Ankh - O Símbolo da Morte escrita por Tanise Moura


Capítulo 2
Ankh




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Antes de continuar contando o que aconteceu com minha meia-irmã, Natsuki, devo esclarecer algumas coisas sobre o mundo naquela época e sobre minha identidade. Meu nome é Hagume Kazehane e naquela época, 5023, eu tinha quinze anos. Nosso mundo estava na era mágica, todos os humanos tinham um poder mágico emanando em seus corpos mas, poucos conseguiam botar essa magia para fora e usá-la. Aqueles que conseguiam eram chamados de magos.

Existem quatro tipos de magias: magias do tipo terra, água, fogo e ar. Eu e minha família somos magos do tipo fogo mas também podíamos dominar a fumaça. Natsuki era uma maga do tipo água e estava treinando para poder fazer e controlar o gelo. Ela se esforçava demais. A cada dia que passava, Natsuki se tornava mais forte. Tudo em pró de sua vingança cuja única pista que ela tinha sobre o assassino era o que o mesmo disse antes de sumir do vilarejo: “Você me conhece melhor do que ninguém. Faço isso para poder me libertar.”:

— Você não vai mesmo desistir de sua vingança, não é? — disse eu enquanto olhava Natsuki treinando suas técnicas.

— E por que eu desistiria? Aquele ser devastou todo o meu vilarejo sem motivo algum com uma desculpa besta de se “libertar”. Para completar, ele anda por aí como se nada tivesse acontecido. Se os oficiais não conseguiram encontrá-lo, eu mesma o farei — disse Natsuki com um ar de determinação.

— Estamos todos preocupados com você. Não queremos que se meta em algo perigoso, seja lá o que você pretende fazer. A propósito, o que você fará depois que conseguir dominar o gelo?

— Ainda não sei ao certo. Acho que me aprofundarei na minha teoria….

— Teoria?

Fiquei pensando em que teoria ela estaria se referindo. Guardei meus pensamentos só para mim. Ficamos minutos sem falar nada e então, Natsuki parou seu treinamento e sentou-se ao meu lado:

— Ei. Você acredita em vampiros? — perguntou Natsuki.

— Vampiros? Estamos na era mágica, não duvido de nada. É disso que se trata sua teoria?

— Sim.

— Baseada em que?

— Sabe aquele símbolo desenhado com sangue que eu falei ter visto naquele dia?

— Aquela cruz estranha?

— Isso mesmo. Aquele é o Ankh, um símbolo egípcio que significa vida ou vida eterna. Também é conhecido como o símbolo dos vampiros por eles terem a vida eterna.

— Vampiros, hum…. Você acha que foi um vampiro que dizimou seu vilarejo?

— Talvez. Essa é a única pista que tenho, preciso apostar nela — disse Natsuki, levantando-se — Vamos para casa? Já está ficando tarde e eu estou cansada de tanto treinar.

Seguimos o caminho de casa ainda conversando sobre a tal teoria. Chegando em casa, a janta já estava pronta como de costume. Depois de jantarmos, fomos todos para cama, menos o nosso pai que, como sempre, andava por ai atrás de recompensas.

A noite estava tranquila. Era de se esperar de um vilarejo tão pacífico. Essa calmaria mudaria depois do que estava para acontecer naquela noite. Gritos desesperados ecoavam na rua e eu acordei assustada:

— O que está acontecendo? — levantei da cama indo em direção à rua.

Minha mãe também havia acordado e estava na rua junto a uma pequena multidão que havia se juntado em frente a casa vizinha:

— O que está acontecendo, mãe? — perguntei.

— Parece que alguém foi assassinado nessa casa há pouco tempo. O grito de agora a pouco foi de Mary, filha da mulher que foi assassinada.

— M-marca — gaguejou Mary.

— Marca?

Corri até a casa do local do crime e lá estava o corpo. Não havia muito sangue espalhado somente a “marca” desenhada com sangue. Como suspeitei, era a marca que Natsuki havia descrito para mim: Ankh.

— O que está fazendo aí, menina? Volte já! — gritou minha mãe.

Corri de volta para casa para chamar Natsuki pois ela é a principal interessada no assunto. Apesar de achar essa ideia de vingança uma loucura, nada e nem ninguém vai tirar essa ideia da sua cabeça. Resolvi pelo menos ajudar ela a desvendar esse mistério. Corri até a porta de seu quarto e bati à porta. Bati, bati e não obtive nenhuma resposta. Achei estranho ela não estar acordada mesmo com tanto barulho lá fora. Depois de várias tentativas acabei desistindo. O treino pesado deve ter a deixado realmente muito cansada.




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