A Maga dos olhos de estrelas escrita por Spring001


Capítulo 10
Capítulo 10 - Castelo


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora para postar, deu um bloqueio criativo Hardcore, mas agr tá ok! Bjs e valeu



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Quando sentiu uma coisa peluda tocar o seu rosto Marko acordou assustado e se sentou rapidamente, quando olhou para aquilo viu que não passava de Seren tentando acordá-lo. Revirou os olhos para o gato que agora já andava em outra direção, então correu os olhos em volta do lugar, percebeu que já não estava no céu ao qual tinha sido levado pela estrela, perguntou-se se tudo não havia passado de um sonho. Olhando em volta sentiu falta de Tony, então devagar ele se levantou e começou a procurá-la, mas a escuridão não deixou que visse muita coisa. Pegou seu relógio e viu que o ponteiro marcava 3h da manhã, olhando para seu pulso percebeu que uma marca tinha ficado ali, mas não conseguiu distinguir, então ignorou e olhou a sua volta, viu a longe uma elevação no chão e Seren indo na direção daquilo, soube que era Tony quando ao se aproximar aquilo passou a tomar forma.

Apressou-se em chegar à menina, mas ela não estava acordada e não parecia próxima de fazê-lo, pegou-a em seus braços e andou na direção que haviam deixado suas coisas, para lá ir atrás das botas de sete léguas, sabia que Seren o seguia mesmo sem olhar para averiguar, no momento a segurança de Tony era mais importante.

– O que houve lá? – Perguntou o gato.

– Recebemos os desejos – Respondeu Marko – Mas, é estranho, imaginei que Tony desejaria ser levada até os pais.

– E desejei – Murmurou a garota em seus braços – Onde estamos? Não é mais o campo.

– Tony! – Exclamou Marko, enquanto a colocava de pé, e segurava seu rosto com as mãos – Você está bem?

Ela apenas assentiu, enquanto delicadamente tirava as mãos do mago dali, e olhava atentamente para trás dele, nisso ele se virou para observar o que ela tanto prestava atenção. Ali havia uma enorme construção cinzenta, não havia guardas, segurança, apenas muros altíssimos que não se poderia ultrapassar mesmo com escalada. Aquilo mais parecia uma fábrica feita de paredes metálicas, mas não havia chaminés, ou mesmo janelas para informar o que realmente era ali.

– É o castelo de Perilum... – Disse Seren – Temos que entrar.

– Por que não conseguimos entrar com o desejo dela? – Perguntou Marko.

– Deve ser protegido por magia – Respondeu Tony – A única cosa que anula magia é magia não é?

Seren e Marko assentiram e os três se entreolharam, sem saber exatamente o que fazer, pois se havia magia bloqueando o castelo eles não poderiam simplesmente invadir, teria de haver um modo que possibilitasse a entrada deles.

– Sempre há uma brecha – Disse Marko – Temos que fazer com que ele abra os portões.

– Não vai ser fácil – Disse Seren – Ele não deve ser o tipo de pessoa que sai para ir fazer compras, por exemplo...

Antes que Seren dissesse mais alguma coisa, ouvi-se um alarme tocar e o barulho de portões velhos sendo empurrados, os portões da lateral que podiam observar do castelo. Marko e Tony se jogaram no chão na intenção de não serem vistos, ao que Seren correu em direção aos portões. Pronta para gritar, Tony foi parada pela mão de Marko em seus lábios, ela o observou, enquanto ele apenas olhava na direção do gato que se infiltrou pelo portão aberto e desapareceu de vista. Tony tentou se soltar de Marko, mas ele a segurou com mais força ainda e cadê vez mais até que a menina paralisou ao ver um homem saindo dali.

O homem alto, que tinha aparência velha, mas não cansada, parecia satisfeito e tinha um sorriso não muito agradável no rosto, nele havia uma barba até a altura do peito, ele usava uma capa que impedia de verem muito mais tal qual a distância. Ele se afastou cada vez mais do castelo, deixando o portão se fechar atrás dele, lentamente, com isso os dois se levantaram e tentaram chegar mais perto.

Ao chegarem à fresta do portão viram que dentro dos muros havia guardas, seres assustadores sem forma, não eram nem de perto humanos e não chegavam a ser homens-bolhas. Tinham pernas humanas, mas um corpo encurvado e não tinham rosto, faltavam-lhe os olhos, a boca, nariz, sobrancelha, orelhas. Usavam roupas da guarda de Kingsbury, o que deixava na dúvida o que eram aqueles seres, humanos transformados ou apenas criaturas vindas de um nada, que é o que eles esperavam.

– Eles podem ver? – Tony perguntou com a voz mais baixa o possível.

Marko apenas assentiu e tentou olhar mais além, então fez uma cara confusa.

– Seren? – Ele sussurrou.

– O que tem? – Tony perguntou.

– Ele está tentando apontar algo para nós – Respondeu.

Tony o empurrou levemente, para conseguir enxergar o que o gato queria mostrar, ele apontava de algum modo para o chão, os homens pareciam nem notar sua presença ali ou não se importavam que um gato estivesse no recinto. Observando com atenção, Tony notou que eles não pareciam nem se mexer, mas mesmo assim Seren não dizia a eles que entrassem de uma vez e sim apontava para algo no chão, cuidadosa e atenciosamente a maga seguiu a pata dele e tentou encontrar naquela direção o sentido. Havia ali uma porta de alçapão, ele queria que eles entrassem por ali. Tony voltou seu olhar para o gato, na tentativa de questionar o porquê de eles não poderem apenas entrar.

Compreendendo o pedido da garota Seren se movimentou lentamente para frente dos guardas que imediatamente se colocaram em posição de ataque virados para ele, alguns instantes ficaram parados enquanto a feiticeira quase caiu para trás, mas quando viram que era apenas um gato deixaram que fosse, ele retornou para a posição que estava e não se mexeu, esperando que o fizéssemos.

– Eles são como sensores de movimento – Tony disse apreensiva – Só nos verão se nos mexermos apenas...

– Então como vamos entrar? – Perguntou Marko.

– Tem um alçapão, temos que encontrar a sua entrada.

– Lembra de que lado você o viu?

Tony começou a andar para o outro lado do castelo, na intenção de encontrar a portinhola que dava entrada para aquilo que Seren apontou, após várias voltas por todo aquele perímetro, nada foi encontrado.

– Deve estar escondido – Disse Marko – Com magia.

Tony pensou um pouco, e lembrou-se de algo que o pai lhe disse. “Se magia é a única coisa que a magia teme, utilize dela para vencer, mas se precisa cooperar com ela, utilize aquilo que poucos usam, o cérebro.” Lembrava-se da mãe discutindo com ele sobre o quão errado aquilo soava, mas afastou a memória não querendo cair ali, tinha que salvá-los.

– Quando você faz algo desaparecer, a sua massa fica, não é? – Perguntou Tony.

– Sim – Disse Marko um pouco confuso – Ela fica aonde está e não se move...

O rapaz sorriu lentamente ao compreender o que a garota estava tentando explicar.

– O que pode formatar o que procuramos? – Marko perguntou.

– Areia – Tony respondeu animada, enquanto dobrava as mangas da camisa.

A garota se posicionou de frente ao muro do castelo e começou a recitar algumas palavras, devagar ela foi se abaixando e pegou um pouco de terra do chão. Ao dizer a última palavra do feitiço, soprou a terra que tinha em sua mão e dali uma densa fumaça de poeira se formou e começou a contornar o castelo, novamente eles começaram a dar voltar pelo locar e procurar a portinha, quando viram uma elevação no meio da terra, foram correndo para ela, no momento que encostaram ali, a porta apareceu, e eles se entreolharam, questionando se era uma boa ideia.

– E se tiver algo ali? – Perguntou Marko com voz baixa, apontando para a porta.

– Temos que tentar – Respondeu Tony enquanto lentamente abria a porta.


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