O Teorema Hudson. escrita por Ritsu Maru


Capítulo 3
Três.


Notas iniciais do capítulo

Ei, engando a inspiração para E-mail e Lion and The Loser não vem deixo mais um capitulo :)
@MaryMusic7



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— Uma viagem de carro — Rachel disse.

Aos pés dela havia uma bolsa de viagem abarrotada e uma mochila, tão cheia que parecia que ia explodir a qualquer instante, contendo apenas livros. Ela e Puck estavam sentados em um sofá de couro preto. Os pais de Rachel sentavam em um sofá idêntico, de frente para os dois.

Hiram balançava a cabeça ritmadamente, como um metrônomo, com ar de reprovação.

— Para onde? — ele perguntou. — E por quê?

— Sem querer ofender, Sr. Berry — Puck falou, colocando os pés em cima da mesa de centro (o que não se deve fazer) —, mas o senhor está meio que não entendendo o espírito da coisa. Não existe um onde nem um por quê.

— Pense em tudo o que você poderia fazer nesse verão, Rachel. Você poderia aprender sânscrito — disse Leroy. — Sei como vem querendo aprender sânscrito. Vai ficar mesmo feliz viajando de carro por aí sem destino certo? Isso não combina com você. Francamente, dá a impressão de que está desistindo.

— Desistindo de quê, pai?

O homem fez uma pausa. Sempre fazia isso depois de uma pergunta e, quando então falava, as frases saíam inteiras sem “hum”, nem “tipo”, nem “né” — como se ele tivesse decorado a resposta.

— É doloroso para mim dizer isso, Rachel, mas se você quer continuar a evoluir intelectualmente precisa se esforçar agora mais do que nunca. Do contrário, corre o risco de desperdiçar todo o seu potencial.

— Tecnicamente — Rachel retrucou —, acho que já posso ter desperdiçado.

• • •

Talvez fosse porque Rachel nunca tinha causado nenhum desgosto na vida dos pais: ela não bebia, não usava drogas, não fumava, não chegava em casa de madrugada, não tirava notas baixas, não colocou piercing na língua, não tatuou as palavras HUDSON LUVA 4 LIFE de um lado a outro nas costas. Ou talvez porque se sentissem culpados, como se de alguma forma tivessem falhado com a garota, feito ela chegar àquele ponto. Ou talvez porque simplesmente quisessem passar algumas semanas sozinhos, para reacender o romance. Mas, cinco minutos depois de reconhecer que seu potencial fora desperdiçado, Rachel Berry estava ao volante de seu Oldsmobile cinza estilo “banheira” conhecido como Rabecão de Satã.

Dentro do carro, Puck disse:

— Tá, agora tudo o que precisamos fazer é ir até a minha casa, pegar algumas roupas e, por um milagre do destino, convencer meus pais a me deixarem cair na estrada.

— Você podia dizer que arrumou um emprego temporário esse verão. Tipo, num acampamento ou coisa assim — Rachel sugeriu.

— Tá, só que não vou mentir para a minha mãe, porque... que tipo de canalha mente para a própria mãe?

— Humm.

— Mas, é... outra pessoa poderia mentir para ela. Eu poderia conviver com isso.

— O.k. — disse Rachel.

Cinco minutos depois eles estacionaram em fila dupla numa rua do bairro de Ravenswood, em Chicago, e saltaram do carro ao mesmo tempo. Puck entrou na casa como um furacão, Rachel logo atrás. Na sala de estar lindamente mobiliada, a mãe de Puck estava recostada em uma poltrona, dormindo.

— Ei, mama — disse Puck. — Acorde.

Ela despertou de supetão, sorriu e cumprimentou os dois em árabe. Rachel respondeu também em árabe, dizendo:

— Meu namorado terminou comigo e eu estou muito deprimida, por isso Noah e eu vamos partir numa, numa... é... viagem que se faz de carro. Não sei qual é a palavra em árabe para isso.

A Sra. Harbish balançou a cabeça e franziu os lábios.

— Eu não lhe digo para não se meter com garotos? — começou ela, com um forte sotaque. — Noah bom menino, não faz isso de “namorar”. E veja como é feliz. Você deveria aprender com Noah.

— É isso o que ele vai me ensinar na viagem — disse Rachel, embora nada pudesse estar mais longe da verdade.

Puck voltou rapidamente para a sala carregando uma bolsa de viagem com o zíper fechado até a metade, as roupas transbordando.

Ohiboke, mama — disse ele, inclianando-se para beijá-la no rosto.

De repente, um Sr.Puckerman de pijama adentrou a sala de estar e disse em inglês:

— Vocês não vão a lugar nenhum.

— Ah, pai. Nós precisamos ir. Dê uma olhada nela. A garota está na pior. — Rachel levantou o olhar para o Sr. Puckerman e tentou parecer o pior possível. — A Rachel vai de qualquer jeito, mas, comigo, pelo menos vai ter alguém que tome conta dela, ela é uma frágil garota.

— Rachel é boa menina — a Sra. Puckerman disse para o marido.

— Vou ligar para vocês todos os dias — Puck acrescentou. — Nós nem vamos ficar longe muito tempo. É só até ele melhorar.

Rachel teve uma ideia, totalmente de improviso.

— Vou arrumar um emprego para o Puck — disse para o Sr. Puckerman. — Acho que nós dois precisamos aprender quanto vale o suor do trabalho.

O Sr. Puckerman grunhiu, concordando, e então virou-se para Puck.

— Para começo de conversa, você precisa aprender quanto vale não assistir àquele programa de televisão horrível, da juíza Judy. Se me ligar daqui a uma semana e tiver arrumado emprego, por mim, pode ficar onde quiser e por quanto tempo quiser.

Puck pareceu não se dar conta dos insultos, e murmurou baixinho:

— Obrigado, pai.

Ele deu dois beijinhos nas bochechas da mãe e saiu apressado pela porta.

— Que babaca! — Puck disse quando já estavam a salvo dentro do Rabecão. — Uma coisa é me acusar de preguiçoso. Mas difamar o bom nome da melhor juíza da TV norte-americana, isso é golpe baixo.

• • •

Puck pegou no sono por volta de uma da madrugada e Rachel, um tanto embriagado pelo café servido com uma quantidade generosa de leite no posto de gasolina e pela revigorante

solidão de uma autoestrada no meio da noite, seguiu para o sul pela I-65, que cruzava

Indianápolis. A noite estava quente para início de junho e, como o ar-condicionado do Rabecão de Satã ainda não havia funcionado naquele milênio, as janelas estavam um pouco abertas. E a vantagem de estar ao volante era que o ato de dirigir desviava sua atenção o suficiente — carro parado no acostamento, talvez a polícia,reduzir para a velocidade permitida, hora de ultrapassar essa carreta, ligar a seta, olhar pelo retrovisor, esticar o pescoço e tentar enxergar o ponto cego e, agora sim, tá, faixa da esquerda — para distraí-la do buraco que se abrira em sua barriga.

Na tentativa de manter a mente ocupada, ela pensou em outros buracos em outras

barrigas. E se lembrou do arquiduque Francisco Ferdinando, assassinado em 1914. Ao olhar para o furo sanguinolento em seu estômago, o arquiduque dissera: “Não é nada.” Mas estava errado. Não há dúvida de que o arquiduque Francisco Ferdinando foi importante, embora não fosse nem prodígio, nem gênio: seu assassinato deflagrou a Primeira Guerra Mundial — sua morte resultou em 8.528.831 outras.

Rachel sentia falta do Finn Hudson. A saudade o mantinha mais desperto que o café, e quando

Puck pedira para assumir o volante, uma hora antes, Rachel dissera não, porque a direção ajudava a manter sua sanidade — não ultrapasse os 110 km/h; cara, como meu coração está disparado; odeio o gosto, mas café me deixa tão ligado; tá, e mantenha distância do caminhão; então tá; pista da direita; e agora só o que se vê é o meu farol na escuridão. Isso evitava que a solidão causada por aquele sentimento de devastação fosse completamente devastadora. Dirigir era um tipo de raciocínio em movimento, o único tipo que Rachel conseguia tolerar naquele momento. Mas, mesmo assim, o pensamento continuava à espreita em algum lugar, além do alcance dos faróis: ele havia terminado o namoro com ela. Um garoto chamada Hudson. Pela décima nona vez.

Quando se trata de namoro (e, no caso de Rachel, quase sempre se tratava), todo mundo tem seu tipo. O de Rachel Berry não é físico, mas linguístico: ele gosta do nome Hudson. E não de Hud, nem Hudsson, nem Hudso, nem Hudy, nem Hudssom,nem — Deus o livre — Hudsom. H-U-D-S-O-N. Já teve dezenove namorados. Todas com o substantivo próprio Hudson. E todas eles — cada um, individualmente falando — terminaram com ela.

Rachel estava convencida de que o mundo continha exatamente dois tipos de pessoas: os Terminantes e os Terminados. Muita gente poderá argumentar que se enquadra em ambos, mas quem diz isso não entende direito o “x” da questão: você é predisposto a um destino

ou ao outro. Pode ser que um Terminante nem sempre parta o coração de alguém e um

Terminado nem sempre tenha o coração partido. Mas todo mundo segue uma tendência. Talvez, àquela altura, Racheljá devesse ter se acostumado a isso, à ascensão e declínio dos relacionamentos. Namoros, no fim das contas, acabam de um só jeito: mal. Se você pensar bem, e Rachel sempre fazia isso, todo relacionamento amoroso termina ou em (1) rompimento, (2) divórcio ou (3) morte. Mas com (Finn) Hudson XIX foi diferente — ou pareceu ser diferente, na verdade. Ele a amou, e ela também, intensamente. E ainda o amava — ela se pegou brincando com as palavras em sua cabeça enquanto dirigia: Eu te amo, Finn Hudson. O nome parecia diferente quando dito para ele; deixara de ser o nome pelo qual Rachel fora, por tanto tempo, obcecado e passara a ser uma palavra que descrevia exclusivamente ele, uma palavra com aroma de lilases, que capturava castalho de seus olhos.

Enquanto o vento soprava pelas janelas entreabertas, Rachel pensava nos Terminantes, nos Terminados e no arquiduque. No banco de trás, Puck roncava e fungava como se sonhasse que era um pastor alemão. Rachel sentia a queimação incessante na barriga, e pensava: Isso é tudo tão INFANTIL... PATÉTICO. VOCÊ É UMA VERGONHA. PARE COM ISSO PARE COM ISSO PARE COM ISSO. Mas ela não sabia bem ao certo o que era “isso”.

Hudson I: O Começo (do Começo)

Os pais de Rachel sempre acharam que ela fosse simplesmente normal, até uma certa manhã de junho. Uma Rachel de 2 anos e 1 mês estava sentado em uma cadeira alta tomando um café da manhã de origem vegetal indeterminada enquanto o pai Leroy lia o jornal Chicago Tribune do outro lado da pequena mesa na cozinha. Rachel era magrinha para a idade, mas baixa, com cachinhos castanhos que brotavam da cabeça com uma imprevisibilidade einsteiniana.

— Três motos em West Side — Rachel disse depois de engolir uma colherada. — Não quer mais verdinho — ela acrescentou, referindo-se à comida.

— Que foi que cê disse, estrelinha?

— Três motos em West Side. Eu quero batata frita por favor obrigado.

O pai de Rachel virou o jornal e olhou para o título enorme da matéria logo acima da dobra na primeira página. A cena é a lembrança mais antiga de Rachel: o pai baixando o

jornal devagarinho e sorrindo para ela. Os olhos do homem estavam arregalados desurpresa e satisfação, e ele não conseguia desfazer o largo sorriso.

— HIRAM! A GAROTA ESTÁ LENDO O JORNAL! — ele gritou.

Os pais de Rachel eram do tipo que gostava muito mesmo de ler. Hiram ensinava francês na prestigiosa e cara Escola Kalman, no centro da cidade, e Leory era professor de sociologia na Universidade Northwestern, na zona norte da cidade. Então, depois dos três mortos em West Side, os pais de Rachel começaram a ler com ele, em qualquer lugar e a todo momento — principalmente em inglês, mas também livros ilustrados com texto em francês.

Quatro meses depois os pais o levaram a uma creche maternal para crianças superdotadas. O lugar disse que Rachel estava muito adiantada para eles e que, mesmo assim, não aceitavam crianças que ainda não tivessem largado as fraldas. E encaminharam Rachel para uma psicóloga na Universidade de Chicago.

E, assim, a prodígio periodicamente incontinente acabou num consultório pequeno e sem janelas no bairro South Side, conversando com uma mulher de óculos de armação grossa, ruiva, que pediu a ela que encontrasse padrões num conjunto de letras e números. E pediu que ela virasse polígonos ao contrário. Perguntou qual imagem não combinava com as outras. Fez uma série interminável de perguntas maravilhosas e isso fez Rachel adorá-la. Até aquele momento, a maioria das perguntas que lhe eram feitas girava em torno do fato de ela ter ou não mijado nas calças, ou de poder, por favor, comer só mais uma colherada dos verdinhos detestáveis.

Depois de uma hora de perguntas, a mulher disse:

— Quero agradecer a você por sua paciência extraordinária, Rachel. Você é uma pessoa muito especial.

Você é uma pessoa muito especial. Rachel ouvia muito aquela frase e, ainda assim, de alguma forma, não se cansava dela.

A mulher de óculos de armação grossa chamou Hiram no consultório. Enquanto dizia ao Sr. Berry que Rachel era um gênio, uma menina muito especial, ela brincava com blocos de madeira com as letras do alfabeto. Acabou com uma farpa no dedo enquanto

rearrumava v-a-s-o em s-o-v-a — o primeiro anagrama que se lembra de ter feito.

Emma disse ao Sr. Berry que os talentos inatos de Rachel deveriam ser encorajados, mas sem pressão, e advertiu-o:

— Você não deve alimentar expectativas exageradas. Crianças como Rachel processam

informações muito rapidamente. Elas demonstram uma capacidade admirável de se concentrar em suas tarefas. Mas as chances dele de ganhar um Prêmio Nobel não são maiores do que as de qualquer outra criança razoavelmente inteligente.

•••

Naquela noite Leoryi levou para casa, de presente, um livro novo para ele: O pedaço perdido, de

Shel Silverstein. Rachel se sentou no sofá ao lado do pai e suas mãos pequenas folhearam as páginas enormes enquanto ele lia o livro rapidamente, parando apenas para perguntar se “tô” era o mesmo que “estou”. Rachel fechou o livro com veemência ao terminar a leitura.

— Você gostou? — Leroy perguntou.

— Gostei — Rachel respondeu.

Ela gostava de todos os livros, porque adorava o simples ato de ler, a magia de transformar os rabiscos de uma página em palavras dentro da cabeça.

— De que fala o livro? — o homem perguntou.

Rachel colocou o exemplar no colo de Leroy e respondeu:

— O círculo perdeu um de seus pedaços. O pedaço perdido tem o formato de uma pizza.

— De uma pizza ou de uma fatia de pizza? — Sorrindo, Leory colocou as mãos em cima da

cabeça de Rachel.

— É, papai. Uma fatia. Aí o círculo sai procurando o seu pedaço. Ele acha um monte de pedaços errados. Aí encontra o pedaço certo. Mas ele acaba deixando o pedaço para trás. Eaí termina.

— Às vezes você se sente como um círculo que perdeu um de seus pedaços? — Leory perguntou.

— Pai, eu não sou um círculo. Sou uma garota.

E o sorriso do pai amarelou um pouco — o prodígio conseguia ler, mas não conseguia enxergar. Se pelo menos Rachel tivesse percebido que um pedaço seu estava faltando, que sua incapacidade de se ver na história de um círculo era um problema insolúvel, poderia ter se dado conta de que o resto do mundo iria alcançá-la conforme o tempo fosse passando.

Pegando emprestada outra história que ela havia guardado na memória mas que não tinha

entendido direito: se pelo menos tivesse sabido que a história da tartaruga e da lebre é sobre algo mais que uma tartaruga e uma lebre, poderia ter se poupado de um volume considerável de problemas.

Três anos mais tarde, ela foi matriculado no primeiro ano da Escola Kalman — como bolsista integral, porque Hiram dava aula lá —, só um ano mais novo que a maioria de seus colegas de turma. Leory a estimulou a estudar mais e com mais afinco, mas ela não era o tipo de prodígio que entra para a faculdade com 11 anos. Os pais achavam que deviam mantê-lo em uma linha educacional mais ou menos normal, para efeito do que se referiam como “bem-estar sociológico” dela.

Mas o estar sociológico dela nunca ia tão bem assim. Rachel não era muito bom em fazer amigos. Ela e os colegas de turma simplesmente não gostavam das mesmas coisas. Seu passatempo preferido durante o recreio, por exemplo, era se fingir de robô. Ia andando até chegar perto de Dave Karofsky, marchando com as pernas duras e esticadas, balançando os braços enrijecidos. Com uma voz monótona, Rachel dizia:

— EU SOU UM ROBÔ. CONSIGO RESPONDER QUALQUER PERGUNTA. VOCÊ QUER SABER QUEM FOI O DÉCIMO QUARTO PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS?

— Tá — dizia Karofsky. — Minha pergunta é: por que você é tão retardada, Raquel Man-Hands? — Embora o nome de Rachel terminasse em “chel”, a brincadeira preferida de Dave Karofsky no primeiro ano era chamá-la de “Raquel”, “Raquel Man-Hands”, até Rachel chorar, o que geralmente não demorava muito a acontecer, porque Rachel era o que Hiram classificava como “sensível”. Pelo amor de Deus, ela só queria brincar de robô. O que havia de tão errado nisso?

No segundo ano, Dave Karofsky e sua “gangue” amadureceram um pouco. Percebendo, por fim, que as palavras não machucam, mas paus, pedras e , até mesmo, slushie, podem com certeza quebrar alguns ossos, eles inventaram o Abdominável Homem das Neves.

Ordenavam que Rachel deitasse no chão (e por algum motivo ela obedecia), e então quatro caras pegavam cada um de seus membros e puxavam. Parecia a prática medieval de evisceração e desmembramento, mas com garotos de 7 anos puxando não era fatal, só constrangedora e ridícula. Aquilo o fazia se sentir como se ninguém gostasse dela, o que, honestamente, era a mais pura verdade. Seu único consolo era que, um dia, ele seria importante. Seria famosa. E nenhum daqueles caras jamais seria. Era por isso, dizia Hiram, que o ridicularizavam. “Eles estão é com inveja”, ele dizia. Mas Rachel sabia que não era isso. Não estavam com inveja. Ela simplesmente não era “gostável”. Às vezes é simples assim.

Por isso, tanto Rachel quanto os pais ficaram satisfeitos e aliviados quando, logo depois do início das aulas do terceiro ano, Rachel Berry comprovou seu bem-estar sociológico ao conquistar (por um curto período) o coração de um garoto de 8 anos mais lindo de toda Ohio.


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