The Kid escrita por Olicity forever


Capítulo 7
Bem vinda ao Lar, Nosso Lar!


Notas iniciais do capítulo

Bem gente, deixei melhor não descreveu o sermão de Diggle mas ele será citado.
Sei que parece que estou massacrando o Oliver mas o próximo capítulo será somente sobre como ele se sente sobre tudo isso.
Espero que gostem, esse é mais cumprido um pouco!
Obrigada pelos comentários!
Bjos!



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Cheguei em casa e sentia um misto de raiva, tristeza mas ao mesmo tempo de esperança, esperança que novos dias virão que a minha vida finalmente tomava um rumo melhor, feliz pois amanhã mesmo, minha Emily já estaria conosco. Tomei um banho e comi algumas coisa, pensei em me deitar e tentar dormir mas a ansiedade não permitia, então, comecei a arrumar o que faltava, chequei cada cômodo e mais uma vez me certifiquei que tudo estaria pronto para a chegada dela. No dia seguinte, resolvi não ir trabalhar pela manhã, fui ao centro e comprei algumas guloseimas e filmes para passarmos uma tarde bastante agradável. Aproveitei e passei pelo orfanato para dar a boa notícia a Emily. Ela não podia reagir melhor, ficou muito feliz dando pulinhos e gritinhos finos. Perguntei se ela queria algo especial a esperando em casa e ela respondeu:

– Téio você! (Quero você).

Minha pequena sabe mesmo como alegrar meu dia. Me despedi dela com um aperto no coração, finalmente aquelas visitas estavam chegando ao fim pois sempre era motivo de alegria e ao mesmo tempo de tristeza quando eu tinha que partir. Quando sai de lá resolvi ligar pra Lyla que por um milagre estava em casa e marcamos de sair para almoçar juntas, Dig ficou com a pequena Sara e eu passei por lá para pega-la e irmos a um restaurante:

– Então, Felicity... quando Emily irá pra casa?

– Hoje a tardinha, as 3 horas vou pegar a papelada já assinada e vou direto pro orfanato levar minha pequena para sua nova casa.

Lyla via a alegria e a emoção em meus olhos e por um momento pareceu evitar um assunto mas parece que aquilo não podia ser evitado por muito tempo:

– Felicity, quando pretende contar ao Oliver? Dig me contou da discussão de ontem mas eu ainda acho que vocês deveriam conversar...

Fiquei um pouco triste com a pergunta mas ninguém melhor pra conversar do que ela...

– Eu sei Lyla, também sei que a reação do Oliver não será a melhor, mas estou realmente estou determinada a não me importar mais com o que o Oliver acha, ou pensa ou quer, porque as vezes acho que nem ele mesmo sabe.

Lyla confirmou com a cabeça e um leve sorriso, claro que ela sabia de tudo, como Diggle mesmo disse, entre eles não há segredos, mas eu precisava me focar no que realmente era importante e real em minha vida. Lyla insistiu em ir de táxi e então aproveitei pra passar no escritório do advogado, paro em um semáforo e ouço uma moto acelerar do meu lado, não olho até ser surpreendida pelas batidas no vidro, quando olho, ninguém mais ninguém menos que Oliver. Eu passei o dia inteiro ignorando suas ligações, quando estive com Emily, cheguei a desligar meu celular. Não sei como ele me encontrou, mas agora não podia mais fugir. O sinal abriu e eu estacionei o carro na rua ao lado e permaneci dentro dele. Oliver estacionou a moto mais a frente, tirou o capacete e veio em direção ao banco do passageiro, destravei a porta ele entrou. Parecia mais calmo, porém eu permaneci dura:

– Felicity, eu quero lhe pedir desculpas...

Ele parecia realmente arrependido e olhava pra mim, mas eu não olhava pra ele.

– Eu conversei com Diggle e eu prometo que vou tentar me acalmar mais diante de certas situações, acredite, o sermão de Dig, eu não vou esquecer tão cedo.

Ele riu sem humor, mas eu permaneci com meus olhos na rua, Oliver não vai me levar com essas palavras, não pra depois fazer tudo de novo.

– Eu sei que já venho te magoando já tem um tempo, e ver você saindo daquele jeito da cave me deixou bastante... Não sei bem qual a palavra, mas não me orgulho do que eu disse e nem do que fiz você sentir... será que você pode me perdoar, por favor?

Olhei pra ele e por mais que meu coração gritasse por vê-lo tão abatido eu realmente precisava criar um muro de proteção entre eu e todas as consequências que as constantes mudanças de humor de Oliver podiam me causar.

– Oliver, eu não tenho que perdoar, você só estava sendo... Você!

– O que você quer dizer com isso?

– Ora, Oliver. Três anos de convivência é mais que suficiente para aprender a lidar com uma pessoa. Claro, não se trata de qualquer pessoa, se trata de Oliver Queen, Oliver Arqueiro, e todas as feridas que você possui, até aí eu podia suportar porque como você mesmo disse sou sua garota, sua parceira, mas aí eu não me toquei que posso ser tudo isso para você, porém, você nunca será nada disso pra mim, você não se importa como me sinto ou até mesmo o que sinto, a única coisa que importa pra você é que eu seja eficiente e de preferência triste! É, triste porque quem sabe assim eu possa só focar no trabalho como você, sem nenhuma expectativa de algo melhor, apenas vivendo cada dia do jeito que dá... só que mesmo sem você querer saber sobre mim, Oliver, eu vou deixar bem claro: Eu não vou “sobreviver” cada dia, eu vou viver, vou buscar minha felicidade, vou aproveitar cada minuto e eu espero que você possa ser o mais profissional possível pois apartir de agora eu não pretendo ser nada além de alguém que trabalha pra você... e se possível, eu preciso seguir meu caminho, tenho um compromisso de verdade é importante e bem agora.

Disse tudo isso de uma vez só, com lágrimas escorrendo pela minha face e sem momento algum olhar pra ele, eu não podia olhar pra ele. Percebi sua respiração acelerada e o quanto ele estava frustrado com tudo que havia ouvido, mas eu não podia mais adiar aquilo, não posso permitir que Emily sofra cada vez que eu chegar triste em casa, ou pior, chorando por culpa de Oliver. Minha menina merece o melhor de mim e não será Oliver que vai tirar isso dela, não mais. Após alguns minutos ele saiu do carro e saiu caminhando, mas não em direção à moto, passou direto por ela. Imediatamente liguei pra Diggle e expliquei tudo que havia acontecido e que agora temia pela reação dele. Dig suspirou cansado e me pediu que lhe passasse o endereço e que eu não permitisse que aquilo estragasse meu dia, minha felicidade e assim fiz, continuei meu caminho, passei no escritório do advogado, peguei a papelada e fui imediatamente em direção ao orfanato.

Já era tardinha quando minha pequena veio correndo em minha direção, nos despedimos das freiras que choravam dizendo que sentiriam falta da luz que Emily trouxe para suas vidas, mas eu realmente preciso dessa luz pra mim. Coloquei Emily na cadeirinha e me certifiquei de sua segurança, coloquei meu pendrive pra tocar com as algumas músicas infantis e ela adorou, cantava e balançava as perninhas e os bracinhos com sua gatinha de pelúcia. Chegamos em casa, tirei ela da cadeirinha e deixei para pegar as malas depois de apresentar a casa para Emily. Entramos em casa e ela olhava tudo admirada, Emily é uma criança muito bem comportada, educada, não soltou minha mão embora me puxasse para conhecer todos os cômodos. Quando chegamos no meu quarto ela olhou para todos os lados e perguntou:

– É seu tato, mamãe? (É seu quarto, mamãe?)

Não sei se um dia deixarei de me emocionar ao ouvir aquela palavra vindo daquela pequena.

– É sim, minha filha... o que achou?

– É indo! (É Lindo!)

– Que bom que gostou mas, me diz, está preparada para conhecer o seu?

Emily se virou em direção as minhas pernas e lentamente levantou o rosto, foi quando puder aqueles olhos azuis maiores que nunca:

– Eu também tenho um tato? Só pá mim? (Eu também tenho um quarto? Só pra mim?)

– Mas é claro, meu anjo! Vamos conhecer?

Ela balançou várias vezes a cabeça fazendo as aqueles cachos se moverem como molas, linda. Fomos em direção ao seu quarto e bem devagar abri a porta e soltei sua mão... Emily parecia analisar cada cantinho como alguém que mede o espaço, foi então que se virou e me encarou emocionada:

– É indo mamãe, bidada! (É lindo mamãe, obrigada!)

Não entendi de primeira mas minha princesinha chorava e esfregava os olhinhos com um biquinho lindo mas que era de tristeza, me ajoelhei e a abracei, esperei ela se acalmar enquanto fazia carinho em suas costas e quando ela parou de soluçar, olhei seu rostinho enxugando suas lágrimas:

– O que houve, meu amor? Está triste?

– Não mamãe, estô féiz... é te eu nunta tive um tato só pá mim! (Não mamãe, estou feliz... é que eu nunca tive um quarto só pra mim!)

Fiquei tão feliz por poder proporcionar aquilo a minha pequena, eu sabia que as crianças que eram sequestradas eram de famílias pobres exatamente para que a polícia não se interessasse muito em recuperá-las mas uma certeza eu tinha em mim, lágrimas daqueles olhinhos só de emoção e de muita alegria. A abracei mais forte e a levei para cozinha, sentei na cadeirinha que comprei especialmente pra ela e fiz nossa janta. Emily comeu tudo e ainda elogiou, suspirei aliviada.

Então resolvemos ir para sala assistir um dos filmes que eu havia comprado da Disney, a campainha tocou então deixei Emily escolhendo e fui atender. Pra minha total surpresa, ou não, eram Lyla, Dig com a pequena Sara no colo, Roy e... Thea? Eles entraram e Emily correu pros braços de Lyla, ela por sua vez apresentou Dig como pai de Sara, Emily chamou logo de Tio Dig, Roy por sua vez quis bancar o ciumento:

– E eu, não ganho nada?

Emily me olhou curiosa com uma sobrancelha levantada e não contivemos o riso.

– Emily, ele é o tio Roy, ele que ajudou a mamãe, a Tia Lyla e o Tio Dig a arrumar seu quartinho.

Roy estendeu a mão em direção a Emily, que estava com a mão na boca envergonhada, quando finalmente apertou a mão de Roy, ele beijou sua mão e ela achou isso muito engraçado, pronto Roy já havia conquistado Emily. Foi quando notei Thea ainda em pé olhando feito uma boba pra Emily, chamei minha pequena e ela veio até nós:

– Emily, quero que conheça uma grande amiga da mamãe, ela é Thea!

– Oi Emily, você também pode me chamar de tia, se quiser!

Emily olhou pra Thea com o bico torto e o rosto pendendo pro lado e depois balançou a cabeça em negação. Olhei pra ela já sem entender o porquê daquilo e questionei:

– Emily, o que está acontecendo?

– Não posso chamar de tia... eia não! (ela não)

– Porque Emily?

– Mamãe, como vou chamar... Titia?

Todos riram e a própria Thea dava gargalhadas, abracei minha pequena que não entendia muito bem o porquê do riso e a tranquilizei dizendo que podia chama-la assim mesmo, ela sorriu e foi abraçar Thea, pegando-a completamente de surpresa.

Ficamos ali entre risos e brincadeiras, Roy certamente será um tio muito divertido já para contrastar com Dig que já é um tio super protetor, Thea e Lyla apenas se divertiam com as brincadeiras das meninas e claro que Emily fez questão de mostrar o quarto dela para Thea que foi arrastada por aquela mãozinha miúda mas persistente. A campainha tocou e eu estranhei, não esperava mais ninguém e a comida já havia sido entregue, em meios as brigas de Roy e Dig, me levantei e fui rindo abrir a porta, foi então que tive a maior surpresa do dia...

– Oliver?

– Felicity nós precisamos conversar, você precisa saber como eu me sinto e não é nada daquilo que você me acusou dentro do seu carro, eu tenho que ser honesto com você e comigo mesmo, eu não posso mais fugir...

Disse tudo isso enquanto entrava na minha casa, foi então que viu todos sentados na sala que ele parou assustado, e nesse exato momento voltava Thea e Emily brincando de pega pega. Emily parou bruscamente, olhou pra Oliver e depois pra mim e perguntou:

– Mamãe, tem é eie? (Mamãe, quem é ele?).

– Ele é...

Antes mesmo que eu pudesse concluir olhei para Oliver e ele pareceu analisar por alguns segundos e logo em seguida saiu feito um raio pela porta que ainda estava aberta. Não pude disfarçar toda a minha frustação naquele momento e percebendo isso, Thea chamou Emily para voltar ao quarto e brincar de esconde- esconde, ela aceitou, mas sei bem que mais tarde vai querer tirar isso a limpo. Foi a vez de Diggle se manifestar:


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Notas finais do capítulo

Pois é, Oliver não tem acertado uma ultimamente mas isso só piora por um tempo, logo logo tudo irá se resolver. Prometo!
Comentem por favor, bjos!