Resurgent escrita por HonestBraveDivergent


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Pessoal a partir de agora vou começar a programar os capítulos. Todos os dias às 16:30 da tarde. Caso não consiga postar, aviso o motivo.



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Semanas Depois

— Está pronta Tris? Hoje você poderá sair. — Diz Caleb. Tento me levantar aos poucos, quando finalmente percebo que estou com forças para andar, vou até a janela que ilumina o quarto em que estou.
Tudo mudou, não há mais ruínas, todos os prédios foram reconstruídos, ainda vejo alguns fios, as tirolesas existem. Vejo caminhões indo e vindo, a cerca está aberta, pessoas de dentro e de fora dela se misturam. Tudo está diferente, não há mais facções, ou sem facções, não mais pessoas de fora da cerca ou de dentro dela, todos se uniram como um só.
— Tris, você não vai sair daqui assim. Você está horrível. — Já sei o que vem depois, maquiagem. — Nada que um rímel ou uma sombra não resolva.
Fico em pé diante ao espelho. Christina arruma meus cabelos em uma trança. Me recordo de como minha mãe os arrumavam em uma perfeita volta, e também de não poder olhar meu próprio reflexo em um espelho.
— Pronto! — Diz Christina.
— Obrigada. — Agradeço-a com um abraço apertado, agora já tenho forças para isso. Saio do quarto deixando Caleb e Zeke para trás, Zeke veio me visitar hoje. Subo as escadas apoiada em Christina, ela mora em um dos últimos andares, então prefiro descer de um modo mais rápido. A tirolesa. Não estou forte o bastante para isso, mas a Audácia me ensinou a superar meus limites.
Abrimos a porta que nos leva à cobertura, o vento beija meu rosto.
— Está pronta? — Pergunta Chris.
— Sim. — Respondo.
— Lembre-se Tris, os prédios foram reconstruídos então… — Ela pensa no que falou e depois finaliza. — Quer saber? Vou deixar que você mesma veja o que aconteceu.
Isso me deu medo, estou acostumada com mudanças, mas não desse tipo.

Christina me põe em um arnês.
— Como quer ir?
— Deitada. Como sempre fiz.
— O.K. Não esqueça o freio.
— Tudo bem, agora anda logo Chris.
— 1… — Christina começa a contar — 2… — Ela me puxa para trás, tomo fôlego, até que. — 3. — Christina solta o arnês.
O vento está muito forte, como na primeira vez. Olho para baixo, estou muito no alto. Percebo que agora estou descendo, isso foi mais rápido do que pensei. Abro meus braços, quero me sentir livre de novo. Quero me sentir. Viva.
Percebo que um prédio se aproxima, a corda que está me levando, sumiu. Vejo também água. Muita água. Um grito sai de minha garganta. Procuro o freio para puxar, mas já é tarde demais. Aperto os olhos esperando o mergulho, mas o que sinto é apenas as pontas de meu sapato molhando. Abro os olhos e vejo que estou “voando” em linha reta, olho meu reflexo na água, ou melhor, tento, por que tudo o que consigo ver é um borrão preto misturado em água. Volto a olhar pra frente. Uma longa parede se aproxima. Tateio sem olhar para trás, até que meus dedos tocam o metal do freio. Puxo o metal. O arnês vai perdendo força, fecho meus olhos. Sinto uma leve dor na cabeça. Acho com certeza que bati minha cabeça, abro meus olhos, estou encarando uma longa e branca parede, olho para baixo e vejo Zeke, Matthew e Caleb. Desarmo o arnês e me deixo cair em seus braços.
Alguém se aproxima, então sou abaixada às pressas.
— O que houve? — Pergunto, levantando-me do chão. Quando fico totalmente de pé, vejo esse “alguém”. Para falar a verdade vejo apenas algo desse alguém. Chamas. Chamas da Audácia em suas costas.
Tobias.
— Matthew tire-a daqui. — Ordena Caleb.
— O quê?! — Grito. — Eu preciso ver ele. Por favor! — Estou me debatendo como uma louca. Não consigo olhar para Caleb, ou Zeke, ou Matthew, que agora segura meus braços. Apenas olho para Tobias, que para na metade do caminho.
Me rebato contra Matthew, mas, por sorte, ele está mais forte do que eu.
— Matthew me solta! — Ele me leva para uma parede, quase que um beco. Matthew me prende na parede e segura meus pulsos. Uma leve onda de calor invade meu corpo, minhas mão começam a soar.
— Tris. Você não entende?
— Não entendo o quê?
— Você morreu pra ele.
Eu o encaro. Isso é verdade, fui dada como morta. Agora não posso mais ver seus olhos, não posso mais beijar seus lábios ou tocar sua pele.
Lágrimas borram minha visão. Matthew solta meus pulsos e me abraça. Seus braços são fortes, me sinto confortável neles, mas não consigo mais parar de chorar.
— Está tudo bem Tris. — Matthew acaricia meus cabelos. Até que ouço a voz dele. Limpo as lágrimas que escorreram por meu rosto.
— Caleb? — Diz Tobias. — Achei ter visto o Matthew. Onde ele foi?
— Ele saiu, foi atender uma chamada de alguém. — Mente Caleb.
Ouço passos em nossa direção.
— Não. Tobias. — Ouço a voz de Caleb. Matthew me agarra, então eu e ele caímos. Caímos ao lado de uma lixeira. Caio em cima dele. Seus olhos encontram os meus. O calor agora me faz soar, o que está acontecendo?
— Desculpa. — Sussurro.
Levanto-me e olho para a entrada desse beco, Tobias ainda está lá. Abaixo-me rapidamente.
— Matthew? — Tobias se aproxima. Dou uma jeito de me esconder. Há um pequeno vão entre a lixeira e um pouco de parede.
— Tobias? Eu-eu já vou. — Diz Matthew. — O.K. Clarisse, tenho que desligar.
— Matthew. Eu estava à sua procura. — Como sinto falta dessa voz, falando baixo em meus ouvidos.
— Ah, sim! O que queria Tobias? — Percebo que os dois vão se afastando, as vozes vão ficando mais distantes.
— Eu queria saber se poderia me ajudar com uma consul… — Eles se foram.
Saio de perto da lixeira, e vou andando delicadamente até a ponta do beco. Tobias está com Matthew, junto à Caleb e Zeke. Ouço um grito. Rapidamente volto para o breu. Vejo um vulto passar na frente do beco.
— Cuidado Chris! — Ouço a voz de Zeke.
— Onde ela está? — Pergunta Christina. Ela entregou tudo!
— Ela quem? — Questiona Tobias. A resposta não vem.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem



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