Resurgent escrita por HonestBraveDivergent


Capítulo 1
Prólogo




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UMA SEMANA ANTES

— Vamos Tris! Vamos para casa, eu você e seu pai. — Diz minha mãe. Nós passamos por um lindo jardim, com flores silvestres e casas idênticas umas as outras. Como a Abnegação. Minha mãe abre a porta de nossa nova casa. Uma luz muito forte vem em minha direção. Um ar gelado invade meus pulmões, sinto uma leve pontada. Estou respirando.

O claro invade meus olhos, destruindo minha visão. Tento me acostumar, não sei de onde vem. Por quanto tempo não abro meus olhos? Por quanto tempo não vejo a verdadeira luz do Sol? Me sento na cama em que estou. Vejo uma silhueta. Um borrão. Minha visão aos poucos se acostuma com a claridade. Meu corpo dói, estou cansada, como se algo muito pesado tivesse sido retirado de meu corpo

— Tris?! — Ouço a voz de Matthew. — Está se sentindo cansada?

— Um pouco. — Respondo.

— Isso é normal, faz parte dos efeitos colaterais do soro.

— Soro? Que soro?

— Caleb e eu criamos um soro que, quando ingerido, faz seu corpo liberar células a prova de bala. Foi bastante difícil. Eu estava testando esse soro antes mesmo de vocês aparecerem lá no Departamento. — Explica Matthew. Meus olhos já se acostumaram com toda a luz. Estou em um prédio, muito alto, pois não consigo ver o chão pela janela. Matthew está sentado em uma cadeira ao meu lado. Por falar em Caleb, onde ele está?

— Como fizeram para que eu ingerisse o tal Soro? — Pergunto.

— Essa foi a parte mais fácil. Nós apenas trocamos o soro da morte por esse soro. O soro não iria fazer efeito na hora, como pudemos ver. Só fez efeito agora. — Responde Matthew.

— Por quanto tempo eu dor... — Sou interrompida por um homem alto com uma barba rala e óculos que se combina muito bem com ele.

— Matthew eu ouvi você falando com alguém. Ela acordou? — Conheço essa voz. Conheço esse rosto. Meu Deus! Como está mudado.

— Caleb! — Tiro os lençóis que cobrem meu corpo e saio correndo em direção a meu irmão. Caio no momento em que meus pés tocam o gélido chão. Me sinto fraca.

— Tris! — Caleb e Matthew vêm em minha direção para me ajudarem. Me apoio neles e assim me conduzem novamente para a cama.

— Precisa se alimentar Tris. Você está muito fraca, estávamos te alimentando apenas de líquido, por tubos ligados a seu corpo. — Diz Caleb.

Matthew se levanta da cadeira onde está e vai em direção a uma mesa, nela há um espelho, ele pega e coloca o espelho na minha frente. O que vejo é assustador. Não pode ser eu. Olhos fundos, cabelos longos e oleosos. Meu rosto está muito magro, não tenho mais maçãs em meu rosto. Olho para meus braços e vejo que estão muito magros. O que aconteceu?

— Onde está Christina, e Zeke, e Shauna e… — Sei qual o próximo nome de minha lista, hesito um pouco, onde ele pode estar? O que ele pode estar fazendo?

— Tobias? — Tenta Caleb. Assinto com a cabeça em concordancia. — Ele agora é assistente de Johanna, ela virou uma representante no governo.

— Caleb? — Chamo.

— Sim?

— Por quanto tempo eu dormi?

— Por dois anos e oito meses. — Responde. O que?! Como isso é possível? Não consigo esboçar reação alguma, até por que eu mesma não estou acreditando.

— Onde está Christina? — Pergunto, ainda pasma com tudo.

— Ela já deve estar vindo. Vou avisar a ela sobre seu estado, e trarei seu almoço. — Caleb levanta e sai da sala. Perdi a fome. é muita informação para processar. Sei que necessito comer, então, ao menos tentarei.

— Estamos felizes por acordar, Tris. Você não tem ideia do quanto estamos felizes. — Diz Matthew. Apenas sorrio, não tenho forças para me levantar e olhar pela janela.

— Matthew, onde estamos?

— No topo do Hancock. Estamos exatamente no penúltimo andar, aqui é o quarto de Christina.

— Christina está morando aqui?

— Sim. Zeke e Shauna também.

— Estou com tanta saudade deles. Com saudades de poder descer a tirolesa.

— Tobias desceu. — Diz Matthew. Tobias desceu a tirolesa? Ele superou o medo dele.

— Por quê?

— Ele levou suas cinza, quero dizer. As cinzas de Uriah. Ele achou que fosse sua.

A conversa acaba aqui, então ficamos um olhando para o outro e trocando sorrisos de agradecimento. Pouco tempo depois a porta se abre.
Caleb entra, seguido de Christina, que corre em minha direção para me abraçar. Sentia falta desse abraço.

— Você não sabe quanto tempo esperei por isso Tris. — Sussurra Christina. Seu abraço, de confortante, passou para dolorido e apertado. Solto um gemido, ela entende o que significa e se afasta.

— Em quanto tempo eu vou me recuperar? — Pergunto.

— Mais ou menos, uma semana. — Diz Caleb. Ótimo! É o tempo que preciso.


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Notas finais do capítulo

ESPERO QUE GOSTEM!



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