Scream Bitches escrita por Son Of Victory


Capítulo 11
Queime no Inferno, Vadia


Notas iniciais do capítulo

Hey Hey gente.
Bem, espero que tenham gostado do capítulo anterior, e desculpem pela demora, maaaaasss minha escola realmente requer muito esforço, então, não posso dar bobeira!
Quero agradecer a todos que estão lendo, acompanhando, comentando



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Em seu último dia no hospital, Camille acordou no meio da noite tempestuosa com um enorme susto. O quarto estava vazio, calmo e escuro. Completamente escuro, a menina não conseguia enxergar sequer uma luz. Esfregou os olhos e colocou as mãos na cabeça acariciando o couro cabeludo.

Seus pelos se arrepiaram quando seu pé tocou ao chão de pisos de granitos que estavam totalmente gelados como um rio em uma noite de inverno. Colocou o outro pé e se levantou.

Tentou unir forças em seu corpo para que conseguisse andar até o bebedouro do lado de fora e foi se segurando na parede. A menina estava com alguns pensamentos tenebrosos. Havia tido pesadelos desde o dia em que levara os tiros e agora, o fato de que sua velha amiga estava por trás daquilo a deixava com muita raiva.

A porta se abriu em um ranger bem irritante. O corredor estava vazio e a luz branca do hospital o fazia parecer de um filme de terror. Andou até o bebedouro e pegou o copo enchendo de água. Um vento frio pareceu surgir no corredor e cruzou os braços.

Depois de beber a água, percebeu alguém parado no final do corredor. Alguém de perto e uma máscara muito feia e horrenda. Camille sentiu o medo subir pela cabeça e andou até a porta do quarto. Trancou a porta e encostou-se a ela.

Quando virou para trás, tomou um susto tão grande que parecia que se coração iria sair pela boca. A menina loira que estava parada à sua frente entre uma brecha de luz do poste do lado de fora tampava sua boca. A garota queria gritar, mas não conseguia.

Anita estava olhando no fundo de seus olhos e fez com um dedo sobre a boca para que a mesma não gritasse. Sentiu-se livre para falar quando a outra se afastou e respirou fundo.

— Veio terminar de me matar? — perguntou a garota sentando-se na cama. — por que, Nita? Só me diz o porquê.

—Não tenho tempo para isso! — respondeu a garota rápido como se fosse alguma fugitiva. Olhava pela cortina da janela com muita atenção. — não tenho tanto tempo mais, eles estão vindo atrás de mim.

— Atrás de você? — virou-se a menina na cama para encarar a sua antiga amiga. — você não é uma Scream Bitches? Por que está fugindo?

Falou aumentando o tom de voz para Anita que se sentou em sua frente pedindo para que falasse mais baixo.

— Você não entende Mille! — disse cochichando e olhando para os lados com medo de que alguém escutasse.

— Realmente não entendo. — disparou. — vai embora antes que eu conte à polícia o que fez!

— Não pode contar! — Nita falava desesperada agora. — Camille me escuta, eu entrei nisso tudo para parar Karina! Estava na hora de darem um basta nela. Mas não estou mais do lado deles. Scream Bitches agora é algo que vai além de mensagens.

— O que quer dizer com isso? — perguntou curiosa.

— Cami, SB não irá parar até acabar com o último de vocês. — respondeu e olhou para a porta. — eu estou fora dessa, eu tenho que ir agora Camille. Não sei quem atirou em você e sinto muito por isso.

Anita se levantou e andou até a janela espiando novamente a entrada do grande hospital. A chuva agora estava fina e caía em frente à luz dos postes que iluminavam a rua deserta.

— Nita espere ai, você precisa me explicar melhor tudo! — insistiu. — quem é SB? Quem são eles?

— Não posso responder isso. — disse abrindo a janela. — só lhe dou um aviso, de uma antiga amiga, não confie em ninguém além de si mesma! Principalmente seus amigos e namorado!

E assim, no meio da noite deserta e fria, a loira desapareceu pela janela e pelo longo caminho que havia lá embaixo deixando a menina na cama sentada pensando sobre o que tinha acabado de ser dito a ela.

"Não confie em ninguém além de si mesma."

Seu celular vibrou e ascendeu na pequena cômoda ao lado da cama e ela o pegou. Já sabia o que estaria ali, mas não queria imaginar o que poderia ser.

"Está na hora de começarmos a brincar novamente Camille!

Escolha uma vítima, ou todos seus amigos morreram!

Será que Marlene vai gostar de uma visita nessa fria noite?

Eu estou de volta, Vadia! E voltei para ficar e terminar o que comecei!

Ouça os gritos pela última vez.

Scream Bitches."

+++

Aos poucos, o pente passava devagar nos cabelos não tão cacheado da menina sentada em frente ao espelho. Seu rosto parecia fúnebre e carregado de uma longa tristeza. Se lembrava que dia era aquele. Sabia o que havia acontecido nele.

Quando era amiga de Karina, algo terrível havia acontecido. Algo que agora estava completando mais um ano com as memórias sempre em sua mente. Há exatos oito anos havia perdido seu primeiro amor.

E agora, queria fazer uma visita a ele. Keithlyn se levantou e olhou pela janela o tempo fechado e chuvoso. Pegou sua bolsa e o guarda chuva preto. Quando parou na sala, sua mãe a olhou com uma expressão de tristeza e a abraçou. Tentou não chorar, mas não conseguiu.

As lágrimas caíram e a menina agora andava em direção ao cemitério da pequena cidade. Enquanto caminhava naquele dia chuvoso e feio, as lembranças voltavam para os seus dias de infância.

Passou pelo portão velho e enferrujado do cemitério. Andou pelo caminho entre os túmulos de muitos anos e alguns de nem meses direito. Caminhou até onde havia uma grande árvore e um túmulo branco, que agora já estava cheio de sujeira e encardido.

Mas antes de chegar lá, algo chamou sua atenção. Uma pessoa de terno preto estava parada em pé fitando o nome do menino. Keke parou ao seu lado.

— Conhecia-o? — perguntou fitando a foto quase apagada de seu velho amor.

— Sim. — respondeu o jovem. — era da família. E você?

— Uma velha amiga. — disse.

Por mais estranho que parecesse, keke sentia que já tinha o visto uma vez na vida. Sentia que conhecia o jovem de algum lugar. Seus medos fizeram seus pelos se arrepiarem.

Medos. Era isso que vinha atormentando seus pensamentos. Seus medos estavam cada vez maiores. Scream Bitches estava decidido em acabar com ela e seus novos amigos. E, além disso, tudo tinha um assassino que estaria longe de parar com suas vítimas.

Seu celular vibrou, pegou da sua bolsa e fitou a tela que estava na caixa de mensagem. Novamente, usurário privado. Antes, isso a assustaria, mas agora não sentia tanta tensão como antes.

"Uma vez eu disse: Sombras do passado sempre voltam, algumas delas para o bem e outras com sede de vingança!

Eu quero jogar um jogo, Ke. Está disposta a seguir as regras?

Vá até a casa da falecida Henriques e saberá o que fazer quando chegar lá.

Conte à alguém e o túmulo de seu amor não existirá mais.

Scream Bitches."

Guardou o celular e suspirou. Olhou o túmulo do menino morto e saiu voltando pelo mesmo caminho enquanto as lágrimas caiam e seu passado vinha à tona. As rixas e as brigas com Karina. Os encontros indesejados que a outra sempre adorava para tentar se reaproximar. Afinal, será que ela merecia o que aconteceu?

Quando chegou à casa da antiga amiga, viu carros de policias e algumas pessoas. Para um dia frio, até que tinha bastante gente, afinal, todo mundo adora uma fofoca, ainda mais quando é sobre a menina mais popular que existiu na cidade. Viu alguns rostos familiares, o pai e a madrasta do lado de fora horrorizados. Chegou mais perto e então percebeu o que estava acontecendo, a casa pintada de vermelho sangue e palavras em pretos diziam coisas horríveis, coisas que ela mesma já havia dito para K.

— Parece que mesmo depois de morta ela ainda é popular. — a voz de Laura soou atrás de si.

— Popular na vida e na morte. — Thomas comentou.

Eles ainda ficaram fitando a casa enquanto os policiais pediam para que todos se afastassem. Aquilo era crime, e agora havia se tornado uma cena dele. Um estouro foi ouvido e a janela do segundo andar se espatifou. Depois que todos se levantaram e antes dos cochichos começarem, algo foi arremessado de dentro do móvel.

Caindo na calçada, uma cabeça decepada com sangue ainda escorrendo manchou de vermelho tudo que tocou. Algumas pessoas gritaram e a madrasta de Karina saiu correndo do local. As palavras pareciam ficar cada vez mais intensas conforme o tempo ia ficando cada vez mais fechado.

“Você merece ir para o inferno. Vadia manipuladora, você só usa e fere as pessoas.

Só espero que um dia alguém nunca faça isso com você. “Você merece coisa pior do que se ferir.”

Embaixo das palavras que Keithlyn falou na festa de aniversário da garota, tinha algo pior ainda.

“A vadia está oficialmente queimando no inferno.”


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Notas finais do capítulo

Bem, desculpe por esse capítulo não ser um digno de retorno! Mas vai ter muito mais então podem deixar que os próximos terão muito mais ação!
Bem, até os próximos galeraa, beijoooos