Hacker Wizard escrita por Tuna Plays


Capítulo 1
Capítulo 1 - Me jogaram noutro mundo


Notas iniciais do capítulo

HEY! 01 aqui!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/601728/chapter/1

01 - Me jogaram para outro mundo



Kirigaya Kazuto estava muito feliz naquele dia. Realmente. Era o primeiro dia de sua filha da escola primaria e ele tinha folga para leva-la até lá. Sua esposa - Kirigaya Asuna - infelizmente não poderia ir. Sendo presidenta das empresas da família Yuki, ela raramente tinha folgas.

--Papa, você vai vir buscar Yuki-chan, ne? -a voz infantil de sua filha interrompeu seus pensamentos.

--Claro, Yuki-chan. -ele sorriu para como a filha se dirigia a si mesma pelo seu apelido. Ele sorriu carinhosamente para a garota antes de bagunçar seu cabelo negro, fazendo-a bufar irritada.

Ah, as maravilhas de ser pai.

Ele deixou sua filha na escola, acenando alegremente para ela antes de sair caminhando de volta para casa. Não era uma caminhada longa, mas mesmo assim ele puxou os fones do bolso de ligou a musica em seu smartphone Samsung Galaxy SXXIV(24). Satisfeito quando encontrou uma musica boa o suficiente, ele voltou a caminhar de bom-humor assoviando de forma desleixada o ritmo da musica.

Ele sabia que não devia ter feito isso. Andar de fones na rua é ruim e ele sabia disso. Ele já tinha quase trinta anos. Ele deveria ter sido responsavel.

Ele não foi.

Como uma criança comum, focada na musica, ele caminhou para a sua sem perceber o carro na esquina. O sinal para pedestres estava verde e, portanto, ele deveria passar. Certo?

Ele não devia.

Só ouvindo o guincho quando estava muito alto ele virou-se vagamente para a esquerda para obter um olhar do que estava fazendo tanto barulho e atrapalhando sua musica. Como se em câmera lenta, seu olhos se arregalaram e ele ficou boquiaberto. Sentiu-se pequeno como o caminhão se aproximava rapidamente - rápido demais - e ele só teve tempo para pensar uma coisa.

Eu sou um idiota.

Então… Tudo ficou escuro.

Quando ele tomou consciência novamente, ele podia sentir seu corpo doer. Isso é um bom sinal, foi o pensamento de Kazuto, eu ainda estou vivo…

Mal ele tinha formulado esse pensamento, ele ouviu uma voz.

--Sim… Você está, Kirigaya Kazuto.

Sua mente disparou de alarme, mas não tão rápido quanto deveria. Ele ainda se sentia sonolento. E não conseguia abrir os olhos.

--Quem… Quem é você? -perguntou, afobado. Mesmo que ele tivesse falado, ele não se sentiu mexer a boca. Tudo era tão confuso.

--Meu nome foi a muito perdido, hoje, as pessoas me chamam de Destino.

Ele não podia ver quem era, e a voz não parecia pertencer nem a homem nem a mulher. Ele estava começando a se sentir frustrado em meio a sonolencia…

--Destino? Que merda é essa?

O(ou seria A?) auto-nomeado Destino riu.

--Estou falando a verdade, jovem Kirito. E, antes que você pergunte, nós estamos no chamado limbo.

--L-limbo?

--Sim, jovem Kirito. E você está aqui porque você está a beira da morte no outro mundo.

--Mas… Eu não posso morrer! -ele não tinha sobrevivido ao Sword Art Online apenas para morrer atropelado, porra!

--Você não está morto. -concordou o Destino. -Apenas quase.

O coração de Kirito deu um salto com isso.

--Eu vou sobreviver?

O Destino cantarolou por um segundo e Kirito reconheceu a musica que ele estava ouvindo quando morreu. Depois disso, ele jurou que nunca mais ouviria as musicas dessa banda em sua vida… Se ele sobrevivesse.

--Talvez, -respondeu o Destino, por fim. -Se você passar pelo meu teste, é claro.

--O que eu tenho que fazer? -questionou Kirito ansiosamente. Ele precisava voltar para sua filha! Para sua esposa! Para seu amigos!

O Destino riu, antes de acenar para ele.

--Qual é a graça… se eu te contar?

Antes que Kirito pudesse se quer pensar na resposta de Destino, ele abriu os olhos.

Seus olhos fitaram o teto acinzentado e chato por alguns segundos antes que ele pudesse processar e xingar baixo o Destino por não responder a pergunta.

Sua sobrancelha subiu com isso, havia algo estranho quando ele falava… Não só sua voz, que parecia mais fina, mas também… Sua lingua.

--Mas o qu -ele travou, arregalando os olhos. Ele não sabia como ele estava fazendo isso, mas ele com certeza não estava falando japonês. Ouviu a si mesmo falar mais algumas palavras aleatórias e confirmou sua suspeita. Aquilo era inglês.

--O que é que você está falando ai, Blakie? -a voz sonolenta veio do seu lado.

Kirito se sentou na cama rápido, olhando para o lado e observando um garoto, que parecia ter no máximo doze anos de idade, que observava ele com uma raiva sonolenta. Ele se sentiu surpreso quando percebeu que o garoto parecia mais alto que ele. Olhou para as próprias mãos… As delicadas e pequenas mãos de criança.

Kirito começou a hiperventilar, arregalando os olhos. Ele não era uma criança! Então porque…?

--Ei, está tudo bem? -a voz do garoto do lado dele veio novamente, agora um pouco preocupado, apesar do mal-humor. Mas Kirito mal registrou isso.

O que infernos Destino tinha feito?

--KIRITO! -um baque na parte de trás de sua cabeça o distraiu do seu pesadelo. -Para de surtar, idiota!

--AI! -reclamou Kirito, olhando para o garoto um pouco irritado.

O garoto bufou antes de voltar para a cama.

--São três da manha! Vai dormir, Blackie!

Então virou-se para a parede, ignorando Kirito.

O garoto mais novo suspirou olhando para seu companheiro de quarto irritado. Ele não tinha muita certeza do que tinha acontecido, mas isso provavelmente era algum tipo de invenção da sua imaginação por causa do aci…. dente…

Não.

Ele tinha morrido. Ele sabia disso. Claro como o dia. Era simplesmente impossível que ele tinha sobrevivido, com aquilo. Mas era ainda mais impossível que ele tinha conhecido o Destino e enviado para outra dimensão para cumprir um objetivo que ele não sabia qual era!

Mas novamente, eu sou conhecido por fazer coisas impossíveis. Pensou ele com um sorriso amargo.

Decidindo acreditar que realmente tinha conhecido o Destino… Embora ainda um pouco cético com isso, ele percebeu que ele não sabia nada sobre quem ele era nesse mundo. Seu companheiro de quarto - que ele supunha que o outro garoto era pelo menos - não parecia nem de longe amigável com ele… Mas o havia chamado de Kirito, o apelido que ele tinha se autonomeado no na outra dimensão. Então esse poderia, possivelmente, ser seu nome aqui.

Ele ainda precisava descobrir o que era aqui. Talvez o outro garoto era seu irmão ou algo parecido? Com um olhar nele, ele simplesmente balançou a cabeça. Era improvável. Além do mais, tudo era muito parecido com um orfanato que ele havia visitado no centro de Tokyo uma vez. Ele se divertiu com a ideia por alguns momentos antes de decidir que era provável que fosse isso… Ou algum hospital antigo. Mas a ultima opção parecia estranha. O quarto que ele estava não era especificamente bagunçado, mas não era limpo. Um hospital em 2035 não deveria ser assim. A agencia sanitária provavelmente fecharia esse lugar se visse isso.

Mas, novamente, ele não podia automaticamente assumir que o lugar onde ele estava era no mesmo ano que em seu mundo. Por tudo o que ele sabia, podia ser 1900 ou até os anos 3000.

Com um suspiro ele se levantou, estremecendo quando seu pé descoberto tocou o chão frio. Era de madeira, mas ainda era frio como pedras… Provavelmente era inverno onde ele estava.

Com passos rápidos, mas silenciosos, ele caminhou até a ponta e saiu, encolhendo-se um pouco com o pequeno rangido que a porta fez. Com um rápido olhar para o outro garoto no quarto ele suspirou de alivio quando viu que ele ainda estava adormecido.

Sem fechar a porta atrás de si, optando por apenas encosta-la, ele caminhou pelo que parecia um corredor escuro e estreito, onde não poderia se passar mais que duas pessoas de cada vez. Andou na direção que parecia leva-lo as escadas, observando como o lugar parecia em mal estado.

As paredes tinham a tinta desgastada, em alguns pontos ela já tinha descascado completamente. O chão de madeira parecia ranger a cada passo, e algumas tabuas provavelmente deveriam ser trocadas. O ponto que mais o deixou assustado quanto a isso foi um buraco no chão, grande o suficiente para que ele ficasse com a perna presa se não o visse. Empaleceu quando pensou em como eram as condições de quem vivia aqui… Como as pessoas poderiam deixar crianças num ambiente como esse?! Parecia muito perigoso!

Murmurando sobre falta de cuidado com a saúde infantil, ele desceu a escada, quase se encolhendo a cada rangido. Ele gemeu levemente. Desse jeito, acabaria acordando todo o prédio.

Felizmente, sua suposição não aconteceu, ele alcançou o andar de baixo, onde o piso era de linóleo e não rangia mais. Com um sorriso leve por isso, ele caminhou até o que parecia um escritório. Porque, hey, que melhor lugar para encontrar informações que um escritório?

Bingo.

Ele abriu algumas pastas passando sem muita atenção pelas letras A e B, pulando um pouco na C antes de encontrar aletra K. Só havia um arquivo nessa letra, a que ele era grato. Passar horas buscando seu nome em meio a um monte de crianças seria medonho.

Ele olhou para a capa do arquivo, agradecendo que ele sabia ler em inglês - por falar nisso, porque ele tinha conseguido falar anteriormente? Se os arquivos eram em inglês, as pessoas dali não deveriam falar inglês, também? - e leu.

--Kirito Blackie. -que infernos de sobrenome era “Blackie”?! Com um bufo, ele abriu a pasta.

Ele viu uma foto do que parecia ser ele com em torno de cinco anos. Ele segurava um ursinho de pelúcia, que ele se lembrava vagamente de ver sob sua cama no quarto.

O arquivo dizia coisas básicas, como seu tipo sanguíneo - ele se surpreendeu vendo o O+ no arquivo. Em seu “mundo” ele tinha sido B- afinal, - gênero e data de nascimento.

Ele tinha sido surpreendido com o tipo sanguíneo, mas o que mais lhe surpreendeu foi quando leu o que parecia ser sua data de nascimento.

07/10/1980…

Ele reconheceu o 7 de outubro… Mas, 1979?! Ele gemeu levemente. Ele estava no passado. Onde tinha muita pouca tecnologia… Ele era um programador! Um desenvolvedor! Que infernos ele iria fazer nos anos 90?!

--O que você está fazendo aqui, Kirito?

A voz veio de repente e fez Kirito pular de susto. O garoto olhou sob o ombro paa ver uma mulher alta, com o que parecia um pijama xadrez. Ela usava o cabelo ruivo num coque alto despenteado, óculos e tinha uma expressão severa.

--N… Nada. -gaguejou ele, corando vermelho profundo. Mas que inferno?!

A mulher olhou para ele criticamente.

--O toque de recolher é as oito, Kirito. Você sabe disso. Você é o único garoto obediente desse orfanato inteiro! Por que decidiu fazer bagunça bem hoje?!

A voz dela subiu para tons mais agudos e Kirito se encolheu, interiormente se lembrando de Asuna quando estava com raiva.

Mulheres são seres assustadores, decidiu ele, com os olhos arregalados. Ele estava para responder quando o que ela disse entrou em sua mente.

Você é o único garoto obediente desse orfanato inteiro…

Desse orfanato inteiro…

Orfanato…

Oh… Parece que eu consegui algumas informações, afinal, Pensou Kirito quase sorrindo presunsosamente.

--Então, não vai me responder?

--Bem… -Kirito murmurou, tentando pensar numa desculpa. Seus olhos se viraram para a pasta, agora nas mãos da moça. -Eu queria saber porque minha pasta era tão grande comparada com a dos outros…

Era uma desculpa pobre, então ele olhou para o chão envergonhado. Para sua surpresa, no entanto, a moça confundiu sua vergonha pela desculpa com vergonha por ter aprontado.

--Oh, bem… -a moça olhou para a pasta em suas mãos. -Você sabe… São aquelas coisas estranhas que acontecem em torno de você. Nós temos que arquivar essas coisas.

Kirito arregalou os olhos ligeiramente. Coisas estranhas… Essa era uma informação nova. Ele teria que descobrir depois o que significava.

Mas ele não se preocupou muito com isso. Ele só precisava de uma fonte de informações volátil.

E… Pensou ele, sorrindo para si mesmo. Não há melhor fonte de informações que uma criança.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Depois eu arrumo isso aqui :P



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hacker Wizard" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.