Uma noite de revelações escrita por HinaHyu


Capítulo 4
Capítulo IV




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IV - Uma Noite de: Sentimentos transbordados

O dia amanheceu trazendo consigo os primeiros raios solares, que de certa forma incomodava Natsu que tentava, em vão, proteger o sono tapando a cabeça com a coberta. Lucy, no entanto já se encontrava acordada, tomando um relaxante banho na banheira pensava na noite passada com um sorriso, não pensava que Natsu podia ser ainda mais fofo do que já era:

Flashback – On

– Vamos Natsu – Dizia Lucy enquanto erguia a colher contendo o remédio – Tome logo esse remédio! – Ordenava.

– Ma-mas... – Natsu tentava argumentar tapando a boca com as mãos, odiava remédio – Não quero! – Concluirá se levantando da cama – Remédio é ruim, amargo... Não preciso dele!

– Natsu! – Lucy estava indignada, sabia que Natsu era infantil, mas estava passando do limite – Deixa disso, você precisa dele, se não seu resfriado irá piorar – Dizia calmamente, tentando não se estressar – Se você tomar o remédio... vejamos... eu faço o que você quiser ‘tá bom? – Estava sorrindo quando terminou de falar, mas internamente sentia que algo ia dar errado, nada de bom sairia daquela proposta.

Natsu pareceu pensar o que deixou Lucy com um pouco de medo, no que ele estava pensando – ‘Ta bom – Natsu enfim se rendeu suspirando para logo sorrir, afinal seria muito legal obrigar Lucy fazer algo que não estaria disposta a fazer – Mas antes prometa que vai cumprir com o acordo?

– Prometo – Assim que a loira confirmou com a cabeça Natsu abriu a boca tomando o remédio da colher que Lucy havia oferecido e assim que engoliu fez uma careta.

– Argh! Nunca mais quero tomar remédio.

– Então é melhor se cuidar – Advertiu Lucy – Se não terá que tomar remédio novamente – Lucy ria com a careta de Natsu, ele era tão fofo e inocente.

Flashback – Off

– Tão fofo... – Lucy sussurra enquanto se enrolava na toalha – Tomará que ele não me faça pagar mico na Guilda toda – Se lembrou da proposta feita, saindo do banheiro seguiu para o quarto onde avistou Natsu dormindo como um casulo todo encoberto. Fez o menos possível de barulho ao pegar as roupas – um short curto preto de pano com um tomara que caia azul – e voltar ao banheiro para se trocar.

– Que sol chato – Resmungo Natsu saindo debaixo das cobertas – Não me deixa dormir – Fez bico em sinal claro de emburro. Ao ouvir o barulho da porta Natsu imediatamente virou o rosto vendo Lucy entrar amarrando os cabelos em um rabo de cavalo deixando apenas a franja solta, mas não foi isso que prendeu a atenção de Natsu e sim o tamanho do short de Lucy acompanhado do tomara que caia que deixava os seios fartos da mesma à mostra. Natsu não compreendia do por que de reparar tanto na loira e velha companheira, a mesma sempre trajava roupas curtas então por que só agora? Lucy nem havia reparado que Natsu já se encontrava acordado, pois estava distraída amarrando os cabelos, só notou quando ouviu o ranger da cama e assim que olhou para a mesma Natsu a encarava com as maças do rosto avermelhada.

– Tudo bem Natsu? – Lucy pergunta se aproximando do companheiro.

– Hã? E-estou bem – Natsu respondeu saindo do transe.

– Não parece... – Lucy olha diretamente nos olhos de Natsu ao colocar as mãos sobre as bochechas do mesmo – Está vermelho e quente.

– Não é nada – Insiste Natsu afastando as mãos de Lucy – apesar de ter gostado do contato -, mas a mesma não se dá por vencida e pega Natsu pela mão puxando-o para a cama.

– É melhor se deitar – Lucy fecha a janela e puxa a cortina para tapar os raios solares – Dorme um pouco mais e assim que acordar vai estar bem melhor! – Natsu não argumenta, apesar de fazer um enorme bico, deita e logo após adormece.

Lucy passava o tempo assistindo filme na televisão, de vez em quando ia ver se a febre de Natsu havia abaixado, mas sempre voltava para a sala decepcionada. Após o filme foi para o quarto ver a situação de Natsu, mas o mesmo continuava com febre e assim resolveu colocar um pano molhado com água fria para abaixar a febre. Depois que pegou um pano e a bacia com água e gelo, voltou para o quarto deixando a bacia sobre uma mesinha que ficava ao lado da cama, sentou-se na cama ao mergulhar o pano na água, torceu, dobrou e colocou sobre a testa do Salamander.

– É... Acho que até os mais fortes ficam resfriado – Lucy riu com a própria conclusão, mas logo ficou séria ao observar melhor o rosado que dormia sereno apesar da febre alta – Ele é tão fofo... lindo... dormindo assim... – Inconsciente Lucy acariciou o rosto de Natsu, que se mexeu abrindo lentamente os olhos.

– Lu... cy – Sussurrou focando a visão embaçada pelo sono. Lucy recolheu a mão, mas fora impedida por Natsu que agarrou a mesma – Lucy...

– N-na... tsu – Lucy olhava Natsu aturdida – Tu-tudo bem? Se-sente algo?

– Sim... – Sentou-se ainda segurando a mão de Lucy – Algo estranho... sabe... muito estranho... bem aqui – Dizia apertando a mão livre sobre o peito onde seu coração batia descontrolado.

– O-o-o que se-será? Hahah – Riu para descontrair o ar pesado.

– Nee... Lucy... – Natsu sentia-se quente, muito quente, mais quente de quando usava magia – Você prometeu que faria o que eu quisesse... né? – Incapaz de responder Lucy apenas balançou positivamente à cabeça – E-então... beije-me?

Lucy arregalou levemente os olhos ficando ruborizada, ele queria o que? - O-o-o que? Sua febre está tão alta assim, Natsu?

– Não! – Disse impaciente – Por que está inventando desculpas, em? Você prometeu Lucy!

– Ma-mas... Natsu i-iss – Foi interrompida por Natsu que a puxou pela mão fazendo que caísse sobre ele. Os dois se encararam. Castanho com castanho. Desejo com confusão.

– Se você não que me beijar... então eu a beijarei – Dito isso Natsu se virou deixando Lucy sob si sem colocar todo o peso sobre ela para não machucá-la. Logo após Natsu foi se aproximando e inconscientemente os dois fecharam os olhos, os lábios dos dois se encostaram timidamente num leve roçar.

Lucy pega de surpresa estremeceu sentindo um calafrio subir pela espinha.
Natsu gostando daquela sensação roçou os lábios novamente nos de Lucy, só que um pouco mais profundo. Lucy estranhando aquele Natsu, o empurrou.

– P-pare – Suplicou com os olhos cheios d’água. Medo. Sim, estava com medo. Mesmo querendo aquilo, tinha medo. Natsu não gostava dela como ela gostava dele.

– Lu... cy – Sussurrou com a voz tremula vendo as lágrimas escorrer pelo rosto alvo. Não gostava de ver Lucy chorar, e agora ele mesmo tinha a magoado. Ela não gostava dele, era por isso que chorava? Mas e aquele caderno, seria mesmo uma história em que os personagens tinham os mesmos nomes? Não conseguia entender. O que era aquela dor que estava sentindo por ter tido o beijo rejeitado?

Natsu se levantou abrindo a janela e sem olhar para trás sussurrou – Desculpe – E assim pulou janela afora onde o céu já se encontrava escuro por não ter lua, tendo apenas as estrelas para iluminar.


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