De repente: Para sempre escrita por Gabriella Kedma


Capítulo 3
Party at Whitmore House


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu demorei, não me matem. Peço milhares de desculpas. Não tá fácil aqui dhasuihudia E não posso prometer postar toda a semana, mas vou tentar não demorar tanto.
Então é isso, espero que gostem.
Ps. O * significa que se passou algum tempo. Eu poderia apenas pular linha, porém o editor no Nyah! não permite
Pss. O corvo significa troca de personagem.



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Após horas trocando de roupa, Caroline finalmente decide o que vestir naquela noite. Bonnie e eu já estamos prontas, apenas esperando Caroline, e Rebekah já desceu prometendo nos encontrar na festa.

– Podemos ir agora? - Pergunta Bonnie, com a voz carregada de tédio, se jogando de costas na cama.

Eu estou pensando em me juntar com Bonnie, e tirar um cochilo. Aquele desfile todo me deixou com sono. Mas tenho certeza que alguns shots vão me acordar.

– Estou indo, esteja você pronta ou não. - Aviso, me levantando e indo em direção a porta. - Bonnie, você vem?

– Com todo a certeza. - Bonnie levanta e pega seu casaco de cima da cama. - Bye, bye Car.

Caroline nos olha assustada, sabendo que tem que se apressar se quiser vir conosco.

– Não, esperem. Só falta eu pegar um casaco. - E sai à procura de um dentro das gavetas, desesperada.

Troco um olhar malicioso com Bonnie, sei que ela entendeu minha ideia. Ela move os lábios sussurrando "Podia ter tido essa ideia mais cedo". E trocamos sorrisos.

– Estou pronta. Mas se não estiver bonita o bastante pra chamar atenção daquele moreno, eu mato vocês. - Caroline passa por nós batendo os pés.

*

Estamos paradas na frente da casa Whitmore. Uma casa enorme, com grosas colunas que vão do chão ao teto. Está enfeitada com faixas com dizerem de boas-vindas. Rebekah vem em nossa direção, balançando seus longos cabelos loiros, com o braço enlaçado no moreno de Caroline. Percebo que Caroline não gostou muito da cena, seus olhos estão semicerrados encarando o casal.

– Meninas, esse é o Jesse, um dos anfitriões da festa. - Rebekah solta do braço dele, para mostrar que a intenção dela é outra. - Jesse, essas são Elena, Bonnie e Caroline. - Ela dá uma piscadela para Caroline, que sorri como agradecimento.

Eu já estou cansada de ficar aqui fora, quero entrar logo, e minha ansiedade está clara nas minhas pernas que não param de chacoalhar, ou em meus olhos que varrem a fachada da casa.

– Jesse, pode levar elas lá pra dentro? Preciso encontrar alguém aqui fora.

– Sem problemas. - Sem tirar o sorriso do rosto, Jesse enlaça seu braço esquerdo no braço de Caroline, e o direito no braço de Bonnie, que por sua vez, enlaça no meu.

Mesmo pelo curto espaço que andamos, o silêncio já se tornou constrangedor. Como se lesse minha mente, Jesse quebra o silêncio.

– Então... O que estão achando daqui?

Percebo que Caroline fala freneticamente, mas não presto atenção em suas palavras, pois estou ocupada olhando o cara encostada em uma das colunas. Enquanto o falatório de Caroline continua, passamos em frente ao garoto com cabelos pretos curtos, olhos castanho-escuros, com um copo vermelho na mão. Ao deixarmos o garoto para trás, percebo o sorriso em meu rosto, e me sinto uma garotinha outra vez.

Meus pensamentos são inundados pela batida ensurdecedora da música que seguia dentro da casa. Há pessoas com copos vermelhos por todos os lados, dançando, gritando, beijando. Há algumas garotas - com pouquíssima roupa, embora o frio - com bandejas andando pela casa. Uma se aproxima de nós e Jesse retira um copo para cada.

– Meninas, adorei a companhia, mas preciso dar um pouco de atenção para todos. Vejo vocês por ai. - Jesse se despede e se perde no meio da multidão.

– Acho que estou apaixonada. - Caroline nos surpreende com essas palavras.

– Você conversou com ele por 5 minutos, como está apaixonada? Você é louca. - Questiona Bonnie, tomando um gole de seu copo.

Decidimos nos aventurar pelo mar de pessoas e encontramos Ty e Matt enchendo seus copos, e como já acabei com minha bebida, aproveito pra encher novamente o meu.

O segundo copo faz meu corpo esquentar e o terceiro me deixa levemente tonta. No quarto eu irradio animação. E no quinto eu estou em cima da mesa dançando para meus amigos. Como o calor está muito grande, tiro meu casaco fino e jogo para Caroline, que dá gargalhadas abaixo de mim. Em alguma hora, perdemos o Tyler de vista, deve estar se agarrando com alguma garota. Trocamos nossos copos vermelhos por pequenos copos de vidro, onde viramos na hora o que colocam dentro.

– AOS AMIGOS! - Grito de cima da mesa, erguendo meu copo.

– AOS AMIGOS! - Os três respondem em uníssono.

Caroline estava certa, esse é o começo de uma nova era. E já amo minha nova vida.

Olhar para esses adolescentes bêbados me faz lembrar das festas que eu ia durante a faculdade. Não faz tanto tempo, apenas dois anos. Só posso dizer o seguinte: Na minha época, eram muito melhores.

Como a festa é dentro do campus, Alaric - um professor de história que insiste em dizer que é meu melhor amigo - precisa ficar de olho nas coisas, para que não saiam do controle, e como ficar olhando esses adolescentes com o rosto cheio de acnes não é sempre divertido, ele me convidou, pois sou a personificação da diversão.

– Damon, não acho que deveria beber. - Alaric diz, enquanto pego um copo da bandeja de uma garota com pouca roupa, o que não me incomoda nem um pouco.

– Se vou ficar olhando essas crianças, preciso de uma bebida. - Após tomar um gole do conteúdo do copo, já me arrependo. - Céus, isso é horrível. Onde posso achar uma garrafa de whisky?

Alaric revira os olhos, mas não pode evitar sorrir.

– Não acredito que te convidei. - Eu nem comecei a diversão e Alaric já está rindo.

– Onde está a Dra. Josette Saltzman? - Pergunto, olhando ao redor, procurando ninguém em especial.

– Ela está de plantão.

– E ela deveria trabalhar com aquela barriga?

– Não, por serem gêmeos e ela estar no sexto mês de gestação, deveria estar repousando em casa. Mas ela é teimosa demais, e se nega a ficar em casa. - O assunto morre, e após alguns minutos Alaric desembucha - Você tem razão, se vamos ficar a noite inteira olhando essas crianças, precisamos de uma bebida boa de verdade.

– É assim que se fala. Vou te esperar aqui. - Alaric entra em meio ao suor e agitação. Em poucos segundos perco ele de vista.

Continuo bebericando aquela mistura horrenda, com uma mão no bolso na calça, olhando para todos os lados. Após ficar 15 minutos sem fazer absolutamente nada e sem sinal de Alaric, começo a andar sem rumo em meio aos adolescentes animadinhos. Várias garotas interessantes passam por mim, me fazendo virar o rosto para dar mais uma olhadinha.

Um garoto com corpo atlético, esbarra em meu ombro, derrubando meu copo - não que fizesse diferença, pretendia jogar fora de qualquer jeito -, ele me olha com uma cara emburrada mas não me importo, acabo mudando o foco e me concentrando na garota que dança em cima de uma mesa, atrás do garoto estressadinho. Parece que ele está falando alguma coisa, então volto minha atenção para ele.

– Ta me escutando?

– Não e você está me atrapalhando, se puder me dar licença, eu agradeceria muito e ignoraria o fato de ter derrubado minha maravilhosa bebida. - O garoto chegou a abrir a boca pra falar algo, mas diante da cara que faço pra ele, volta a fechar a boca e segue seu caminho.

– Ótimo, onde estávamos? - Digo a mim mesmo, procurando a garota dançarina. Não é complicado achar ela, o número de garotas dançando em mesas não é muito grande, infelizmente. A garota tira o casaco azul e joga para uma loira abaixo dela, que imagino ser sua amiga. Vejo ela levantar um pequeno copo transparente, e gritar algo que não consigo ouvir, por causa do barulho da música que, por acaso, é apenas umas batidas sem letra nenhuma.

Minha visão é tampada pela grande cabeça de Alaric.

– Ei, está atrapalhando. - Digo, empurrando Alaric para o lado. Nos poucos segundos que minha visão foi bloqueada, ela deve ter descido da mesa, e já não consigo mais vê-la.

– Atrapalhando o quê? - Alaric olha na mesma direção que eu, sem encontrar nada interessante. - Não me importo. Não achei nada bom nesse lugar, então fui até nosso armário buscar uma garrafa. - Sim, eu e Alaric mantemos um armário cheio de bebidas para alguma emergência, como essa.

– Que a noite de vigia comece. - Abro a garrafa e tomo alguns goles, passando a garrafa para Alaric.

*

O resto da noite foi um borrão de pessoas. Nada saiu dos trilhos, então eu e Alaric não tivemos trabalho algum. Não cheguei a ficar bêbado - eu preciso tomar uma garrafa daquela inteira sozinho pra conseguir essa proeza - mas a bebida me deu coragem de obrigar a trocarem de música, e ou as pessoas amaram a troca ou estavam bêbadas demais pra se importarem se a música era boa ou não, mas a maioria levantou seus copos e gritaram em satisfação.

Posso afirmar que completei a missão de tornar as coisas divertidas para Alaric, que pediu pra eu não contar sobre essa noite para Jo.

A garota dançarina não saiu da minha cabeça a noite toda, mas não voltei a encontrá-la, infelizmente.


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Notas finais do capítulo

Por favor, comentem sobre o que acharam e o esperam dessa fic. Me anima muito ver os comentários de vocês.
Quarta-feira tem episódio novo pra vocês.

Beijos, até o próximo cap.