Hexe escrita por Anne


Capítulo 11
10. Depois da calmaria vem a tempestade/Peter


Notas iniciais do capítulo

Muitos comentários apareceram quando eu estava fora e eu fiquei bem feliz com isso!
Boa leitura!!
Ps: Eu sei a frase é "Depois da tempestade vem a calmaria", ok? Só que eu tive que reformulá-la kkkkkk



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Como... você pode me atrair tanto? Não se passaram nem vinte e quatro horas que nos conhecemos e a ideia de trair minha futura esposa esta clara em minha mente. Eu te desejo Kate, mas eu não sou um traidor. Eu não entrarei em seu jogo.
— Me desculpe... — Disse me afastando, daquele rosto, daqueles olhos verdes, que agora me olhavam confusos — Não queria que você tivesse criado falsas ilusões sobre mim, nada vai acontecer...
Ela aparentava... tristeza...
— Mas... nós...
Respirei fundo, não queria magoá-la, mas era preciso:
— Não existe e jamais existirá "nós". Sinto muito. — Posicionei novamente o cigarro em meus lábios, e deixei toda aquela fumaça calmante entrar em meus pulmões, foi reconfortante.
Seus olhos estavam marejados, aquilo foi doloroso de se ver, mas eu a deixei na frente do supermercado e fui a até o estacionamentos do mesmo onde Christine me esperava dentro do carro, agradeço por ela não ter saído de lá até aquele minuto. Antes de entrar no carro uma frase veio em minha mente, Emmanuel Kant uma vez disse "Mesmo a mulher mais sincera esconde algum segredo no fundo do seu coração.", o que Kate guardava em segredo? o que a fez gostar de mim tão repentinamente? Isso não era natural... ela já me conhecia? o que ela escondia em seu coração?
Entrei no carro.
Christine estava no banco ao lado do motorista, no caso eu, enquanto jogava aquele jogo irritante que ela havia descoberto a pouco tempo (o que era estranho já que isso existia desde 2013, mas Christine não era muito tecnológica, só quando lhe convém.) o passarinho morreu, aquele barulho irritante de game over, maldito Flappy Bird.
Christine soutou um riso curto, ela realmente não se irritava com essas coisas, o que a deixava mais fofa que o normal, eramos opostos e a física estava certa: os opostos se atraem.
Ela colocou a mão sobre o nariz, o cigarro. Ela não gostava do cheiro. Ela não falava para apaga-lo para não me aborrecer e eu apagava para não aborrecê-la. Traguei pela ultima vez antes de jogá-lo pela janela do carro. Liguei o motor. Dirigi.

...

— Peter — Ela disse calmamente enquanto eu estacionava o carro na vaga do colégio — Você me ama?
Pisei no acelerador, inconscientemente, o que me fez quase bater o carro.
Depois do susto, de ambas as partes, e após um longo minuto respirando fundo eu finalmente consegui balbuciar:
— Porque esta perguntando isso agora?
— Bom — Ela sorriu por alguns segundos antes de voltar ao rosto sério — "A dúvida é o principio da sabedoria", certo? Eu vou me casar com você em breve, mas antes de começarmos com isso: marcar a data, fazer convites entre outras coisas, eu preciso ter certeza de que o que eu estou fazendo é correto.
Pensei por alguns segundos, mas ela tinha certeza? Ela me amava?
— Você me ama? — Perguntei
— Amo — Ela respondeu, sem exitar, sem gaguejar — Mas os dois lados precisam se amar para um casamento dar certo, não é?
Longa pausa, não consegui formular um resposta coerente.
Ela saiu do carro.
Fui atrás dela.
Começamos a andar um atrás do outro, a alguns metros de distancia (o estacionamento era grande). Parei de andar, ela continuou. Ela estava perto da entrada dos funcionários quando gritei:
— Christine! — Ela virou o rosto e olhou pra mim — Porque a pergunta repentina?! — Perguntei, alto o bastante para que ela ouvisse.
A boca se mexeu, mas ela não disse alto o bastante, eu não pude ouvi-la. Ela entrou no colégio e a pergunta ficou em minha mente: Eu a amava?
E se sim, como eu estava atraído por outra?
Kate, como você fez isso?
Fiquei uns minutos do lado de fora do colégio. O que fiz foi chutar umas latas de lixo para descarregar a raiva e fumar, fumei seis cigarros para ser exato. Me atrasei dez minutos, e depois de discutir com o diretor sobre o atraso eu finalmente caminhei até a sala de aula.
Mais uma aula desinteressante, tanto para os alunos quanto pra mim, nem como educador eu estou sendo bom o bastante. O que esta acontecendo comigo?

...


Fim do expediente, sem adolescentes, sala de aula vazia, cigarros, musica clássica saindo do meu mp3 ultrapassado, provas, correção, um tempo longe de tudo e de todos, calmaria.
Era o que estava fazendo naqueles minutos serenos, era disso que eu precisava.
" Peter, Você me ama?"
" Você não é noivo, Peter..."
Christine... Kate...
O que fazer. Eu estava em duvida, eu não consegui nem dizer a ela que a amava... talvez porque eu não tenha certeza disso?
Não importava no momento, me concentraria naquele instante onde eu fumava, ouvia um violino calmo tocar, (de algum artista que não era importante eu saber quem era naqueles segundos) enquanto corrigia minhas provas.
Isso estava me fazendo bem,
E por aqueles minutos, que podiam durar para sempre, eu fiquei em paz com meu próprio ser...
Eles realmente podiam ter durado para sempre.
Assim eu não teria a traído...
Após meia hora e com 20% das provas corrigidas eu fui obrigado, pelo faxineiro, a deixar a sala. Maldito.
Andei por alguns minutos por aquele corredor, que aquela altura estava vazio, em direção a saída.
A porta de uma das salas estava aberta,
Um braço me puxou para dentro,
A porta foi trancada atrás de mim, olhos verdes me fitaram.
— Vamos terminar o que começamos — Ela disse.
E em seguida me beijou.
Eu simplesmente...
... Não pude resistir a ela...


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Notas finais do capítulo

Sigam o exemplo da Samara, Whatever, TheDuff & da Cupcake Assassino: Comentem!
Eu gosto de saber a opinião de vocês!!



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