Apenas sonhe ~ sendo reescrita~ escrita por Sol


Capítulo 11
Capitulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oieee pessoas, Cap novinho e dessa vez tretoso, espero que gostem..



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Lucas se concentrava em seu livro de matemática, mas não entendia muita coisa, desde quando tudo tinha ficado tão difícil? O pior de tudo era ser o único da turma a estar sentado sozinho, mas o pequeno não conhecia ninguém, tentou se enturmar um pouco no começo do ano, mas não deu muito certo.

A menina a sua frente riu ao ver a cara de desespero do moreno, jogando o cabelo loiro para o lado e encarando Lucas com desprezo. — Se viesse mais a aula saberia fazer ao menos isso Lucas. É tão fácil.

— Não é não. – Ele retrucou, sem olhar para a menina, de fato aquele exercício não parecia ser tão difícil assim, mas ele não conseguiu nem imaginar por onde começar.

— É fácil sim, você que é burrinho.

— E você é chata. – Outra menina interferiu, essa estava sentada ao lado da loira, mas parecia de mau humor e tacou um lápis verde na cara da colega. — E pega o lápis de volta. – A menina bufou e se abaixou para pegar o objeto, enquanto Lucas encarava a que o defendeu, ela tinha belos cabelos castanhos que caiam em seus ombros, os olhos eram verdes e possuía um sorriso torto, usava calça jeans um pouco desajustada para o seu tamanho, um tênis preto e a blusa de uniforme da escola parecia ser maior que ela. O total oposto da loira que usava uma longa trança, calça jeans preta completamente justa, o uniforme lhe cabendo perfeitamente e um pouco de batom rosa nos lábios.

A menina puxou uma mesa e uma cadeira e as juntou com as de Lucas, pegando suas coisas e se mudando para o lado do menino. — O trabalho é em dupla sabia? – Ela questionou, jogando o caderno para o lado do menino, mostrando-lhe o dever pronto.

— É dupla, mas cada um faz o seu, vou contar pra professora. – A loira interferiu de novo, com raiva de ter sido trocada.

— Nossa em Luquinha, já chega arrasando, não é pra qualquer um que a Maria homem passa o dever. – Um menino atrás deles começou a rir, falando alto para que todos ouvissem.

— Não deixei me chamar de Luquinha. – O pequeno resmungou o mais baixo possível, incomodado por ser chamado com um diminutivo e por todos estarem encarando.

— Ei vocês. – A professora apareceu perto deles, cruzando os braços enquanto os encarava. — Menos conversa e mais trabalho.

— Professora a Luna tá deixando ele copiar. – A loira resmungou.

— Mentira, eu estou ensinando ele porque ele não sabe. – A outra se defendeu, com cara de coitadinha e a professora respirou fundo.

— Mariany, seu colega tem dificuldade e precisa de ajuda, então deixe os dois em paz.

— Mas... Ele não pode ter privilégios. – O menino interferiu, novamente levantando a voz de propósito. — Então vou começar a faltar aula também, assim vou poder copiar os deveres sem ser punido?

— Max não começa, sabe bem que seu colega tem problemas e.. – Ela suspirou. — Venham conversar comigo a sós, os dois.

Lucas permanecia de cabeça baixa, somente a levantou quando os dois colegas saíram de seus lugares, ele não queria arrumar confusão e nem privilégios. A menina de cabelos castanhos sorriu para ele, novamente empurrando o dever. — Tudo bem Lucas, eles são chatos mesmo, mas a gente sobrevive. – Ela comentou passando a mão pelo cabelo. — Ignora eles vem. – Ela puxou Lucas para mais perto de sua mesa e apontou para o dever. — Eu te ajudo.

Luna começou a explicar passo a passo ao menino, volta e meia Max jogava uma bolinha de papel neles, e Lucas precisava de toda a força para impedir Luna de começar uma briga, o que só aumentava a raiva da menina.

# # #

Na hora do intervalo todas as crianças corriam e brincavam no pátio, porém Lucas estava sentado no fundo da biblioteca, olhando novamente seu livro de matemática, graças a Luna ele conseguia entender mais ou menos, mas ainda precisava melhorar, não queria ficar para trás.

— Me solta seu idiota! – Ouviu uma menina gritar do lado de fora e ficou tentando adivinhar quem poderia ser. — Me solta ou eu vou bater nessa menina. – Ouviu de novo e teve certeza, era Luna. O menino saiu de fininho, deixando o livro na biblioteca e indo atrás do som, do lado de fora, bem em frente a biblioteca Max segurava Luna pelo braço, tentando empurrar ela para longe de Mariany, outros dois meninos faziam uma barreira para proteger a loira.

— Ei. – Lucas começou a falar baixinho, e os outros o encararam com raiva.

— Corre eles querem você! - Luna gritou, chutando a perna de Max e correndo até o menino, puxando-o pelo braço para que corresse com ela.

— O... O que?

— Corre. – Ela sussurrou e ambos seguiram até bem perto da sala do diretor, parando em frente a porta, Max não demorou a surgir com os colegas e Luna segurou a mão de Lucas, o puxando para atrás de si. — Sai daqui eu já estraguei seu plano de pega-lo de surpresa. – Ela soava confiante, ou pelo menos tentava, Lucas a observava com admiração, queria ter essa coragem, mas o menino era tão fraco que apanharia bem rápido.

— Por culpa dele eu vou ter que me desculpar em frente a turma, não vou fazer isso, não vou. – Max bateu os pés com raiva, percebendo que alguns colegas se juntavam para olhar a briga. — Vou te bater tanto que não vai nem poder voltar para aula.

Max voou em cima de Luna, que chutava o menino inutilmente, Lucas tentou empurra-lo para longe, mas um dos colegas dele o puxou, e o derrubou no chão, o pequeno tentou se levantar, mas quando viu que seria em vão, se contentou em segurar o braço do outro, que queria socar lhe de qualquer jeito.

Ao redor uma aglomeração de crianças se formou, todas gritando e torcendo por Max que, com a ajuda de outro menino estapeavam Luna, mas a menina não deixava barato, continuava com chutes e revidava todos os tapas. Lucas estava quase chorando, mas não queria que os outros soubessem que era tão fraco a esse ponto, seus bracinhos doíam de tanto que tentavam segurar o menino que estava por cima, mas o medo de levar um soco dava forças a Lucas.

— Além de burro é fracote. – Ouviu o menino zombar e rir. —Vai correr e chorar no colo da mamãe depois? Ah! Esqueci sua mãe morreu. – O menino continuava a rir, dessa vez, acompanhado dos amigos, Lucas não resistiu e desabou em lágrimas, soltando o braço do outro e os usando para tampar o rosto.

— Mas o que está havendo aqui? – Ouviu uma voz adulta e séria questionar, e todas as crianças ficaram em silencio, pôde sentir o menino em cima dele ser puxado para trás, mas não teve coragem de destampar o rosto, pois ainda chorava. — Todo mundo para sala agora e Luna eu já disse pra parar.

— Ele me bateu! – A menina reclamou.

— E você me arranhou, sua Maria homem.

A pessoa suspirou cansada, Lucas ouviu alguma porta ser fechada e passos firmes se aproximarem rapidamente, algumas das crianças começaram a comentar sobre a pessoa e a maioria saiu correndo “É o vice diretor” elas comentavam assustadas, a pessoa que tentava controlar a confusão deu graças ao ver as crianças curiosas se dispersando. — Cuida disso pra mim?

— Claro.

— Ah! Valeu e... LUNA PARA DE BATER NELE!

Ainda com o braço no rosto e entre lágrimas, Lucas sentiu alguém ajuda-lo a se sentar e fazer carinho em seu cabelo e retirando os seus braços do rosto com delicadeza, revelando as lágrimas, o menino encarou a pessoa, o olhar amistoso dele era inconfundível para o pequeno, ele estava usando óculos simples, mas não mudava muito sua aparência.

Lucas se jogou no colo dele, envolvendo o pescoço do maior com seus bracinhos e enterrando o rosto no ombro dele enquanto chorava. — Me tira daqui Cris! – Implorou, sentindo-se ser abraçado pelo loiro.


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Notas finais do capítulo

:3 E ai o que acharam da Luna? kkkk Até o prox povo...



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