Roses escrita por LS Valentini


Capítulo 12
Paparazzi, Carta e Ligação


Notas iniciais do capítulo

"Sorry, I´m late" rs, que novidade!
Agradeço a todos os reviews, vocês são incríveis!



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P.O.V EMMA ON

O único ônibus que passava por Storybrooke, a cada dois dias, não foi lotado até Boston. Ninguém queria sair daquela cidade, muito menos eu.

Durante toda a viagem tive que me esquivar das investidas de Neal, principalmente quando ele queria entrelaçar nossos dedos. A solução foi fingir que eu dormia, mas na verdade não descansei um minuto, pois sentia que ele ainda observava.

Minha cabeça latejava, e eu só conseguia pensar em Storybrooke e... “nele”. Achei que se não pronunciasse seu nome, aos poucos o esqueceria, mas foi uma ideia ridícula da minha parte.

– Chegamos - Neal sussurrou ao meu ouvido.

Mal tive tempo de sair do ônibus e flashes vieram de todo lugar; só percebi que eram paparazzi quando alguns seguranças os impediram de se aproximar. De onde aqueles “homens de preto” surgiram?

Até chegar num carro que nos esperava, ouvi muitas perguntas, como: “Elizabeth, por que fugiu?”, “Forjou a própria morte?”, “Ainda é noiva de Neal?”, “Qual sua relação com aquele homem em Storybrooke?”, “Você traiu Neal?”.

Dei-me conta de que ter o sobrenome Miller só trazia desvantagens.

P.O.V EMMA OFF

...

Naquela manhã quando olhou a caixa de correio, mesmo tendo quase certeza de que não havia nada lá, Killian encontrou uma carta, ou melhor, achava que era. Ele amaldiçoou a si próprio por ter fugido de todas as aulas de francês da escola, mas ainda podia contar com sua irmã, a melhor aluna da classe.

– Por que não pode me apoiar? - Killian estava indignado com a atitude de Regina, que o reprovava com o olhar.

– Você foi convidado para trabalhar no melhor hotel da França de uma hora pra outra, e é uma grande oportunidade, - a morena analisou a carta novamente - mas existem outras prioridades... O seu filho, Emma e...

– Eu já cuidei de tudo, pode ficar tranquila. - ele a interrompeu triste - Prefiro não tocar nesse assunto.

– Não vou ficar bem enquanto você não estiver... feliz. - ela tentou permanecer autoritária.

A cozinha da mansão de Regina se tornou silenciosa, nenhum dos dois irmãos queria tocar no assunto “felicidade”, mas a morena acabou levando suas próprias palavras ao extremo.

– Eu estou bem. - Killian forçou um sorriso.

– Se “estar bem” foi ficar horas trancando em casa provavelmente observando a parede, parar de comer, e ignorar as ligações da sua irmã...

– Desculpe, não quis te preocupar.

Foi só então que Regina percebeu que sua torta estava queimando no forno, e ela saiu literalmente correndo para tentar salvá-la, mas tudo o que conseguiu encontrar foi algo bem parecido com carvão.

– Olha o que você me fez fazer! - ela choramingou - Deixou Regina Mills visivelmente irritada!

Sabendo que não haveria mais torta, Killian apenas pegou uma maçã na cesta de frutas, mas antes que desse a primeira mordida a irmã o impediu, “roubando-o”.

– Regina Mills, a carrasca. - ele zombou - Se lembra? Fui eu que inventei.

Aquele era o título que ela levara por anos na escola, e sempre teve vontade de matar a pessoa que criara tudo aquilo, mas como forma de vingança, ela apenas deu-lhe um tapa no ombro.

– Jamais repita isso. - Regina parecia nervosa - Seu...

– Irmão diabolicamente lindo? - ele a interrompeu.

A morena cruzou os braços e bufou, era impossível conversar com Killian sem que ele fizesse alguma gracinha, mas logo sorriu quando ele disse:

– Vai ficar tudo bem.

– Quero que você me ligue todo dia. - Regina o abraçou - Vou sentir sua falta.

– Se “sentir falta” significa “ eu te amo”, - ele a imitou - então vou sentir sua falta também.

Após conversar com a irmã, Killian foi ao encontro de Milah, que o esperava com um sorriso enorme estampado no rosto.

...

O Sr. Miller folheava o jornal com olhos de um perfeito crítico, mas assim que viu a reportagem sobre sua filha dizendo que “Enquanto a família chorava, ela se divertia”, sentiu o sangue subir pela cabeça. Então aquele era o verdadeiro motivo de sua esposa ter saído de casa, alegando que precisava pensar.

– Aquela garota irresponsável de novo... - ele disse entre os dentes enquanto amassava o jornal.

Assim que sua raiva deu uma brecha, o senhor ouviu vozes vindas da sala de estar, foi conferir para ver quem era realmente, e se deparou com sua esposa e filha.

– Era pra ser uma surpresa - a senhora disse - mas a imprensa sempre descobre primeiro.

– O que deu em você?! - o mais velho se dirigiu a Elizabeth - Sua garota mimada irresponsável sabe o quanto me custou forjar a própria morte?

– M- Me desculpe senhor Miller, - ela se assustou - eu não me lembro de como fugi, mas creio que haja uma boa explicação.

– Não quero ouvir nada de você. - ele praticamente cuspiu as palavras.

...

P.O.V MILAH ON

Tudo estava indo de mal a pior. Killian havia me contado sobre a oportunidade de emprego dele na França. Isso mesmo! Há centenas de milhares de quilômetros de Storybrooke. Se Gold achou que eu ficaria naquele fim de mundo sem nenhum dinheiro e sem Killian, ele estava muito enganado.

– Eu acabei de chegar. - argumentei - Por que está indo embora?

– Aconteceram coisas nos últimos dias, e eu preciso de um tempo pra pensar. - Killian disse.

Ele simplesmente estava me ignorando como se eu fosse uma qualquer? Sim, estava. Eu tinha certeza de que era por causa daquela loira que o abandonou na noite anterior. Bem feito!

– Liam quer que você fique perto dele! - eu gritei - E eu também!

– Se eu ficar quem vai se machucar é ele, então eu te peço pra não se intrometer nas minhas escolhas. - ele parecia frio.

– Mas eu te amo - falei com lágrimas nos olhos, ou pelo menos tentei.

– Milah, eu não te amo como antes, - senti que era verdade - as coisas mudaram.

P.O.V MILAH OFF

...

A loira estava aflita com a primeira consulta com o Dr. Hopper, mas até parecia o contrário. Ele a esperava ansiosamente, pois ela seria sua primeira cliente que havia perdido a memória por completo, mas também por ser “Miller”, e aquilo traria muitas oportunidades para sua carreira profissional.

– Com licença. - Elizabeth adentrou no consultório, seguida por sua mãe.

– Por favor, entrem. - eles se cumprimentaram e sentaram-se nas cadeiras.

Ambientes como aquele deixavam mãe e filha nervosas, lugares assim poderiam decidir se você pode se curar ou não, morrer ou sobreviver.

– Doutor, eu acredito que já saiba o motivo da nossa vinda. - a Sra. Miller se adiantou.

– É claro. - ele ajeitou os óculos - Sua filha infelizmente sofreu um trauma, mas que naturalmente está se revertendo, e eu posso ajudá-la a recuperar as memórias rapidamente.

– Mesmo? - a loira se pronunciou esperançosa - Mas isso não vai trazer consequências?

– Tudo na vida há consequências, senhorita. - ele sorriu - E esse tratamento não será diferente.

– O que vai acontecer comigo, exatamente? - Elizabeth cruzou os braços como se estivesse com muito frio.

– Para que todas suas memórias recentes voltem, é preciso deixar as suas recentes para trás.

Elizabeth pensou em tudo o que vivera depois do acidentes. Killian. Storybrooke. Novos amigos. Decepções.

– Vou esquecer tudo, mesmo? - ela franziu o cenho - Até das pessoas?

– Exatamente - ele concordou.

Para a mais jovem aquilo com certeza não era tão ruim, seria reconfortante se ela jamais pudesse se lembrar, e menos noites em claro chorando. Se ela deixasse tudo para trás, poderia ter uma nova vida dali pra frente, sem escândalos - como o Sr.Miller gostaria.

– Quando começamos?

– Hoje mesmo, se preferir. - o doutor respondeu.

...

P.O.V EMMA

Não, eu não quis começar o tratamento naquele momento. Preferi “digerir” tudo o que estava acontecendo na minha vida, e confesso que meu maior desejo era desaparecer do mundo. Talvez fosse exatamente aquilo que eu senti quando fugi da última vez.

E lá estava eu, trancada no meu enorme quarto, apenas observando o dia passar pela janela. O que estava acontecendo? Não era hora de me reerguer e provar que eu era mais forte do que um coração em pedaços? Sei lá, só percebi o que eu estava fazendo quando ouvi a voz dele pelo telefone.

– Alô? - parei de respirar.

Onde eu estava com a cabeça pra pedir uma chamada para Storybrooke? Eu estava louca! Era a única explicação.

– K-Killian?

– Emma? - ele sussurrou.

“Você chama por mim, e eu caio aos seus pés

[…]

Mas se há alguma pílula que me ajude a esquecer

Deus sabe que eu ainda não encontrei

[…]

Tentar não te amar, só é possível até certo ponto

Tentar não precisar de você está acabando comigo

Não é possível ver o lado com aqui no chão

E eu continuo tentando, mas não sei pra quê

Porque tentar não te amar

Apenas me faz te amar mais”.

Trying not to Love you - Nickelback


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Notas finais do capítulo

Será que depois dessa ligação Emma vai querer esquecer de tudo? E qual será a reação de Killian?!
Comentem por favor, preciso saber a opinião de vocês!
Ah, quando querem que eu poste novamente? (Não vou atrasar dessa vez).