Death escrita por aboutanightmare


Capítulo 4
Iratze Hotel


Notas iniciais do capítulo

E que comecem os jogos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/600026/chapter/4

Dois vãos de escada acima, ela achou seu quarto em um corredor estreito. Ela pôde ouvir vozes no quarto em frente, mas não fez menção de prestar atenção. Entrou no quarto e fechou a porta, trancando-a. Ela jogou a mochila na cama, foi ao banheiro e pouco depois, saiu com o rosto encharcado e secava o pescoço com uma toalha de rosto. Colocou a mochila debaixo da cama e foi para porta, abrindo-a. Um vulto estava no corredor quando ela abriu a porta. O primeiro um reflexo que teve foi socar o que quer que fosse aquilo. Quando deu por si, o punho dela havia sido aparado por um grandalhão de jaqueta e cabelos que iam até o pescoço.

– Calma garota – ele disse.

– Desculpe – ela se recompôs. – Eu me assustei.

– Tudo bem – respondeu. – Mas que bela direita que tem.

– Anos de boxe – ela tentou inventar o motivo.

– Enfim, muito prazer, meu nome é Sam Winchester – estendeu a mão.

Ela o encarou por um instante e apertou a mão dele.

– Rammona Carter.

– Está com fome? Podemos comer alguma coisa.

– Claro, eu estou de olho no bar do outro lado da rua desde que pisei na cidade.

Sam riu.

– Meu irmão também – disse. – Aliás, ele já deve estar lá.

– Ótimo – ela balançou os cabelos e foi para a escada. – Estou faminta.

Os dois foram em direção ao Mystic Grill. Estava razoavelmente cheio. Sam contornou as mesas e foi até o bar. Rammona estava logo atrás.

– Hey – disse Sam para um homem de jaqueta e jeans, que se virou para eles imediatamente. – Esta é Rammona, nossa vizinha de quarto.

Sam deixou que ela passasse na sua frente para cumprimentar seu irmão. Ela por sua vez, percebeu uma rápida troca de olhares entre os dois enquanto dava um passo a frente.

– Olá – ele disse com um tom sedutor enquanto levava a cerveja à boca. – Eu sou Dean.

Rammona puxou o banco ao lado e se sentou.

– Então – ela disse –, o que os meninos estão procurando?

Os olhos dos dois se arregalaram.

– Como assim? Nós estamos apenas de passagem – disse Dean com naturalidade.

Ela revirou os olhos e pediu uma cerveja. Em seguida, se voltou para o rapaz.

– Não se preocupe – sorriu. – Eu soube assim que ele segurou meu soco – acenou em direção a Sam.

Sam, atento, se sentou no outro lado.

– Como temos o mesmo meio de vida – ela continuou –, acho que vocês dois podem me ajudar.

Depois de alguns hambúrgueres para Dean e para a garota e um sanduíche de pão integral e peito de peru para Sam, todos concordaram que seria melhor conversarem no hotel, o que garantiria privacidade e a total atenção de Dean que se esvaía com cada mulher que passava.

Rammona e Sam esperaram Dean, que havia parado comprar alguma coisa. Assim que o viram entrar pela porta, subiram o primeiro vão de escadas. No meio do caminho para o quarto, Sam percebeu a demora do irmão.

***

“Fale grosso com seu bebezinho,

E espanque-o quando espirrar:

Porque ele é bem malandrinho,

Só o faz para azucrinar.”

Samantha estava absorta no mundo de fantasias que Lewis Carroll havia criado tão minuciosamente. Cada detalhe, cada fala, cada loucura e as coisas aparentemente sem sentido que continham naquele livro, faziam algum sentido para ela.

"Obviamente. Malucos tendem a se identificar com maluquices." Dissera Carroll quando entregava para ela o exemplar que estava em sua mão nesse exato momento.

A vampira conhecera o escritor muito bem. Até mesmo viraram amigos. E vira com os próprios olhos quando as primeiras palavras foram escritas. Na época ela adorava a pequena garota de sete anos e meio que era amiga e inspiração para Charles.

A garota refletia sobre tudo isso, enquanto passava levemente os dedos sobre o titulo em dourado "Alice's Adventure in Wonderland". Quando uma voz interrompeu seus pensamentos.

– Isso não é um filme da Disney? – Dean perguntou parando no meio do saguão enquanto Rammona e Samuel subiam.

– Não – ela ergueu a cabeça. – É uma historia prestigiada em todo o mundo.

– Para crianças – Ele completou insistentemente.

Samantha revirou os olhos.

– Não deveria estar seguindo seus amigos escada acima? – ela perguntou preguiçosamente.

– Sim – ele disse. – Mas prefiro sua companhia. É melhor que a do meu irmão. Acredite.

Samantha estava prestes a responder, porém ouviram um grito do andar de cima.

– DEAN! PARE DE PAQUERAR A RECEPCIONISTA E SUBA AGORA!

Ela olhou para o homem de olhos arregalados. Dean estava encolhido, mas com um sorrisinho no rosto.

Samantha sorriu sem graça enquanto Dean se dirigia a escada.

– Até logo, Alice – ele disse. – E... Não caia no buraco do tatu. Virou de costas e subiu correndo.

Samantha revirou os olhos.

– TOCA DO COELHO, IDIOTA – gritou a plenos pulmões.

Rammona foi para seu quarto. Ela sabia que Sam gostaria de informações do que ela estava procurando. Pegou a mochila escondida e voltou para o quarto dos meninos. A garota deixou-a na mesa redonda e se jogou em uma das camas, sem cerimônia.

– Seu irmão é sempre... – ela parou para pensar.

– Cretino? – completou. – Sim.

– Eu ia dizer uma coisa pior, mas isso serve.

Sam riu.

– Então, antes que ele chegue, eu quero que saiba... – mas ela não pôde concluir.

A porta se abriu sonoramente. Rammona olhou de Sam para Dean, que entrava no quarto com duas sacolas de torta e cerveja.

– Falavam de mim? – ele perguntou.

– Do quão cretino você é – a garota respondeu.

Dean a encarou incrédulo. Sam se voltou para Rammona.

– Então, o que está procurando aqui? – ele inquiriu vendo que ela não podia concluir na frente do irmão o que pretendia.

– Procuro meu pai, na verdade – respondeu.

– O que aconteceu com ele? – Sam pareceu curioso.

– Duas semanas atrás, eu acordei e encontrei um bilhete.

Ela, sem mais explicações, se levantou e foi até a mochila. Abriu o zíper da frente, puxou um papel dobrado e entregou a Sam. Ele abriu e leu.

Roma,

Fui caçar alguns sanguessugas e volto em quatro dias. Cuide da sua mãe e leve o Bucky ao veterinário.

P.s.: Tem uma Smith & Wettson 500 na mesa da sala para você.

Jack.

– Eu segui o rastro dele até aqui.

Dean revirou os olhos.

– Tudo bem – ele disse decepcionado. – Por onde começamos a procurar pelo seu pai?

***


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem. Desculpem a demora para postar. Estávamos sem computador. (Comentem please!)
—Duda e Geh



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Death" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.