Apenas sonhe ~ sendo reescrita~ escrita por Sol


Capítulo 16
Capitulo 16


Notas iniciais do capítulo

Heeeyyy sorry era para esse cap sair antes, mas tive alguns problemas com o notebook
mas ta ai o cap eheh aproveitem, Sorry tbm qualquer erro n deu pra revisar ainda.



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Lucas encarava os novos visitantes com curiosidade e receio, por algum motivo um rapaz moreno estava grudado no pescoço de Set e resmungava sem parar.

— Olá pessoa que eu não conheço. – Uma jovem também morena encarou Harry e Lucas com um sorriso, Cris surgiu logo atrás, animado como sempre.

— Julia esses são Harry e Lucas, nossos amigos e Harry essa é Julia, aquele grudado no Set é o Juan e o homem perto da porta é o meu sogro. – O loiro esclareceu sorrindo, enquanto a morena cumprimentava Harry e encarava Lucas, que se escondeu na hora.

Julia se sentou ao lado de Harry, sorrindo docemente para o pequeno Lucas, que se escondia atrás do pai, com o rostinho corado de tanta vergonha que sentia, o pequenino sempre teve vergonha de pessoas que não conhecia, mas depois que pegava intimidade se soltava fácil.

— Oi, você é o Lucas? É muito lindinho sabia? Não precisa ter vergonha só quero ser sua amiga. Sou a Julia.

Lucas a encarou bem, podia confiar na moça? Ela lhe parecia gentil, e era amiga de Cris, então ele saiu de trás do pai, ainda vermelhinho que nem um mini tomate.

— V... Você também é bonita. - O pequeno escondeu o rosto com o braço, tentando não rir, o que pareceu encantar Julia.

— Ai deus que coisa mais meiga! Me da um abraço? – Ela pediu animada e Luca pôde ouvir a risada de Cris.

Ainda encabulado, o menino desceu do sofá e caminhou ate ela esticando os bracinhos, Julia o puxou e o sentou em seu colo, dando-lhe um abraço carinhoso, quentinho e aconchegante, o pequeno sorriu e fechou os olhinhos, se perguntando como seria o abraço de sua mãe, fazia tanto tempo que ele nem se lembrava. Sem perceber acabou deixando uma pequena lagrima rolar, mas não quis enxuga-la.

— Lucas o que houve? - Julia parecia preocupada, assim como Cris e Harry, mas o pequeno apenas sorriu.

— Não é nada, só... Me abraça de novo?

— Claro coisa fofa. – Julia sorriu novamente e apertou Lucas até o menino começar a rir, a morena se voltou a Harry, que pegou o filho e sentou em seu colo. —Tem sorte de ter um menino tão encantador e fofo assim, é muita sorte mesmo. – Ela apertou a bochecha do pequeno, que sorriu um pouco sem jeito.

— Julia, dá um jeito aqui! – Set reclamou de onde estava, o ruivo tentava se desgrudar de Juan de todo modo, enquanto o moreno apenas ria, o que confundiu a cabeça do pequenino, adultos não deveriam ser sérios? Julia riu e correu até os dois, se jogando nos mesmos e grudando neles. — Ai e essa agora. – Set resmungou, mas não parecia tão incomodado assim, na verdade parecia estar gostando. — O que faço com vocês? É mais fácil lidar com crianças do que com vocês. Cris vai deixar eles me assediarem assim?

O loiro apenas virou a cara e sorriu.

— Você que dá confiança Set. – O sogro de Cris, que Lucas supôs ser, obviamente, o pai de Set, retrucou, puxando os dois de perto do filho. — Agora vamos Julia, você já fez bagunça de mais.

— Não tio. – A jovem reclamou, fazendo um bico. — Por que o Juan pode e eu não?

— Porque ele é um inútil e tem tempo a perder. De qualquer forma na volta eu falo direito com todos vocês. Vem Julia. – O homem saiu puxando a moça, que ria e acenava para todos em despedida.

Quando ela saiu Set suspirou, bagunçando o cabelo de Juan e sorrindo docemente para o moreno, Cris andou até eles e abraçou o noivo, ainda sorrindo.

Lucas observava tudo com encanto, voltar da escola acompanhado, poder ter companhia para almoçar, assistir filmes juntos, receber visitas que te fazem sorrir, então isso era ter uma família?

~ ~ # ~ ~

— Tem certeza disso Harry? – Cris perguntava pela milésima vez, enquanto apertava o pequeno em um abraço. Ele estava na porta da casa, encarando o outro que cismava em ir embora.

— Sim. – O moreno sorriu. — Tentem me entender, está difícil, mas tem que eu quero ver e... – Ele abaixou a cabeça. — Vou tentar me manter, eu juro.

— Eu vou também? – Lucas questionou, e recebeu do pai um beijinho na bochecha.

— Não meu pequeno, vou deixar você aqui hoje. Amanhã eu... Venho te buscar.

— Tá bom pai. – O menino respondeu, sentindo um profundo desanimo, para o pai não querer ele por perto só há um motivo. — Vai beber papai?

A pergunta pegou Harry e Cris de surpresa, o moreno abaixou a cabeça e Cris abraçou Lucas mais forte. — Vou tentar não beber ok? – Harry sorriu de modo forçado.

— Olha Lucas acho que o meu irmãozinho terminou de fazer o dever, por que não vai brincar com ele? – Cris propôs, Lucas sabia que estava sendo enrolado, mas decidiu não discutir, abraçou o pai e começou a se distanciar, bem lentamente, e assim pode ouvir quando o moreno começou a chorar, disfarçadamente olhou para trás, Cris abraçava Harry, que chorava e dizia algo que o pequeno não entendeu, Lucas voltou a andar. Doeu ver o pai chorar? Sim, profundamente, essa não foi a primeira vez em que o homem chorava e Lucas via secretamente, o problema maior do que esse era que sempre acabava do mesmo jeito, com Harry bêbado, chorando mais ainda e dormindo de cansaço.

Mesmo que amasse o pai, Lucas não podia evitar um pequeno ressentimento, se o pai bebesse outra vez, esse ressentimento apenas ia crescer, e o menino ia cada vez mais sofrer, até que um dia o pequeno não irá mais querer ver o pai, será que esse dia estava tão longe assim? Lucas se perguntava até onde teria que suportar aquela maldita bebida interferindo em sua vida com o pai, até quando seu amor teria que ser sufocado pelo medo de perder?

— Lucas? Está tudo bem? – Henrique o questionou, o pequeno forçou um sorriso, e assentiu, se sentando ao lado do loirinho sorridente.

— Então Henrique do que vamos brincar?

~ ~ # ~ ~

— Olha Rick uma formiga, tá carregando alguma coisa. – Lucas apontou para o chão, chamando o novo amigo/irmão pelo apelido que fora autorizado pelo mesmo a usar, Henrique sorriu e bagunçou o cabelo do menor.

— Ela tá indo para o formigueiro, tá levando comida, é o trabalho dela. – O loirinho comentou, olhando para a rua a sua frente, os dois meninos estavam sentados na porta da casa, já que os “adultos” conversavam na sala e os dois se sentiram de fora dos assuntos.

Lucas ainda estava agarrado ao ursinho de pelúcia, e observava a trajetória da formiga, ela era pequena e d, não estava caminhando sozinha, mas tentava se virar por si só, desviava dos obstáculos com um pouco de dificuldade, uma verdadeira desajeitada, mas quando cambaleava e ameaçava cair, dava um jeito de voltar a andar como se nada tivesse acontecido, ninguém ao menos percebia.

— Acho que sou uma formiga. O mundo é tão grande e eu sou tão pequeno. – O moreninho resmungou para si mesmo, mudando a direção do olhar para o céu. — Ei Rick, o formigueiro é tipo escola?

— Escola não é trabalho Lucas.

— Não? Ué, mas parece. - Rick apenas riu da comparação do menino, que emburrou a cara, fitando uma mini montanha de areia em frente a casa da vizinha. — Por que tem um monte de areia ali?

— Não sei, deve ser do vizinho. Deve ser para fazer alguma obra ou coisa do tipo. Quer suco? Vou buscar.

— Pode ser Rick.

— Ok! Mas não sai daqui tá?

— Tá. – Lucas sorriu para o loirinho, que saiu saltitando até a cozinha. O pequeno ficou encarando a areia, o que tinha de legal nela? Nada! E isso estava começando a irritar Lucas, que decidiu se aproximar para ver se tinha alguma utilidade, não é como se o menino nunca tivesse visto areia na vida, mas era um monte junto e isso o incomodava.

— Ora o ratinho saiu da toca? – Lucas se assustou ao ouvir alguém falar atrás de si, com muita coragem se virou para ver de quem se tratava, era um rapaz alto de olhos azuis, ele sorriu para o pequeno e retirou o celular do bolso. — Que bom, não vou ter que inventar desculpas para entrar na casa e te separar de todo mundo. Olhe para cá pestinha. – O rapaz puxou Lucas pelo braço e o empurrou para que caísse no monte de areia.

— Ai. – O pequeno resmungou confuso e um pouco assustado, encarou o rapaz que o mirava com o celular. — Quem é você?

— Não interessa. Preciso que me diga algo se não quiser apanhar. – Ele ameaçou, e Lucas sentiu as lágrimas apontarem. — Seu nome.

— Lu... Lucas.

— Seu pai fica bêbado e te deixa dormir na rua?

— Ah... – O pequeno estava assustado de mais para falar, o estranho de lhe um peteleco forte na testa. — Aiii. Você é mal.

— Responde logo. Seu pai te deixa dormir na rua?

— Si... Sim. – Lucas estava cada vez mais confuso, como o estranho sabia de seu pai?

— Agora fala que o Set foi mal com você. Anda. – Lucas arregalou os olhos, negando com o a cabeça. — Fala logo, inventa que ele te bateu ou coisa assim anda.

— Não. – O menino já estava começando a chorar de vez.

— Nada de chorar, é só dizer o que eu mandei, vai, fala só um sim menino. Merda vou ter que editar o vídeo depois. – Lucas permaneceu em silencio, de cabeça baixa. Mas o estranho já tinha a ideia perfeita. — Tá com medo?

— Sim. – O pequeno quase berrou, e o estranho começou a rir.

— Pronto consegui um sim, vocês crianças são muitos bestas mesmo viu.

— Alex? – O estranho parou de rir ao ouvir a voz de Henrique, que o encarava com um misto de espanto e raiva. — O que faz aqui?

— Não te interessa Henrique, some daqui. – O tal Alex guardou o celular no bolso, ainda encarando o loirinho. — Se contar a alguém que me viu aqui eu-

— Você o que? – Juan apareceu na porta, segurando os dois copos, provavelmente havia se oferecido para ajudar o menor. — Vai fazer o que Alex, seu falso descarado? É covarde a esse ponto? – O moreno entregou os copos a Henrique, que tentava acalmar Lucas.

— É só oque me faltava, pensei ter te dado um fora hoje cedo, seu veadinho. – Alex debochou, mas Juan apenas sorriu.

— Queridinho pode me chamar até de bicha louca que eu vou achar um elogio. O fora que você me deu doeu tanto quanto uma migalha caindo no meu sapato e quer saber? Some daqui ou eu faço um barraco TÃO GRANDE. – Juan aumentou o tom de voz do nada, dando um susto nos dois meninos. — QUE DEUS E O MUNDO VÃO SABER QUE VOCÊ ESTEVE AQUI DISCUTINDO COM A MAIOR BICHA DA LAJE, AMORE MIO. Sua imagem vai ser tão prejudicada.

Alex trincou os dentes. — Vá se ferrar, seu imbecil. – Ele chutou um pouco de areia nos meninos e saiu correndo, com raiva, porém, satisfeito, seu objetivo havia sido cumprido.


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Notas finais do capítulo

:v Prox cap será especial



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