O contrato escrita por Puella


Capítulo 3
Capítulo 2 - As impressões de Sigyn


Notas iniciais do capítulo

Boa noite suas lindas e lindo.... se tiver algum....
agradeço pelos comentários do último capítulo, isso me anima, e então, temos mais um para hoje, pois não sei se vou postar no fim de semana.... então aproveitei a folguinha antes de voltar para o meu querido TCC...
E falando sobre o meu TCC, bem... um tema bem interessante: análise de livros ilustrados. Quem me conhece no face ou que me acompanha aqui no nyah sabe que eu desenho hehehehe, pois eh... vou deixar nas notas finais a minha página de desenhos para vcs curtirem...

#pigarro

Brincadeira.... vamos a leitura....



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“A primeira impressão é que fica. Será mesmo?”

ELE É bem alto... foi o que Sigyn pensou após alguns segundos de silêncio, que foram quebrados pelo gesto do mesmo para que ela o acompanhasse. Enquanto subia as escadas da enorme mansão, os guardas fazia sua continência tradicional a ele. E então a jovem se permitiu fitar as três crianças, arrumadas num uniforme padrão em tons cinzentos.

O menino mais alto que pensou ela obviamente, ser o mais velho, era muito parecido com o pai tinham os mesmos olhos azuis e o formato de rosto anguloso. Porem este tinha um ar mais infantil, a principal diferença entre os dois era que o menino possuía cabelos claros, mais precisamente, um loiro escuro, enquanto que o de Loki eram negros. Ao lado dele, um garoto mais baixo, tinha olhos castanhos, o rosto continha uma expressão mais séria e lábios finos e retos, era menos parecido com o pai em relação ao outro irmão. Tinha cabelos escuros como o do pai. E por fim, a menina, Sigyn a achou encantadora à primeira vista. Os cabelos castanhos caiam graciosamente até a cintura da garota, os olhos eram cinzentos, o nariz pequeno e redondo e a boca pequena e canurdinha. Era uma gracinha.

– Estes são os meus filhos – a voz de Loki a fez finalmente encara-lo – Fenrir, Jomungadr e Hella.

Que nomes diferentes a jovem pensou.

– É um prazer conhece-la Srta. Lindgren - os três responderam ao mesmo tempo, numa voz automática, sem um pingo de emoção.

– É... o prazer é todo meu – eu acho pensou mais para si.

– A partir de agora ela será a preceptora de vocês – Loki pontuou – procurem trata-la com o devido respeito. Fui claro?

Sim papai – os três responderam.

Sigyn notou que a mais nova dos três olhava com certa curiosidade para Snorri. E não demorou muito para que Hella perguntasse.

– O que é isso que você está segurando? – ela apontou para o bichinho escuro com várias marcas de costura remendada.

Sigyn sorriu encabulada e ergueu o pequeno coelho de pelúcia.

– Ah – ela pegou o coelho com as duas mãos e se abaixou um pouco na direção da menina – este é o Snorri, meu velho amigo, tenho ele desde sempre...

Fenny, que era o mais esperto e observador dos três pensou que aquela garota era realmente um tanto estranha, mas não era só isso, ela parecia ser legal, mas era muito cedo para ter certeza. Já Jo pensava nas mil e uma formas de se divertir as custas da novata.

– Não sabia que existiam adultos que ainda brincavam de pelúcia – Jomungadr respondeu com certo divertimento.

Automaticamente Sigyn ligou seu sinal amarelo para ele.

– E quem disse que são só crianças que gostam de bichinhos de pelúcia? – ela respondeu ainda com um sorriso no rosto.

– Porque ele tem tantos remendos? Não acha ele feio? – perguntou Hella sem pudor algum.

Os dois rapazes ficaram um pouco ressabiados, ainda não era a hora de bem... porém não eram essas as intensões de Hella, o fato é que aquele bichinho velho com olhos de botão a intrigava, ele era feio e de longe se comparava com as lindas bonecas de porcelana de seu quarto. Já Loki apenas observa a interação dos quatro, com certo interesse e curiosidade.

– Ele é velhinho – Sigyn respondeu olhando o coelhinho com certo carinho – e já rasgou algumas vezes. Eu nunca larguei ele porque ele me faz lembrar a minha mãe, sabe? Ela morreu quando eu era pequena. Ela quem me deu esse coelhinho...

– Nossa mãe também morreu – respondeu Fenny – há alguns anos. Jo e Hel eram bem pequenos.

– É bom saber que estão se interagindo – disse Loki chamando a atenção dos quatro e então fitou Sigyn – meus empregados irão lhe orientar acerca dos cômodos da casa e do seu quarto.

– Sim, Sir Loki – ela respondeu dando uma continência.

As crianças tiveram que conter um riso abafado.

Loki achou aquilo estranho, mas como tinha afazeres se retirou para o escritório.

*

Apresentações a parte, Sigyn finalmente foi designada ao seu quarto, que para sua surpresa não ficava na ala dos empregados mas sim na ala do... patrão! Os aposentos da então nova tutora ficava próximo ao das crianças. Havia uma justificativa para tal: a casa era enorme e tinha muitos quartos. Seria muito ruim se ela se perdesse por ali, pois se realmente seu quarto ficasse na ala dos empregados, certamente o faria.

O quarto era confortável, mas tinha um ar melancólico, os moveis eram num tom tabaco, e cama era grande e com travesseiros fofos. Um grande closet e uma suíte com uma banheira branca. A janela do quarto oferecia uma bela vista da paisagem acinzentada. Perto da janela havia uma escrivania e um cabide para pendurar coisas. Em toda a sua vida, a garota nunca havia ficado num quarto assim. Sigyn começou a cogitar que a viajem de navio não havia sido tão ruim assim. A jovem só pensava que aquele lugar poderia parecer um pouco mais alegre... ficou satisfeita de ter tido uma primeira conversa com as crianças, mas seu instinto dizia para tomar cuida com o filho do meio, ele tinha tudo para ser um moleque arteiro.

Como seus afazeres começariam no dia seguinte a jovem aproveitou para tomar um bom banho e descansar.

*

Sigyn abriu os olhos e fitou o relógio que ficava no criado mudo. Eram quase duas da madrugada. A garota ficou surpresa em perceber que tinha dormido tanto, notou também que estava faminta. Levantou e vestiu o roupão do pijama e caminhou para fora do quarto e percebeu que o corredor estava pouco iluminado.

Sigyn caminhou pelo corredor até chegar no corredor da escada que dava para uma área espaçosa, ornamentada com um belo lustre de cristal bem acima, do lado esquerdo, a sala de estar, do direito, pelo que lembrava a biblioteca e sala de estudos. Na sala de estar ela percebeu que a lareira estava acessa, e provavelmente havia alguém ali. A garota não deu muita corda e tentou caminhar para a cozinha, porém no meio da andança acabou se perdendo, e então resolveu voltar.

Mas também não deu muito certo.

– O céus, o que faço agora?

– Quem está aí?

Uma voz masculina a fez ficar ereta. A garota sequer virou o corpo.

– Ei, eu falei com você.

A garota se virou lentamente e encontrou a poucos centímetros de si o dono da voz grave. O seu patrão. Loki estava bem à vontade, sem as roupas de antes, agora apenas vestia uma camisa social branca com os três primeiros botões abertos, coberta por um roupão listrado em bordô e azul escuro. A roupa o deixava ainda mais branco. Agora sem os óculos era possível ver seus olhos, frios como gelo. Ele tinha um ar sério e as mãos no bolso do roupão e o cabelo levemente embaraçado, ah e a aquela barba aparada. Ele teve que inclinar um pouco a cabeça, já que a garota media na altura abaixo de seu pescoço.

– Ah – a jovem ia falar mais a boca ficou aberta no meio do processo – ah...

– Espero que o gato não tenha comido vossa língua, Srta. Lindgren?

– Não, não! Ela ainda está inteira na minha boca – Sigyn retrucou logo se arrependendo em seguida.

Oh, céus, sua idiota ela se penalizou mentalmente.

– Estou a ver – ele emendou – o que faz acordada a uma hora dessas?

– Digo o mesmo... eh quero dizer... hã... eu queria achar a cozinha – ela respondeu atrapalhada – tipo, estou com muita fome sabe?

– Fica duas portas à direita neste corredor – ele lhe indicou com a mão.

– Ah... obrigada Sir – ela bateu continência de maneira engraçada e com passos ligeiros caminhou até o final do corredor – ah... boa noite!

Loki deu um suspiro.

Que garota mais estranha....


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Notas finais do capítulo

Algumas notas sobre a história:

Ymir - na mitologia nórdica foi o primeiro gigante que surgiu, ele foi morto por Odin e seus irmãos, do seu corpo surgiram outros mundos e alguns seres (elfos e anões) bem... mais detalhes no conto da criação.... aqui eu o coloquei como capital de Jotunheim, nada mais que justo hein?
O sobrenome de Sigyn, Lindgren foi tirado de uma escritora sueca, Astrid Lindgren a autora dos livros infantis da série Pippi Meia longa... sueca... nórdico, sacou?
Fenris é a versão jovem do Loki no filme do Thor.
Se alguém tiver alguma dúvida quanto a descrição das crianças, tem a foto delas na capa de fic ;)
Minha página no face: https://www.facebook.com/rafhadesenhista?ref=bookmarks
curtam lá ;)

Bjse até o próximo suas lindas e lindo (se tiver)!