Narrador POV 

Akashi estava enfim namorando e não era Lise, poucas pessoas sabiam, ele nunca levava Tsuki para Rakuzan e nem o para sua casa, tinha dito, que não a prometia nada, a morena sabia do ocorrido com sua ex namorada, ele falava muito dela, 80% do assunto era referente a baixinha que ele tanto "amou", dizer que era passado não estava adiantando de nada.

Esse casal não se via muito e o imperador nem fazia questão, Gerstner estuda em um colégio feminino de Kyoto, era tão rígido quanto Rakuzan, contudo por Seijuurou ser presidente do conselho estudantil e também capitão do time de basquete tinha muita coisa para fazer.

Já a outra face da moeda, a face loura, ajudava no treino de vôlei, com seu aplicativo já desenvolvido ficava mais fácil de calcular em vez de fazer tudo em uma folha como fazia quando entrou na Teiko, já havia obtido todos os dados dos jogadores, apesar de não entender bem de vôlei estava se dando bem, Lise já tinha até mesmo ganhado o casaco do time, diferente do que ela tinha que por sinal foi mandado fazer por Akashi, esse era preto e azul, todas as partes brancas no casaco do ruivo no dela eram negros, as partes azuis eram relativamente mais escuras, todavia conseguia um bom destaque.

Algumas vezes no corredor os ex namorados se cruzavam, a loirinha tinha pegado a mania de Seijuurou de manter o casaco pousado nos ombros sem vesti-lo, então era uma cena intimidante quando se encontravam.

Ryouta morria de ciúmes de Asahi, aqueles dois louros brigavam por atenção, eram muito parecidos, porém Naruko gostava de jogar na cara do copiador o quanto ele é burro, Lise como uma boa irmã protegia seu gêmeo dizendo que se ele fosse tão burro assim não seria essa maquina de xerox.

Masaki estava mais sozinha que nunca, andava na cola dos gêmeos, mas não adiantava, ela não tinha atenção, as poucas vezes que o Kise lhe dirigiu a palavra foi quando ela passou mal, ele cuidava e até mesmo dava sopa na boca, sua preocupação na verdade era com a criança, nessa parte o ala-menor sempre foi mais sensato, para ele o bebê não tinha culpa de nada, só tinha pena por ele ter uma mãe tão doentia.

Higashi, aquela coisa se mantinha na casa Matsuda, infernizava a vida mãe e a mesma muitas vezes chorava o que rendia alguns talheres voando pela casa vindos da caçula.

O mais velho não era flor que se cheire, ele tinha uma certa lógica errada, sentia que sua mãe não estava feliz com o futuro neto.

"Oe, Masaki, venha aqui", o tom de voz despojado era dominante, o louro se mantinha na fim da escada esperando a menina que vinha encolhida.

"O que foi?", chegou até ele, Kawamura estava no último degrau da escada.

"Tenho certeza que minha mãe não quer essa criança, apesar da frieza ela quer netos vindos de uma relação com amor, que não é o meu caso, por isso mandei a inútil abortar e também não é seu caso querida", Higashi colocou as mãos no ombro da menina e fez só uma pequena força para trás, foi o suficiente para derrubar a morena.

"Morra você e esse imprestável", a família Kise ou Matsuda podiam ser manhosos, estranhos, mas o que tinham de sobra era frieza.

Antes da garota atingir o chão e sair rolando pelos degraus um louro mais baixo veio correndo num tempo recorde, pegou Masaki para que não acontecesse nada a seu corpo, somente as costas de Ryouta bateram no último degrau.

"Faça o que quiser com você, todavia não tente matar os outros", um dos olhos dourados do copiador estava fechado por conta da dor nas costas, a menina ainda estava em cima de si.

"Higashi, a criança tudo bem, entretanto se matar a garota você será preso, não traga mais desgraça a essa família", Lise desceu as escadas tomando cappuccino que seu irmão tinha mornado a pouco tempo.

Masaki estava feliz do louro a ter protegido, aquele corpo quente grudado ao seu por vontade própria, ela estava sendo tão rejeitada pela família que por alguns momentos colocava a culpa no bebê que carregava, se não fosse por ele talvez ela pudesse ter uma relação melhor com o Kise, de modo que ele mesmo queira fazer um filho nela.

"Por que ela tem e rejeita, Akashi-kun a ama e não hesitaria em fazer um filho nela, por que ela tem tudo", a grávida chorava e apontava para a baixinha na sala de estar.

"Nós sabemos que Akashicchi não negaria em ter filhos com Lise, nós sabemos", o ala-menor menor se levantou com dificuldade e esperou a resposta já conhecida da irmã.

"Por que eu vou gerar um bebê inútil para acabar com meu corpo? Mal consigo me sustentar quem dera uma criança, eu lá tenho cara de quem vai ter filhos", a gerente desdenhou, revirou os olhos com o que Masaki disse, as pessoas tinham que entender que de dentro de seu corpo não vai sair ninguém.

"Vocês todos, são tão frios", dito isso a morena se dirigiu para seu quarto, quer dizer o quarto de Lise.

"E você uma doida doente mental", discutir com a pequena não era uma boa idéia.

"E novamente eu agradeço de não ser a verdadeira Lise, aquela lá ia armar um barraco yandere que eu teria que mandar Kawamura para o Brasil para não ser morta", sussurou em alívio Ryouta.

"Eu a acharia no Brasil", respondeu a loirinha indicando que havia escutado.

Faltava somente um dia para a Inter High, ambos times de basquete como de volei estavam preparados, a gerente do time negro pegou um pouco pesado com eles, porém Asahi achava que valeu a pena, despertou uma força que ele não viu naqueles jogadores.

"Você vai me deixar com aquele maluco", reclamou Lise vendo a mala arrumada de seu irmão.

"Eu estudo na Kaijo, não posso simplesmente continuar aqui", abraçou a pequena que tremia de raiva, ele sabia que ela tinha medo de Higashi.

"Leve ele na mala, não vou conseguir dormir sabendo que tem um drogado na mesma casa que eu", proferiu a nanica esfregando o rosto no abdômen do copiador.

"Mas lembre que você também vai, é gerente do clube", acalmou pequena recordando desse detalhe.

"Verdade, mamãe anda mais esperta com ele, então ficará tranquilo, temos alguns seguranças também", se alegrou com a novidade.

Como a loirinha tinha esquecido que no outro dia já teriam de viajar teve de arrumar suas malas as pressas, Higashi ficou triste quando soube que ela também iria, estava planejando colocar umas aranhas no quarto dela.

Enfim começaria a Inter High.