Stronger What Doesnt Kill You escrita por Hugh


Capítulo 37
Família




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Queridos Pais

Depois da faculdade, me despedi de Clarisse e pedi para Percy me deixar no trabalho direto, já que hoje era meu dia de voltar , e avisei a ele que cinco horas eu estaria pronta para buscar Emma no orfanato, e assim iríamos ao médico.

O trabalho não foi tão entediante assim, na verdade, meu chefe ficou feliz em me ver, e eu conversei bastante com os funcionários da lá, que eram meus amigos desde sempre.

Mas tenho que admitir que foi um alívio sair do trabalho, não que eu não goste mas foi ótimo ver o sorriso de Emma, vê-la era tão incrível, quando eu via aquele cabelo louro voando, e aquele sorrisinho fofo com duas janelinhas da frente parecia que eu me completava, em três partes, quando me encontrava com Emma, as três partes se completavam. Percy, eu e Emma! Nunca poderia ter imaginado!

Ela não falou muito no carro, só ficava mexendo com um amuleto pendurado no pescoço. Era uma borboleta prata. Ela deixou bem claro que gostava de borboletas, sua blusa era de borboletas, e ainda usava a presilha de borboleta que eu lhe dera no Natal.

Quando chegamos ao consultório do médico no hospital, Emma parou de repente e ficou olhando de um jeito inseguro e nervoso para a porta, como se estivesse com medo, e pelo seu olhar presumi que estivesse mesmo. E antes de falar qualquer coisa, Percy se ajoelhou, ficando da sua altura, e pegou suas mãozinhas.

–Emma. - ele falou tão suave que duvidei que fosse realmente ele - Se não quiser ir agora posso pedir o médico para esperar.

Emma não falou nada, como sempre só parou de olhar para o chão e pegou na minha mão, já que a outra estava segurando a de Percy, e nos puxou para dentro do consultório, onde o médico estava conversando com uma mulher cuja deveria ser alguma secretária.

–Ahn... Você deve ser Annabeth Chase, a Srt. Stonem falou que você viria, mas quem é você rapaz? - ele falou com a voz grossa de médico e se dirigiu a Percy

–Sou Percy Jackson senhor....

–Meu papai! - Emma o interrompeu e o médico ficou com a boca no chão quando a ouviu

–Ela falou? - ele disse surpreso e nós assentimos - Nossa, vocês dois fizeram milagre, mas então que história é essa de papai? - ele perguntou e eu não me importei de falar já que Emma estava olhando para o amuleto.

–É que eu prometi que....

–Nós prometemos! - Percy corrigiu

–Que iríamos adotá-la e que ela teria uma nova família com a gente, então as vezes ela nos chama assim. - falei um pouco envergonhada mas o médico simplesmente sorriu

–Tudo bem, vamos começar a sessão! - ele disse entusiasmado

Percy puxou Emma, que ainda olhava distraidamente para o amuleto, para seu colo, já que só haviam duas cadeiras, e o médico foi fazendo várias perguntas para Percy e para mim, como se o desenvolvimento dela, tanto sobre a fala, quanto sobre a convivência com as outras crianças. Nós fomos sinceros com ele. Emma quase nunca conversava com as crianças, ficava sempre isolada quando estava no orfanato, ela conversava comigo e com Percy, ás vezes com a Sra. Stonem também.

Ele não expressou nada enquanto falávamos, apenas escrevia na ficha de Emma.

Quando acabamos, ele pediu para conversar comigo, e mesmo estranhando, fui até ele.

–Annabeth, eu queria te pedir uma coisa muito importante. - ele falou sério - Eu me importo com Emma, trato dela, desde que era bem pequena, e eu nunca a vi desse jeito, tão.....feliz! Então a única coisa que eu tenho a te pedir é que cuide de Emma, que dê carinho e amor que os pais dela nunca deram. Eu tenho fé que ela consiga superar isso, que volte ao mundo real, mas isso depende de você e de Percy, ela só irá escutar vocês, então por favor....

–É claro Doutor! - eu disse sorrindo antes de ele terminar a frase - Eu prometo que farei isso.

Ele deu um sorriso de lado, e fez um gesto com a cabeça querendo dizer, obrigado, repeti o gesto e voltei para onde Percy segurava Emma no colo e brincava com a mesma, e pelo que parecia ela estava ensinando a ele, um toque com as mãos, e Percy, desengonçado como sempre, todo atrapalhado ao tentar acompanhar Emma.

Sorri e chamei Percy. Ele se levantou com Emma no seu colo ainda brincando e caminhamos até o carro.

Diferente da ida, a volta foi bem divertida, ouvimos várias músicas e conversamos sobre tudo que se pode imaginar. Emma falou tudo sobre borboletas, o ciclo de vida delas, as cores, como as lagartas se transformam em borboletas, e eu tinha que admitir que para uma garotinha de cinco anos, autista, ela falava bastante, mesmo que fosse embolado e ela sabia muitas coisas que com cinco anos eu mal fazia ideia.

–Então, pra onde vocês querem ir? - Percy perguntou de repente

–Como assim? Vamos deixar Emma no orfanato e depois ir pra casa. - eu disse

–Mas eu não quero ir pra casa! Porque não vamos para o parque?

–Mas amanhã temos faculdade! - exclamei - E não podemos faltar nos segundo dia e....

–Ah, por favo mamãe.. - Emma disse manhosa me interrompendo. Olhei para Percy e ele fez um biquinho, que mesmo infantil, eu achei super sexy, deu vontade de morder.

–Tudo bem, vamos! - eu cedi e os dois comemoraram

************

–Nossa, que lindinha a filha de vocês! - falou a senhora, dona do carrinho de algodão doce. Eu já estava pronta para dizer que não era nossa filha, mas mudei de ideia e agradeci sorrindo

–Obrigada.

Percy me olhou, e sorriu, passando o braço pelos meus ombros, e eu como era bem mais baixa que ele, conseguia abraçar sua cintura sem dificuldades. E acho que perdi a noção do tempo, porque os poucos minutos que eu fiquei abraçada em Percy vendo Emma brincar as borboletas, se transformaram em horas, quando olhei no telefone, já eram sete da noite.

Sai do abraço de Percy e quando eu já ia gritar com ele por não ter me avisado que já era tarde, percebi que o mesmo estava dormindo, e como sempre, um fio de baba escorria pelo canto de sua boca. Algumas garotas acharia isso nojento, mas eu não, era fofo.

E em alguns segundos, percebi que Percy, sem mesmo falar alguma coisa, havia me convencido a ficar lá. Me encachei em seus braços de novo, e fiquei olhando as vezes para Percy, e as vezes para Emma que brincava com um cachorro.

Não dormi novamente porque sabia que se eu dormisse só iria acordar no outro dia, então lembre de uma coisa muito importante. Sra.Stonem!! Eu mal havia avisado ela que estávamos aqui, e com certeza ela já deveria ter chamado o resgate para nos procurar! Peguei o telefone e liguei para ela;

–Annabeth?! - ouvi ela esbravejar do outro lado da linha

–Ah, oi Sra. Stonem, eu....

–Onde se meteu menina? Onde está Emma? Por que não deixou ela aqui no horário combinado? - ela perguntou tudo de uma vez

–Sra. Stonem, olhe, Emma está bem, só que depois que fomos ao médico ela e Percy quiseram ir ao parque, então nós perdemos a hora. Sinto muito por isso, mas se a senhora permitir eu queria lhe pedir uma coisa...!

–E o que seria Annabeth? - ela perguntou e eu sorri

************

–Mas você não tinha falado pra levar Emma para o orfanato antes que a Sra. Stonem ficasse preocupada?- Percy questionou enquanto eu dirigia o carro

–Sim, mas eu tive uma ideia melhor, e enquanto você babava no meu ombro, liguei para ela.

–E o que você disse pra ela? - perguntou confuso

–Você vai ver! - eu disse sorrindo - Marie vai ficar na sua casa hoje?

–Não, hoje minha mãe está em Oswego, e Marie está com ela sim, por que?

–Você vai dormir lá em casa hoje! - falei fria e Percy não questionou, só fez questão de ver se Emma estava bem no banco de trás

–Quando chagamos na minha casa, Emma já havia adormecido no banco, e com motivo, ela havia brincado o dia inteiro no parque. Eu e Percy também não estávamos muito diferentes, mesmo não tendo corrido tanto quanto Emma, estávamos cansados.

Tão cansados que quando subi para o meu quarto, depois de Percy, vi os dois deitados na cama, já dormindo. Eu até podeira ir lá e dar uma bronca neles por deitarem na cama sem ao menos tomar banho, mas a única coisa que pensei na hora foi deitar ao lado deles, e adormecer, agradecendo, por ter essa família, do meu lado.

Com amor, Annabeth


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Notas finais do capítulo

Não sei pq mas acho a Emma tão fofa!



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