Deusa de Pedra escrita por RaiscaCullen
Notas iniciais do capítulo
Desculpem a demora, mas meu not tinha estragado e depois eu meio que perdi a inspiração. Sem mais delongas....
No aeroporto de Paris, o Rolls-Royce de Edward os esperava para leva-los a casa nos arredores, em Aujon. Bella tratou de sentar no canto bem afastado do marido. Ele abriu o barzinho embutido.
- Quer tomar alguma coisa?
- Não obrigada. – Bella não tentava esconder o ódio que sentia.
Serviu-se de uísque, Edward acomodou-se no banco; o silencio entre eles era tão pesado que pudesse ser tocado.
Chegaram diante de um enorme portão de ferro trabalhado, que foi aberto por um empregado solicito; ele cumprimentou o patrão com alegria. O caminho que se estendia era largo e margeado bem no estilo Francês, com uma pequena torre com janelas dispostas a intervalos regulares, e uma grande porta.
Saindo do carro, Edward ajudou-a descer. Depois subiu os degraus com passos largos, deixando um espaço grande entre ele e ela, que vinha atrás. Na porta, uma senhora de maia-idade, provavelmente a governanta, os esperava.
- Esta é a Sra. Carmen, minha governanta. – Dirigiu-se a mulher: - Minhas instruções foram seguidas?
- Sim, senhor, tudo foi feito conforme o senhor mandou. – A governanta olhou Bella de uma maneira estranha, com um toque de triunfo em seus olhos frios.
Edward levou Bella através do hall de mármore e subiu a escada cujo corrimão era um trabalho de arte.
- Há um banheiro ligado a esta sala – ele explicou -, e também o quarto de dormir. Está suíte é para seu uso pessoal. – Bella virou-se depressa, apavorada que ele pudesse ficar por ali, também. – Não se preocupe comigo. – Edward parecia ter lido os pensamentos dela. – Não vou voltar a perturba-la. De agora em diante, nossas relações serão estritamente as de patrão e empregada. Terá completa liberdade na casa e arredores e poderá dispor do chofer para ir a Paris sempre que quiser.
- E quanto às obrigações?
- Deve ser minha anfitriã sempre que eu precisar e deve me acompanhar nas reuniões sociais que for solicitada. Também deve jantar comigo uma vez ou outra, quando eu estiver por aqui. – Depois de uma pausa ele continuou: - Preciso de seu passaporte.
- Por quê? – Bella perguntou, desconfiada.
- Para provar sua identidade, como minha esposa pode optar por ser cidadã francesa; mas acho que, como nosso arranjo é temporário, vai preferir continuar como súdita britânica, não é? – Bella confirmou. – Preciso então notificar as autoridades para que você possa continuar morando na França.
Bella hesitou um instante, mas, como não conhecia as leis francesas, acabou lhe entregando o passaporte. Edward saiu e ela pôde examinar melhor seus aposentos; eles ficavam no fundo da casa, e as janelas se abriam para um jardim muito bem cuidado e cheio de arvores e flores.
Bateram a porta. Quem será? Pensou Bella. Não seria Edward de novo. Quanto o menos visse, melhor.
- Entrez— ela disse e a senhora Carmen entrou.
- Desculpe Sra. Cullen, mas o patrão me disse que a levasse para conhecer a casa toda.
Bella se espantou por ser chamada se Sra. Cullen; esse nome não parecia seu.
- Obrigada por me mostrar a casa toda; o Sr. Cullen me contou que eficiência dirige a casa e o quanto ele confia em você. Terei que recorrer a você quando precisar de auxilio para organizar as festas e reuniões que teremos aqui!
Por um momento a Sra. Carmen pareceu surpresa, mas depois a desconfiança fugiu de seu olhar e suas maneiras ficaram mais naturais e agradáveis.
Ás sete horas saiu do quarto. Com um sorriso, Bella pensou em todas as mulheres que dariam a vida para ser a Sra. Edward Cullen. No entanto, não era bom ser casada com Edward.
- O Sr. Cullen a esta esperando na sala pequena, senhora – a governanta avisou, assim que ela acabou de descer a escada.
Bella ficou feliz por não precisar jantar na imensa sala; mas, afinal a sala pequena não era tão pequena assim! Edward estava de pé em frente à lareira, os olhos acompanhando o movimento rápido das chamas. Quando ela chegou, ele ordenou que o jantar fosse servido; em seguida foi até a bandeja com bebidas e serviu um copo de xerez para Bella, sem lhe perguntar se queria.
- A Sr. Carmen lhe mostrou a casa toda?
- Mostrou, sim; achei-a lindíssima. – A sala ficou em silencio e, para quebra-lo, ela continuou: - Pertence a sua família há muito tempo?
- Desde que foi construída. Por algum tempo, durante a Revolução Francesa, eles foram obrigados a entrega-la, mas felizmente ela não foi saqueada; mais tarde a família caiu nas boas graças de Napoleão e ela nos foi devolvida.
O silencio tornou a encher a sala, mas dessa vez Bella não fez nada para quebra-lo; felizmente a empregada entrou para servir o jantar.
- Vamos para a biblioteca? – ele sugeriu assim que acabaram de jantar.
Bella sentou-se no sofá e Edward se dirigiu ao bar, para servir-se de um conhaque; quando já ia sentar, ela falou:
- Pode me servir também um conhaque, por favor?
Edward pareceu surpreso, mas serviu-a. Ele sentou-se numa poltrona, do outro lado da lareira. De repente, ele levantou os olhos e seus olhares se encontraram; parecia que uma corrente elétrica passava de um para o outro. Bella desviou o olhar.
- Abri uma conta para você no meu banco; mensalmente uma quantia será depositada para que a gaste em suas despesas pessoais. – ele tirou um talão de cheques do bolso e o colocou sobre a mesa, ao lado dela.
- Não preciso de dinheiro nenhum.
- É a primeira mulher que ouço dizer isso. – O sorriso de Edward estava entre irônico e divertido. – Pode começar a sacar de sua conta imediatamente.
- Não quero seu dinheiro – Bella falou, levantando-se – Se eu precisar de alguma coisa que não seja necessária para este trabalho, eu mesma posso compra-la.
- Não seja boba. Vai precisar de dinheiro na bolsa para pagar pequenas compras, para gorjetas e outras coisas do gênero.
- Prefiro descontar esse dinheiro da quantia que lhe devo assim mais depressa eu ficaria livre. – Bella tinha as faces coradas.
Edward deus uns passos na direção dela que, por precaução, se afastou para trás; ele parou há pouca distancia e havia ameaça em seus olhos quando falou:
- Prometi não toca-la novamente, Bella, mas não me force demais, ou então vai acabar se arrependendo. Enquanto estiver usando meu nome e morar sob meu teto, eu providencio tudo que você precisar. Está entendido? – Seu tom de voz não admitia argumentos. – Agora pegue este talão de cheques!
Por um breve instante Bella continuou em sua atitude de desafio; depois pensou bem, viu que não adiantava nada desafia-lo, pois ele poderia cumprir suas ameaças. Quando quisesse fazer alguma coisa para humilha-lo, teria que fazer em segredo e com muito jeito.
Sem dizer uma palavra, pegou o talão de cheque e saiu da sala, a cabeça erguida.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Até o próximo cap! E mais uma vez me desculpem!
PS:Comente só para que eu saiba que ainda estão acompanhando a fic!