Paulo Guerra

Puxei a Alícia pra mais perto de meu corpo se é que era possível, iniciei o beijo com uma leve puxada em seus lábios, eu sabia o que eu estava fazendo, e sabia muito bem, afinal o que é que tem é apenas um beijo, sem sentimentos, só um beijo.

Não avia mais especo entre eu e Alícia, mas eu a queria mais perto de mim, aquilo não era o suficiente, desço meus lábios até o seu pescoço e sungo a região, provavelmente deixaria marcas, o perfume dela tava me deixando louco eu tava ficando bêbado dela. Eu queria mais, muito mais.

Começo a percorrer minhas mãos pelo seu corpo até encontrar a barra de “sua” blusa tento a levantar para retirar aquela peça mais Alícia me impedi.

– Não Paulo para. – Ouvir ela dizer entre o beijo, a ignorei. – PARA PAULO. – Alícia se afastou de mim bruscamente.

– Por quê?

– Por que não, você é meu irmão, eu te odeio você me odeia você é lindo e gostoso e eu sou uma menina normal sem muitos detalhes não é assim que as coisas fucionam. – Alícia falou rapidamente.

– Espera, eu só o que? – Rir ao escudar os adjetivos que ela tinha me dado.

– Um idiota. – Alícia disse nervosa, provavelmente se deu conta do que falou.

– Eu sou o que? – Rir de lado me aproximando dela novamente.

– Você é lindo. – Alícia disse meia atrapalhada pelo fato de estarmos separados por apenas alguns centímetros.

– E o que mais? – Falei colando nossas testas, e sentir sua respiração pesada e nervosa.

– Me beija. –Alícia falou com a voz falha.

– Achei que nunca fosse pedir. – Sussurrei acabando com o pouco espaço que tinha entre nós.

(...)

– Promete que isso não vai acontecer de novo? – Alícia separou o beijo com sua respiração ofegante.

– É só você não me provocar.

– Mas eu não fiz nada.

– Você fez sim. – Falei com cara de que tinha razão.

– Certo, vou tomar banho, prepara alguma coisa ou se não pedi uma pizza, não comir quase nada do brigadeiro.

– Claro você jogou tudo em cima de mim sua anta. –Brinquei.

– Viu? Já começou, olha bye não quero discutir.

Peguei meu celular e uma pedir uma pizza, subir pro meu quarto e tranquei a porta, preciso de um banho.

Entrei no banheiro e desfiz do uniforme que estava em meu corpo, liguei o chuveiro e coloquei no modo gelado, final o que melhor uma balde de água fria quando você está se iludindo com seus próprios pensamentos.

Depois de uns 20min. embaixo do chuveiro eu sair, peguei uma calça de moletom cinza, uma box preta, calcei minhas havaianas e deixei meus cabelos molhados mesmo, desci até a cozinha e vejo que a pizza já havia chagando, pois Alícia tava agarrada em um pedaço enorme de portuguesa.

– Não engordar de tão ruim que é. – Falei assim que entrei na cozinha.

– Posso fazer nada se eu sou boa. – Alícia entrou na brincadeira.

– Me fala um pouco de você. – Falei me sentando de frente pra ela e me servindo com uma fatia de pizza.

– Não tenho nada pra falar sobre mim, mais vou tentar, sou Alícia, 16 anos, sou chamada de nerd por tirar boas notas, não me encaixo em nenhum grupo, só feia e acho que só.

– Nossa, quanta auto estima você tem em. – Falei surpreso por ouvir o que ela falou. – Agora me diz o você acha de mim?

– Hum, bem vamos lá, você não passa de um tremendo filho da puta, idiota, mauricinho que acha que o mundo gira em torno do santo Paulo, é mimado, galinha, escroto á e super chato.

– Sou tudo isso mas você gosta. – Me gabei.

– Quem disse isso? – Alícia falou com tom de sarcasmo.

– Ai nossa, seja menos cruel garota.

– Seja menos idiota garoto, agora me fala um pouco de você.

– Você já falou tudo sobre mim.

– Ah, olha Paulo eu não te acho tão idiota assim, você só...

– Não tudo bem. – Rir de lado. – Ah,e você não é feia.

– Alícia gargalhou. – É Paulo, sobre hoje mais cedo...ér.

– Sobre a gente ter ficado? – A interrompi.

– É sobre isso, vamos esquecer beleza?

– Claro, sabia que você nem é tão chato assim. – Alícia rio fraco.

– Pra mim você continua sendo o mesmo babaca. – Alícia falou se levantando.

– Alícia hoje eu não vou dormir em casa, eu sou sair com os meninos e...

– Ok, sem problemas.

– Ei? – A chamei.

– Oi? – Alícia se virou.

– Ainda te odeio tá? – Falei rindo e ela retribuiu o sorriso.

(...)

Alícia Gusman

Eram exatamente 6:47 da manhã, e eu já estava pronta para ir pra escola, Paulo não avia dormindo em casa, ou seja pude ter paz.

Prefiro nem pensar no que aconteceu ontem, é melhor esquecer, foi só um momento, e já passou. Desço até a cozinha e pego uma maça, chamo o motorista e aviso que já to pronta.

– Paulo não está pronto? – Albert perguntou.

– Ah, o Paulo? Não hoje ele foi mais cedo sabe? Resolveu ir de pé. – Rir simpática para o convencer da mentira, sabia que se eu falasse algo ele contaria ao seu Roberto.

O caminho todo fui em silencio, apenas ouvindo Steal My Girl pelos meus fones, desço do carro e encontro a Majo.

– Hey projeto de Barbie mal feita. – Digo a abraçando.

– Diga colega. – Majo retribuiu o abraço. – Ontem eu dormir na casa do Dan. – Majo falou sorridente.

– Hmmmmmmmmm tarada. – Eu a olhei com uma cara maliciosa mais com vontade de rir, sabia que não rolou nada mais era legal vê ela sem graça.

– Me erra tá? – Majo falou revirando os olhos e dando um sorriso fraco.

– Gusman quando você ia me contar isso em? – Valeria falou se aproximando de nós e parou na minha frente com as duas mãos na cintura.
– Isso o que? – Perguntei confusa.

– Hãm? Você não sabia?

– Sabia do que?

– Do Paulo.

– O que tem o Paulo. – Falei já sem paciência.

– Ele tá namorando a Margarida. – Valéria falou enquanto amarrava seus cadarços que tinha se desfeito o laço. Ok, para o mundo que eu quero descer, como assim namorando a Margarida?