Não sabemos o nome daquela flor escrita por Luminária


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Ho hey
Jackelinda, seu perfil está lindo *0* Como já assistiu Ano Hana, creio que já notou que eu não estou fazendo igual, não é? Enfim, boa leitura :)



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Em um dia qualquer eu jurei que nunca mais procuraria qualquer um daqueles... Enfim, “daqueles”, mas Anna sempre teve alguma coisa que me faz querer ajudá-la. Como ela havia pedido, eu a levei para ver como os outros estavam. Subi em minha bicicleta e fui pedalando até o Bairro da Liberdade, enquanto Anna me seguia animadamente (espíritos não se cansam). Quando chegamos, eu estava muito suado e quase morto de cansaço, enquanto a pequena continuava sorrindo e saltitando. Nossa, parece que ela realmente quer rever todos nós. É como se ela quisesse recuperar tudo o que foi perdido, mas a sua mente infantil não entende que tem coisas não se pode reverter.

– O Hiro não se mudou. – seu sorriso se abriu ainda mais ao reconhecer aquela garagem vermelha – Eu adoro a garagem do Hiro. É tão grande!

Foi muito estranho ter batido em sua porta, a mãe dele quase não me reconheceu. Não a culpo por ter se esquecido de mim, já que Hiro fora o primeiro a se separar de nós, logo após a perda de Anna. Ele não foi ao enterro e nunca nos deu explicações. Depois alguns dias sem visitar a base, Hiro nos disse que não poderia voltar para lá, pois tinha uma coisa muito importante para fazer em sua garagem e que poderia levar anos para terminá-la. Depois dessas duas perdas aquele lugar já não era o mesmo, ele não tinha mais aquela atmosfera positiva. Pois é, esse foi o fim de nossa Base Secreta.

– Do cheio que é o Hiro, eu aposto que a garagem está cheia de robôs. Tipo os dos Power Ranges, sabe? . – Anna deduzia animadamente – E pistolas de raio lazer. – ela faz um revolver com os dedos e começa a “disparar” para direções divergentes - Shio! Shio! Shio! Shio!

– Eu não estou querendo ser desmancha prazeres, mas será que você parar um pouco com suas maluquices? – pedi

– Chato. – a pequena murmurou, fechando os lábios num biquinho.

– Soluço? Disse alguma coisa? – ótimo, agora até a tia do Hiro vai ficar achando que sou maluco.

– Não foi nada, Dona Hamada. Eu só estava pensando alto.

XXXX

XXXX

Entrei na garagem. Minha recepção foi inacreditável.

– O quê? Soluço?

– O próprio.

– Acho que estou passando tempo demais aqui. - apesar de eu perceber a ironia em sua voz, dava para ver que Hiro está confuso. - Já estou tendo alucinações. – ele movimenta os braços de uma maneira um tanto dramática. Ele está zoando comigo?

– Vocês gesticulam do mesmo jeito. – a ruivinha comentou

– Não, não, eu não gesticulo. - neguei

– Gesticula sim, o tempo todo. Suas mãos não ficam quietas.

– Para Soluço! – ouvi o grito do japonês, eu quase havia me esquecido de que ele estava bem do meu lado. - Você não está dizendo coisa com coisa, eu estou boiando aqui.

– Nade Hiro, nade. – Anna só pode estar brincando com a minha cara. Eu sei que ela sempre foi lenta, mas não é possível que ela leve tudo ao pé da letra. - Continue a nadar, continue a nadar... – fazer referência a “Procurando Nemo” já demais.

– Eu estou ficando louco!

– Eu concordo, mas você veio até minha garagem para dizer isso?

– Ok, eu vou ficar quieta. – ela corou de vergonha

– Obrigado, Anna.

– Agora você fala da Anna? – eu tenho que aprender a controlar a minha boca grande -Sério? Por que minha tia te deixou entrar?

– Olha Hiro, por esses dias eu andei pensando e decidi que eu nós merecemos explicações sobre um assunto.

– Esse assunto seria minha saída da Base Secreta ou o porquê de eu não ter ido ao enterro da Anna?

Uma coisa eu não posso negar; Hiro é muito inteligente.

– Eu falei “um assunto”, mas se você quiser pode falar de ambos.

– Pra que tocar nisso agora?

– Porque nós ficamos todo esse tempo sem explicações e...

– Você lembra que Anna morreu em um acidente naquela ponte, não é? Havia um caminhão e uma moto envolvidos, e o motoqueiro também faleceu. Sabe como eu sei disso? Porque o motoqueiro era o meu irmão. E desde então eu fico aqui nessa garagem, trabalhando para concluir o Baymax, um projeto que nós planejamos construir juntos. E aí, Soluço? Já tem explicações o suficiente?

Mantive-me calado, um tanto cabisbaixo. Anna estava boquiaberta com a revelação. Hiro já havia comentado sobre o irmão mais velho, creio que era “Tadashi”, mas nós nunca o vimos e nunca poderíamos imaginar que ela também havia sido vítima daquele acidente.

– Você podia ter me ouvido antes, agora já faz cinco anos. Mas você é infantil não entende que tem coisas não podemos reverter.

Se duas pessoas que não se entendem pensam a mesmo, deve haver um fundo de verdade.


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Notas finais do capítulo

Até a próxima
Beijinhos de luz :*



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