vocês na conversa!", mas me contive a tempo.

–Ela roubou os documentos Fídeo! - disse o garoto tentando se acalmar.

–Eu não roubei a porcaria dos documentos, dá para vocês entenderem?! Eu não sou nenhuma ladra e nem trapaceira! - disse um pouco mais calma.

–Ela estava aqui, sozinha, ao lado dos documentos, no escuro. Tem maior suspeita Fídeo? - o menino falou.

–Escuta ... - ia tentar me interromper mais fui interrompida.

–Que tipo de débil anda sozinha no escuro?! - ele disse irritado.

–Eu não sou débil mental, você que deve ser. Qualquer pessoa pode ter pego esses documentos!! Eu só estava na hora errada no lugar errado!! - disse já sem paciência para dar explicações por uma coisa que eu não fiz - NÃO FUI EU DROGA!

Saí do refeitório, do albergue, e atravessei a rua, e entrei em um beco sem saída, me encostei na parede e fiquei encarando a parede do outro lado, eu precisava me acalmar. Eu realmente precisava me acalmar.

Suspirei. Eu já me sentia um pouco melhor. Afinal a culpa não é dele se pensou que eu fosse uma ladra e trapaceira.Eu também teria pensado assim. Eu estava no lugar errado e na hora errada.

Saí do beco e caminhei um pouco pela rua antes de voltar ao albergue. Quando eu ia atravessar a rua, percebi a presença de um senhor loiro na rua do albergue italiano. Era Kageyama. O medo me possuiu e saí correndo em sua direção. Quase sou atropelada por uma bicicleta mas tudo bem.

–Kageyama! O que faz aqui? - perguntei tentando não parecer que eu estava com medo ou com raiva.

–Eu sou treinador da seleção italiana - ele disse - Eu vou te dar uma útima chance de salvar sua irmã menor. Preste bem atenção que eu só direi uma vez, e você deverá cumprir.

–Sim senhor - disse normalmente, mas feliz por ainda ter uma última oportunidade de salvá-la.

–Você deverá me entregar os documentos que você achou, sair de seleção japonesa, voltar ao Japão, e ficar calada, e não contar a ninguém, depois receberá novas ordens. Deve cumprir sua parte do acordo e eu cumpro a minha deixando Zun Odair viver - ele disse friamente.

–Sim senhor, não voltarei a falhar. Com sua permissão, pergunto se poderei jogar nessa partida pela Orpheus senhor - disse sendo o mais educada e formal possível.

Eu odiei ser educada com ele, mas é melhor eu ser bem educada que eu falar grosserias.

–Não vejo nenhum inconveniente - ele disse como se não fizesse diferença.

–Obrigada senhor. Com sua licença - disse me retirando e entrando correndo no albergue.

Eu fiquei feliz por ninguém estar no local. Eu deveria voltar a obedecer ele. Será que eu nunca ia me livrar dessa maldição?! Suspirei. Fui procurar o pessoal. Achei eles. Todos estavam em um outro lugar que eu não tinha visto. Estavam em duas fileiras, de um lado os italianos e do outro os japoneses. O Fídio ia apresentá-los.

–Esses são Endo, Kidou, Sakuma, Fudou ... Um, dois, três, quatro ... Vocês não eram cinco? - perguntou Fídeo.

–Falta eu - eu disse um pouco triste.

O menino voltou a me encarar com desprezo. Ele abriu a boca para falar alguma coisa.

–Lá vem ... Eu não quero brigas agora ok? Essa discussão não vai levar em nada - eu interrompi.

–Para você é fácil falar - ele reclamou, mas acho que ele também achou melhor por um fim nisso.

–E na verdade, todas as provas apontam em você - Fídeo disse tentando não me ofender.

–Pensem o que quiser. Não tenho nada a ver com isso - eu disse calma, e tentei desviar o assunto - Você estava dizendo alguma coisa antes de eu chegar, por favor prossiga.

Acho que eles pensaram que eu falei com ironia. Alguns me olharam feio porque eu "falei com grosseria" com o capitão deles.

–Bom, continuando. Eles vão substituir os que se machucaram nessa partida - Fídeo falou, apesar de também ter pensado que falei com ironia.

Então o goleiro italiano falou algo sobre ser ridículo um inimigo japonês defender o gol da Orpheus. E o Endo falou algo sobre não serem inimigos, e sim rivais, e o blá, blá, blá que ele costuma dizer. Nunca gostei muito do jeito todo feliz dele ser ou quando ele fala que são todos amigos ou quando fala que tudo vai dar certo.

Finalmente, depois de um tempo ajeitando todos os detalhes, ficou tudo bem, e nós vamos ocupar os lugares dos que se machucaram.

Deixando toda a parte chatinha de lado (tempo no qual eu não sabia se ia ficar ouvindo ou se eu ia ignorar), nós fomos, no horário do jogo, ao campo onde íamos jogar a partida.

E, como eu já sabia, lá estava o "Mr. K", que na verdade era o Kageyama. Até aí tudo bem, mas minha mente deu uma bugada quando apareceu um menino que parecia ser o clone do Kido. Eu fiquei tipo ... Whats?!

Meu santo Deus essa vai ser um longa partida ...


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Notas finais do capítulo

Acho que essa fanfic vai ter mais capítulos que eu pensava ...



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