The Faberry Mission escrita por Jubileep


Capítulo 7
Capítulo 7 - Fofocas


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, meus amores :( Coisas aconteceram, mas tá tudo bem agora o/ Ah, obrigada a todos os comentários lindos, vocês não tem noção do quanto fico feliz em ver vocês opinando e mostrando que estão gostando da fanfic!



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Quinn Fabray já sentira ódio de Rachel Berry por diversos motivos, como, por exemplo, pelo estranho afeto da baixinha por seu namorado Finn Hudson ou pelo seu bizarro entusiasmo e seus comentários sempre tão egocêntricos, até mesmo seu nariz exorbitante já fora motivo para a antipatia da loira pela estrela do coral. A líder de torcida, entretanto, não conseguia descrever tamanho ódio por ela naquele momento, já que nenhumas dessas razões agora se encaixavam.

Nos primeiros minutos ela até esquecera-se de seu medo de altura e até se limitara a apreciar a vista da cidade, as casas pequenininhas sob elas que pareciam tão inacreditavelmente frágeis.

Essa magia durara até a roda ficar parada mais tempo do que deveria, denunciando alguma falha real no brinquedo. Ela, então, olhou para baixo – evitando balançar o banco onde estavam – e, não vendo ninguém, começou a sentir o coração pulsar mais forte. Começou a esforçar-se para não chorar ali mesmo enquanto sentia toda sua coragem e toda sua capacidade de respirar indo bem para longe dela.

Agora os motivos pelos quais ela já odiara Rachel pareciam tolos e insignificantes perto da culpa que ela depositava nos ombros da baixinha por estar naquela situação. E, tudo bem, talvez ela estivesse exagerando: ela não odiava Berry, mas não negava a vontade de lhe repreender ou lhe estapear. Por incrível que pareça Quinn não queria odiar Rachel e nem mesmo tentando conseguia o fazer.

Depois de confessarem seus pecados e entrelaçarem seus dedos enquanto estavam desesperadas ficaram em silêncio por um tempo considerável, mas então Rachel decidira quebrar a redoma de silêncio que as envolvia.

– Ah, por que eu? Eu tenho muitos sonhos, tenho um legado para deixar! –Disse a menor, uma expressão de desapontada que tomara o lugar da sua afobação, era como se Rachel já houvesse se conformado que ia morrer.

– Rachel, não quero que você morra, pare de dizer essas coisas. – Pediu Fabray, parecendo gentil. – Não vê que eu quero te matar com minhas próprias mãos? Ah, Deus, por favor, não tire essa minha chance. – Suplicou.

– Engraçadinha. – Revirou os olhos. – Não quero morrer, não agora que finalmente me tornei sua amiga. – Confessou, em meio a agitação do momento.

– Pense pelo lado bom, se morrermos agora você morrerá como minha amiga, mas se chegarmos vivas lá em baixo vou correr pra bem longe de você. – Avisou com um sorriso nada amigável.

A noite que antes se mostrava um tanto quanto fria e denunciava o outono chegando ao fim agora parecia abafada, quente, sufocante. A pele antes gélida agora queimava de nervosismo, enquanto o suor escorria pela testa das duas.

– Não olhe para baixo, não olhe para baixo. – Repetiu Quinn novamente depois de algum tempo, aos sussurros. - Não acredito que vou mesmo morrer... – Disse num tom conformado. -...Rachel Berry, preciso te falar algo, já que vamos estar mortas logo logo de qualquer forma. – Pediu, apertando ainda mais os dedos finos da morena, dos quais ela nem lembrava estar segurando.

– Fala. – Autorizou, enquanto o vento bagunçava seus fios pretos.

– Eu e Sue, nós estáv... – Começou.

– Ei! Vocês duas! – Alguém com um megafone chamou, interrompendo a fala da loira. – Os bombeiros já estão a caminho, fiquem tranquilas! – Assegurou um homem gordinho lá embaixo, com o uniforme do parque de diversões e um boné azul escuro.

Rachel então suspirou; um claro suspiro de alívio, de felicidade. E de modo imprevisível não hesitou em abraçar Quinn, passando seus curtos e finos braços pelo corpo da loira, que mesmo surpresa correspondeu.

As discussões anteriores foram completamente esquecidas quando seus olhares amigáveis e relaxados se encontraram, ainda em meio a um abraço desengonçado – mas estranhamente confortável.

– Ainda bem que não morremos. – Sussurrou Berry, apertando-a ainda mais.

– É. Ainda bem. – E nada conseguiu impedir que um sorriso discreto e verdadeiro nascesse nos lábios de Quinn Fabray.

[...]

– Então, gostou do encontro com Rachel ontem, Q? – Sue perguntou. Era claro, por causa de seu sorrisinho, que ela sabia do acidente. – Agora vocês têm várias boas experiências para contar, certo? Aposto que a pipoca deveria estar deliciosa.

O sorrisinho sarcástico e suspeito nos lábios de Sue fez com que algumas teorias fossem formadas na mente da jovem, que estava sentada com a bolsa customizada das Cheerios sobre seu colo – atualizando-a sobre qualquer novidade no maldito plano.

– Por favor, não me diga que a treinadora soube do acidente na roda gigante. – Quinn disse, cruzando seus braços e a fitando de forma desconfiada. – Espera... Não me diga que a treinadora está envolvida nisso... AI MEU DEUS! É óbvio que você está! – Quando a possibilidade lhe veio na cabeça a garota prontamente enfiou seu dedo indicador no rosto da mais velha.

E Sue Sylvester nem ao menos tentou se defender. Gargalhou de forma maldosa e satisfeita, e ah, se soubesse a fúria que se apoderou de Quinn Fabray naquele momento.

–Sério, treinadora Sylvester? Isso não estava na porcaria do contrato! Eu quase morri naquele troço de brinquedo! – Quinn exclamou. Estava atônita com aquela situação e com o nível tão extraordinariamente baixo da mulher. – Pelo amor de Deus! Aquilo foi horrível! Eu... Eu estava literalmente quase fazendo cocô no meu uniforme das Cheerios!

– Ah! Relaxe, Barbie. – Sue deu de ombros, fazendo uma careta de despreocupação. – Você não tem medo das elaboradas coreografias das Cheerios, não pode ter medo de uma roda gigante. Não faz nenhum sentido. – Protestou.

– É bem diferente! – Fabray defendeu, arregalando os olhos com tamanho nervosismo.

– Tanto faz... O que quero dizer é que agora vocês têm uma história divertidíssima para contar por aí quando se tornarem oficialmente namoradas. – Argumentou a mulher, como se tudo fosse tão fácil como era em sua mente.

Bom, para ela Faberry já estaria oficializado faz tempo, mas como, infelizmente, tinha que seguir as regrinhas básicas de um relacionamento – se conhecer, ter uma amizade, etc. – o plano seguia extremamente lento. Perguntava-se toda hora quem fora o imbecil que criara esses malditos passos.

– Me desculpe sra. Sylvester, mas não quero nem imaginar qual é sua ideia de “história terrível” então. – Disse, franzindo o cenho. - E outra coisa, eu e Rachel Berry nunca seremos namoradas. Pensei que tínhamos um consentimento quanto a isso. Essa coisa toda acontecerá secretamente! O plano é quebrar seu coração, não se tornar namorada dela. Imagina se o McKinley soubesse, seria o fim da minha imagem, treinadora! – Fabray gesticulava, gritava e debatia, enquanto em seu rosto angelical havia uma expressão de aflição. –Além do mais, se isso se espalhasse pelo McKinley facilmente chegaria aos ouvidos dos meus pais. Eles me expulsariam de casa se soubessem que me envolvi com uma garota, treinadora Sylvester. Nunca mais olhariam na minha cara, provavelmente. Já não basta minha irmã Kaitlin ocupar a maior parte do coração deles, imagine se eu me tornasse a ovelha negra da família?

– Tudo bem, srta. Fabray. Prometo que Faberry acontecerá às escuras. – E estranhamente, Sue concordou sorrindo de forma amigável.

[...]

Horas depois.

Quinn Fabray corria o mais rápido possível, como se sua vida dependesse disso. Sua respiração falhava e seu pulmão doía, enquanto todos se abriam para ela passar. Não havia nada de amigável ou doce em seu rosto, apenas uma fúria extraordinária, um ódio sem tamanho. Ela mordia o lábio inferior enquanto temia que sua sanidade lhe sabotasse e ela aprontasse alguma merda enquanto estava sob o efeito da raiva e do nervosismo, porém ela desconfiava que sua sanidade já estivesse começando a o fazer.

Quando a viu sua velocidade foi diminuindo, mesmo que seu cérebro estivesse uma loucura.

– Foi você não foi? Sua latina falsificada! – Quinn vociferava enquanto andava em passos firmes e lentos na direção de Santana Lopez, empurrando a morena contra o armário assim que as duas bateram de frente. – Vou te fazer voltar para o lixão de onde você veio! Lima Heights Adjacents ou qualquer que seja o nome daquela droga! – Ameaçava, com um claro aborrecimento tomando conta de sua íris castanha esverdeada.

Cállate, estúpida rubia! Te voy a romper la cara! – Logo em seguida milhões de xingamentos em espanhol foram proferidos, enquanto as bochechas da morena queimavam. Ela não fazia ideia porque Quinn estava falando aquelas coisas, mas não ficaria parada com cara de sonsa. Revidaria à altura, afinal, ela era Santana Lopez.

– Quer fazer o favor de falar em inglês, Lopez? Não tenho paciência para ouvir sua voz em outros idiomas! – Rosnou Quinn, sua pele antes clara agora tinha um tom avermelhado, semelhante a um pimentão.

– Vou chutar seu traseiro, Q! Que merda você está falando? – A veia da testa de Santana saltava, sua voz era alta e escandalosa. Ela cerrou os punhos e fuzilou a loira com o olhar.

Quinn revirou os olhos e mordeu o lábio inferior enquanto preparava-se para abrir a boca mais uma vez, mesmo com o coração apertado e com a respiração oscilante.

– Não se faz de idiota, Santana! Pensa que não sei que foi você quem espalhou boatos sobre mim e Rachel Berry? Eu ouvi as pessoas comentando nos corredores e eu sei que foi você que espalhou que eu, a garota mais fabulosa desse colégio, andava tendo algo maior que amizade com Rachel! – Quinn gritava. – Só porque você está no armário não tente foder com a minha imagem! – Disse, em alto e bom som, pra todos ouvirem. Inclusive Rachel Berry, que chegara à discussão na pior parte. – Eu nunca encostaria naquela coisa, eu namoro Finn Hudson, esqueceu?

Então Quinn se virou de modo esnobe com as mãos pousadas na cintura, o rabo de cavalo rebelando-se contra ela e colidindo contra seu rosto angelical. E só ai ela pôde ver uma morena baixinha com as duas mãos na boca e a testa franzida, seu olhar de surpresa e tristeza mesclada.

– Pensei que fôssemos amigas, Quinn.

E naquele momento o plano de Sue Sylvester voltou à estaca zero, desmoronou com apenas uma frase feito um castelo de cartas derrubado por uma leve ventania. Juntamente com o plano, a reputação de Quinn também estava por um fio.

Poderiam as duas loiras mais poderosas do William McKinley High suportar aquele momento de turbulência?


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Notas finais do capítulo

Vissssshhhh! Será que ainda dá tempo de resgatar o plano? Será que a Quinn vai conseguir ter a amizade da Rachel de volta? Será que ela não vai querer pular fora da missão e usar a briga como desculpa? ASDFGHJMK
Então galera, comentem e favoritem, plz :3
BEIJÃO SEUS LINDOSSS ;*