Living in Hell - Fanfic Interativa escrita por Saulo Poliseli


Capítulo 25
Capítulo 25 - Na Estrada III




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– Calma cara, não precisa fazer isso – Disse Jones, levantando suas mãos e em seguida Thomas fez o mesmo.

– Pegue as armas dele – Pediu Mark, e Stefan foi até os dois e os desarmou.

Dentro do escritório havia duas caixas de produtos daquele supermercado, aquelas caixas era os suprimentos dos dois rapazes. Mark e Stefan foram verificar os suprimentos que tinha dentro das caixas, enquanto Lizzie e Ariel mantinham suas armas levantadas e apontadas para Jones e Thomas, o restante do grupo abaixaram as armas.

Mark pegou uma das caixas e a levou até Nadin, enquanto Jones observava aquilo com um olhar nada amigável, o ex-militar voltou pra pegar a outra caixa mas foi impedido por Jones, que colocou seu pé em cima da caixa e ficou encarando os olhos de Mark.

– Tire o pé da caixa – Disse Mark.

– E se eu não fizer isso? Acha mesmo que vou deixar vocês roubarem nossos suprimentos? Não fizemos nada contra vocês – Disse Jones, ainda encarando Mark – Saiam daqui e vão procurar seus próprios suprimentos.

– Tire o pé – Repetiu Mark, ignorando completamente o que Jones havia acabado de falar.

– Não.

Mark sacou sua pistola e a colocou sobre a bochecha de Jones, a pressionando um pouco. Os dois se encaravam ferozmente e não piscavam. Thomas deu um passo para trás e ficou apenas observando o que tava acontecendo ali, e Stefan ficou de olho nele, caso tentasse fazer alguma coisa.

– Eu não conheço você e não hesitaria em te matar, toma cuidado com sua atitude – Disse Mark, ainda apontando sua arma para Jones.

– Por favor senhor, não faça isso, precisamos disso pra sobreviver – Disse Thomas.

– Temos um grupo maior.

– Isso não é problema nosso, esses são nossos suprimentos e não vou deixar vocês nos roubar desse jeito – Voltou a dizer Jones.

– Então vou ter que te matar. É isso que você quer? Hm? – Perguntou Mark, colocando seu dedo no gatilho.

– Não precisamos fazer isso – Disse Stefan, apoiando sua mão sobre o ombro de Mark, fazendo ele abaixar sua arma – Vamos deixá-los, pegaremos só uma caixa e iremos embora.

– E se eles seguirem nós?

– Eles não farão isso.

– Como garante isso? Não podemos confiar nesses caras, não conhecemos eles.

– Eu também não conhecia você.

– Isso é diferente.

Após dizer isso, Mark abaixou sua guarda e foi o momento que Jones pegou a arma do ex-militar apontou no rosto dele. Jones pediu para que todos deixassem suas armas sobre o chão mas ninguém fez isso, Ariel e Lizzie ainda continuavam com suas armas apontadas para Jones, enquanto Ben e James voltaram a levantar suas armas.

– Isso é burrice, cara – Disse Mark, ironicamente – Se você me matar, o resto do meu grupo irá fuzilar você e seu amigo – Ele falava de forma totalmente calma e tranquila – É isso que você quer?

– Ele tem razão, abaixa a arma, Jones – Disse Thomas, com a voz baixa, quase muda.

Quando Jones abaixou a arma, Mark deu um soco forte na boca do estomâgo de Jones, que caiu ajoelhado no chão, em seguida o ex-militar deu uma cotovelada forte nas costas de Jones, fazendo ele cair deitado sobre o chão, gemendo de dor. Thomas assustado se afastou mais e acabou tropeçando em suas próprias pernas, e caiu sentado no chão. Ele estava tremendo, imaginando o pior que iria acontecer ali.

Mark deu um passo em direção do garoto e Stefan o impediu, dizendo que não precisava daquilo e pedindo para seu amigo se acalmar. O ex-militar pegou sua arma de volta e a guardou no coldre, ele caminhou até a porta que entrou no escritório e viu que alguns mordedores se aproximavam do local. Os gemidos de dor de Jones atraiu as criaturas.

Mark alertou todos o que viu, ele pensou que sair correndo por onde eles entraram no supermecado seria a melhor opção deles, mas se fizesse aquilo pelo menos duas ou mais pessoas do grupo seriam pegas pelos mordedores e iriam morrer, e por causa disso Mark deixou esse plano de lado.

Ele entrou de volta pro escritório e fechou a porta, deixou seu corpo apoiado contra a porta para que os mordedores não a quebrassem quando se aculassem ali. Todos formaram uma postura de combate e ficaram atentos para o que poderia acontecer. Lizzie e Ariel continuavam de olho nos dois rapazes.

James segurou uma mesa que tinha um computador velho em cima dela e a arrastou até a porta, com isso Mark deixou de ser o peso pra segurar os mordedores que arranhavam a porta, querendo entrar naquele escritório de qualquer forma para se alimentarem.

– Ótimo, estamos presos aqui! – Disse Mark, nitidamente irritado.

[...]

– O bebê é um menino ou menina? – Era Emily que perguntava para Wendy.

– Eu não sei, só vou saber quando ele ou ela nascer – Respondeu Wendy.

– Eu quero que seja menina, pra ela ser minha amiga – Disse Emily, de forma eufórica e sorrindo, enquanto acariciava a barriga de Wendy.

– E se for menino? Ele vai ser seu amigo também, né? – Perguntou Harry.

– Sim!

Wendy e Emily estavam sentadas na beira da parte de trás do furgão, Harry estava de pé em frente das duas, olhando atentamente para todos os lados, Jarold tinha ido ao "banheiro" fazia cinco minutos, e Dave permanecia escondido e com seu rifle preparado.

– Vocês já pensaram em um nome pro bebê? – Perguntou Emily.

– Ainda não – Respondeu Harry. Ele parou de olhar para os lados e olhou para Emily – Quais nomes você gosta?

– Ah, eu gosto de Emily! – Respondeu. Harry e Wendy riram.

– Se for uma menina, você gostaria que ela tivesse o mesmo nome que o seu? – Perguntou Wendy.

– Uhum – Respondeu Emily, balançando a cabeça positivamente frenéticamente – É um nome muito bonito.

– E o que acha de Wendy?

– Também é bonito, mas Emily é ainda mais bonito!

Harry trocou olhares com Wendy e ambos continuavam rindo. Harry passou sua mão na cabeça de Emily, bagunçando seus cabelos de forma carinhosa. Ele não ria daquela forma há muito tempo, e não lembrava que existia inocência no mundo antes dele virar esse caos. Harry se afastou um pouco das duas e voltou a vigiar o local.

– Eles estão demorando...

[...]

James estava em pé de frente ao que antes era a janela do escritório, a mesma tinha algumas madeiras pregadas que bloqueavam a possível saída do grupo. Ele estava tentando arrancar as madeiras com as mãos, aquilo parecia impossível mas ele fazia ser possível usando sua força bruta. Quando James terminou de tirar as três madeiras da janela, ele viu que ela era feita de ferro e estava trancada com um cadeado, mas nada que uns socos fortes resolvessem.

Após James ter abrido passagem, todo o grupo escaparam daquele escritório, seguidos por Thomas, que ajudava Jones e caminhar. Nadin carregava a caixa que Mark entregou para ela, enquanto Chelsea carregava a outra. Mark viu que os dois estavam vindo atrás dele e então parou.

– Aonde pensam que vão?

– Ele precisa de ajuda – Disse Thomas – Você pegou nossas armas e comida, não podia pelo menos ajudá-lo?

– Não podemos levá-los conosco, não temos espaço para todos vocês – Disse Mark, olhando para todo seu grupo e lembrando da dificuldade que estavam passando.

Realmente o que Mark disse era verdade, o grupo era composto por catorze pessoas e eles estavam sem abrigo atualmente. Eles tinham que dormir dentro da picape ou furgão, ou até mesmo no chão, e levar mais dois seria um problema ainda maior.

– Conheço um lugar perto daqui que terá espaço para todos, eu tenho certeza! – Disse Thomas.

– Não sei se devo confiar nisso. O que você acha? – Mark perguntou para Nadin, que até o momento estava quieta e não tinha tomado nenhuma decisão. Ela apenas balançou a cabeça negativamente – Não confia nele?

– Não é isso... ele parece estar falando a verdade, mas se estiver mentindo será perigoso para nós – Disse a paquistanesa.

– Vamos levá-los conosco – Disse Stefan – Se ele estiver falando a verdade, com o tempo nós iremos para esse tal lugar, mas se estiver mentindo nós deixaremos ele e o outro ali na rua e partiremos.

– Ele está falando a verdade – Disse Benjamin. Ao ouvir aquilo, todo o grupo olhou assustados e curiosos para Ben, até mesmo Thomas.

– O que? Como você sabe disso? – Perguntou Stefan.

– Esqueceu que eu sempre ganhava de você no pôquer? Eu sei ler blefe, e esse garoto não está blefando para nós, ele está falando a verdade. Eu sei quando as pessoas estão mentindo.

– Se você está concluiu isso por causa das suas habilidades de pôquer, então acredito em você porque confio nas suas habilidades – Disse Mark – Você é um ótimo jogador de pôquer, e acho que nunca mais irei jogar contra você novamente.

– Então vamos até esse lugar que ele disse? – Perguntou Stefan, e Mark assentiu.

– Nós vamos. Mas antes temos que voltar para nossos veículos.

– Obrigado! Muito obrigado! Vocês não vão se arrepender – Disse Thomas, de forma gentil.

E com isso todo o grupo voltou para os veículos, onde estavam Harry, Wendy e Emily. Mark fez sinal e Dave saiu de onde estava escondido, ele perguntou ao Harry onde que o Jarold estava e o ex-professor disse que ele tinha saído pra usar o "banheiro" e não tinha voltado até então.

Todo mundo já estava pronto, as duas caixas de suprimentos que eles pegaram de Jones e Thomas estavam no furgão, enquanto o que as mulheres haviam conseguido na cafeteria estava na picape. O grupo esperava por Jarold que não voltava, mesmo com vinte minutos passados, o que estava deixando o pessoal preocupado.

– Droga, aonde esse cara foi parar? – Perguntou Mark, para si mesmo.

– Já está escurecendo. O que vamos fazer? – Stefan perguntou para Mark.

– Temos que ir pra esse lugar que o garoto disse, mas não podemos deixar Jarold para trás – Respondeu Mark – Faremos o seguinte: eu, Dave e James ficaremos aqui, você, Harry e Benjamin leve as garotas e dois rapazes pra esse lugar. Fique atento e não abaixe a guarda, não cometa esse erro que cometi – Mark respirou fundo – Vamos ficar aqui até o amanhecer, então amanhã cedo você e mais duas pessoas voltam para nos buscar, entendeu?

Stefan assentiu, disse para Harry e Benjamin do plano e então foram com o restante do grupo embora com o furgão, em direção do lugar que Thomas citou. Mark, Dave e James ficaram no local para esperar Jarold, caso ele voltasse.

[...]

Jarold estava deitado em um chão molhado, mas o líquido não era água, era algo mais viscoso. Ele sentou-se e quando sua visão ficou normal, ele viu que o chão estava cheio de sangue. Jarold procurou por suas muletas para levantar e não as achou, mesmo assim ele tentou se levantar e andar pelo local, só que ele não conseguia se levantar. Ele estava sem a outra perna, e não sabia o motivo daquilo, nem quando isso tinha acontecido.

Jarold também estava sem o braço esquerdo, ou seja, dos quatro membros dele, só sobrou o braço direito. Ele permaneceu sentado no chão procurando por uma porta para sair daquele lugar, e foi quando uma porta se abriu.

– Como está se sentindo? – Perguntou uma voz masculina. Jarold não conseguia ver o rosto da pessoa porque ela estava contra a luz – Logo estará melhor, seus amigos do seu grupo fará companhia pra você em breve.


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Notas finais do capítulo

Eu esqueci de falar nas Notas Finais do capítulo anterior, então vou falar aqui. Queria agradecer ao Adolfinho e a Nymera por ter recomendo a fanfic, isso me deixa muito feliz e não sei como agradecer vocês dois. Muito obrigado mesmo!
Esse capítulo e o capítulo anterior são dedicados à vocês dois.

Agora, sobre esse capítulo: Benjamin está certo em confiar em Thomas? O que acharam desse final? Jarold completamente mutilado e o cara falando que vai pegar o grupo todo.
Alguém tem palpite do que vai acontecer? Acho que terá alguém que vai entender esse final e vão acertar o palpite. O nome do próximo capítulo deixará claro qual será a próxima saga que teremos.