Isabella Marie Swan

Semanas depois…

Hoje eu estava mais disposta, não estava totalmente curada, mas estava de bom humor, ainda não conseguia fazer amor com o Edward, pois ainda estava com um trauma muito grande, sabia que ele era homem e que tem suas necessidades, mas também sei que ele me entendia, e ficava do meu lado, coloquei uma roupa bem leve pra ficar em casa, e fui tomar um pouco de sol, na beira da piscina.

Fechei meus olhos e respirei fundo, tentado relaxar, quando meu celular apitou, o peguei e era uma mensagem da Alice.

De: Allie

Para: Bella

Oi Bellinha, como você ta?

A.B

Respondi.

De: Bella

Para: Allie

Oi fadinha, to bem sim e você? Como anda a gravidez? Jazz esta cuidando bem de você?

B.S

Ela respondeu.

De: Allie

Para: Bella

Estou bem, e a minha gravidez também, agora o Jasper se tornou um verdadeiro chato, que não me deixa nem respirar.

A.B

Respondi.

De: Bella

Para: Allie

Ele só ta preocupado com você, flor.

B.S

Ela respondeu.

De: Allie

Para: Bella

É, mas ele exagera demais, Bella, eu preciso respirar, sabia?

A.B

Respondi.

De: Bella

Para: Allie

Ta bom Alice, depois eu falo com você, até mais, e manda um beijo para o meu primo, e fala pra ele pegar leve com você.

B.S

Enviei a mensagem pra ela, e tentei relaxar.

–Bella? -Carlisle apareceu.

–Oi. -Disse.

–Levei Kristen ao psicólogo. -Ele disse.

Assenti.

Há algum tempo, Carlisle procurou um psicólogo pra ela, disse que ela precisava de um pouco de terapia, depois de tudo o que tinha acontecido com a gente.

–E como foi? -Perguntei.

–Ela conversou com a psicóloga, e até voltou mais feliz. -Ele respondeu.

–Então isso vai ajudá-la? -Perguntei.

–É, pra ela não ficar com nenhum trauma. -Ele respondeu.

Assenti.

–Eu marquei uma consulta pra você com um psicólogo hoje, eu irei te levar lá. -Ele disse.

O olhei.

–Ok, então eu vou me arrumar. -Disse.

–Ta, te esperarei na sala. -Ele disse.

–Ok.

Levantei-me e fui para o meu quarto, tomei um banho e me arrumei para a minha consulta com o psicólogo, saí do banho e fui para o closet, quando estava terminando de me arrumar, Edward apareceu no meu quarto.

–Bella, eu preciso falar com você. -Ele disse.

–Agora? -Perguntei.

–Sim, não quer saber?

–Claro bebê. -Respondi, o abraçando pelo pescoço. -O que aconteceu?

Ele sorriu, abraçando minha cintura.

–Eu me inscrevi em um clube, irei jogar bola. -Ele disse.

O olhei, confusa.

–Não sabia que gostava de futebol. -Disse.

–Você nunca perguntou. -Ele disse.

Assenti, podia ter ficado sem essa.

–Ok, e pretende jogar futuramente? -Perguntei.

–Se der certo, sim. -Ele respondeu.

Assenti.

–O que acha?- Ele perguntou.

–Se é isso que quer, eu te apoio. -Respondi.

Ele sorriu, e me beijou.

–Bella! Vamos. –Carlisle gritou.

Afastei-me de Edward.

–Eu tenho que ir. -Disse, pegando minha bolsa.

–Aonde vai? -Edward perguntou.

O olhei.

–Seu pai marcou uma consulta com um psicólogo, ele vai me levar até lá. -Respondi.

Ele sorriu.

–Boa sorte então. -Ele disse.

–Obrigada. –Disse e dei um selinho nele. -Tchau.

–Tchau. -Ele disse.

Saí do meu quarto e encontrei com a Kris.

–Mamãe! -Ela pulou em meu colo.

–Oi meu anjo. -Disse a pegando no colo.

–Eu fui em uma médica hoje, mamãe. -Ela disse.

–É meu anjo? E como foi? -Perguntei.

–Ela é muito legal, brincou comigo e tudo. -Ela disse.

Sorri.

–E você gostou dela? -Perguntei.

–Uhum. -Ela respondeu.

–E qual o nome dele? -Perguntei.

–Dra. Carmen Denali. -Ela respondeu.

A olhei.

–Denali? -Perguntei.

–É. -Ela respondeu.

Assenti, a colocando no chão.

–Eu tenho que ir, Little. -Dei um beijo em sua testa.

–Mamãe, cadê o Ed? -Ela perguntou.

–No meu quarto. -Respondi, e ela correu pra lá.

Desci e Carlisle estava beijando a Esme, me aproximei e pigarreei, mas eles continuaram se beijando, respirei fundo.

–Achei que estava com pressa, Carlisle. -Disse, e eles se afastaram, rindo. -Atrapalho?

Esme se levantou.

–Não Bella. -Ela respondeu e me abraçou. -Boa sorte no psicólogo.

Assenti.

–Se uma garotinha de 4 anos suportou, eu também suporto. -Disse.

Ela riu.

–Então vamos? -Carlisle perguntou.

–Vamos.

Despedi-me de Esme e acompanhei Carlisle até seu carro, entramos e ele seguiu pra clínica.

–Carlisle, eu juro que vou te matar. -Disse.

Ele me olhou.

–Por quê? -Ele perguntou.

O olhei.

–A mãe da Tanya? Sério? -Perguntei.

Ele respirou fundo.

–Kris te contou. -Ele disse.

–Mas é claro que contou! Existem vários psicólogos no mundo, e tinha que arrumar a mãe da minha pior inimiga?

–Bella, Carmen é minha amiga, fizemos faculdade juntos, e além de psicóloga, ela também é médica, assim como eu lá no hospital, eu a conheço e é a única que eu confiei em conversar com a minha filha. -Ele disse.

–Ela é mãe da Tanya. -Disse.

–Ela não é como a Tanya, e você é amiga da irmã da Tanya não é?

–Sou, mas Kate não é como ela. -Respondi.

–Então, provavelmente ela puxou pra mãe. -Ele disse.

–Ok, então não quero conhecer nem o pai dela. -Disse.

Chegamos em frente a clínica e olhei o nome: Clínica Dra. Denali.

–Carlisle, ta de palhaçada com a minha cara né? Essa clínica é dela!

–É, ela me recomendou um estagiário que está trabalhando aqui, ele tem a sua idade, e achei perfeito pra conversar com você. -Ele disse.

Cruzei os braços.

Carlisle saiu do carro e deu a volta, abrindo a minha porta.

–Vai sair do carro, ou devo ligar pro Edward e avisar que você está com birra?

O olhei, ele estava muito brincalhão pro meu gosto, dá pra ver pra quem o Emmett puxou.

–Emmett é mesmo seu filho. -Disse, saindo do carro.

Ele começou a rir.

–Kristen pode ficar igual a mim. -Ele disse.

–Eu não vou deixar. -Disse.

Entramos na clínica e Carlisle falou com a secretária, que era a Lauren, amiga da Tanya, que me olhou feio.

–Olá Lauren. -Disse.

–Oi Dr. Cullen, o Senhor por aqui de novo. -Ela disse.

–É, minha nora tem uma consulta. -Disse.

Ela me olhou, e sorri.

–Oi Lauren, quanto tempo. -Disse.

–Olá Isabella, sua filha é muito linda. -Ela disse.

Sorri.

–Eu sei, puxou a beleza da mãe. -Disse.

E ela fez uma cara feia.

–Pode avisar ao Doutor? -Carlisle pediu.

–Claro. -Ela disse, pegando o telefone. -Dr. Salvatore, a sua paciente chegou. -Ela disse.

Olhei para o Carlisle.

–Salvatore? -Perguntei.

–Sim, por quê?

–Dois amigos meus tinham esse nome. -Respondi.

–Deve ser parente deles. -Carlisle respondeu.

–Pode entrar, Isabella. -Ela disse, apontando pra sala.

–Obrigada. -Disse, e fui pra sala do tal medico, bati na porta.

–Entra! –Ele disse e entrei, Carlisle ficou me esperando do lado de fora.

–Com licença. -Disse, entrando e fechando a porta.

Ele estava sentado em sua mesa, olhando minha ficha.

–Olá… Isabella Swan. -Ele me olhou, e eu quase não acreditei. -Bella?

Sorri.

–Damon.

Ele veio até mim e me abraçou.

–Quanto tempo, tem o que? Uns 4 anos?

Sorri.

–É, isso mesmo. -Respondi.

–Vi que você e a Rose viraram modelos, meus parabéns, e como ta aquela loirinha chata?

–Bem. -Respondi.

–Ela não gostava de mim, por causa da Elena. -Ele disse.

–É, fiquei sabendo que elas namoraram. -Disse.

Ele assentiu.

–É.

–E eu que pensava que você e a Elena tinham alguma coisa. -Disse, rindo.

Ele abaixou a cabeça.

–Eu bem que queria, eu a amava de verdade. -Ele disse. -Mas e aí? Tem noticias dela?

Assenti.

–Ela saiu da clínica tem algumas semanas, está se mudando pra cá, ela quer ficar perto de mim e da Rose. -Respondi.

–Então ela já esta recuperada? -Ele perguntou.

–Sim. -Respondi.

–E Rose? Pegando muita mulher? -Ele perguntou.

O olhei.

–Ela não fica mais com mulheres, perdeu o interesse, ela esta até namorando sério com um cara. -Disse.

Ele me olhou.

–Nossa, que mudança radical. -Ele disse.

Comecei a rir.

–É. -Disse.

–Bom, mas vamos ao trabalho, pode se deitar naquele divã, e me contar o seu problema. -Ele disse.

–Ok.

Fui para o sofá e me deitei, Damon se sentou a minha frente.

Eu conheci o Damon em Forks, quando eu comecei a andar com a Rose e a Elena, e pra mim ele namorava a Elena, antes de eu descobrir que Elena e Rosalie tinham um caso, e eu sabia que ele era louco por ela, eu já tinha chegado a namorar com o irmão mais novo dele, o Stefan, mas nem perguntei dele, afinal, não estava interessada em saber do meu ex namorado no qual tinha terminado comigo só por que eu não queria transar com ele, por que eu ainda era virgem, e depois que terminei com ele, conheci o Carlisle.

Contei tudo ao Damon, tudo o que aconteceu comigo nos últimos 4 anos até hoje, ele me deu conselhos de como lidar com isso.

–Damon, posso te fazer uma pergunta? -Perguntei.

–Claro.

Respirei fundo.

–Bom, demora muito pra uma pessoa que foi estuprada voltar a ter uma vida sexual normal? -Perguntei.

Ele me olhou.

–Está tendo problemas com isso? -Ele perguntou.

–Não consigo nem deixar meu namorado chegar perto de mim que aquelas cenas voltam pra minha cabeça. -Disse.

Ele assentiu.

–Pra quem foi abusada, acontece isso mesmo, demora um tempo, mas se ele também colaborar, logo você se recupera. -Ele disse.

–Mas ele colabora. -Disse.

Ele assentiu.

–Você perdeu a confiança em todo mundo Bella, tente confiar nele de novo, só assim voltarão a ter relações sexuais. -Ele disse.

–E quanto a minha bulimia? -Perguntei.

–Irei ter que pedir pra você fazer alguns exames, e recomendo que passe com um nutricionista, ele vai te dar uma dieta e dizer como tem que se alimentar, mas por enquanto eu recomendo que alguém fique de olho em você quando tiver alguma crise. -Ele disse.

Assenti.

–Obrigada Damon, me ajudou muito. -Agradeci.

–De nada Bellinha, estarei sempre aqui pra quando precisar. -Ele disse.

Despedi-me de Damon e saí de sua sala, me encontrando com Carlisle.