Nurarihyon no Mago: After Story escrita por kagomechan


Capítulo 5
Eles sabem demais


Notas iniciais do capítulo

mais um capítulo para vocês! Esse saiu meio na marra. a inspiração tava baixa :v
tentarei estar mais inspirada para o próximo



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O homem de kimono vermelho encarou os Rikuo e Tsurara em busca de respostas. Pela sua posição, era obvio que estava pronto para sacar a sua katana diante do mínimo sinal de hostilidade vinda dos dois. Os amigos de Rikuo ficaram todos preocupados diante da situação, no entanto, Torii conseguiu ficar calma o suficiente para analisar a aparência do homem com mais calma. Era obvio os cabelos prateados e o kimono vermelho, isso chamava atenção demais. Entretanto, Torii pode notar outras coisas. Ela notou que os olhos do homem eram dourados, que as orelhas dele, que estavam no topo da cabeça, não pareciam humanas. Pareciam ser de algum tipo de animal como um cachorro da raça Agita ou como aquelas orelhas falsas de gatinho que as pessoas compravam por aí. Além disso, para completar o pacote, ela pode notar que o homem tinha garras.

Os amigos de Rikuo estavam preocupados por mal terem entrado no terreno do templo e já serem confrontados por alguém não muito amistoso. Todavia, sabiam que podiam contar com Rikuo e Tsurara para protegê-los caso alguma coisa muito perigosa acontecesse. 

— E-Eu... Eu não acho que ele seja muito humano... – comentou Torii baixinho para que só os amigos ouvissem.

— Seus amigos também não – respondeu o homem que, embora Torii tivesse falado num mero sussurro, pode ouvir o que a garota disse.

— C-Cara... Você te-em ouvido bom eim? – perguntou Maki tentando se fazer de mais corajosa do que realmente se sentia. A situação estava longe de ser como o caos que se instaurou em Tokyo quando um grupo de youkais tentou assassinar Rikuo, mas mesmo assim, ela estava bem preocupada com a situação. Aquela espada do homem estava lhe dando um mau pressentimento.

— Keh – resmungou o homem – Então, o que querem aqui? Respondam logo antes que eu me arrependa de dar para vocês uma chance de se explicarem!

— N-Nós viemos visitar o templo... – disse Kiyotsugu – N-Nós...

— Sim, viemos visitar o templo – disse Rikuo que, ao contrário dos amigos, estava perfeitamente calmo – Ouvimos boatos que youkais estavam os atacando e decidimos investigar. Não temos qualquer intenção de fazer algo de ruim para o templo ou alguém. Muito pelo contrário. Viemos investigar e então lidar com esses youkais.

O homem olhou para Rikuo avaliando a veracidade de suas palavras por uns segundos. Ele ainda não tinha falado ou dado qualquer sinal quanto a se acreditava em Rikuo ou não, mas uma mulher resolveu quebrar o silêncio.

— Inuyasha, o que está acontecendo aqui? – disse a moça que se aproximava e aparentemente tinha vindo da casa que ficava perto do templo.

Ela tinha cabelos negros que iam até a metade de suas costas e, como eles estavam molhados, podia-se dizer que ela tinha acabado de sair do banho. As roupas dela eram bem mais comuns que a do rapaz. Ela vestia uma calça de pijama e uma camiseta simples que tinha a estampa de um sushi com a carinha sorridente.

— Mais youkais – explicou o homem, Inuyasha.

— Hum... A maioria parece bem humana... – disse a mulher.

— Como ficaram sabendo que youkais estão vindo aqui? – perguntou o homem enquanto o velhinho aproveitava para ir embora de fininho - Que garantia eu tenho de que vocês não são dois desses também?

Enquanto isso, o outro rapaz, Souta, parecia dividido entre voltar para a segurança da casa ou continuar a acompanhar a discussão.

— Internet... E-Estava na internet – disse Kiyotsugu tentando ajudar.

O homem parou ao ouvir a resposta e virou um pouco o rosto de forma que pudesse falar com o tal Souta, mas ainda ficar de olho no grupo de Rikuo.

— Essa internet... É aquela coisa mágica que você faz naquela coisa... Computador né? – perguntou o homem e Souta afirmou com a cabeça.

Os amigos de Rikuo se entreolharam. Como alguém não sabia o que era a internet? Eles acharam aquilo estranho, mas resolveram ficar quietos já que a situação já estava bem ruim sem terem que ficar questionando os conhecimentos sobre tecnologia dos outros.

— De toda forma, eu não preciso de ajuda para lidar com os youkais – resmungou Inuyasha.

— Ora, deixe de ser ranzinza Inuyasha. Eles são só crianças. Apenas um pouco mais velhos que a Hikari. – insistiu a moça e então ela olhou para o grupo com um doce sorriso – Seria legal ter uma ajuda ao menos para investigar o motivo de toda essa bagunça. Além disso, só a pouco descobrimos que tem youkais nesse tempo também. Seria bom poder conversar com algum que parece ser amigável.

— Tenho lá minhas dúvidas sobre a parte do amigável. –resmungou Inuyasha. Parecia que ele só sabia resmungar.

Apesar das reclamações de Inuyasha, num piscar de olhos eles estavam diante de uma pequena casinha que havia um pouco separada do templo. Construída em madeira e com um toque de arquitetura japonesa, ela parecia ser algo como o depósito do templo. Ainda assim, suas pelas suas paredes de madeira, podia-se dizer que o pequeno depósito (ou o que fosse) tinha sua história para contar. Afinal, suas paredes de madeira estavam cheias de arranhões de garras ou com outros sinais de destruição que indicavam que lutas haviam ocorrido próximas a ela.

No caminho até esse depósito, a mulher havia se apresentado como Kagome. Segundo ela, ela era casada como Inuyasha e o avô dela, o velhinho de antes, era quem cuidava o templo. Quanto à Souta, ele era o irmão mais novo de Kagome e este decidiu ir para casa. Inuyasha, assim como eles suspeitavam, era youkai. Nada mais sabiam sobre ele porque ele parecia não gostar de compartilhar muito sobre si e Kagome parecia saber bem disso. Contudo, às vezes Rikuo podia sentir que ele lhe direcionava o olhar como se algo passasse na mente de Inuyasha e ele, ao mesmo tempo, analisasse Rikuo minuciosamente.

— Já faz alguns dias... – começou Kagome olhando para o pequeno depósito – Eu cheguei com Inuyasha para rever a minha família e poucos dias depois os ataques dos youkais começaram. Todos pareciam saber demais.

— Como assim “saber demais?”? – perguntou Tsurara.

— Todos eles pareciam saber onde ficava e como funcionava o Honekui-no-Ido.

— Honekui-no-Ido? – repetiu o grupo de Rikuo.

— Ah! – disse Kiyotsugu – Seria o tal poço que pode te levar para outra época?

— Esse mesmo – disse Kagome abrindo a porta do depósito e mostrando que dentro dele havia apenas um poço, provavelmente o tal Honekui-no-Ido. O chão onde ele ficava era um pouco mais fundo e ele era feito de madeira. Não era nada muito chamativo considerando que era um poço que teoricamente poderia te levar para outro período de tempo.

— E realmente funciona? – perguntou Shima com curiosidade.

— Bem... – disse Kagome dando uma leve risada e olhando de soslaio para Inuyasha – Até funciona. Mas depende da pessoa.

— Com que tipo de pessoa funciona? – perguntou Rikuo.

— Só vi funcionar comigo, o Inuyasha e nossos filhos – disse a garota refletindo – Ah! Mas já rolaram algumas coisas estranhas também. Como os cabelos de um youkai que estava tentando me atacar conseguirem passar pelo poço.

— Cabelos?! Por que raios um youkai ia querer atacar com os cabelos? – perguntou Maki.

— Alguns youkais podem fazer o cabelo crescer e os controlar como uma arma, como a Kejoro – disse Kiyotsugu.

— Tem certeza que é uma boa ideia contar tudo isso para eles, Kagome? – perguntou Inuyasha.

— Que mal tem? Eles já pareciam saber alguma coisa mesmo. Quem sabe assim podemos descobrir direito o que está acontecendo – explicou ela.

— O que mais vocês sabem então? – perguntou Inuyasha cruzando os braços e os encarando com severidade pronto para avaliar o valor da informação que eles continham.

— N-Não acho que temos mais do que isso – disse Kana.

— Posso tentar descobrir alguma coisa com os outros – disse Rikuo refletindo sobre o assunto. Afinal, obviamente o líder do clã Nura tinha seus contatos – Os ataques acontecem com muita frequência?

— Quase toda noite – disse Kagome suspirando cansada – Eu bem gostaria de ter uma noite tranquila de sono. Mas não quero deixar minha família indefesa diante desse problema.

— Pera. Pera. Pera. Pera. – disse Maki – Uns segundos atrás ela acabou de dizer que consegue viajar no tempo através desse poço nojento e ninguém está se preocupando ou se interessando com isso?!

— Boa observação... – disse Kana pensando um pouco sobre o assunto.

— Para quando vocês vão? – perguntou Shima.

— Sengoku Jidai. – respondeu Kagome.

— CAAAARA! Isso é muita coisa! – exclamou Shima enquanto também pensava que agora fazia sentido porque Inuyasha não parecia conhecer a internet – São uns 500 anos no passado mais ou menos né?

— Argh. Chega de falar essas coisas inúteis e vamos falar do que interessa – reclamou Inuyasha – Está anoitecendo. Se forem atacar hoje, não deve demorar mais muito tempo. Dizem-se tanto que querem ajudar, vão ou não querer ficar para qualquer batalha que tiver?


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Notas finais do capítulo

e comentem!! é meio difícil criar inspiração e animação pra essa fic que é tão flopada. geralmente são os comentários de vcs que me animam ♥