Blessing In Disguise Edited escrita por Frerard


Capítulo 24
Let me be the only hope for you.


Notas iniciais do capítulo

Oi galerinha. Nem me perguntem, eu simplesmente acordei e "Oh! Acho que vou voltar pra Blessing.."
Enfim, não tentem me entender.. Minha psicóloga já desistiu faz tempo.



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"Life brings to us unexpected changes
One day you´re king than transformed to the nameless
By the speed of light burning bridges"

As we fall down - Disfigured corpse

Acordei com o reflexo cegante do sol sobre meus olhos. Acabei adormecendo no chão, o que me causou uma dor imensa nas costas. Minha cabeça latejava, e meus olhos estavam inchados. Fitei o quarto por alguns segundos tentando encontrar ânimo para me levantar; não queria sair tampouco queria ficar. Lembrei-me que a poucos metros dali aquele homem dormia, e senti um aperto imenso no estômago como se pudesse vomitar ali mesmo, naquele lugar ao qual eu já sentia que não mais pertencia. Levantei-me, tomei um banho, enfiei algumas roupas na minha mochila juntamente com minhas economias que não somavam muito e alguns objetos indispensáveis, saindo logo em seguida. Eu realmente não tinha para onde ir, mas sabia internamente que qualquer lugar era melhor que ali.

Rodei sem rumo por alguns minutos até para em uma starbucks e sentar-me solitário para um café. Perdido em meus pensamentos fitava as ruas sem prestar atenção em um detalhe sequer; o café em minhas mãos já havia esfriado, assim como minha esperança de dias melhores. Àquela altura já nem me importava com o que poderia vir a acontecer com a minha mãe tendo aquele monstro dentro de casa novamente, afinal, estava decididamente convencido a pensar que era a porra do problema dela, e que quando me ligassem do hospital eu não conseguiria expelir nada além de um "bem feito" quando encarasse os hematomas em seu rosto. Não, eu não conseguia me importar. Não mais. Estava exausto e ferido demais pra isso, assistindo de perto todas essas feridas em meu coração se transformarem em pedras.

9:30. Eu ainda estava ali, não apenas parado como também estagnado, com os tornozelos acorrentados à minha realidade. Meu celular tocava insistentemente e inutilmente; não tinha estômago para atender e encarar a hipocrisia daquela que nunca realmente se importou com alguém além de si própria e as necessidades que carregava no meio das pernas. Abaixei a cabeça e comecei a brincar com os guardanapos, já tentando imaginar algum local para ir quando senti meu ombro sendo tocado. Hesitei por alguns segundos, encarando finalmente aquele que me tirava de meu monólogo. "Sabia que te encontraria aqui", disse a única pessoa cuja presença afastou subitamente a dor emocional na qual me afogava.

F: Gerard!

Fiquei surpreso ao vê-lo, mas ao mesmo tempo muito feliz. Ao sentir que nada me restava senão a mim mesmo e a meus demônios, saber que ainda o tinha por perto era inexplicavelmente confortante. Ele se aproximou e me presenteou com um abraço quente e acolhedor; não consegui evitar as lágrimas que saíram automaticamente de meus olhos, encharcando seu ombro. Ele não falou nada, apenas se limitou a estar ali e me oferecer seu apoio, o que já era mais que suficiente para mim. Já sentindo não restavam mais lágrimas, afastei-me enxugando os olhos e encarando-o finalmente.

F: Como você me encontrou?

G: Sua mãe me ligou... Pensou que você estava comigo.

F: Mas ela sabe que eu estou aqui? Ela me viu?

G: Não... Eu presumi -sorriu- Mas não se preocupe, eu menti que não fazia idéia de onde você estava e que não nos falavamos a um bom tempo.

F: Bom... -tentei sorrir de volta.

G: Então... Você não quer me contar?

F: Ainda não... -abaixei os olhos e ele assentiu compreensivo.

G: Então... Não podemos ficar aqui o dia todo.

F: Eu sei, mas é que... Não quero voltar para casa.

G: E quem é que falou sobre voltar para casa? - Sorriu me fazendo fitá-lo- Vamos para MINHA casa, ou melhor, SUA nova casa.

Não sabia bem o que dizer, só sabia que ouvir aquilo me emocionou, trazendo de volta lágrimas aos meus olhos. Ele secou-as num toque carinhoso e segurou minha mão com força.

G: Enquanto eu existir, você nunca estará sozinho.

Retribuí com um sorriso que exprimia todas as palavras que não conseguia dizer. Levantei-me e fui guiado em um abraço até nosso destino.

"From this moment on, if you ever feel like letting go,
I won't let you fall."

Nickelback - Never gonna be alone


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Notas finais do capítulo

:)

Frerard lives ♥