The Kid escrita por Olicity forever


Capítulo 6
Chega de Oliver Queen e suas fases!


Notas iniciais do capítulo

Oii!
Como prometido, aqui estou com mais um capítulo!
É sério que Oliver está chato mas logo postarei um desabafo dele explicando tudo que ele mesmo anda sentindo, certo?
Espero que gostem e obrigada mais uma vez pelos comentários!



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– Nossa, sério? Poxa, ela devia ter muita vergonha por isso! Mas se quiser substituir, estou aqui! Inclusive, essa sua “amiga” não já cumpriu a missão dela de cupido não? Pensei que estaria bastante ocupada, nem sentiria minha falta!

Thea me abraçou e me virou em direção a porta da Cave, descemos as escadas juntas e rindo de toda situação que foi pra ela e Roy se acertarem. Quando chegamos ao final da escada, pude notar Oliver sentado na minha cadeira aparentemente acariciando a samambaia. Achei que estava vendo coisas, mas aí Thea pôs as mãos sobre a boca para abafar um grito e saiu logo em seguida de volta para a boate. Eu não entendi nada, de verdade.

Andei em direção a Oliver que parecia não ter notado nossa presença, fiquei ao seu lado e quando chamei seu nome ele se virou, mas sem soltar a planta:

– Oliver, está tudo bem?

– Sim, porque?

– Nada, você anda bastante calado, mais que o normal se é que isso é realmente possível, não que eu esteja lhe cobrando falas, na verdade até já me acostumei com esse seu jeito de homem de poucas palavras, mas ultimamente venho notando que você, não sei, anda diferente...

E enquanto eu acelerava nas palavras de cabeça baixa e gesticulando sem parar não notei que ele havia se levantado e vindo em minha direção. Parei de falar quando senti sua mão em minha cintura e a outra em cotovelo. Levantei a cabeça e pude ver um lindo sorriso por todo aquele rosto que tanto amo admirar. Ele subiu a mão até meu rosto e começou a acariciar minha bochecha. Agora me diz, como é que eu não me derreto toda? Me mantive forte apenas sorrindo e esperando que ele dissesse ou melhor, fizesse algo. Ele me deu beijo demorado na testa e então colou sua testa na minha, sua respiração era forte e por um momento desejei ficar assim por um bom tempo, mas tudo aquilo devia ter um motivo.

Abri os olhos que nem havia notado que estavam fechados e pude ver Oliver com um sorriso no rosto e os olhos fechados, como se aproveitasse o momento, ele desgrudou nossas testas, abriu os olhos e quando abriu a boca num gesto de que colocaria algo muito forte para fora, meu celular toca e eu acabo me assustando. Ele se afasta passando a mão pela boca com a cabeça baixa e eu atendo sem nem ao menos prestar atenção quem era:

– Alô?

– Sra. Smoack, precisamos nos encontrar agora mesmo. Consegui adiantar a papelada e se a senhorita assinar os papéis ainda hoje, eu posso encaminha-los amanhã pela manhã e a tarde a pequena já será legalmente sua filha adotiva.

Eu não pude conter um sorriso enorme, era muita felicidade. Olhei pra Oliver que me olhava confuso, como se algo o estivesse incomodando. Agradeci ao advogado e confirmei que o veria assim que ele me passasse o endereço do encontro, logo em seguida desliguei. Oliver estava parado, com as mãos nos bolsos e me encarava:

– Então, você tem um compromisso?

Tive vontade de rir com a referência da palavra compromisso que ele mesmo usou outro dia só para disfarçar sua “ronda” em volta da minha casa. Levantei o olhar e tentei ser específica, mas sem parecer grossa:

– Oliver, será que eu poderia dar uma saidinha? É algo rápido, prometo que não demoro!

Se minha preocupação foi não parecer grossa, Oliver fez questão de ser:

– Faça o que quiser, não vejo ninguém lhe prendendo a nada aqui!

De todas as vezes em que ele descontou em mim alguma frustação, essa sem dúvida foi a mais forte. Peguei minha bolsa, mas antes de sair, não podia perder a oportunidade de provoca-lo:

– Não tenho certeza se você queria me dizer algo ou perguntar mas, se quiser, quando eu voltar, podemos conversar... eu realmente não tenho medo de qualquer coisa que possa ser.

Me virei antes mesmo que ele notasse a tristeza em minha face, não sei dizer se ele esboçou alguma mudança mas aquele ponto, eu devia manter minha mente na minha pequena e grande Luz, minha Emily. Subi as escadas ligando para Lyla que infelizmente não podia me acompanhar, pois estava ainda na ARGUS, então fui sozinha mesmo. O restaurante que o advogado marcou era bem próximo e como eu tinha que voltar para Cave, não fiz pedido. Assinei os papéis e prestei bastante atenção em casa instrução dada. A juíza do caso resolveu antecipar a adoção, mas 3 visitas ainda seriam feitas por uma conselheira tutelar para ver como andava a adaptação de Emily ao novo lar.

Cumprimentei o advogado e o agradeci mais uma vez, pois ele não havia aceitado pagamento por amizade a minha mãe. Minha mãe, preciso ligar pra Donna Smoack e avisar que ela será vovó... definitivamente ela vai pirar. Voltei para Cave, e Dig estava lá o abracei muito forte e ele logo percebeu, sussurrou em meu ouvido um “parabéns” e beijou meu rosto.

Passei por Roy e puxei sua orelha, moleque manhoso, fez a maior careta vindo em minha direção:

– E aí, já falou com Thea? É sério, se você não falar eu mesmo falo!

Olhei pra Roy com o olhar mais fechado que pude para que ele notasse que ali não era lugar para aquela conversa só que já era tarde demais...

– Algum problema com minha irmã, Felicity?

– Não, Oliver... é só bobagem de Roy...

– Sério? Me pareceu algum muito importante...

Tudo bem, esconder aquilo de Oliver estava me matando e quando pensei em revelar toda a verdade, Diggle tomou a frente:

– Nada demais, Oliver. Roy que se aproveita da boa amizade de Felicity para facilitar o relacionamento dele com Thea, né Roy?

Roy balançou a cabeça parecendo finalmente entender a besteira que havia feito, mas eu não estava satisfeita. Me levantei da cadeira, suspirei profundamente e pedi a Diggle e Roy que me deixassem sozinha com Oliver. Dig hesitou mas eu o tranquilizei só que Oliver não podia mesmo facilitar as coisas pra mim:

– Felicity o que tiver pra me dizer com certeza eles dois já sabem, então fale logo ou nem fale mais, não faço questão de saber.

Suspirei fundo e com a cabeça baixa dei um sorriso sem humor balançando com alguém que “diz deixa pra lá”:

– Tem razão Oliver, os meninos já sabem e mais uma vez você está certo, isso tudo que está acontecendo você realmente não se importa, não faz questão.

Quando disse “tudo” apontei pra mim mesma e aquilo fez uma expressão de surpresa em Oliver, não sei bem o que ele pensou com aquilo, mas eu realmente já não me importava mais, não me importaria com alguém que “não faz questão de saber” sobre mim.

Vi que não havia mais condições de me manter ali, peguei minha bolsa, enxuguei minhas lágrimas e sai da minha cadeira sem olhar pra ele, passei por Dig e pedi que qualquer coisa me ligasse e ele apenas assentiu com a cabeça pois o seu olhar era direcionado a Oliver e com muito ódio nele. Quando subi as escadas, escutei Oliver me chamando, mas fiz questão de ignora-lo. Agora sei que não adianta o que eu faça ou o que eu tente, nada vai facilitar minha convivência com Oliver, precisamos nos limitar a única coisa que podemos ser: parceiros. E não é do tipo de parceiro que apoia o outro, mas do tipo que apenas trabalha junto, por falta de opção. Está na hora de dar um basta em todo mal que Oliver insisti em me proporcionar, está na hora de eu mesma determinar isso pra mim.


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Notas finais do capítulo

É Oliver, você sabe bem como afastar as pessoas especiais de você.
Próximo capítulo tem bronca de Diggle e a chegada da princesinha no seu novo lar!
Preparem o coração para muitas emoções...

Bjos! Comentem por favor!