Give Me Love escrita por Lari


Capítulo 16
Amortentia


Notas iniciais do capítulo

Gente, o Nyah ainda ta bugado no meu pc, não sei porque! Me avisem se o texto tiver saindo estranho ou algo assim :



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O Natal de Scorpius fora péssimo, a sua família não era nem um pouco unida, todos frios como gelo e era muito difícil uma troca de afeto acontecer, até mesmo nessa época do ano.

No final ele acabou se perguntando por que resolvera ir para casa e não ficar em Hogwarts, mas daria na mesma, nem amigos de verdade ele tinha mais, só garotas com quem ficava e os idiotas dos irmãos Smith, os mesmos que “fizeram” Scorpius dizer aquilo de Rose.

Na volta para a escola, encontrou Rose novamente no trem, comprando doces, ele desviou e entrou em alguma cabine antes que ela pudesse vê-lo, sabia que não seria um encontro nada agradável, assim como fora o anterior.

Scorpius ouviu um pigarreio e quando ele virou-se para ver quem estava na cabine, viu Alvo sentado em frente à janela, ele já ia se desculpando quando ouviu o moreno dizer, meio sem graça:

–Scorpius, eu queria mesmo conversar com você.

–Destino? – Scorpius deu de ombros e se sentou na frente do outro garoto, que tinha os olhos marejados e olheiras muito profundas, como se tivesse chorado muito. Ele olhou pela janela e esperou Alvo começar a falar.

–É o seguinte, eu quero muito acreditar que você não fez de proposito ao insultar a Rose, Scorpius, por varias razões e uma mais importante do que as outras, mas preciso que você me de razões para crer nisso.

O loiro engoliu em seco, no que Alvo queria chegar com aquilo?

–Eu nunca, jamais desprezaria a nossa amizade, Potter, nem nossa, nem a minha com Rose, vocês são as melhores pessoas que eu já conheci e... Especialmente, eu nunca diria aquilo sobre a Rose ou a família dela, não de verdade, porque eu a amo muito Al, e você sabe disso, já deve ter notado.

Alvo o observou, ainda meio desconfiado, mas disse:

–É o seguinte cara, eu vou escolher confiar em você, mas se fizer uma besteira dessas de novo...

–Eu nunca faria – Scorpius disse, sincero. – Se houvesse como, eu desfaria até o que já fiz.

–Não tem como desfazer, Malfoy – Alvo falou. – Mas há como se desculpar. Escuta, a Rose te ama, e eu vejo isso a cada dia, vejo ela sofrendo porque deveria estar com você, e você também não está lá muito bem. O que acha de a gente dar um jeito nisso?

–Mas Alvo... – ele começou, pensando no quanto Alvo também amava Rose, ele desistiria assim tão fácil desse amor para cede-lo a Scorpius, que já havia praticamente jogado tudo para o ar? – Achei que você a amasse.

Alvo se mexeu, desconfortável na poltrona e demorou um pouco antes de responder:

–Eu a amo, mas vou superar isso. Não é correspondido, Scorp – ele olhava para a janela, para o caminho que agora tinha muitas árvores. – Afinal, eu sempre soube, só que agora confirmei.

Os dois caíram em um silencio desconfortável, Scorpius não sabia o que dizer ao amigo, um sinto muito soaria falso, ele se sentia até culpado pela pontinha de esperança que surgira a mais depois daquilo.

–Mas o que importa é que vocês dois se amam, e que você tem que ir atrás dela, pedir perdão e ser feliz, cara!

Scorpius sorriu, Alvo também tentava o gesto, embora seus olhos continuassem tristes.

–Eu vou, Alvo, eu vou.

***

A primeira aula de Scorpius no dia seguinte era a de poções com a Grifinória, ele estava ciente de que veria Rose e de que seus sentimentos por ela aflorariam novamente, e estava decidido a fazer algo a respeito deles dois.

A professora estava explicando sobre a Amortentia, a poção do amor mais poderosa que existe, quando Scorpius estava procurando por Rose e achou-a do outro lado da classe, o olhar perdido em pensamentos.

–Sr. Malfoy, Srta. Weasley e Srta. Benson, poderiam se aproximar por favor? – os quatro se aproximaram do balcão com o pequeno caldeirão em cima, Scorpius instantaneamente sentiu os cheiros que mais apreciava no mundo, cheiro de vinho e rosas, que era como ela cheirava, sempre...

Olhou para o lado e a viu, estava ao seu lado, os olhos fechados, exalando o odor que a poção tinha para ela.

–E então, quais os odores específicos que essa poção tem para vocês? – a professora perguntou e Scorpius foi o primeiro que falou, viu a ruiva ao seu lado lhe lançar um olhar de soslaio e ele podia jurar que vira também um sorrisinho aparecer em seus lábios.

–Cheiro de livros novos, mousse de maracujá e... Shampoo de limão – ela suspirou ao dizer o ultimo item, Scorpius usava shampoo de limão, e ele sabia que era do shampoo dele o cheiro que ela sentira, sentiu uma vontade súbita de sorrir e o fez, queria tomar a mão dela na sua ali mesmo, mas sabia que não podia, que ainda não devia.

Após a outra garota falar o cheiro que sentira, a Sra. Berry, a professora de poções, continuou:

–Como vocês podem ver, a Amortentia tem o cheiro do que vocês mais gostam, por vezes até da pessoa que amam, se estiverem apaixonados, e por isso é diferente para cada um...

–Rose? – o loiro sussurrou, esperando que ela tivesse escutado recomeçou a falar. – Eu só queria que houvesse um modo de lhe pedir desculpas por tudo...

–Sr. Malfoy, o Senhor gostaria de se retirar? Eu estou tentando dar uma aula aqui, se não estiver interessado pode sair.

–Ah, não Sra. Berry, me desculpe.

Como ele se redimiria? Não havia modos para se desculpar pelo que fez, mesmo todas as desculpas do mundo seriam insuficientes.

Então Scorpius teve uma ideia, como se uma lâmpada se acendesse em cima de sua cabeça, bem igual aqueles filmes mesmo, ele interrompeu a professora novamente:

–Sra. Berry, será que eu poderia falar algo aqui?

–Senhor Malfoy, é melhor ser importante, ou eu já logo lhe aviso que o senhor irá receber uma bela de uma detenção.

–Bem, eu vou arriscar... – ele suspirou, e olhou para Rose, que mordia os lábios e finalmente se rendeu e deixou seu olhar encontrar o dele. – Eu só queria dizer que não há poção do amor que nos faça amar alguém de verdade, sei que isso pode ser óbvio, porém eu preciso dizer, que o amor que eu tenho por você, Rose, é maior do que qualquer outro, e um que nenhuma Amortentia poderia criar ou mesmo destruir, nada poderia me fazer te amar menos. E eu peço perdão, mesmo sabendo que o que fiz é imperdoável, e eu entenderei se não me perdoar, principalmente porque demorei muito para lhe dizer isso...

O peito de Rose subia e descia aceleradamente, ela tinha lagrimas nos olhos, mas não respondeu e voltou seu olhar para baixo.

–Uma vez ouvi dizer que todos merecem uma segunda chance, e eu não sei viver sem você... Então por favor, me dê uma resposta, seja ela qual for.

–Professora, por favor, posso me retirar? – Rose falou, Scorpius se entristeceu, mas não perdeu completamente as esperanças.

–Pode, Srta. Weasley. Sr. Malfoy, se já tiver terminado, posso continuar minha aula?

–Sim, Sra. Berry, mas... Será que posso me retirar também? – Rose já havia passado da porta, e ele queria ir atrás dela mais do que tudo.

–Bem, parece que todos podem, a aula terminou, Sr. Malfoy, não vou te dar detenção porque me da pena te ver suplicando, seja lá o que fez para a moça, se eu fosse ela, não lhe perdoaria.

Scorpius tentou ignorar o comentário e o mais rápido possível saiu da sala atrás de Rose, era hora de concertar tudo o que havia feito.


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Notas finais do capítulo

Gente, no próximo cap tem cenas fortes (interpretem como quiserem kkk), pfvr comentem!! :D



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