Death escrita por aboutanightmare


Capítulo 3
Rammona Carter


Notas iniciais do capítulo

Olá, nós estamos aqui com um novo capitulo. Esperamos que gostem!



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A estrada deserta só aumentava a adrenalina de pisar no acelerador. A música, que servia como distração, estava alta. Tocava os clássicos que os pais de Rammona a ensinaram a ouvir. E ela aprendera bem. Assim como aprendera com o pai a dirigir a caminhonete que a havia deixado de herança, mesmo vivo. Jack Carter forjara a própria morte tantas vezes que a filha dizia que ele ia direto para o inferno.

– Não que isso seja ruim. – ele dissera. – Todos os que eu matei estão lá e eu faria isso de novo quantas vezes fosse preciso.

Ela não se assustava mais.

Exceto há alguns dias, quando sua mãe enlouqueceu. Seus pais, que haviam se separado na adolescência da garota e não tinham uma relação amigável. Se é que existia uma relação maior do que os dois filhos que geraram juntos.

Rammona e Don foram morar com a mãe depois da separação. Anos depois, Don logo decidiu estudar medicina na faculdade.

Ela procurava pelo pai. Ele não ficava muito tempo em um lugar, então ele decidiu ir aonde ele poderia estar.

O dia havia sido escaldante. O que não era de bom grado depois de horas dentro daquele carro. A brisa fresca da noite fazia a garota que dirigia sentir a pele pálida pregar com o suor. A camisa preta estava grudada ao corpo.

As longas viagens e o cansaço já faziam parte da rotina. Nove horas antes, tinha lido nos jornais de Detroit, um trabalho que poderia interessar a seu pai e decidiu ir em direção à pequena cidade no interior do estado da Virgínia.

Faltando poucos quilômetros, ela já mal se agüentava acordada, a garota decidiu parar em um hotel de beira de estrada para um descanso merecido. Com o lugar quase vazio, com exceção de duas bicicletas, ela estacionou a caminhonete com facilidade. Pegou a mochila preta, aparentemente pesada no banco de trás e abriu o porta-luvas. Com cuidado, abriu uma pasta de plástico preta. Rammona escolheu a dedo uma das várias identidades falsas que estavam dentro da pasta, guardou-a de volta e foi fazer o check-in no hotel.

– Senhorita Jamie Austen. – disse o recepcionista assim que terminou o registro. – Aqui está a chave do seu quarto. – ela pegou sem agradecer e subiu as escadas.

No quarto, colocou a mochila na mesa redonda de madeira e repousou lá seu inseparável revólver de cabo rubro e calibre 38. Ela, exausta, tirou as botas coturno pretas e os jeans da mesma cor. Deitou-se e se forçou a dormir, sabendo que em menos de cinco horas, já deveria estar de pé para seguir viagem.

Sete horas depois, Rammona acordou estranhamente revigorada. Sem pensar muito, pegou o revólver e uma muda de roupa e foi para o banheiro no quarto. Minutos depois, já estava vestida e guardava seus pertences na mochila. Ela colocou uma adaga dentro do cano da bota direita e desceu. Ela pagou a diária em dinheiro e seguiu viagem.

O sol estava no ápice quando ela avistou a cidadezinha. Roma pegou o jornal que estava no banco do passageiro e leu enquanto dirigia. Mystic Falls? Mais que porcaria de nome, pensou. Isso é no mínimo suspeito.

Parou no primeiro hotel que viu. Ou no caso, o mais perto de um bar. Estacionou a caminhonete em frente ao hotel e desceu para se registrar. Ao pisar dentro da pousada, viu uma mulher de cabelos castanhos claros, que a seu ver parecia um pouco hipster, que quando ouviu o barulho, escondeu um copo do que parecia ser whisky. A mulher levou a mão à boca e se ajeitou na cadeira.

– Um quarto, por favor, pessoa que bebe no trabalho. – Roma disse sem gentileza.

A mulher se levantou e contornou o balcão. Ela usava um vestido de tecido esvoaçante e um coturno marrom, uma combinação nunca vista por ela, que ficava estranhamente elegante para a mulher.

– Para o seu conhecimento – ela pegou o copo de volta atrás do balcão e deu um imenso gole. -, esse lugar é meu. Então posso fazer o que eu quiser.

– Nossa! Que bom pra você. – Roma disse. – A chave, por favor?

A mulher deu um sorrisinho e ergueu as chaves pelo dedo.

– Não se importa de dividir o corredor com um casal homossexual que não se assume, não é? – ela disse tranquilamente.

– Não, mas agora sei o que pensar se ouvir barulhos à noite. – Roma disse pegando as chaves.

A mulher riu mais uma vez.

– Meu nome é Samantha – ela disse -, qualquer reclamação me avise.

– Rammona. – ela respondeu. – E não, muito obrigada. Não há nada que um foninho de ouvido não resolva. – dito isso ela começou a subir as escadas.

– Okay. – Samantha disse, e sorriu de lado. – Bem vinda a Mystic Falls, Roma.


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Notas finais do capítulo

Esperamos que tenham gostado, e por favor, comentem, favorite, critiquem. Sem opiniões não sabemos como continuar...
Até o próximo!
Duda e Geovanna



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